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O fogo da tocha dos Jogos Abertos do Interior acendeu a pira olímpica instalada na Arena Santos, ginásio inaugurado na quarta-feira (27/10) para receber a 74ª edição da competição
Principal palco do certame que acontecerá em Santos, de 4 a 14 de novembro, a obra contou com recursos oriundos da própria PMS (Prefeitura Municipal de Santos) e do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), liberados pelo governo do Estado de São Paulo.
A tocha tinha sido acesa na terça-feira (26/10) em Monte Alto (cidade-sede da primeira edição dos Jogos Abertos, em 1936), durante cerimônia no obelisco Horácio Baby Barioni. Em Santos, antes de chegar à pira do ginásio pelas mãos do ex-judoca Rogério Sampaio, medalhista de ouro em Barcelona, ela percorreu um roteiro de 32 Km que começou no mar, em canoa havaiana, com desembarque na Ponta da Praia. Recebida pelo prefeito João Paulo Tavares Papa, passou por várias instalações esportivas que serão usadas no certame, finalizando o itinerário no novo equipamento da Vila Mathias.
Durante o trajeto o fogo simbólico foi conduzido por 142 pessoas, entre atletas e gente ligada ao esporte santista e da comunidade. O revezamento, que começou com a judoca Daniele Zangrando, incluiu atletas que fizeram e fazem a história do município mais esportivo do País. Entre eles, o ex-pugilista Lúcio Grottone, 83 anos, medalha de prata no Pan-americano de 1951; Ana Marcela Cunha, campeã mundial de maratonas aquáticas; ultramaratonista Valmir Nunes e o judoca Leandro Guilheiro, medalha de prata no Mundial do Japão deste ano e bronze nas duas últimas Olimpíadas (Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008).
Instalações modernas
Segundo o arquiteto Aguinaldo Secco Júnior, autor do projeto da Arena Santos, o equipamento foi concebido dentro das normas internacionais do esporte, podendo receber desde competições de vôlei e basquete até campeonatos de ginástica artística e judô. Iluminação e ventilação naturais, além de cobertura com proteção termo-acústica foram priorizadas pelo programa arquitetônico.
Compacto e funcional, o prédio do bairro da Vila Mathias ergue-se em rua bem central da cidade, a Rangel Pestana (B), entre duas grandes avenidas - a Ana Costa (A1) e a Waldemar Leão (B1) - tendo a oxigenação do ar garantida pela densa vegetação do morro que se encontra ao fundo (A). Compreende o térreo e mais três pavimentos.
No nível da rua ficam a guarita envidraçada e as entradas para o estacionamento de 3.260 m2 com 120 vagas, das quais 20 se destinam a motocicletas. Ele corresponde a 3.260 m2 do total de 11.028 m2 de área construída que a obra apresenta. Externamente há outros dois, reservados para ônibus das equipes e veículos da imprensa.
Destacando-se na fachada, cinco rampas dão acesso ao primeiro andar e às quatro entradas principais. É ali que se encontra a “alma” do Arena Santos. Valorizada pela iluminação natural para evitar sombras que possam atrapalhar os atletas, principalmente em partidas com bolas, a quadra poliesportiva tem 20 por 40 metros. Do tipo flutuante, conta com piso reforçado, que oferece mais segurança porque amortece em até 30% o impacto de saltos e quedas. Dispõe de pontos para arbitragem informatizada, placar eletrônico e moderno sistema de som.
As arquibancadas estendem-se do primeiro ao terceiro pavimento. Possuem assentos numerados e capacidade para 5.000 espectadores – 36 delas para cadeirantes, 80 para pessoas com mobilidade reduzida e 40 para obesos. As das extremidades da quadra são retráteis. Elas cedem espaço para a instalação de dois palcos destinados a eventos artísticos, como shows musicais e peças de teatro. Espetáculos esses para os quais se reservam, do mesmo modo que para as disputas, cinco camarotes para as autoridades (B) e seis cabines para a Imprensa (A), situados em lados opostos.
Nos bastidores
Os ambientes foram equilibradamente distribuídos entre as alas A1 e B1, em particular no primeiro andar, conforme indica o engenheiro Ivanildo Rocha, da Construtora Termaq. Separando e ao mesmo dobrando a capacidade de atendimento, os dois acessos aos setores das arquibancadas, os dois vestiários para atletas, os outros dois para árbitros, os dois sanitários, a lanchonete, o vestiário e o departamento médico do lado A1 encontram correspondentes semelhantes na ala B1. O mesmo pavimento dispõe, ainda, de três salas para atividades variadas, refeitório com cozinha e despensa. O terceiro andar segue esquema parecido na distribuição das quatro salas administrativas, dos oito alojamentos, dois vestiários e um par de sanitários.
Para facilitar a utilização de todas as áreas por pessoas com limitações impostas pela saúde ou a idade, a maioria dos dez sanitários do ginásio tem instalações especiais para deficientes físicos e idosos. A mesma atenção foi conferida à circulação entre os andares, realizada por meio de seis elevadores, rampas e escadas.
Integrada ao Cais
A Arena faz parte de mais um Cais (Centro de Atividades Integradas de Santos) que a Prefeitura Municipal de Santos (PMS) implementa na cidade. O da Vila Nova foi inaugurado em janeiro deste ano nas instalações do antigo Colégio Santista, e atende aos programas municipais ‘Santos Criança’ e ‘Escola Total’, que priorizam a formação completa e a educação em tempo integral de crianças e jovens da rede pública de ensino.
O complexo da Vila Mathias – ao qual está integrada a Arena Santos - contará com anfiteatro para 300 pessoas, salas para dança, música, inclusão digital e para o aprimoramento de professores. Estas atividades serão concentradas em área remanescente à arena, um conjunto de casas e armazéns antigos que pertenceram à empresa CPFL. As obras de restauração das dependências já tiveram início e sua conclusão está prevista para 2011.
Processo de revitalização
A história da Arena Santos e do Cais Vila Mathias começaram em 2008, quando a PMS, autorizada pela Câmara Municipal, vendeu um imóvel de seu patrimônio no Valongo à Petrobras. O governo santista estabeleceu na época que parte desses recursos seria destinada a projetos educacionais, sendo o principal a construção do Cais Vila Mathias.
A área escolhida para receber o Centro de Atividades Integradas foi a da Rangel Pestana, adquirida com tal intuito pela prefeitura junto à CPFL, em abril daquele ano. O empreendimento vai gerar desenvolvimento social e trazer vida nova ao bairro, que integra a área central do município.