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Pela primeira vez na América Latina, mostra apresenta a obra de um dos principais artistas da Arte Narrativa, Mac Adams. Além de fotos, o público pode conferir uma instalação site specific
O Centro Cultural Fiesp traz para o Brasil a obra de um dos fundadores do movimento Arte Narrativa (Narrative Art), o artista americano Mac Adams. A exposição Mens Rea: a cartografia do mistério fica em cartaz de 18 de abril a 8 de julho, com entrada gratuita.
Com curadoria de Luiz Gustavo Carvalho e Anne-Céline Borey, a seleção apresenta ao público brasileiro 17 dípticos da icônica série Mistérios, além da instalação site specific Cartografia de um crime, criada especialmente para a exposição em São Paulo. Nesta instalação, o artista reflete sobre a memória e o esquecimento, por meio de uma relação passional obsessiva. Para isso, Mac Adams constrói um diálogo entre suas imagens e fotografias provenientes do arquivo do Museu Nicéphore Niépce (França), um dos mais importantes da Europa.
Artista escolhido pela França para integrar a programação do Ano Rodin em 2017/2018, Mac Adams desenvolveu um trabalho em duas ou tre?s dimenso?es, que explora o potencial narrativo da fotografia e da instalação na composição de cenas misteriosas. Sua obra mistura referências dos contos do Pai?s de Gales, onde nasceu, dos romances de Arthur Conan Doyle, do cinema de Alfred Hitchcock e do cinema noir.
Assim como um contador de histo?rias, o artista utiliza fotos e objetos em estreita relac?a?o semio?tica, incitando o espectador a penetrar o espaço/tempo entre as obras. “É justamente neste momento de ‘vazio narrativo entre a imagem e o objeto’, que Mac Adams eclode em contextos e narrativas diversas, carregadas de carga psicolo?gica para tornar o vazio quase palpa?vel”, comenta a curadora Anne-Céline.
“Toda a produc?a?o do artista obriga a pessoa a interrogar a veracidade de elementos que transitam entre a realidade e a ficc?a?o. Ao longo da exposição, o espectador é constantemente confrontado com dois instintos: o desejo de ver e as inquietac?o?es por ter visto”, explica Luiz Gustavo.
A exposição conta ainda com a participação de autores de diversas nacionalidades, convidados a escrever textos inspirados em algumas das obras escolhidas pela curadoria. Entre os autores, destacam-se a premiada escritora israelense Tal Nitzán e o poeta brasileiro radicado em Berlim Ricardo Domeneck.
Fios soltos: construção e desconstrução de uma arte narrativa
O artista estará presente no Centro Cultural Fiesp, no dia 17 de abril para ministrar a palestra Fios soltos: construção e desconstrução de uma arte narrativa. Em pauta estarão aspectos importantes de sua obra. A palestra também conta com a participação dos curadores Luiz Gustavo Carvalho e Anne-Céline Borey.
Sobre Mac Adams
Nascido em Brynmawr (País de Gales, Reino Unido) em 1943, Mac Adams naturalizou-se estadunidense ao mudar-se para a cidade de Nova Iorque em 1970.
É considerado um dos fundadores da “Arte Narrativa”, movimento artístico surgido nos Estados Unidos na década de 1970. Em 1974, sua primeira série Mistérios foi exibida na lendária Galeria Green Street, em Nova Iorque. Adams foi associado a um grupo de artistas conceituais que usavam texto e fotografias fictícias, porém se distancia deles por decidir não utilizar a palavra. Mac Adams adota, ao contrário, uma abordagem mais semiótica para a narrativa, na qual a fotografia terá um papel fundamental.
Ao longo da carreira, realizou mais de 13 encomendas de arte pública em larga escala, dentre as quais destaca-se o primeiro grande memorial dedicado à Guerra da Coreia, o War Memorial Battery, em Nova Iorque. Dentre os inúmeros prêmios conquistados estão o Pollock/Krasner Foundation Award (2013) e o prêmio por pesquisa artística da Universidade de Nova Iorque (2002).
Suas obras integram as coleções de fotografia do Victoria and Albert Museum (Londres), Museu de Arte Moderna do Centre Pompidou (Paris) e Museu de Arte Moderna (Nova Iorque), entre outros. Exposições nos principais centros de arte contemporânea, como o Museu de Arte Moderna de Luxemburgo (MUDAM), o Musée Nicéphore Niépce (Chalon-sur Saône), Neue Galerie-Sammlung Ludwig (Aachen), Musée Jeu de Paume (Paris), MOCAK (Cracóvia) e MoMa (Nova Iorque), registram a importância deste artista no cenário artístico mundial.