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Abrindo o Fotorio 2011 – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro

O Centro Cultural do Banco do Brasil marca a abertura do Fotorio 2011 – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro – com a realização da exposição Eu me desdobro em muitos – a autorrepresentação na fotografia contemporânea no dia 30 maio, às 19h, nas salas H, I e pátio da Rua Direita no 1º andar do CCBB. A mostra ficará aberta ao público de 31 de maio a 10 de julho, na Rua Primeiro de Março, 66, 1° andar (3808-2020), e tem entrada franca.

Inédita e exclusiva, a exposição é fruto da parceria entre o FOTORIO 2011 e a MEP  – Maison Européenne de la Photographie, de Paris, e resultado de um trabalho de garimpo levado a efeito pelos curadores Joana Mazza e Milton Guran em vários países e em diferentes eventos, ao longo dos últimos dois anos.  Eu me desdobro em muitos – a autorrepresentação na fotografia contemporânea apresenta 69 obras físicas de sete artistas brasileiros e 14 estrangeiros, dentre os mais importantes autores da vanguarda da fotografia no campo da arte contemporânea no mundo. Complementam a mostra uma seleção de cinco vídeos curtos e interativos, com curadoria de Jean-Luc Monterosso, Diretor da MEP, e ainda a instalação “Estereoscopia” do carioca André Parente.

 “Para chegarmos a esse conjunto de obras,”, explicam os curadores “contamos com apoio dos próprios artistas, das galerias e instituições às quais estão ligados. Selecionamos artistas seminais que dialogam no sentido contemporâneo com a autorrepresentação como os brasileiros Alisson Gothz, Helenbar, Luisa Burlamaqui, Fernanda Magalhães, Rodrigo Braga e Sofia Borges, o mexicano Gerardo Montiel Klint, a argentina Tatiana Parcero, o norueguês Bjorn Sterri e uma série de artistas europeus e norte-americanos da coleção da Maison Européenne de la Photographie, de Paris. São eles: Martial Cherrier, Gilbert & Georg, Robert Mapplethorpe, Duane Michals, Pierre Molinier, ORLAN, Philippe Perrin, Pierre & Gilles e Cindy Sherman.”

A exposição tem a autorrepresentação como proposta de realização artística. O retrato talvez seja a face mais importante da fotografia, como o foi para a pintura durante vários séculos.  Ele deu um rosto, uma individualidade, para a população que, no senso comum, menciona a palavra “retrato” como sinônimo de fotografia.

Eu me desdobro em muitos – a autorrepresentação na fotografia contemporânea não deixa de tratar do tema retrato, mas vai muito mais além porque coloca no centro da discussão não apenas o autor como motivo, como nos tradicionais autorretratos, mas também como instrumento e elemento catártico de sua própria expressão. “Neste sentido”, contam os curadores “a autorrepresentação coloca-se como uma síntese da tradição do autorretrato da pintura com as modalidades de expressão surgidas ao longo do século passado, como a body art e a performance. A fotografia e o vídeo têm sido instrumento fundamental para a apresentação destes corpos-objetos”.

Para complementar a exposição, o CCBB vai promover o Encontros com o autor, série de visitas guiadas onde artistas e curadores estarão circulando e comentando as obras com o público:

Dias 1º, 2, 3 e 4 de junho, de 17h às 19h, visita comentada com os curadores Milton Guran e Joana Mazza e artistas.
Dia 14 e junho, de 17h às 19h, visita comentada com o curador francês Jean-Luc Monterosso e artistas.

Artistas

Cindy Sherman (EUA) – Apesar de fazer retratos de si própria, não podemos dizer que Sherman faça auto-retratos. Muito pelo contrário, ela cria personagens, brinca com arquétipos, com o cinema. Assim deixou sua marca como uma das mais expressivas artistas do final do século 20.

Gerardo Montiel Klint (México) – Designer, artista e fotógrafo. Constrói provocativas cenas que por um lado remetem a solidão e por outro a performance. Personagem performático de suas imagens. Sua obra constantemente se remete a pintura (o barroco de Vermeer ou Pieter Brueguel, as fotografias de Cindy Sherman e Manuel Álvarez Bravo) e está em inúmeras coleções: Kiyosato Museum of Photographic Arts (Japão), Museum of Fine Arts (Houston), Museo de Arte Contemporáneo de Huesca (Espanha) e Centro de la Imagen (México).

Robert Mapplethorpe – Nasceu em 1946 e faleceu em 1989 em Nova Iorque. Gilbert & Georg (Itália e Inglaterra) – Dupla que adotou o slogan “arte para todos” passou em pouco tempo a ser reconhecida pelo grande público, produzindo imagens sempre impecáveis sobre os mais variados temas, mas tendo como principal fonte de inspiração a região onde moravam, o London’s East End, que funcionava como um microcosmo.

