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A mostra reúne cerca de 20 obras, com técnicas variadas: aquarela, guache sobre papel e óleo sobre tela

O título é propositalmente ambíguo: a palavra “Risco” tanto pode significar o ato de riscar quanto o risco de fazer. Para Stella o ato de pintar, ato que pratica há décadas, é um ato solitário, um exercício contínuo, onde o sujeito se perde nos traços.

Os trabalhos, realizados entre 2015 a 2018, incluem duas séries: a primeira, com o título Inscrições na água, é formada de 12 aquarelas; a segunda, Outono perdido, é composta de 24 guaches sobre papel.

Nesta mostra, o público vai poder mergulhar nos traços únicos e delicados – porém firmes – da artista, e para isto seria preciso entender o que se chama de delicadeza na arte. Paulo Sérgio Duarte, que assina o texto de apresentação da exposição, escreve que “a delicadeza virou um mote da cultura contemporânea. Ela se opõe à brutalidade tão presente em todos os aspectos do mundo em que vivemos. A arte, em muitas ocasiões, é obrigada a incorporar o brutal, para competir com as extravagâncias que dominam o mundo do espetáculo, por isso o viés da delicadeza se tornou a saída de artistas sensíveis e contrários ao momento de negação do espetacular pela brutalidade. Mas não basta a delicadeza, é preciso transmutá-la de uma ética numa poética, e este é o caminho mais difícil. É o caminho de Stella Da Poian. Em seus trabalhos há um esforço de materialização da forma, sem imposição da brutalidade. São formas que deslizam, escorregam pelo nosso olhar. Não batem no olho, apenas se entregam e por isso, pouco a pouco nos pertencem”.

O público é convidado a decifrar as obras, se assim quiser. Não há um conceito fechado, mas um campo aberto para inúmeras interpretações. “O título da mostra resume bem meus trabalhos. Os traços não são iguais, há sempre uma diferença na repetição... Um pincel fino, aquarela preta, papel de boa qualidade, e, assim, o espaço vai sendo preenchido. Mais claros, mais escuros, retos ou não, os traços se sucedem” pontua a artista.

Pequenos traços, simples rabiscos se repetem. Não necessariamente tomam formas, por si só já bastam. “O risco do traço” são quase rabiscos, são abstratos. São marcações no suporte, presença da intenção de correr o risco de existir! “Algumas questões instigam o observador: serão inscrições? Simples presença de traços? Ao largo, de perto, sinal de presença. É isto! E assim é a arte, ela torna a vida mais arriscada”, explica Stella.

”Deixemos as pinturas falarem aos nossos olhos, e, silenciosamente, escutarmos essa fala que, ao não dizer, nos invade, pelo prazer de olhar”, finaliza Paulo Sérgio Duarte.

Sobre a artista

Stella Da Poian é psicanalista, filiada ao Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, e professora (aposentada) da Universidade Federal Fluminense. Frequentou, por 8 anos, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Estudou com ReinaldoRoels, Fernando Cocchiarale, Kate Van Scherpenderg, Daniel Senise e Paulo Sergio Duarte. Alem do Parque Lage seu contato maior foi com Guita Charifer e Lena Bergstein. Em vários espaços mostrou seu trabalho: Solar Grandjean de Montigny, Galerias da Candido Mendes (Ipanema e Centro), Espaço Cultural dos Correios e Galeria SESC Copacabana, entre outros.

Dois momentos, 2017, Aquarela, 30x30cm. Stella Da Poian<br />Mateus Maciel

Dois momentos, 2017, Aquarela, 30x30cm. Stella Da Poian
Mateus Maciel

Exposição "O risco do traço"

happens
from 24/04/2018
to 30/05/2018

opening
24 de abril, das 19h às 21h30

where

Galeria Maria de Lourdes Mendes de Almeida (Universidade Candido Mendes de Ipanema)
R. Joana Angélica, 63 - Ipanema, Rio de Janeiro - RJ
Segunda a sexta, das 14h às 20h, e sábado, das 16h às 20h
(21) 2522-1348

source
Bárbara Chataignier
Rio de Janeiro RJ

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