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A parceria entre as duas instituições é a primeira do tipo no hemisfério sul, objetivando promover conexões entre museus, instituições culturais e universidades criativas no Brasil e no Reino Unido

Parte de uma parceria de longo prazo, MASP e Afterall (centro de pesquisa da Universidade de Artes de Londres) se uniram para discutir criticamente ideias de descolonização em relação à história da arte e aos museus. A primeira iniciativa desta colaboração, um seminário, irá ocorrer no MASP nos dias 18 e 19 de outubro, manhã e tarde, e levantará questões e propostas para a reinterpretação de exposições e coleções dos museus a partir de leituras descolonizadas e não-canônicas, abordando também o surgimento de novas práticas artísticas e curatoriais que, explicitamente, questionam os legados coloniais na arte, na curadoria e na escrita crítica sobre arte. O projeto tem o apoio do Newton Fund [Fundo Newton], através do British Academy.

Com nomes nacionais e internacionais, o evento contará com a presença de curadores, artistas e teóricos, entre eles Bambi Ceuppens (Royal Museum for Central Africa, Bélgica), Candice Hopkins (Curadora, Canadá), Elizabeth A. Povinelli (Columbia University, EUA), Estefanía Peñafiel Loaiza (Artista, Equador/França), Esther Gabara (Duke University, EUA), Julieta González (Museo Jumex, México), Lewis R. Gordon (University of Connecticut, EUA), Luciana Ballestrin (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil), Nelson Maldonado-Torres (Rutgers University, EUA), Rolando Vázquez (University College Roosevelt, Holanda), Shela Sheikh (Goldsmiths, Inglaterra), Sheena Wagstaff (Metropolitan Museum of Art, EUA), Suely Rolnik (PUC-SP, Brasil) e Yaiza Hernández Velázquez (Central Saint Martins, Inglaterra). Confira abaixo a programação completa e mais informações no site.

A entrada é gratuita e os ingressos deverão ser retirados com duas horas de antecedência na bilheteria do museu. Para participar, interessados precisam se cadastrar no dia do evento. Cada ingresso é válido para um dia de fórum. Certificados serão emitidos apenas para participantes que comparecerem aos dois dias de seminário e serão enviados para os e-mails já cadastrados. Haverá tradução simultânea.

Com apoio do programa de intercâmbios do British Council, Mark Lewis, co-diretor do Afterall, e André Mesquita, coordenador de mediação e programas públicos do MASP, passaram um período entre 2017 e 2018 nas instituições um do outro e desenharam uma colaboração. A parceria de expansão de conhecimento entre as duas instituições é a primeira do tipo no hemisfério sul. O Exchange Programme do British Council foi projetado para construir conexões entre museus, instituições culturais e universidades criativas no Brasil e no Reino Unido.

Além do seminário, o projeto de pesquisa inclui também publicações de artigos acadêmicos sobre o tema entre 2018 e 2019, que serão publicados nos sites do MASP e Afterall e depois reunidos em uma antologia a ser publicada em 2020, contemplando ainda outros textos que já são referência a respeito de arte e descolonização.

Com apoio do British Council, o MASP publicará, em 2019, uma reedição traduzida do livro Art and Social Chance [Arte e mudança social], lançado pelo Afterall há dez anos e hoje esgotado.

O Afterall, fundado em 1998, é um centro de pesquisa e publicação dedicado à arte contemporânea e à história das exposições da Universidade de Artes de Londres (University of the Arts London). Trabalha em colaboração com parceiros internacionais por toda a Europa, América do Norte e Ásia.

Tal projeto conversa com a visão curatorial do MASP de apresentar diferentes perspectivas da história da arte que desafiem as convenções e questões visuais das narrativas centradas na Europa. Em 2015, o museu inaugurou um ciclo de exposições que visam ir além da interpretação canônica da arte, desenvolvendo uma abordagem que contesta fronteiras, cronologias, tipologias e hierarquias entre objetos. As exposições se concentram em uma curadoria que enfatiza histórias, vozes e imagens de grupos que têm sido historicamente reprimidos ou marginalizados. Neste ano, a programação é inteiramente dedicada às histórias afro-atlânticas.

