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Entitulada “Mário Tursi – Outro Olhar do Cinema Italiano”, a exposição abriu para visitação no dia 21 de janeiro

Com mais de 70 imagens clássicas e inéditas de grandes filmes do cinema italiano, a exposição MÁRIO TURSI – OUTRO OLHAR DO CINEMA ITALIANO será realizada de janeiro a março de 2011 no CineSESC em São Paulo.

Inédita na América Latina, a exposição será aberta para visitação, com entrada franca, a partir do dia 21 de janeiro e retrata o cinema sob o olhar (im)perfeito e (in)discreto de um dos maiores fotógrafos de cena da história do cinema, Mário Tursi, com imagens internacionais de produções européias e americanas. Parte da curadoria da exposição é do amigo fraterno de Tursi e também fotógrafo Mimmo Cattarinich que por mais de 40 anos esses dois grandes artistas dividiram sets, experiências e técnicas.

Paralelamente à exposição haverá a exibição de filmes de Luchino Visconti a quem Tursi acompanhou os últimos seis filmes fotografando os sets de filmagem.As produções que serão exibidas são: “Morte em Veneza” (na sessão das 21h30 em 22, 23, 24 e 25/01), “Belíssima (também às 21h30 em 29 e 30/01) e “Violência e Paixão” (cópia restaurada / data a ser definida).

Com curadoria de Patrícia Oliveira o projeto prioriza a cultura e formação através do olhar e da sensibilidade da fotografia em imagens que possibilitam a expressão por si mesma. A exposição trará, direto da Itália, imagens dos sets de filmagens de um dos maiores diretores da história do cinema italiano, Luchino Visconti.

Trecho escrito por Patrícia Oliveira, curadora da exposição: Mario Tursi (1929 - 2008) foi um dos melhores fotógrafos da história do cinema italiano. Trabalhou com grandes diretores e dedicou parte da sua vida aos registros das obras de Visconti. Seu arquivo fotográfico é muito rico e diversificado. A Mostra MÁRIO TURSI – OUTRO OLHAR DO CINEMA ITALIANO prioriza, nesta versão, os filmes de Visconti que o fotógrafo acompanhou:

Vagas Estrelas da Ursa - 1965
Os Deuses Malditos - 1969
Morte em Veneza - 1971
Ludwig - A Paixão de um Rei - 1973
Violência e Paixão - 1974
O Inocente - 1976

Também teremos uma parede dedicada a alguns trabalhos especiais de Tursi, como "A Última Tentação de Cristo", que lhe rendeu o prêmio de Melhor Fotografo de Cinema em Cannes, "O Nome da Rosa", "O Carteiro e o Poeta", "Identikit", "O Porteiro de Noite", "Kundun" e "Gangues de Nova York"

Além de Visconti, Tursi frequentou com assiduidade sets de Scorsese e Scola, Massimo Troisi e Roberto Bengini, Liliana Cavani e Lina Wiertmuller. Entre os astros mais importantes estão Elizabeth Taylor, Leonardo Di Caprio, Claudia Cardinale, Marcello Mastroiani, Anthony Hopkins, Maria Callas, Walter Mathau e a brasileira Florinda Bolkan.

Nasce em uma família que respira fotografia, trabalha como foto-reporter e, como outros profissionais da área na Itália entra no cinema por acaso.

Sua marca é a perfeição não muito convincente.. Não gostava de fotos "quadradinhas", perfeitas e, muitas vezes, sem vida. Preferia a emoção misturada à técnica justa. Uma virtude de poucos artistas, emprestava o próprio olhar para os diretores com os quais trabalhou.

biografia

Mario Tursi nasceu em Roma, no dia 09 de agosto de 1929. Filho de pai e mãe fotógrafos cresce entre o cheiro do ácido e das máquinas para revelação de fotos. Em 1943, Segunda Guerra, trabalhava nas ruas como repórter fotográfico para os estúdios Lombradini. Depois da liberação, trabalha no Vaticano, como fotógrafo oficial da Agência Giordani, da Santa Sé. Após vai trabalhar na Agência VEDO, dirigida por Adolfo Porry Pastorel, e Associeted Press e suas fotos-reportagens chegam aos quatro cantos do mundo. É o cinema que, em 1953, começa a persegui-lo de modo curioso. Porry Pastorel torna-se prefeito de San Pietro Romano, nos arredores de Roma, onde rodavam o filme "Pão, amor e fantasia". Porry pressionou para que o filme fosse feito ali e, assim, Tursi, eventualmente, seguia o set. Depois deste filme, Mario divide o trabalho de repórter fotográfico e em outras oportunidades como fotógrafo de cena.

