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Sensível aos legados da poesia concreta e da obra de Johnn Cage, a arte de Daniel Scandurra (São Paulo, 1988) utiliza vários suportes para percorrer os códigos da imagem, da palavra e do som.
O jovem artista paulistano, conhecido por realizar trabalhos em meios eletrônicos e nas ruas da cidade – como colar gravuras em relógios desativados ou desenhar um grande cubo sobre o asfalto nas brechas de carros trafegando –, desta vez cria um site specific na nova Galeria Concreta, na Vila Madalena. VENDO parte de um grande móbile central com placas coloridas de acrílico que se desdobram para tomar as demais superfícies da galeria, com poemas adesivados, numa composição “verbivocovisual”. Além da instalação, a exposição traz quatro pinturas, “Partintura”, e, na inauguração, serão projetados vídeos concebidos pelo artista.
Conforme escreve Inês Raphaelian, VENDO dialoga com o sistema de proporções modulor de Le Corbusier, o Plexigrams de John Cage e as holografias de Augusto de Campos, e coloca em acordo e em contraposição a ideia do deslocamento que o corpo precisa para ver a tridimensionalidade virtual de uma holografia. Segundo Raphaelian, ainda, em VENDO, a mutação acontece simultaneamente nos deslocamentos do espectador e das placas translúcidas com formas construídas a partir das proporções do corpo humano. “VENDO é uma instalação transcriação construtivista/funcionalista bauhausiana. VENDO é obra + título = poema visual. VENDO é o que ECOAVOCE”, completa.
Daniel Scandurra vem desenvolvendo trabalhos intersemióticos com destaque em poesia visual e interações urbanas, além de sua carreira musical. Com seu trabalho "Zero ao cubo" foi premiado em 2010, na anual de Artes Plásticas da FASM. Em 2011 participou da "II Mostra do Programa de Exposições do CCSP (2011)", organizou a exposição "AC80 - Filmletras" que ocupou o Instituto Goethe e a Biblioteca Alceu Amoroso Lima, além de ter um poema publicado na revista “Artéria” edição n.10. Atualmente divulga seus trabalhos e pesquisas em seus blogs metaesquina e cagechancechange.