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Coletiva organizada por Celso Fioravante percorre seis décadas de produção, apresentando uma seleção de 43 obras de 35 artistas.
Galeria Berenice Arvani inaugura no dia 22 de abril, às 20 horas, a mostra “Preto no Branco – do Concreto ao Contemporâneo”, com obras de 35 artistas brasileiros. Organizada pelo jornalista Celso Fioravante, a coletiva traz a público uma rara seleção de 43 obras, percorrendo seis décadas de produção em variados suportes como pintura, escultura, desenho, gravura, colagem e fotografia.
Participam da exposição os artistas Aluísio Carvão, Amilcar de Castro, Anna Maria Maiolino, Antonio Maluf, Arnaldo Ferrari, Claudia Andujar, Evandro Carlos Jardim, Fernando Lemos, Frans Weissmann, Geraldo de Barros, Hermelindo Fiaminghi, Ivan Serpa, João José Costa, José Rufino, Judith Lauand, Lenora de Barros, Leonilson, Leopoldo Raimo, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto, Marcello Grassmann, Maurício Nogueira Lima, Niobe Xandó, Oswaldo Goeldi, Pitágoras Lopes Gonçalves, Raul Porto, Roberto Burle Marx, Rodrigo Andrade, Rubem Ludolf, Rubem Valentim, Sérgio Camargo, Ubi Bava, Vânia Mignone, Wanda Pimentel e Willys de Castro.
Segundo o organizador da mostra, O tema “preto e branco”’ é recorrente nas artes e já foi abordado de maneira política, como em 1954, quando os artistas brasileiros se revoltaram contra a taxação de tintas e materiais artísticos pelo Governo Federal, que os consideravam supérfluos, e realizaram o Salão Preto e Branco, dentro do 3° Salão Nacional de Arte Moderna. Esse mesmo Salão foi retrabalhado historicamente em 1985 por Paulo Herkenhoff, então diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas/Funarte, que remontou parcialmente a mostra como Sala Especial dentro do 8° Salão Nacional de Artes Plásticas. São constantes ainda as mostras em “preto e branco” que se atém a uma linguagem, como o desenho, a gravura ou a fotografia, como a que realizou a Pinacoteca do Estado de São Paulo no ano passado, com seu acervo de fotografias em preto e branco.
“A exposição foi pensada a partir do dito popular ‘preto no branco’, que remete a uma ação afirmativa, a algo que não deixa dúvidas, que está ali registrado na forma de uma obra que é um documento da poética do artista”, diz Celso Fioravante.
Partindo desse pressuposto, a mostra apresenta um desenho sobre papel em que está presente a gênese criativa de um xilogravurista como Oswaldo Goeldi, projetos e estudos de Aluísio Carvão, Leopoldo Raimo e Willys de Castro, obras de mestres gravuristas como Evandro Carlos Jardim e Marcello Grassmann, obras pontuais como a foto-sequência “Poema”, de Lenora de Barros, já um clássico da arte conceitual brasileira, trabalhos altamente poético-politizados, como a escultura “Quimera”, de José Rufino, e a fotografia “Yanomami”, de Claudia Andujar, além de obras em que o diferencial é o absoluto deleite estético, como nas composições rigorosas de Lothar Charoux, João José Costa, Rubem Ludolf, Judith Lauand, Maurício Nogueira Lima, Luiz Sacilotto, Hermelindo Fiaminghi, Wanda Pimentel e Sérgio Camargo.
A obra mais antiga da mostra data de 1950 (linóleo de Luiz Sacilotto) e a mais recente é de 2010 (pintura de Pitágoras Lopes Gonçalves). Dessa forma, a mostra percorre 60 anos da produção brasileira, atendo-se em obras seminais ou de grande força estética e contemplando diversas gerações de artistas, mestres em várias técnicas e linguagens. Trata-se de um recorte que evidencia momentos especiais na carreira desses artistas, que atingem um alto grau de expressão e força a partir de um mínimo de recursos.