Às vésperas das eleições presidenciais a revista marxista MAISVALIA vem a público com sua edição número 9. Novamente, entrevistas e textos teóricos são combinados, registrando a voz e a consciência histórica da classe trabalhadora

Com destaque é apresentada sequência de entrevistas sobre as eleições 2010 com vários dirigentes de partidos de esquerda: Martiniano Cavalcante (PSOL), Eduardo Almeida (PSTU) e Fernando Dillenburg (MNN) falam da conjuntura nacional e internacional, discutem os programas dos partidos e as perspectivas destas eleições. Entre as entrevistas, pode-se ler ainda o relato de um metalúrgico da Volkswagen e um ex-metalúrgico da Cinpal a respeito da exploração crescente nas fábricas brasileiras: mais hora extra e menos salários. Em seguida, liderança dos trabalhadores de autopeças do ABC, Fábio Latino, fala sobre a luta diária de oposição ao sindicato na região de Santo André.

Ainda entre as entrevistas, a MAISVALIA 9 ouviu Ivanete Araújo, liderança do movimento sem-teto do centro de São Paulo, e ainda três ativistas que intervieram na última greve dos funcionários na maior universidade do país, a Universidade de São Paulo.

Entre os artigos teóricos, o Prof. Dr. Jadir Antunes (UNIOESTE-PR), analisa a relação entre as posições de Rosa Luxemburg e a obra O capital, de Marx. Ainda nessa seção, o Prof. Dr. Fábio Luis Barbosa dos Santos (UnG e doutorando pela USP) trabalha a problemática da renda da terra, conforme o terceiro livro de O capital, de Marx.

Com destaque também é publicado artigo do economista australiano Nick Beams a respeito do atual estágio da crise econômica mundial, vinculado à dívida estatal e às medidas de austeridade sustentadas pelos governos capitalistas.

Foi publicado também a primeira parte do levantamento histórico feito por Ron Jorgenson sobre a greve dos caminhoneiros norte-americanos de Mineápolis, em 1934, talvez um dos pontos mais altos do movimento trotskista internacional.

Fecha a edição Hector Benoit, recordando os 30 anos da morte do poeta e compositor Vinicius de Moraes, que viveu a poesia e seus caminhos difíceis (e tristes, desde Baudelaire e Rimbaud) com fidelidade absoluta.