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Em Afinidades, Macaparana apresenta trabalhos em diálogo com obras de sua coleção pessoal

Como o trabalho de um artista é influenciado ou mesmo inspirado por seus pares mais próximos, com quem mantém relações profissionais e de amizade? Foi este questionamento que motivou Afinidades, exposição individual do artista Macaparana, em cartaz entre 15 de dezembro e 17 de fevereiro, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro. Com curadoria de Franck-James Marlot, a mostra, que passou pelo Museu Lasar Segall em junho deste ano, reúne trabalhos do pernambucano reconhecido por uma obra que une o rigor geométrico e a informalidade da abstração, e apresenta ainda um recorte de sua coleção pessoal.

"A exposição propõe uma quebra na carreira do artista: um momento particular quando somos convidados a questionar certas transmissões. Não só o que um artista transmite a outro artista, mas também o que o artista transmite ao mundo", pontua Marlot.

O público poderá conferir uma seleção de 15 obras inéditas de Macaparana. São pinturas, desenhos, colagens e recortes sobre cartão que, combinados uns aos outros, formam um conjunto coeso e uniforme, ao mesmo tempo que diverso. Reflexo de influências várias. O artista apresenta ainda preciosidades de seu acervo particular, onde figuram trabalhos de nomes como Josef Albers, Jean Arp, Max Bill, Hércules Barsotti e Willys de Castro, além de cerâmicas pré-colombianas.

Ao reunir esse conjunto, a exposição propõe ao observador um convite para a reflexão sobre a noção de transferência artística e também para a criação de narrativas a partir das semelhanças – ou não – entre os trabalhos do pernambucano com os daqueles que o cercaram e, naturalmente, o inspiraram.

"Não se trata exatamente de uma homenagem calculada, racional. Esses trabalhos não surgiram como releituras de obras que tenho em casa, presentes de artistas com quem convivi", afirma Macaparana. "Quando você vive todos os dias tão próximo a uma obra de arte que ama tanto, é quase inevitável que ela apareça em sua própria produção. Influência e afinidades sempre foram uma coisa natural e bela entre artistas", completa.

Sobre o artista

José de Souza Oliveira Filho nasceu em 1952, em Macaparana, cidade a cerca de 120 quilômetros de Recife, Pernambuco. Protagonista de uma das trajetórias mais notáveis da arte brasileira da segunda metade do século 20, foi autodidata, aprendendo a desenhar e a pintar com lápis e papel, em um período de convalescença durante a infância. Aos 18 anos de idade, expõe pela primeira vez, na galeria da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), na capital do Estado.

Em 1972, realiza sua primeira individual no Rio de Janeiro, cidade onde passa a viver. Na capital fluminense, Macaparana convive com os maiores nomes do neoconcretismo brasileiro, como Lygia Clark (1920 - 1988), Lygia Pape (1927 - 2004), Amilcar de Castro (1920 - 2002) e o poeta e crítico de arte Ferreira Gullar (1930 -2016).

A mudança para São Paulo no ano seguinte vem acompanhada por um ponto de virada em sua trajetória – que entra em ascensão –, e em sua obra, com o abandono da pintura figurativa e a adoção do abstracionismo geométrico. Na cidade – onde vive até hoje –, conhece e se aproxima dos artistas Antônio Maluf (1926 - 2005), Willys de Castro (1926 - 1988) e Hércules Barsotti (1914 - 2010).

É também na capital paulista que tem, pela primeira vez, contato com a obra do uruguaio Joaquín Torres-García (1874-1949), cujos trabalhos lhe remetem à infância em Macaparana. "Todos os elementos e símbolos eram muito familiares para mim. Foi uma experiência tão forte que comecei a trabalhar com cores, elementos e formas parecidos porque me sentia tão confortável e conectado ao universo desse uruguaio, que parecia muito natural", afirma.

No final da década, em 1979, o artista realiza sua primeira individual no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Nesta ocasião, tem seu nome trocado pelo de sua cidade natal no convite da exposição – uma brincadeira de Pietro Maria Bardi, fundador e diretor do museu e seu amigo próximo. A partir de então, todos o chamariam assim.

Em 1991, expõe na 21ª Bienal de São Paulo e apresenta uma nova individual no MASP. Três anos depois, expõe na Pinacoteca do Estado de São Paulo, também em uma mostra somente sua. No exterior, já realizou mostras individuais na Galeria Cayón, de Madrid (2009); na Galeria Jorge Mara, de Buenos Aires (2010) e na Galeria Denise René, de Paris (2011 e 2016). No Brasil, é representado pela Dan Galeria, de São Paulo. Em outubro deste ano, realizará uma exposição sua na Galería A34, de Barcelona.

j.a, Macaparana, 2017<br />Imagem divulgação

j.a, Macaparana, 2017
Imagem divulgação

Macaparana | Afinidades

happens
from 16/12/2018
to 17/02/2019

opening
15 de dezembro, sábado, às 15h

where

Paço Imperial
Praça XV de Novembro, 48, Centro
Rio de Janeiro RJ Brasil
Terça a domingo, 12h às 18h
(21) 2215 2093

source
A4&Holofote
São Paulo

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