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Maior retrospectiva já dedicada à obra do artista alemão Joseph Beuys no Brasil reúne 250 obras criadas de 1964 a 1986, entre cartazes, múltiplos, vídeos que registram ações históricas do artista e documentários

A exposição será acompanhada por uma intensa programação educativa, que inclui um Seminário Internacional sobre Beuys, além de cursos, oficinas e visitas inspirados nas práticas do artista. Uma cerimônia de plantio de árvores, que lembra a escultura viva 7000 Carvalhos, criada por Beuys em 1982 para a Documenta de Kassel, abre o seminário, no dia 18 de setembro.

Com curadoria de Antonio d’Avossa, especialista na obra do artista, Joseph Beuys - A revolução somos nós revela a diversidade de estratégias usadas por Beuys para difundir suas proposições políticas e filosóficas – e o projeto de comunicação por trás da obra do artista alemão mais importante do século 20.

“A preocupação constante com a mediação e o gesto político de Beuys tornam a exposição extremamente pertinente no contexto das discussões da 29ª Bienal de São Paulo”, diz Solange Farkas, presidente do Videobrasil e curadora do Museu de Arte Moderna da Bahia, para onde a exposição segue em dezembro.

A exposição

A partir de uma complexa articulação de referências teóricas, que vão do cristianismo à antroposofia, Joseph Beuys (19210-1986) construiu uma obra referencial para a concepção contemporânea de arte. O compromisso político e a crença na transformação social como trabalho artístico marcam seus trabalhos, que se valem de estratégias variadas: ação, escultura, instalação, debates, múltiplos, cartazes.

A produção representada pela exposição corresponde a um período de intensa atividade política, durante o qual Beuys adere ao partido ambientalista alemão Os Verdes, cria a Organização pela Democracia Direta por Plebiscito e funda a Universidade Livre Internacional (F.I.U.), instituição de ensino e debate livres.

Nesse período, Beuys agrega às exposições e performances debates e palestras nos quais defende a ideia de escultura social – a transformação da sociedade como obra artística coletiva. Nesse contexto, passa a usar múltiplos e cartazes como veículos de difusão.

“A partir da segunda metade dos anos 1960, os múltiplos e cartazes tornam-se um verdadeiro arsenal de propaganda para a escultura social e o conceito ampliado de arte”, diz Antonio d’Avossa. “Beuys traça com eles uma estratégia paralela à sua obra e integrada a ela.”

Múltiplos

Entre 1965 e 1986, Beuys criou cerca de 600 múltiplos, alguns em edições ilimitadas, outros em tiragens de até 12 mil exemplares. Os múltiplos tornaram-se moda no início dos anos 1960, como uma nova forma de produção artística possibilitada pelas técnicas de reprodução. Para Beuys, eles eram “ideias e memórias permanentes, pontos de referência, monumentos transportáveis.” Além de chegar a um número maior de pessoas, significavam a possibilidade de colocar em discussão a obra de arte como fetiche.

A exposição reúne 40 múltiplos, que variam de exemplares da revista Der Spiegel com o artista na capa a objetos: a Bateria Capri, em que uma lâmpada se alimenta da energia de um limão; cartões-postais de feltro e madeira; e vinhos e vidros de azeite que carregam a marca da Universidade Livre Internacional (F.I.U.) e/ou do projeto-movimento Defesa da Natureza, que visava estimular a revalorização da agricultura na Itália.

“Para ele, não se tratava de vender obras de arte em maior quantidade, e sim de dar impulso a uma transformação na arte e na sociedade que, em última instância, se revela política”, diz o curador da exposição.

“Não foi por acaso que os múltiplos tornaram-se os veículos de propaganda da Organização pela DemocraciaDireta por Plebiscito e da F.I.U. Apenas na vinculação com a práxis espiritual e política do artista eles adquirem sua verdadeira importância."

Vídeos

Uma seleção de 20 obras em vídeo, datadas de 1964 a 1987, integra a exposição Joseph Beuys - A revolução somos nós. As obras ficam em exibição permanente em quatro recintos dentro do espaço expositivo, e se dividem entre registros de ações históricas e documentários sobre o artista.

O bloco histórico inclui performances seminais do grupo Fluxus, do qual Beuys fez parte, ao lado de Nam June Paik, George Maciunas. Entre as ações mais célebres do artista, o programa tem Eurasienstab (1968), ritual destinado a unir Oriente e Ocidente; e I Like America and America Likes Me (1974), em que Beuys interage com um coiote dentro da galeria nova-iorquina René Block.

Para comprovar a multiplicidade de estratégias de Beuys, o videoclipe Sonne statt Reagan (Sol em vez de Reagan) mostra o artista interpretando, com a banda new wave alemã Die Desserteure, uma canção de protesto contra a política armamentista do então presidente americano Ronald  Reagan, em 1982.

A seleção inclui ainda uma série de documentários em que Joseph Beuys explica fundamentos de sua obra, como o uso do feltro e da gordura. Um deles, Transformer (1979), acompanha o artista durante a montagem da maior retrospectiva que recebeu em vida, no Guggenheim Museum de Nova York, em 1979.

Plantio de árvores e seminário abrem programação educativa da exposição

De setembro a novembro, público da exposição pode participar de oficinas, debates, cursos, seminários e visitas mediadas

Com um Seminário Internacional que debate as ideias de Joseph Beuys e cursos e oficinas construídos em torno das práticas do artista, a Curadoria Educativa da exposição Joseph Beuys - A revolução somos nós traz ao SESC Pompeia uma programação de atividades práticas e reflexivas destinada a públicos diversos. Gratuitas, elas se estendem de setembro a novembro.

Contíguo ao Galpão do SESC Pompeia, onde acontece a exposição, o espaço Universidade Livre Internacional em São Paulo funcionará como uma sede simbólica da F.I.U., instituição fundada pelo artista nos anos 1970 para promover a reflexão sobre o presente e o futuro da sociedade.

Além de oferecer visitas mediadas a grupos agendados ou espontâneos durante todo o período da exposição, o programa inclui atividades práticas em áreas como performance e escultura viva, com a participação de artistas como Ayrson Heráclito e Rubens Espírito Santo.

No Seminário Internacional, o curador Antonio d’Avossa, os pensadores Rainer Rappmann e Volker Harlan e os artistas Monica Nador, Dora Longo Bahia e Rubens Espírito Santo, entre outros, debatem a criatividade como capital humano e o conceito de escultura social.

Uma programação especial voltada ao público infantil e a suas famílias inclui narração de histórias e oficina de plantio de mudas. A ideia é proporcionar um primeiro contato com o conceito de criatividade e a visão ecológica de Beuys.

Uma cerimônia de plantio de árvores, que lembra a obra 7000 carvalhos, projetada por Beuys para Kassel e iniciada na Documenta 7, em 1982, abre o Seminário, no dia 18 de setembro, das 10h às 10h30, no SESC Pompeia.

<br />Divulgação


Divulgação

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Exposição Joseph Beuys - A revolução somos nós reúne no SESC Pompeia 250 obras do artista

happens
from 16/09/2010
to 28/11/2010

more
terça a sábado das 10h às 21h
domingos e feriados das 10h às 20h

where
SESC Pompéia
Rua Clélia 93 Pompéia
São Paulo SP Brasil
terça a sábado, das 9h30 às 21h
domingos e feriados, das 9h30 às 18h
+55 11 3871 - 7700

source
Fernanda Couto
São Paulo SP Brasil

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