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Livro aborda o processo de transformação da mobilidade na cidade de SP, que descartou o transporte público, em particular aquele sobre trilhos, e se tornou refém do transporte individual, por meio da adoção de políticas públicas.

Introdução

A crise de mobilidade pela qual passa a cidade de São Paulo há muito já deixou de ser tema de conversas entre especialistas e passou a integrar o cotidiano de todos os moradores, não só os usuários dos sistemas de transporte público como aqueles que se deslocam só de automóvel.

O problema tomou tal relevância que até a grande imprensa abre com frequência pautas sobre esse mal que atinge todos aqueles eu deixam suas casas para se deslocar, seja qual for o motivo.

Mas, qual as origens desse problema?Como que a cidade chegou a esse ponto?

Escassa é a bibliografia que discute o tema ou que analisa as origens de seu desenvolvimento urbano e o relacione com as formas de deslocamento adotadas pela cidade desde o século XIX.

O presente trabalho busca justamente analisas o processo de implantação e evolução da rede de bondes da cidade de São Paulo, em paralelo ao seu processo de evolução urbana.

Conteúdo do Livro

A análise inicia-se apresentando o processo de urbanização da cidade iniciado no século XIX, como resultado de um processo contínuo de enriquecimento, dinamizado pela inauguração em 1867 da ferrovia conectando Santos a Jundiaí, relacionando-o com as principais formas de circulação organizada, no período em que antecede a chegada da Light a São Paulo, em 1900.

A inauguração do sistema de bondes traz uma nova forma de exploração dos serviços públicos, expondo diversas contradições na relação entre o concessionário dos serviços de viação e energia e o poder público, detentor das concessões.

A crise de abastecimento de energia ocorrida em meados da década de 20, em paralelo a um surto de propostas urbanísticas que não consideravam o transporte coletivo o elemento estruturador da mobilidade, antecede o impasse que se desenhava ante o futuro da rede de bondes.As restrições impostas pela seca à circulação dos coletivos elétricos estimulou o surgimento do ônibus como alternativa de circulação, rompendo para sempre o monopólio da Light na operação do transporte na cidade.

Mudanças no política  advindas com a Revolução de 30 atrapalharam os planos da Light de expansão de sua rede de bondes.Por outro lado, a prefeitura chega ás mãos de Prestes Maia, um dos maiores críticos do plano de reformulação da rede de transporte da cidade e um dos autores do Plano de Avenidas, que sob sua condução, sairia do papel para redirecionar a expansão da cidade.

Desestimulada, a Light  anuncia entrega á municipalidade o acervo do sistema de bondes.A crise é instaurada, e a prefeitura cria uma comissão para definir soluções.Sob o atento acompanhamento de Prestes Maia, a comissão define as bases do transporte público do município.A concessão caberá a uma empresa pública monopolista, os bondes serão paulatinamente desativados, substituídos preferencialmente pelos trolebus, mas na prática pelos ônibus.

A década de 50 se inaugura, com a cidade tendo consolidada as bases do Plano de Avenidas, onde pesados investimentos viários consolidavam a circulação sob pneus Nele não havia espaço para o transporte público.

Após a gestão de Adhemar de Barros na prefeitura de São Paulo, Prestes Maia o sucede e retoma a desativação do sistema de bondes.Que terá de seu sucessor, Faria Lima, a pá de cal, com banda de música e foguetórios.

Livro "Tudo é passageiro"

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Ayrton Camargo e Silva
São Paulo, SP

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