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Após percorrer cinco cidades do país, peça cult volta a São Paulo para curta temporada
Três personagens beiram o absurdo em uma trama de pistas falsas, recheada de referências como a obra do ilustrador Norman Rockwell, filmes de David Lynch, contos de Dorothy Parker, gags do cinema mudo, músicas do leste europeu e pitadas de humor negro. “Corra como um coelho”, espetáculo da Cia. dos Outros, tem tudo isso e mais um pouco. O público poderá conferir (e rir, afinal é uma comédia) durante a temporada entre 15 de outubro a 14 de novembro de 2010 no TUSP (Rua Maria Antonia, 294 – Vila Buarque, São Paulo). Com direção de Fernanda Camargo, o espetáculo estreou em outubro de 2009 no SESC Avenida Paulista e foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz para circular pelo Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba e Campinas.
Sinopse
Uma dondoca com tendências suicidas, um estrangeiro ingênuo, porém perigoso e um curioso rapaz ferido habitam o misterioso salão de um palacete. Neste cenário obsoleto fazem de tudo para manter as aparências do que é revelado pela boca de cena. Perdidos num inusitado jogo entre o falso e o real, seus depoimentos tragicômicos promovem um verdadeiro mergulho no ridículo.
O espetáculo
Corra Como um Coelho é uma comédia em que o inusitado salta aos olhos do espectador já a partir da atmosfera que permeia o ambiente cenográfico. Em um palacete antiquado, repleto de objetos obsoletos como bichos empalhados, pratarias e poltronas empoeiradas, três personagens estão em cena (interpretados pelos atores Carolina Bianchi, Pedro Cameron e Tomás Decina): uma dondoca pós-moderna com tendências suicidas, um estrangeiro ingênuo, porém perigoso, e um curioso rapaz ferido.
Todos eles proclamam discursos duvidosos, provocando acidentes; são figuras pitorescas que habitam um cenário e fazem de tudo para manter as aparências. Perdidos num jogo entre o que é falso e o que é real, seus depoimentos tragicômicos promovem um mergulho no ridículo de suas existências. O esforço constante em sustentar a ilusão faz com que cheguem a situações patéticas, capazes, porém, de questionar a condição do artista do espectador e da própria arte. São figuras precárias que fogem como o coelho atrasado de Alice, mas se perdem como quem anda em círculos no meio de uma floresta.
Sobre a Cia. dos Outros
A sobreposição de tantas referências não acontece por acaso, pois o desejo do grupo é transitar no absurdo das relações – criar uma síntese desse mundo de simulacros, pastiches e clichês em que estamos mergulhados. O processo revelou o humor e ironia da paródia como potentes ferramentas, capazes de questionar a condição do artista e da própria arte. A Cia. dos Outros é um grupo de pesquisa continuada que teve sua formação no curso de teatro da Universidade de São Paulo. Foram orientadores do trabalho: Antônio Araújo (Teatro da Vertigem) e José Fernando Azevedo (Teatro de Narradores). O grupo vem produzindo estudos e espetáculos ao longo de seus cinco anos de história. “Corra como um Coelho” integrou alguns dos mais importantes festivais de teatro do país, como o Festival Internacional de São José do Rio Preto (FIT), o 16º Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente e o 24º Festivale, de São José dos Campos, além de se apresentar em vários SESCs do interior de São Paulo.
ficha técnica
Espetáculo: Corra como um coelho
Dramaturgia: Cia. dos Outros
Direção: Fernanda Camargo
Interpretação: Carolina Bianchi, Pedro Cameron e Tomás Decina
Orientação de pesquisa: Antônio Araújo e José Fernando Azevedo
Iluminação: Fernanda Camargo
Cenário: Cia. dos Outros
Direção de arte: Antonio Vanfill e Tomás Decina
Figurinos: Antonio Vanfill e Cia.dos Outros
Técnico de luz e som: Luis Gustavo Viggiano
Pesquisa de trilha sonora: Bruno Monteiro e Carolina Bianchi Produção geral: Carolina Bianchi e Tomás Decina
Assistência de produção: Fernanda Mandagará
Concepção gráfica: Tomás Decina
Fotos: Maria Tuca Fanchin