Martial Cherrier (França) – Campeão francês de fisiculturismo em 1997, seu trabalho artístico é pautado por uma pesquisa auto-irônica sobre a transformação do próprio corpo por meio de anabolizantes, exercícios físicos e alimentação regrada. Com a série Fly or Die, substitui o corpo de uma borboleta pelo seu e as asas do inseto por bulas de anabolizantes, comparando a metamorfose do inseto à do fisiculturista. A crítica pela busca desenfreada de uma beleza apolínea e padronizada, idealizada pela sociedade contemporânea, se materializa em obras que nunca dispensam o humor e a ironia.

ORLAN (França – EUA) – Influenciada pela obra de Duchamp e pelas correntes revolucionárias do Maio de 68, ORLAN trabalha performances blasfêmicas onde o seu corpo encarna e molda diferentes personagens. Por conta de uma gravidez extra-uterina fez com que fosse operada de emergência, filmou e enviou de imediato para o Centro de Arte Contemporânea de Lion para ser exibida, numa performance quase em simultâneo. Agora ORLAN passa a esculpir na sua própria carne, agindo impiedosamente sobre ela através de operações plásticas. Não seriam operações normalizadas feitas à porta fechada, mas sim sob a forma de performance mediática e ensaiada onde se mistura música, literatura, dança, fotografia e vídeo.

Pierre et Gilles (França) – A dupla produz imagens extremamente elaboradas onde cada detalhe é minuciosamente cuidado, desde o figurino, composição, retoques a moldura. Trabalhando com auto-retratos e inúmeros retratos de celebridades, eles abordam temas diversos como cultura popular, cultura gay, pornô, religião.

Tatiana Parcero (México – Argentina) – Sua obra começou com biografia e rituais pessoais do dia a dia, explorando sensações e emoções, que, mesmo sendo íntimos ou individuais, são incluídos em uma esfera mais ampla do feminino e do humano. Mexicana, vive e trabalha em Buenos Aires. Sua obra está presente em diversas coleções como Museum of Fine Arts (Houston, EUA), Museo de Arte Moderno (México), Fundación de Arte Caja Burgos (Espanha) e Museu de Arte Moderna (Buenos Aires).

Alisson Gothz – Artista e performer paulista, Alisson é um exemplo de como obra e artista estão interligados no conceito e na forma. Suas “produções” para sair na noite de São Paulo são registradas em imagens e todas estas transformações são postadas na internet, de forma que quem não viu ao vivo tem a oportunidade de conferir quase on-line. Ele utiliza diversos canais na rede como Fotolog, Flickr, Facebook ou mesmo através do próprio site.

André Parente – Artista multimídia, pesquisador, Doutor em Cinema pela Universidade de Paris VIII, onde estudou sob a orientação do filósofo Gilles Deleuze, professor da Escola de Comunicação da UFRJ onde fundou o Núcleo de Tecnologia da Imagem (N-imagem) e autor de diversos livros. Na sua obra o próprio corpo é objeto, testemunha e agente das ações e performances artísticas. Como meio utiliza o vídeo e a fotografia, muitas vezes interativa, como é o caso do “Estereoscopia”, apresentado nesta seleção.

Fernanda Magalhães – Artista, fotógrafa, performer, Doutora em Artes pela UNICAMP, professora da Universidade Estadual de Londrina e chefe da Divisão de Artes Plásticas da Casa de Cultura UEL. Trabalha há mais de 20 anos sobre a questão do corpo, tendo como fio condutor o questionamento sobre a discriminalização dos obesos. Tendo ela própria obesidade mórbida, desenvolveu uma série de auto-retratos construídos com montagens, recortes e lembranças.

Helenbar – Artista, designer e professora da Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ, a carioca Helena Barros, e seu alter-ego virtual Helenbar, elabora sofisticadas imagens utilizando recursos contemporâneos como câmera digital e photoshop, entretanto com visível referência à pintura, tendo como inspirações desde o movimento Pré-Raphaelita, o Barroco as pinups do ilustrador Vargas. Seus auto-retratos ganharam o mundo através da internet e hoje seu site pessoal é o maior instrumento de exposição.

Luiza Burlamaqui – A jovem artista carioca é formada pela UERJ, tendo estudado no London Institute of Art e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Suas obras abordam a poética do feminino, sendo a própria autora objeto desta poética em diversos ensaios.

Rodrigo Braga – Nascido em Manaus, é graduado em Artes Plásticas pela UFPE, em 2002. Em 2004 foi contemplado com bolsa de pesquisa no 45º Salão de Artes de Pernambuco, realizando a série “Fantasia de Compensação”, que apresentamos nesta mostra. Entre 2005 e 2007 foi gerente de artes visuais da Prefeitura de Recife, onde coordenou o “SPA das Artes”. A trajetória de Rodrigo Braga se confunde com as discussões mais acaloradas em torno das mutações biogenéticas possibilitadas pela revolução tecnológica, criando um cyborg dotado de pulsões caninas a partir do seu próprio corpo.

