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Mercado 9 de Outubro e Praça Rotary. Cuenca, Equador, arquiteto Boris Albornoz
Foto divulgação

Em cerimônia realizada hoje, 27 de outubro de 2016, no auditório da Biblioteca Virgilio Barco e Bogotá, Colômbia, foi proclamado o ganhador e as menções do Prêmio Latino-Americano de Arquitetura Rogélio Salmona: Espaços Abertos/Espaços Coletivos, segundo ciclo 2016.

Criado em 2011, o Prêmio Latino-Americano de Arquitetura Rogélio Salmona: Espaços Abertos/Espaços Coletivos destina-se a obras de excelente qualidade e com sentido de lugar que contribuam para a consolidação das cidades da América Latina. As obras são selecionadas por um Comitê Curatorial Internacional de especialistas que na edição de 2016 foi integrado pelos arquitetos e críticos de arquitetura Ana Maria Durán Calisto (Região Andina), Louise Noelle Gras (México, Centro América e Caribe), Fernando Diez (Região Cone Sul) e Ruth Verde Zein (Região Brasil). As 19 obras selecionadas pelo Comitê e que aceitaram participar serão apresentadas em uma exposição itinerante e publicadas em livro.

Nesta semana, um júri composto pelos membros do Comitê Curatorial mais um quinto arquitetoe crítico internacional – Wilfried Wang (Berlin / Universidade de Austin), reuniu-se em Bogotá, Colombia, para reexaminar todas as obras e outorgar o Premio. Após considerar seus muito distintos mas igualmente valiosos méritos, o júri decidiu, por unanimidade, outorgar o Prêmio Salmona 2016 à obra Mercado 9 de Outubro e Praça Rotar, Cuenca, Equador, de autoria do arquiteto Boris Albornoz.

Outras cinco obras receberam menções honrosas. São elas: Parque Biblioteca Belém, Medellín, Colômbia, Hiroshi Naito; Centro Cultural Chimkowe, Peñalolén, Santiago, Chile, Gubbins Arquitetos; Parque Explora, Medellín, Colômbia, Empresa de Desarrollo Urbano EDU; ISA – Sede do Instituto Socioambiental, São Gabriel da Cachoeira, Brasil, Brasil Arquitetura; La Tallera Siqueiros. Cuernavaca, México, Frida Escobedo.

Premiado no portal Vitruvius

PORTAL VITRUVIUS. Parque Explora. Museo Interactivo de Ciencia y Tecnología. Projetos, São Paulo, año 12, n. 134.05, Vitruvius, feb. 2012 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/12.134/4263>.

Ata do julgamento

Pela presente, despois das sessões de julgamento dos dias 24 e 25 de outubro de 2016, os cinco membros do júri qualificador do Prêmio Latino-Americano de Arquitetura Rogélio Salmona: Espaços Abertos/Espaços Coletivos entregamos à Presidente da Junta Diretiva da Fundação Rogélio Salmona, arquiteta Maria Elvira Madriñan, a Ata de Julgamento das obras participantes no segundo ciclo do Prêmio, que segue.

Antecedentes

A Fundação Rogelio Salmona, convencida da necessidade de contribuir para que as cidades sejam cada vez mais inclusivas e equitativas, decidiu em 2010 assumir o compromisso com a sociedade de criar e outorgar o Prêmio Latino-Americano de Arquitetura Rogélio Salmona: Espaços Abertos/Espaços Coletivos, destinado a obras de excelente qualidade e com sentido de lugar que contribuam para a consolidação das cidades da América Latina.

O Prêmio Latino-Americano de Arquitetura Rogélio Salmona: Espaços Abertos/Espaços Coletivos é o resultado de um processo de identificação, estudo e seleção de obras elegíveis e premiação de uma obra, por parte de um comitê de experts denominado Comitê Curatorial do Prêmio.

A Fundação Rogelio Salmona lançou o Segundo Ciclo do Prêmio em abril de 2016 e conformou o Comitê Curatorial Internacional para a identificação, estudo e pré-seleção de obras elegíveis e a premiação de uma obra, em acordo com os Termos de Referência do Prêmio. Para o segundo ciclo do Prêmio os quatro integrantes do Comitê Curatorial Internacional são: Ana Maria Durán Calisto (Região Andina), Louise Noelle Gras (México, Centro América e Caribe), Fernando Diez (Região Cone Sul) e Ruth Verde Zein (Região Brasil).

O processo de pré-seleção de obras em cada região tomou alguns meses de trabalho e culminou com a deliberação dos membros do Comitês levada a cabo nos dias 4 e 5 de agosto de 2016; os quais, em ata de 05 de agosto de 2016 indicaram as 20 obras pré-selecionadas, finalizadas entre os anos 2002 e 2010, ou seja, com pelo menos 5 anos de uso no momento do lançamento do segundo ciclo do Prêmio.

As obras selecionadas foram:

1.Região México, América Central e Caribe:

1.1.Plaza O2 / Hotel Habita. San Pedro Garza García, México.

1.1.Centro para Puerto Rico, Fundação Sila M. Calderón. San Juan, Puerto Rico.

