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Para afirmar a estreita e ambígua ligação entre arte e política, a 29ª Bienal de São Paulo, toma emprestado como título um verso do poeta Jorge de Lima: “Há sempre um copo de mar para um homem navegar”
Curadores
Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias
Co-curadores
Chus Martinez, Fernando Alvim, Rina Carvajal, Sarat Maharaj e Yuko Hasegawa.
Há sempre um copo de mar para um homem navegar
Com abertura ao público marcada para o dia 25 de setembro, a 29ª Bienal de São Paulo vai expor cerca de 850 obras, 600 legendas, de 159 artistas até o dia 12 de dezembro, no Pavilhão do Ibirapuera. A exposição pretende ser simultaneamente uma celebração do fazer artístico e uma afirmação de sua responsabilidade perante a vida e a sociedade.
Para afirmar a estreita e ambígua ligação entre arte e política, a 29ª Bienal de São Paulo toma emprestado, como título, um verso da obra Invenção de Orfeu (1952), do poeta Jorge de Lima: “Há sempre um copo de mar para um homem navegar”. Verso que sugere que a dimensão utópica da arte está contida nela mesma, e não no que está fora ou além dela.
O lugar e o tempo da 29ª Bienal de São Paulo
Reunindo artistas de dezenas de países, a 29ª Bienal de São Paulo apresenta forte representação de artistas da América Latina, reflexo do lugar e do tempo a partir dos quais ela é pensada: desde o Brasil e desde um momento de rápida reorganização geopolítica do mundo. Sem quaisquer hierarquias, a mostra aproxima ainda obras recentes de outras feitas há muitos anos. Obras ‘históricas’ não são incluídas na 29ª Bienal de São Paulo, portanto, como mero ‘documento’ de um tempo antigo, mas por sua importância para entender-se o mundo contemporâneo.
Terreiros
A mostra não será, ademais, meramente contemplativa. Ela oferecerá ao público formas diversas de experimentar a potência transformadora da arte. Com essa ambição e esse propósito, serão construídos seis espaços de convívio que, além de servirem para pausa antes de seguir-se adiante no percurso da mostra, serão usados para atividades diversas, tais como falas, projeções, performances e leituras. Chamados de terreiros, esses espaços remetem aos largos, praças, terraços, templos e quintais, lugares abertos ou fechados, onde em quase todo canto do Brasil se dança, briga, canta, brinca, toca, chora, conversa, joga ou se ritualiza a religiosidade híbrida do país.
A partir da arquitetura de cada um desses terreiros, idealizados por artistas e arquitetos convidados, e da programação que eles abrigam, questões específicas serão afirmadas e discutidas, deixando patente a presença profunda e diversa da arte na vida. Com título emprestado de obra do escritor argentino Jorge Luís Borges, o terreiro de performances “O outro, o mesmo” será desenvolvido pelo arquiteto Carlos Teixeira. Espaço reservado às projeções audiovisuais, o terreiro “A pele do invisível” terá assinatura do artista esloveno Tobias Putrih.
No terreiro “Dito, não dito, interdito”, nome que evoca a obra do escritor Guimarães Rosa, o arquiteto Roberto Loeb e o grafiteiro Kboco criam espaço para debates e conversas. Também os arquitetos do UN Studio, de Amsterdã, vão criar espaço para atividades discursivas; nomeado de “Eu sou a rua”, esse terreiro celebra o jornalista e cronista carioca João do Rio. É um texto do escritor e dramaturgo paulistano Antonio Bivar, por sua vez, que dá nome ao terreiro projetado pelos artistas Marilá Dardot e Fábio Morais, “Longe daqui aqui mesmo”, misto de biblioteca e labirinto. Por fim, o terreiro “Lembrança e esquecimento”, elaborado por Ernesto Neto, servirá como espaço de respiro, reflexão e descanso.
Por serem parte da programação dos terreiros “Eu sou a rua” e “Dito, não dito, interdito”, as atividades discursivas na 29ª Bienal de São Paulo não seguirão o formato tradicional de conferências e seminários usuais em outras Bienais, concentradas em uma só data. Serão, ao contrário, distendidas ao longo de todo o período de funcionamento da mostra.
As programações de cada um desses terreiros implica a participação de muitos mais artistas na 29ª Bienal de São Paulo, além daqueles incluídos no espaço expositivo.
informações
20 de setembro – Preview
das 9 às 17h (Imprensa)
11h: Coletiva de Imprensa
21 de setembro – Preview
das 9 às 17h (Imprensa)
19h: pré-abertura para convidados institucionais, meio artístico, entre outros.
22 a 24 de setembro
19h: Convidados dos patrocinadores
22 e 23 de setembro
Manhã e tarde: Professores (Programa Educativo)
25 de setembro
10h: Abertura oficial da 29ª Bienal de São Paulo
12 de dezembro
Encerramento da 29ª Bienal de São Paulo
Horários de funcionamento
De 2ª a 4ª feira: das 9 às 19h (entrada até as 18h)
5ª e 6ª feira: das 9 às 22h (entrada até as 21h)
Sábado e domingo: das 9 às 19h (entrada até as 18h)
Entrada gratuita