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No elenco Paulo Goulart Filho, Andressa Cabral e Deborah Graça. A realização é da FAZ Centro de Criação, produtora atuante, há 17 anos no eixo Rio-São Paulo, dirigida por Erika Barbosa e Beto Bellini. A peça estreou em março deste ano no Teatro Augusta.

Quarto 77 conta a história de um Homem que se isola em um quarto, sendo surpreendido por uma Mulher que aparece para dividir com ele o aposento. Flertando com o surreal, esta situação se desenrola de maneira surpreendente e tem um desfecho totalmente inesperado.

Para explicar o gênero deste texto o termo mais correto é realismo fantástico. Nesta história tudo pode ou não ser real. As personagens podem ou não existir. E será que elas realmente estão ali, naquele Quarto 77? O diretor Roberto Lage optou por montar o texto exatamente como ele é, sem dar explicações, sem se colocar de nenhum lado, nem mesmo defender alguma possibilidade.

A relação desse casal traz surpresas durante toda a peça. A precariedade do quarto e a mente atormentada do Homem se complementam, dando ainda mais ar de mistério à sua história ou à sua culpa - não revelada. Amor, tormento e violência pontuam as cenas e podem assustar os mais desavisados.

Trecho da obra
“O sono da razão gera monstros.”

O Quarto 77 seria o refúgio? Ou o refúgio, a própria mente do Homem? Entregar-se plenamente a uma situação leva à perda da identidade? Leonardo Alkmim tem nas alucinações o instrumento para navegar pelo obscuro da mente humana, recheada de medos, desejos e incertezas. Ele constrói o texto de forma a aguçar mais e mais a curiosidade de quem observa a intimidade das personagens, como se ouvíssemos atrás da porta ou observássemos pela fresta da janela, sons e movimentos instigantes.

Realidade ou alucinação? A plateia fica diante de um tentador labirinto e testemunha coisas que podem ocorrer dentro de nossas próprias mentes, coisas que estão ali, materializadas por corpos e palavras, como se o etéreo de toda uma vida pudesse ser exposto em alguns minutos.

Trecho da obra
“Da cidade eu queria os passos para ir adiante.Só ganhei passos no meu calcanhar e um labirinto à minha frente.”

O cenário de Heron Medeiros tem um viés realista com contornos “teatralistas”, acolhendo a complexidade da peça, onde o casal se digladia. O espaço cênico é o Quarto 77, mas o mundo lá fora cabe inteiro dentro “dele”.

Trecho da obra
“O lugar onde eu morava era só o paradeiro pra uma estadia mais prolongada... Claro, minha casa não era só minha casa. Pensar nisso me fez levantar do chão. Minha casa é o mundo! (...) O que é o mundo senão o paradeiro pra uma estadia ainda mais prolongada? Um endereço para 30, 40, 80 anos?”

Leonardo Alkmim – autor
Leonardo Alkmim formou-se, em 1992, em artes cênicas pela EAD/ECA/USP. Sua primeira peça, Cárcere Privado, recebeu o Prêmio SESI de Dramaturgia e o Prêmio Jornada SESC de Teatro. Durante muitos anos ele escreveu para televisão, cinema e rádio, além de teatro. Em 2004 houve a primeira montagem de seu texto Quarto77, mesmo ano em que foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Autor. Em março, a Editora Giostri publica dois de seus textos: o próprio Quarto 77, e Tia Margarete/Noite das Ilusões. Atualmente, Leonardo Alkmim trabalha também como diretor de criação na TV1 Comunicação e Marketing.

Roberto Lage – diretor
Roberto Lage começou a carreira de diretor em 1969 no teatro amador. Em 1974 dirigiu seu primeiro sucesso, Mrozek, reunião dos textos Strip Tease e Em Alto Mar, de Slawomir Mrozek. Com o espetáculo A Flor da Pele, de Consuelo de Castro, recebeu o Prêmio Moliére de melhor direção. Em 1993 dirigiu, em Portugal, Para Tão Longo Amor de Maria Adelaide Amaral. A montagem de Clips e Clops, uma colagem de quadros clássicos de clowns, rendeu-lhe o prêmio APCA de melhor diretor, em 1998, ano em que ao lado do ator Celso Frateschi funda o Ágora – Centro para Desenvolvimento Teatral.

Em 2002 dirigiu A Mandrágora, de Maquiavel, para o projeto de formação de público da Secretaria Municipal de Cultura, com curadoria de Gianni Ratto. No ano seguinte levou à cena Orgia, de Pier Paolo Pasolini, uma produção do CCBBl, além de Distante, de Caryl Churchill, e Quase Nada, de Marcos Barbosa, textos desenvolvidos no Royal Court Theatre, centro britânico que promove intercâmbio entre a dramaturgia inglesa e autores de outros países (produção do Teatro Popular do SESI). No mesmo ano estreou no Ágora a montagem inédita Os Justos, de Albert Camus, e a seguir dirigiu Celso Frateschi em Sonho de Um Homem Ridículo, de Dostoievski, Ricardo III, de W. Shakespeare, espetáculos produzidos pelo Ágora.

A Flauta Mágica, adaptação de Vladimir Capela, foi a sua primeira direção em 2007, numa produção do Teatro Imprensa e Centro Cultural Grupo Silvio Santos. Em 2008, voltou a Portugal para dirigir Um Merlin, de Luis Alberto de Abreu, uma produção da Seiva Trupe de Portugal. De volta ao Brasil o desafio foi a adaptação da obra de Milton Hatoum, Dois Irmãos (produção do CCBB) e, em 2010, dirigiu a comédia Escola de Mulheres, de Moliére, e o monólogo Dos Escombros de Pagu, de Tereza Freire, uma homenagem ao centenário de Pagu. Em 2011 dirigiu a ópera Carmen, de G. Bizet, no Theatro São Pedro/SP.

A FAZ Centro de Criação atua desde 1994 no mercado teatral brasileiro construindo uma trajetória de escolhas cuidadosas, com os melhores profissionais e formando uma parceria de confiança com seus patrocinadores que lhe dão exclusividade de patrocínio há mais de 11 anos. Está entre as melhores produtoras do eixo Rio-São Paulo com mais de 20 produções e ainda lançamentos de livros, CDs de música e shows. Em 2012 realizou a produção da peça Slavianski Bazaar dirigida e escrita por Beto Bellini.

Ficha técnica

Espetáculo Quarto 77

Texto
Leonardo Alkmim

Direção
Roberto Lage

Direção de produção
Erika Barbosa

Elenco
Paulo Goulart Filho, Andressa Cabral e Deborah Graça

Cenografia
Heron Medeiros

Figurino
Milton Fucci

Assistência de direção
Aline Meyer

Trilha sonora
Henrique Mello

Iluminação
Wagner Freire

Assistência de produção
Milton Fucci

Designer gráfico
Leo Marino

Direção de produção
Gisa Guttervil

Fotos
Demian Golovaty

cena da peça - Paulo G. Filho<br />Demian Golovat  [divulgação]

cena da peça - Paulo G. Filho
Demian Golovat [divulgação]

Espetáculo Quarto 77 reestreia no Espaço Parlapatões

happens
from 08/07/2012
to 25/08/2012

opening
dia 7 de julho às 23h59

more
sábados às 23h59
entrada R$30,00 e meia R$15,00

where
Espaço Parlapatões
Pça. Roosevelt, 158 - Centro - Metrô República
São Paulo SP Brasil
(11) 3258 4449

source
Miriam Bemelmans
São Paulo SP Brasil

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