 Sofia Borges – Artista visual no campo da fotografia, Bacharel em Artes Plásticas pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Sua pesquisa fotográfica já rendeu diversos prêmios e vem sendo mostrada em inúmeras exposições coletivas e individuais. Foi selecionada pelo programa Rumos Itaú Cultural, recebeu destaque pela Bolsa Iberê Camargo e ganhou o Prêmio Porto Seguro de Fotografia. Em 2010, foi indicada ao “Paul Huf Award”, em Amsterdam. Atualmente vive e trabalha entre São Paulo e Ibiúna e é representada comercialmente pela galeria Virgílio, em São Paulo.

Bjorn Sterri – Nasceu em1960. Vive e trabalha em Oslo.

Duane Michals – Nasceu em 1932 na Pensilvânia. Vive e trabalha em Nova Iorque.

Philippe Perrin – Naceu em 1964 em La Tronche (França). Vive e trabalha em Nice.

Pierre Molinier – Nasceu em 1900 em Agen (França) e faleceu em 1976 em Bordeaux.

Vídeos

"O diário de Alice Anderson", de Alice Anderson, Grã-Bretanha (2004 ¬ 2005; 3 min.) Série de vídeos curtos e evocativos, como a poesia hai-kai japonesa, feitos a partir de cenas da sua vida cotidiana.

"Désir", da série Œdésirs, de Isabelle Lévénez, França (2004; 1 min. 34 sec. em looping) A artista se coloca em cena a partir de fragmentos do seu corpo em uma banheira, numa versão moderna de Ofélia, o personagem de Shakespeare que se afoga.

"Fly or Die", de Martial Cherrier (França) (2008; 44 seg.) Campeão francês de fisiculturismo (bodybuilding) em 1997, o autor é também escultor de seu próprio corpo. Aqui, ele apresenta um conjunto de auto-retratos.

"Identidade", de Cris Bierrenbach, Brasil (2003; 2 min. 52 seg.) A artista faz pose diante da câmera, se maquia e corta os cabelos. Seus gestos vão ficando cada vez mais violentos, sua transformação questionando a noção de identidade, a definição do belo e as normas impostas pela sociedade.

"Love Bites", A.P. Komen & Karen Murphy, Holanda e Islândia (1998-9; 11 min.) Como uma telenovela, este vídeo reconstitui a difícil relação amorosa de um casal. As cenas, onde o casal de artistas representa seus próprios papéis, são inspiradas em diálogos verdadeiros escritos para a televisão e diários originais escritos pelos artistas.

O tempo de duração dos vídeos é de 19`10``.

O que é o Fotorio?

O FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro  tem como objetivo valorizar a fotografia como bem cultural, dando visibilidade aos grandes acervos e coleções públicas e privadas e à produção fotográfica contemporânea brasileira e estrangeira, através de exposições, projeções e intervenções urbanas, cursos, seminários, oficinas, mesas-redondas, palestras e conferências. A intenção é destacar, através de um evento de porte internacional, a importância da fotografia na comunicação e na vida social contemporânea. O evento é bienal, acontecendo nos meses de maio, junho e julho desde 2003. Em 2011 realiza sua quinta edição.

O FotoRio é um movimento de fotógrafos que atua como agente aglutinador, estimulando a exposição e discussão de trabalhos históricos e contemporâneos da fotografia brasileira e internacional. Pretende ser um espaço de promoção de cultura visual, que resgata o papel de vanguarda da cidade do Rio de Janeiro como referência da fotografia no continente.

No plano internacional, o FotoRio já nasceu integrado ao Festival da Luz, rede criada por fotógrafos, colecionadores e estudiosos da fotografia em todo o mundo. Atualmente, o Festival da Luz conta com dezenas de eventos espalhados pelas principais cidades do mundo, entre as quais Mois de la Photo (Paris  – França), Fotofest (Houston  – USA), Encuentros Abiertos de Fotografia (Buenos Aires  – Argentina), PhotoEspaña (Madrid  – Espanha), Fotoseptiembre (México) e Fototage Herten (Colônia – Alemanha).

Auto-retrato<br />Foto Helena Barros

Auto-retrato
Foto Helena Barros

Auto-retrato<br />Foto ORLAN

Auto-retrato
Foto ORLAN

Auto-retrato<br />Foto Alisson Gothz

Auto-retrato
Foto Alisson Gothz

Eu me desdobro em muitos

happens
from 31/05/2011
to 10/07/2011

opening
30 de maio de 2011, às 19h, para convida

more
no 1º andar, com entrada franca

where
CCBB RJ
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março 66 Centro
Rio de Janeiro RJ Brasil
terça a domingo, das 9h às 21h

source
Liliane Schwob - RS Comunicação & Eventos
Rio de Janeiro RJ Brasil

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