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A Caixa Cultural São Paulo (Sé) apresenta a exposição “Harald Schultz - Olhar Antropológico”, formatada a partir das fotografas tiradas pelo etnógrafo Harald Schultz (1909-1966), que dedicou quase trinta anos de sua vida decifrando as culturas indígenas brasileiras. A exposição é composta por cerca de 200 imagens que retratam - de maneira informativa e artística - aspectos de diversos grupos indígenas, tais como os Javaé, Umutina, Kaxinauá, Krahô, Tapirapé e Waujá, entre outros. A exposição, que tem o patrocínio da CAIXA, inaugura no dia 10 de Março e segue até o dia 20 de Maio de 2012 com entrada gratuita.
As fotografias fazem parte do acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, que conta com uma extensa coleção de imagens tiradas por Schultz entre 1943 e 1965, durante expedições realizadas a diversos estados brasileiros e alguns países da América Latina, como Peru e Bolívia.
Segundo o antropólogo Herbert Baldus (1899-1970), Harald Schultz foi o “estudioso da vida indígena, preenchendo seus diários de viagem com descrições pormenorizadas; hábil colecionador, satisfazendo as exigências dos museus sem depauperar os produtores do material colhido; o artista tornando visíveis em foto e filme as sutilezas indizíveis das culturas alheias; e sempre e a cada hora o amigo incondicional dos índios, sofrendo por eles, com eles, e encontrando sua felicidade entre eles”.
A mostra conta com a curadoria das especialistas Marília Xavier Cury e Sandra Maria Christiani de La Torre Lacerda Campos, ambas do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, e tem como temas principais a arte plumária e a pintura corporal. Segundo Marília Xavier Cury, “o sentido da arte plumária para seus produtores é o de por em comunicação os homens com o cosmos; sua beleza se realiza no contexto da festa e do rito”.
Além da mostra, serão realizadas de três palestras gratuitas com antropólogos e etnólogos contemporâneos, que versarão sobre os grupos culturais representados, suas experiências pessoais em campo e sobre a importância do registro fotográfico para a etnologia.
Informações sobre as palestras e respectivos palestrantes
Dia 21 de março - Sonia Ferraro Dorta e Marília Xavier Cury - "A inserção de Harald Schultz na etnografia do Museu Paulista"
Sobre Sonia Ferraro Dorta
É antropóloga formada pela USP. Foi pesquisadora do Museu Paulista e do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Tem diversas publicaçoes em catálogos, livros e revistas científcas, tais como o livro "A Plumária Indígena Brasileira", que oferece um rico panorama da arte plumária dos povos indígenas brasileiros, aprofundando a elaboração e os contextos de uso de artefatos plumários entre os índios.
Sobre Marília Xavier Cury
Museóloga formada no Instituto de Museologia de São Paulo. Atua na área de museologia e museus desde 1985, tendo trabalhado no Museu Municipal Família Pires, Estação Ciência e Museu Lasar Segall.
Atualmente é professora doutora do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, onde ministra cursos, desenvolve pesquisa e coordena ações expográficas.
Dia 17 de abril - Sobre Fernando de Tacca - "A Imagem do Índio na Comissão Rondon"
Sobre Fernando de Tacca
É professor Livre Docente no Departamento de Multimeios, Mídia & Comunicação do Instituto de Artes, e responsável pelas disciplinas "História da Fotografa" e "Antropologia da Imagem", do curso de Midialogia.
Foi vencedor do I Concurso Marc Ferrez de Fotografa (Funarte, 1984) e contemplado pela Bolsa Vitae de Artes 2002. Em 2006 ganhou o Prêmio Pierre Verger de Fotografa da Associação Brasileira de Antropologia e o Prêmio de Reconhecimento Acadêmico Zeferino Vaz (Unicamp).
Publicou o livro “A Imagética da Comissão Rondon” (2001), e mais de 50 artigos sobre fotografa, cinema e antropologia visual. Realizou várias exposiçoes fotográfcas no Brasil e no exterior. É coordenador do Núcleo de Pesquisa “Fotografa: Comunicação e Cultura”, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em Comunicação, desde 2004.
Dia 16 de maio - Luís Donisete Benzi Grupioni - "Patrimônios Culturais e Povos Indígenas"
Sobre Luís Donisete Benzi Grupioni
Antropólogo, com mestrado pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorando nesta mesma universidade.
Foi fundador e pesquisador do Mari - Grupo de Educação Indígena da USP, de 1988 a 2002, e é pesquisador associado ao Núcleo de História Indígena e do Indigenismo da USP (NHII-USP).
Foi assessor do Ministério da Educação para a política nacional de educação indígena (1999-2002), consultor contratado pelo PNUD para assessorar o Ministério da Educação com as açoes de educação indígena (2005-2006) e pela UNESCO (2007) para assessorar o Conselho Nacional de Educação (CNE).