Quinta-feira, 18 de outubro

10h-10h30

Introdução

10h30-12h30

Rolando Vázquez

O fim do contemporâneo, a decolonialidade e a tarefa da escuta

Luciana Ballestrin

Do pós-colonialismo à pós-democracia? Os limites da democracia liberal na América Latina e o desafio do giro decolonial

Nelson Maldonado-Torres

Colonialidade visual e o caldeirão do tempo e do espaço moderno/colonial: notas sobre a colonialidade do ser e a estética decolonial

14h-16h

Julieta González

Memórias do subdesenvolvimento, da arte e do giro decolonial na América Latina 1960-1985

Yaiza Hernández Velázquez

Pode um museu nos libertar?

Sheena Wagstaff

Miscelânea enciclopédica

Conferência

16h30-17h30

Lewis R. Gordon

Descolonizando a estética negra

Sexta-feira, 19 de outubro

10h30-12h30

Shela Sheikh

“Aquilo que não podemos não querer”: racismo ambiental, testemunho mais-que-humano e paradoxos da representação

Estefanía Peñafiel Loaiza

Diálogos: da apropriação à regurgitação

Elizabeth A. Povinelli

Superfícies estraçalhadas, imagens insistentes

14h-16h

Candice Hopkins

Rumo a uma prática decolonial de escuta

Esther Gabara

Arte como ficção: conceitos ameríndios para a teoria visual

Suely Rolnik

Descolonizar a pulsão criadora

Conferência

16h30-17h30

Bambi Ceuppens

Descolonizando um monumento colonial

Sobre os participantes

Bambi Ceuppens

Doutora em Antropologia Social. É pesquisadora sênior no Royal Museum for Central Africa (RMCA), professora convidada de Antropologia da Arte na Ghent School of the Arts e professora visitante de Arte Contemporânea Não-Ocidental e de Arte Não-Ocidental na Sint Lucas School of the Arts na Antuérpia. Foi curadora da exposição Indépendance! Congolese Tell their Stories of Fifty Years of Independence (RMCA, 2010).

Candice Hopkins

Curadora sênior da Bienal de Arte de Toronto e co-curadora da SITE Bienal de Santa Fé, Casa Tomada (2018/2019). Participou da equipe curatorial da documenta 14 em Atenas e Kassel (2017), e foi co-curadora de grandes exposições, como Close Encounters: The Next 500 Years (Winnipeg Art Gallery ,2011), e da bienal SITElines de 2014, Unsettled Landscapes, em Santa Fé, Novo México. Seus ensaios mais recentes incluem “Outlawed Social Life”, para a South as a State of Mind (revista de arte e cultura da Documenta 14). É cidadã da Carcross/Tagish First Nation (primeira nação em território canadense).

Elizabeth A. Povinelli

Antropóloga e cineasta. É professora Franz Boas de Antropologia na Columbia University, em Nova York, e uma das fundadoras do Karrabing Film Collective (grupo de mídia de base indígena). Suas publicações recentes incluem o livro Geontologies: A Requiem to Late Liberalism (Duke University Press, 2016). Povinelli vive e trabalha entre Nova York e Darwin, na Austrália.

Estefanía Peñafiel Loaiza

Nasceu em Quito (Equador) e desde 2002 vive e trabalha em Paris. Sua prática artística encontra motivação em questões relacionadas a seus próprios deslocamentos e mudanças entre seu país de origem e aquele onde se encontra estabelecida. Essa situação levou-a a explorar, em um espectro mais amplo, noções como territórios, migrações, fronteiras, memória e história, visibilidade e invisibilidade. Trabalha com diferentes linguagens e mídias, como instalações, vídeo, fotografia e ações.

Esther Gabara

Professora associada E. Blake Byrne de Estudos Românicos e de Arte, História da Arte e Estudos Visuais na Duke University. Foi curadora docente convidada da exposição itinerante Pop América, 1965-1975 (Nasher Museum, Duke/McNay Art Museum, 2018/19). É autora de Errant Modernism: The Ethos of Photography in Mexico and Brazil (Duke University Press, 2008), além de diversos artigos e catálogos, como Estudios de cultura visual en América Latina (IIE/UNAM, México, 2018).

Julieta González

Diretora artística do Museo Jumex na Cidade do México. Já ocupou cargos curatoriais no Museu de Arte de São Paulo, Museo Tamayo na Cidade do México, Bronx Museum, Tate Modern, Museo de Bellas Artes de Caracas e Museo Alejandro Otero. Organizou mais de 60 exposições em todo o mundo, além de participar como co-curadora ou curadora convidada de exposições internacionais como a Bienal de Lyon (2007), Insite San Diego/Tijuana (2005) e Bienal de Praga (2003).