1.1.IUFM Guyane (Universidade da Guiana). Cayena, Guayana francesa.

1.1.La Tallera. Cuernavaca, México.

1.1.Escuela de Artes Universidade de Oaxaca. Oaxaca, México

2. Região Brasil:

2.1. Câmara Legislativa do Distrito Federal. Brasília, Brasil.

2.2. Centro Cultural Max Feffer. Pardinho, Brasil.

2.3. Parque da Terceira Água+ Beco São Vicente. Belo Horizonte, Brasil

2.4. ISA Instituto Socioambiental. São Gabriel da Cachoeira, Brasil.

2.5. Centro de Artes e Educação dos Pimentas. Guarulhos, Brasil.

3. Região Cone Sul:

3.1. Segunda Etapa Centro de informação e documentação Sergio Larrain García–Moreno. Santiago, Chile.

3.2. Centro Cultural Chimkowe. Peñalolén, Santiago, Chile.

3.3. Banheiros Públicos no Parque Urquiza. Rosário, Argentina.

3.4. Centro Municipal do Distrito Sudoeste. Rosário, Argentina.

3.5. El Molino, Fábrica Cultural. Santa Fé, Argentina.

4. Região Andina:

1.4.1. Parque Explora, Medellín, Colombia.

1.4.2. Biblioteca Pública de Belén, Medellín, Colombia.

1.4.3. Mercado 9 de Outubro e Praça Rotary, Cuenca, Ecuador.

1.4.4. Ateneo Municipal. Zulia, Venezuela.

1.4.5. Praça Los Palos Grandes. Caracas, Venezuela.

Os autores das 20 obras pré-selecionadas pelo Comitê Curatorial Internacional do Prêmio foram convidados pela Fundação Rogelio Salmona a participar do segundo ciclo do Prêmio Latino-Americano de Arquitetura Rogélio Salmona: Espaços Abertos/Espaços Coletivos, 2016. Os autores da obra 3.1. Segunda Etapa Centro de informação e documentação Sergio Larrain García-Moreno. Santiago, Chile, não enviaram a documentação requerida para a participação no Prêmio, restando 19 obras participantes na fase de deliberação final.

Em cumprimento aos Termos de Referência do Prêmio, os quatro membros do Comitê Curatorial Internacional, Ana Maria Durán Calisto, Louise Noelle Gras, Fernando Esteban Diez, Ruth Verde Zein e o jurado internacional convidado pela Fundação Rogelio Salmona, Wilfried Wang (Alemanha) se constituíram como jurados para a fase de deliberação final.

Ata de deliberações

A análise de todas as obras permitiu um debate frutífero entre os membros do júri, com a exposição de diversos pontos de vista e opiniões variadas, de maneira aberta e gratificante, chegando finalmente a acordos firmes por unanimidade. Após uma primeira ampla revisão das obras participantes, se levaram a cabo debates e análises que concluíram pela seleção de obras a serem destacadas. O júri considerou obras de muito diferentes características, diversas condições de sitio, escalas de intervenção, encargo e recursos. Com seus muito distintos mas igualmente valiosos méritos, cinco delas foram consideradas merecedoras de Menções Honrosas do Prêmio Latino-Americano de Arquitetura Rogelio Salmona, em seu segundo ciclo. São elas:

Parque Biblioteca Belém, Medellín, Colômbia
Hiroshi Naito

Parque Biblioteca Belém, Medellín, Colômbia, arquiteto Hiroshi Naito
Foto divulgação


O conjunto se integra acertadamente ao entorno urbano, e ao mesmo tempo, a natureza circundante forma parte fundamental do projeto. Seus espaços e circulações fluidas interconectam os ambientes oferecidos pelo centro cultural com as praças e jardins exteriores, onde se podem desenvolver um bom número de atividades. A sobriedade e qualidade do projeto arquitetônico traz aos usuários tanto uma particular qualidade introspectiva, como a articulação das relações humanas.

Centro Cultural Chimkowe, Peñalolén, Santiago, Chile
Gubbins Arquitetos

Centro Cultural Chimkowe, Peñalolén, Santiago, Chile, escritório Gubbins Arquitetos
Foto divulgação

A nova edificação se articula com a existente de maneira respeitosa e estratégica, organizando um pátio intermediário e um jardim posterior,  valorizando os acesso públicos pela esquina. O volume discreto em consonância com a vizinhança, com um salão coberto multiusos, acessível visual e fisicamente por todos os lados, convida ao desfrute e permanência dos usuários.

Parque Explora, Medellín, Colômbia
Empresa de Desarrollo Urbano EDU

Parque Explora, Medellín, Colômbia, Empresa de Desarrollo Urbano EDU
Foto divulgação

O projeto é parte de um ambicioso programa sócio-político de Medellin que vem proporcionando aos cidadãos um espirito de confiança em si mesmos, aprendizagem e superação. O Museu da Ciência vem recebendo por volta de um milhão de visitantes anuais desde sua inauguração, e muitos mais tem desfrutado de seu parque. Elevando-se sobre a vegetação e os edifícios circundantes, a concatenação livre de quatro volumes vermelhos e curvilíneos se converteu em símbolo de uma comunidade determinada a oferecer à juventude de Medellín um futuro inspirado no intercâmbio lúdico entre a natureza e a ciência.

