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O Grupo Teatral Caixa Cênica, de Sergipe, apresenta o espetáculo nos dias 22 e 23 de abril, sábado às 20h e domingo às 18h, no Armazém do Grupo XIX de Teatro, na Vila Maria Zélia.

O espetáculo foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2015 – Circulação. Após a sessão de domingo, o grupo convida integrantes do Grupo XIX de Teatro, para um bate-papo com o público promovendo, assim, um intercâmbio com os grupos locais.

Com direção de Sidnei Cruz, o projeto é concebido como um espetáculo-show, criado a partir de material biográfico da atriz Diane Velôso, costurado de forma poética pela dramaturga brasiliense Lucianna Mauren, sem, contudo, traçar um percurso histórico ou documental quanto à veracidade dos fatos.

O texto é composto de 20 quadros, que podem ser apreciados como fotogramas descontínuos ou flashs de um diário sobre o subterrâneo da alma humana no purgatório do teatro. No enredo, uma cantora de punk-rock começa sua apresentação e, de repente, é acometida por erupções mentais dissociativas, mergulhando em delírios poéticos, misturando lembranças, desejos e realidades expandidas. O que se vê é a sua luta para levar o show até o fim.

O espetáculo surgiu de experiências da atriz Diane Velôso, que passou por situações complicadas de saúde. “O projeto nasceu de uma demanda muito pessoal onde eu estava passando por um processo delicado voltado para essa relação vida-morte, saúde-doença e, diante dessa situação, senti a necessidade de falar sobre isso. Junto com a dramaturgaLucianna Mauren, começamos a trabalhar em cima das minhas memórias aproveitando essa potência da energia da morte. O texto é fragmentado e partiu das minhas memórias, mas não conta minha história”, explica a atriz.

A trilha musical, composta por Alex Sant’Anna e Leo Airplane, imprime força às pulsações da performer que manipula o microfone para distorcer e amplificar a voz proporcionando uma atmosfera de delírio.

“Oferecemos ao público uma experiência de vivência de uma espécie de teatro primordial – um meio de expansão do imaginário por meio do corpo, do som, da palavra, da respiração, do silêncio e da música – onde os espectadores entram em contato com a matéria da poesia”, explica do diretor  Sidnei Cruz.

A concepção cênica se utiliza do caráter híbrido entre show, espetáculo e performance numa busca por “formas cruas do teatro” (cerimônia e ritual), encontrando pontos tangenciais com a dança, a cena biográfica, o teatro-documento, ainda, com as recentes elaborações no campo da psicologia acerca da noção de Persona, onde a personagem age e fala enquanto artista e pessoa.

“O processo de criação também passou pelas demandas que o momento trazia. Um corpo debilitado em processo de cura ou não que foram conduzindo as descobertas de linguagem, o texto sendo construído, as descobertas da direção. As coisas foram surgindo por necessidade e até hoje o espetáculo sofre pequenas mutações numa busca constante pelo lugar da performance, esse lugar muito vivo, orgânico”, conclui a atriz.

Para o diretor, o espetáculo só se torna possível pela Diane Velôso. “Não é um monólogo! É, antes de tudo, uma multiplicidade estilhaçada. Desdobramento de personas, de sujeitos híbridos, um relato alegro-trágico de um corpo em multidão. A experiência é intransferível. Não se repetirá nunca em lugar algum, a não ser nela mesma”, diz.

<br />Marcelinho Hora


Marcelinho Hora

<br />Marcelinho Hora


Marcelinho Hora

Espetáculo-show performático na Vila Maria Zélia

happens
from 22/04/2017
to 23/04/2017

where

Vila Maria Zélia
Rua Mário Costa 13, Belém
São Paulo, SP

source
Adriana Balsanelli
São Paulo, SP

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