Lewis R. Gordon

Filósofo e músico. Professor de Filosofia com afiliação em Estudos Judaicos, Estudos Caribenhos e Latino-americanos, Estudos Asiáticos e Asiático-Americanos e Estudos Internacionais na UCONN-Storrs. Seus livros mais recentes são What Fanon Said: A Philosophical Introduction to His Life and Thought (Fordham University Press, 2015) e Geopolitics and Decolonization: Perspectives from the Global South (Rowman & Littlefield International, 2018), junto com Fernanda Frizzo Bragato.

Luciana Ballestrin

Doutora em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (2010), tendo realizado Estágio Doutoral na Universidade de Coimbra (2008). Atualmente, é Professora Adjunta IV de Ciência Política do Curso de Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Pelotas. Atua e investiga na área de Teoria Política Contemporânea, especialmente sobre democracia, violência e pós-colonialismo.

Nelson Maldonado-Torres

Professor de Estudos Latinos e Caribenhos e de Literatura Comparada na Rutgers University, em New Brunswick. Foi editor convidado de edições especiais sobre “mapeamento do giro decolonial” para o periódico Transmodernity. Trabalha atualmente na edição de uma antologia de feminismos decoloniais latino-americanos junto com Yuderkys Espinoza e María Lugones, e no projeto de outros dois livros: Theorizing the Decolonial Turn e Fanonian Meditations.

Rolando Vázquez

Leciona sociologia na University College Roosevelt e é afiliado aos departamentos de Estudos de Gênero e ao ICON (Instituto de Pesquisa Cultural) da University of Utrecht. Foi curador do workshop “Staging the End of the Contemporary” para o MaerzMusik no Berliner Festspiele (festival que promove diversas manifestações artísiticas). Seu trabalho busca transgredir o domínio da contemporaneidade, heteronormatividade e modernidade/colonialidade para contribuir com instituições, epistemologia, estética e subjetividade decolonizadoras.

Sheena Wagstaff

Chefia os trabalhos do Metropolitan Museum of Art, em Nova York, em arte moderna e contemporânea. Wagstaff deu início e dirige o programa internacional de exposições The Met Breuer, além de ser responsável por construir e expandir a coleção com um viés cultural e geográfico. Antes do MET, Wagstaff era curadora-chefe da Tate Modern e ocupou cargos no Frick Art Museum em Pittsburgh, na Whitechapel Art Gallery em Londres, e no Museum of Modern Art em Oxford.

Shela Sheikh

Professora na Goldsmiths, University of London, onde cursa o mestrado em Cultura Pós-Colonial e Política Global e co-dirige a vertente de pesquisa em Ecologias Críticas. Trabalha atualmente em um projeto de pesquisa multiplataforma sobre colonialismo, botânica e políticas de plantio. Foi co-editora de “The Wretched Earth: Botanical Conflicts and Artistic Interventions” (edição especial da Third Text, 2018), com Ros Gray; e de Theatrum Botanicum (Sternberg Press, 2018), com Uriel Orlow.

Suely Rolnik

Psicanalista, crítica dos regimes de produção de cultura e de subjetividade e professora titular da PUCSP. Autora, entre outros livros, de Esferas da insurreição (N-1, 2018), Archivmanie (Documenta 13, 2011) e co-autora com Félix Guattari de Micropolítica - Cartografias do desejo (Vozes, 1986). Cocuradora com Corinne Diserens da exposição Lygia Clark, do objeto ao acontecimento (Musée de Beaux-arts de Nantes, 2005, e Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2006).

Yaiza Hernández Velázquez

Professora na Central Saint Martins-University of the Arts London, onde é responsável pelo mestrado Estudos de Exposições em colaboração com o Afterall. Sua pesquisa se concentra, em um sentido amplo, em instituições de arte como locais de relevância política e filosófica e na maneira em que a “teoria” tanto informou quanto restringiu esses esforços políticos. Suas publicações incluem “Imagining Curatorial Practice after 1972” em Curating after the Global (Bard College-MIT Press, 2018).

<br />Imagem divulgação  [Website masp.org.br]


Imagem divulgação [Website masp.org.br]

Masp e Centro Britânico de Estudos Afterall

source
MASP
São Paulo

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