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As últimas sessões serão nos dias 21 e 22 de abril, sexta-feira às 20h e sábado às 19h.

A peça, com direção de Eric Nowinski e dramaturgia de Cassiano Sydow Quilici, tem como ponto de partida o livro As Mil e Uma Noites – uma das mais famosas obras da literatura árabe, reunindo uma coleção de contos escritos entre os séculos XIII e XVI – traduzida diretamente do árabe para o português por Mamed Mustafa Jarouche. A proposta é fazer ecoar a voz de Sheerazade, – que, para entreter o rei e salvar a própria vida, não se cansa de contar histórias – uma mulher que enfrenta a tirania dos homens com a potência das histórias. A perspectiva feminina é a força motriz para a dramaturgia.

Na peça, a voz dessa mulher é multiplicada pelas vozes femininas que compõem o grupo de sete atrizes. A dramaturgia sobrepõe as narrativas do livro a notícias contemporâneas de opressão feminina.

O livro contém fábulas de terror, piedade, amor, ódio, medos, paixões desenfreadas, atitudes generosas e de comportamentos cruéis, delicadas e brutais. A obra, de tradição oral árabe e persa, foi escolhida por ser uma referência universalmente reconhecida de difusão de contos populares. “É um livro de tradição oral com histórias milenares dos mais variados gêneros, e ao cruzarmos com histórias de opressão feminina exercitamos o processo de educação e transformação, que é a função do conto, em sua essência. O ato de parar para ouvir, exercitar a imaginação e se colocar no ponto de vista do outro”, diz a atriz Simone Grande.

O diretor Eric Nowinski conta que o grupo fez a primeira interface da obra d’As Mil e Uma Noites com recortes de jornal. “Ao abrirmos os jornais, revistas, sites e outros veículos de comunicação nos deparamos diariamente com notícias sobre abuso, injustiça e violência de gênero. É preciso seguir dando voz às mulheres. E não existe na tradição oral mundial imagem mais emblemática do que a de Sheerazade, noite após noite, seduzindo o sultão Sharyar por meio de narrativas fantásticas que percorrem os mais variados gêneros; e esta imagem é ainda mais universal quando entendida como diálogo entre o feminino e o masculino, entre o oprimido e o opressor,” explica.

“Em tempos de avanço das tecnologias de comunicação estamos perdendo os momentos de compartilhamento que a prática de leitura em voz alta pode trazer. Este tipo de leitura mobiliza não apenas a fala, mas também o corpo e a relação com os demais participantes, gerando um espaço para a construção de subjetividades,” analisa o Eric Nowinski.

Proposta de encenação

Com direção musical de Fernanda Maia e direção de movimento e coreografias de Letícia Doreto, um coro costura musicalmente as narrativas e conduz o público pelo espaço cênico percorrendo os diferentes espaços onde ocorrerão as histórias. Uma abertura musical contextualiza a plateia com a história de Sheerazade, de onde se desdobram as outras narrativas.

O coro funciona como um personagem, que tem a função de permear as cenas individuais com outras texturas sonoras, ambientação musical e diferentes composições espaciais. Instrumentos musicais como o darbuka, de tradição árabe, remete o ouvinte rapidamente a essa cultura. Outros, como o pandeiro, promovem um elo entre a música do oriente médio e do Brasil tornando possível revelar as influências árabes na cultura brasileira.

Também a iluminação tem função cenográfica. Na medida em que as histórias estarão instaladas em diferentes espaços cênicos, a luz, tanto quanto a ambientação de cada espaço é um importante índice de remissão a um espaço-tempo mítico situado entre o fantástico e o maravilhoso, universo proposto pelas narrativas e fábulas originais e o contemporâneo expresso em elementos da condição feminina, que reverberam em diferentes culturas e diferentes momentos históricos.

Sobre As Meninas do Conto

Formado em 1995, o grupo As Meninas do Conto, vencedor de diversos prêmios, (APCA e FEMSA, entre outros), vem direcionando suas criações ao público infantil, sem perder de vista a presença do adulto, que acompanha a criança na ida ao teatro. O grupo vem aproximando a relação com o público adulto através de apresentações em Saraus, Maratonas e Rodas de Histórias.

Possui em seu repertório oito espetáculos. A Princesa Jia e Porque o Mar Tanto Chora (Prêmio APCA e Prêmio Pananco), ambos de 2002. Em 2004, estreou o espetáculo As Velhas Fiandeiras (Prêmio APCA e Prêmio Coca-Cola Femsa). Papagaio Real, produzido em parceria com o Teatro Alfa, estreou em 2005. Em 2008, com o espetáculo BUUUU!! A Casa do Bichão recebeu o Prêmio APCA de melhor espetáculo do ano. Em 2010, estreou Pedro Palerma e outras histórias, indicado em várias categorias para o Prêmio Coca-Cola. Em 2012, com o espetáculo Bruxas, Bruxas...e mais Bruxasrecebeu o Prêmio APCA para todas as  atrizes do elenco. E em maio 2016, estre o Caminho da Roça, eleito Melhor espetáculo Infantil (Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2016) e melhor espetáculo de Valorização da Cultura Popular (Prêmio APCA/2016).

<br />Julia Chequer


Julia Chequer

<br />Julia Chequer


Julia Chequer

Grupo "As Meninas do Conto" encerra temporada do espetáculo Mil Mulheres e Uma Noite

happens
from 21/04/2017
to 22/04/2017

where
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios 363 - Bom Retiro
São Paulo SP Brasil
Segunda a sexta, das 09h às 21h; sábados, das 10h às 17h30

source
Adriana Balsanelli
São Paulo SP

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