Em 1956, torna-se diretor da VEDO e faz alguns especiais para os “americanos" em sets cinematográficos rodados na Itália. Em 1962, finalmente, chega o primeiro contrato para fotógrafo de cena de um filme inteiro. Era Mare Matto (Crazy Sea) de Renato Castellani. Em 1965, completamente apaixonado pelo cinema, vende a Agência VEDO e entrega-se ao still. Admira o trabalho de Paul Ronald e Pierluigi Patrurlon, mas, trabalha sem referencias. Aquilo que quer, absolutamente, é evitar imagens de fotos-romances, tecnicamente corretas, mas, sem vida nunca gostou dos "quadrinhos" fotográficos “bem feitinhos”. Eram muitas as lembranças que o ligavam a Luchino Visconti. Considerado o "fotógrafo Viscontiano", não acompanhou o diretor apenas em um único set. Contava, entre tantas histórias, o episódio que maior representava a cumplicidade entre eles.

Durante as gravações de "Os deuses malditos", era o momento de rodar a cena do incesto entre Thulin e Berger. Uma cena escabrosa sob vários pontos de vista. Quando os atores já estavam nus sobre a cama, a Thulin pede que não sejam feitas fotos em nenhum modo. Luchino diz: "não querem, então não faça as fotos". Mario procura focar a máquina, mas, Visconti, seco, diz, mais uma vez: “Chega! não serão feitas as fotos!". Rodava-se no teatro cinco do Cinecitta onde em um canto montaram a cenografia da cama e tudo ao redor estava escuro e sem a trupe. Mario passeia pelo teatro e diz a si mesmo que precisa fazer as fotos. Esconde-se em um cantinho, carrega uma 300, coloca a máquina sobre um tripé e tira as fotos sem ser visto ou ouvido. Dias depois, mostrando as fotos do filme a Visconti, o diretor pergunta sobre as fotos da cena do incesto e Tursi diz que não as fez. Luchino, chateado, diz: "não fez?". Mario disse: "implorei para fazê-las, mas você não permitiu!". O fotógrafo vê a desilusão do diretor e conta a verdade e Visconti, satisfeito, sorri e pede as fotos. Mario contava esta história para esclarecer como era necessário “interpretar" o diretor e o que ele queria naquele momento. Tursi trabalha com Elio Petri no filme "Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita", que ganha um Oscar. Depois, com Pasolini, Lina Wertmuller, Banuel, Scola, Polanski e Troisi (com este último estabelece uma relação quase de pai e filho, acompanhando sua carreira do início até o filme "Carteiro e o Poeta", quando o diretor e ator morrem pouco depois das gravações terminarem). Trabalhou com Martin Scorse no filme "Gangues de Nova York" gravado nos estúdios do Cinecitta.

serviçoMário Tursi – Outro Olhar do Cinema Italiano

A partir de 21 de janeiro de 2011
Diariamente das 14h às 22h

Hall do CineSESC – Exposição grátisRua Augusta, 2075 – Cerqueira César – São Paulo / SP
Fone: (11) 3087-0500
email@cinesesc.sescsp.org.br

filme 'Morte em Veneza', de Visconti<br />Foto de Mario Tursi

filme 'Morte em Veneza', de Visconti
Foto de Mario Tursi

CINESESC apresenta exposição fotográfica de Mário Tursi

happens
from 21/01/2011
to 31/03/2011

where
CineSESC
Rua Augusta, 2075 - Cerqueira César
São Paulo SP Brasil

source
F&M Procultura / Assessoria de Imprensa
São Paulo SP Brasil

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