ISA – Sede do Instituto Socioambiental, São Gabriel da Cachoeira, Brasil
Brasil Arquitetura (Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz)

ISA – Sede do Instituto Socioambiental, São Gabriel da Cachoeira, Brasil Brasil Arquitetura (arquitetos Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz)
Foto divulgação

A Amazônia é em um dos contextos mais desafiantes para a arquitetura. Esta simples estrutura de planta quadrada foi erigida com técnicas construtivas, materiais e mão de obra próprias deste assentamento de 20 mil habitantes, na sua maioria indígenas pertencentes a diversas etnias. O espaço de convivência se situa, como ocorre nos barcos amazônicos, na cobertura; uma espécie de maloca elevada que é possível acessar diretamente do terreno, por meio de uma escada linear. É também um mirante, que valoriza a relação entre o rio e a cidade. O conjunto também oferece um grande salão multiuso, biblioteca e telecentro abertos à comunidade.

La Tallera Siqueiros. Cuernavaca, México
Frida Escobedo

La Tallera Siqueiros. Cuernavaca, México, arquiteta Frida Escobedo
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O projeto transforma o ex-ateliê do artista David Siqueiros em um museu e centro cultural dedicado às artes plásticas e a celebrar o legado do artista. Abre seu antigo pátio à cidade, gerando um cenário urbano único por meio dos murais de Siqueiros, que foram girados para qualificar o espaço urbano, servir de prelúdio ao ingresso e criar uma situação contemporânea de sugestiva instabilidade. O uso de um muro perfurado permite gerar uma controlada transparência e ao mesmo tempo, unificar as distintas construções novas e preexistentes. O edifício e seu átrio se integram à praça fronteira gerando um lugar memorável que se soma positivamente ao espaço público da cidade.

Finalmente, o jurado decidiu outorgar o Prêmio Latino-Americano de Arquitetura Rogélio Salmona: Espaços Abertos/Espaços Coletivos 2016, à obra:

Mercado 9 de Outubro e Praça Rotary. Cuenca, Equador
Boris Albornoz

Mercado 9 de Outubro e Praça Rotary. Cuenca, Equador, arquiteto Boris Albornoz
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Uma intervenção exemplar no centro histórico de Cuenca, recuperando espaços urbanos que estavam ocupados pelo comércio formal e informal, retornando, de maneira qualificada, o espaço público aos cidadãos. A restauração e expansão do antigo Mercado 9 de Outubro amplia a oferta de áreas comerciais para absorver os vendedores informais, melhorar o conforto dos usuários e valorizar o patrimônio da cidade. Em contraponto indispensável, a reorganização do comércio informal na Praça Rotary proporciona dignidade e valoriza os artesãos que oferecem os produtos do seu trabalho a moradores e visitantes. As conexões urbanas entre todos os equipamentos criam percursos diagonais que interligam os espaços de distintas escalas da estrutura tradicional da cidade, garantindo a unidade e reafirmando a qualidade da intervenção. A arquitetura proposta é discreta e contemporânea, seja no edifício do mercado, ela maneira elegante com que é realizado o sobre-teto, sem perda do valor patrimonial do edifício; seja nos equipamentos urbanos propostos, de uma geometria clara e funcional.

Mercado 9 de Outubro e Praça Rotary. Cuenca, Equador, arquiteto Boris Albornoz
Foto divulgação

Mercado 9 de Outubro e Praça Rotary. Cuenca, Equador, arquiteto Boris Albornoz
Foto divulgação

Mercado 9 de Outubro e Praça Rotary. Cuenca, Equador, arquiteto Boris Albornoz
Foto divulgação

Mercado 9 de Outubro e Praça Rotary. Cuenca, Equador, arquiteto Boris Albornoz
Foto divulgação

O júri considera que a obra premiada e as cinco mencionadas são exemplos arquitetônicos de destaque  que enaltecem a vida cidadã. Entende também que a totalidade das obras selecionadas conforma um conjunto louvável de boas práticas a serem reconhecidas, valorizadas e emuladas. Felicita a Fundação Rogélio Salmona fazendo votos para que o Prêmio Latino-Americano de Arquitetura Rogélio Salmona: Espaços Abertos/Espaços Coletivos continue, nos próximos ciclos, reconhecendo e divulgando outras obras e arquitetura que, além de suas qualidades intrínsecas, também contribuem significativamente para o melhoramento dos espaços públicos e coletivos de nossas cidades.

Em testemunho do que foi dito, firmamos a presente ata,

Ana Maria Durán Calisto
Fernando Esteban Diez
Louise Noelle Gras
Wilfried Wang
Ruth Verde Zein

Júri do Prêmio Latino-Americano de Arquitetura Rogélio Salmona: Espaços Abertos/Espaços Coletivos, segundo ciclo 2016

Prêmio de Arquitetura Rogelio Salmona 2016

source
Ruth Verde Zein
Bogotá Colômbia

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