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Comédia apresenta personagens-tipos, o Ladrão e sua Esposa são retratados como profissionais com ética, enquanto os proprietários burgueses são descritos como pessoas sem escrúpulos, que fazem qualquer coisa para alcançar o que querem, custe o que custar
Sinopse
Escrita em 1959, a peça conta a história de um Ladrão que tenta assaltar a casa de um Político, mas é surpreendido pelo dono da casa e sua Amante que, pensando ser ele um espião a serviço da Esposa, ameaçam matá-lo, ou pelo menos deixá-lo paraplégico, para que não possa contar o que sabe. Tudo se complica ainda mais com a chegada da Esposa do Político, da Mulher do Ladrão, do Amante da Esposa do Político e até de um Segundo Ladrão.
Nem todo ladrão vem para roubar é uma farsa ágil e agradável repleta de intrigas e disfarces. Nessa comédia, escrita por Dario Fo com personagens-tipos, o Ladrão e Sua Esposa são retratados como pessoas de princípios e profissionais com ética, enquanto que os proprietários burgueses são descritos como pessoas sem escrúpulos ou ética, que fazem qualquer coisa para alcançar o que querem, custe o que custar. Qualquer semelhança com a atual realidade da elite e da burguesia brasileira não é mera coincidência.
Proposta de cenário e figurinos
Desenvolvido por Nilton Araújo, o cenário do espetáculo é a sala de estar da rica burguesia, composto por móveis e objetos reais, como mesa, um grande e antigo carrilhão, divã e tapete que, agregados à iluminação desenvolvida por André Lemes, criam um espaço concreto para as situações divertidamente absurdas e paradoxais vividas pelas personagens.
O figurino seguirá uma linha realista, buscando identificar a função das personagens por seu estilo, porém invertendo os papéis, mostrando ricos que se assemelham à bandidos, e bandidos que se parecem com trabalhadores honestos, sindicalizados e com carteira assinada.
Este projeto foi realizado com recursos do Prêmio Asas do MinC
Dario Fo e Augusto Marin
Nascido em 24 de março de 1926, Dario Fo é autor, diretor e protagonista de mais de cem farsas e comédias apresentadas em todo o mundo. Criou inúmeros textos publicitários, músicas e monólogos, além, é claro, de ser pintor, cenógrafo, figurinista, encenador, militante político e vencedor do Premio Nobel de Literatura de 1997.
A chave do teatro de Dario Fo é a utilização da história e das tradições populares como metáfora do presente. Para ele, o verdadeiro teatro satírico nasce da tragédia. Sua dramaturgia é construída a partir de desenhos de personagens, esboços de cenas e de um roteiro de situações. Entre os textos que escreveu em sua trajetória estão: “Morte Acidental de um anarquista”, “Brincando em coma daquilo”, “Arlecchino”, “O Papa e a Bruxa” e “Um dia quase igual aos outros”.
A história de Dario e Augusto Marin começou em 1999, quando Augusto participou de atividades da Companhia Fo e Rame, e acompanhou a montagem da Exposição Bonecos com Raiva e Sentimento e da passeata de trem Contra as Tragédias, feita de Brescia a Roma, em protesto pelo não julgamento de policiais que assassinaram operários nos últimos anos, na Itália.
ficha técnica
Texto: Dario Fo e Franca Rame
Tradução e Adaptação: Augusto Marin
Direção: Antonio Aurrera e Augusto Marin
Elenco:
Ladrão - Javert Monteiro
Marido - Augusto Marin
Esposa – Maura Hayas
Esposa do Ladrão - Salete Fracarolli
Amante do Marido – Michelle Gabriel
Amante da Esposa – Neto Villar
Segundo Ladrão – Guilherme Martins
Cenários e Figurinos: Nilton Araújo
Iluminação: André Lemes
Coordenação: Augusto Marin e Michelle Gabriel
Produção e Assessoria De Imprensa: André Moretti
Realização: COMMUNE
Gênero: Comédia
Quanto: R$ 30,00 (Inteira), R$ 15,00 (Estudantes, idosos, classe artística e associados AMB)
Capacidade: 83 Lugares
Duração: 50 min
Recomendação: 12 anos