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Comemorando o dia do arquiteto, em 9 de dezembro o IAB-PR promoveu o lançamento do livro Nenhum dia sem uma linha: uma história do urbanismo em Curitiba, de Irã Taborda Dudeque.

O evento aconteceu no Campus Prado Velho da PUC-PR e contou com palestra do autor e noite de autógrafos.

Sobre o livro

Dois temas imbricam-se neste livro. O mais evidente trata das transformações urbanísticas ocorridas em Curitiba. O segundo é a sequência de tentativas da cidade para sentir-se uma capital, e não um ponto insignificante no mapa. Para o primeiro tema, as análises não se restringirão aos limites do município, pois o urbanismo e o planejamento urbano são formados por conceitos e práticas multinacionais (o subtítulo esclarece que se trata de uma pesquisa a respeito do urbanismo em Curitiba, e não de Curitiba). O urbanismo e o planejamento urbano também não serão averiguados como disciplinas autônomas, mas como parte de um sistema que envolve as condições sociais, os estágios da economia (planetária, nacional e local), a cultura, os interesses dos governos (federal, estadual e municipal), a formação dos profissionais ligados à gerência urbana, todos emaranhados numa ação recíproca. Os principais agentes da história narrada são os supostos responsáveis pelos projetos urbanísticos e pelo controle do espaço construído: dirigentes dos poderes executivos (estadual e municipal) e os profissionais convocados para as ações urbanísticas (arquitetos e engenheiros, em especial). A eclética metodologia deste livro mescla história das ideias (urbanísticas, no caso), história política, história social (dos profissionais ligados à gestão urbana) e análises formais dos planos urbanísticos e de alguns edifícios com importância urbanística.

O capítulo 1 analisa o projeto que Saturnino de Brito apresentou para Curitiba, em 1921, e os motivos que levaram o governo do estado do Paraná a contratá-lo para a tarefa. Os capítulo 2 e 3 analisam o chamado Plano Agache para Curitiba, elaborado pela empresa Coimbra Bueno (sedidada no Rio de Janeiro), com a participação direta de Alfred Agache. O quarto capítulo trata da crise de conceitos vigentes em Curitiba nas décadas de 1950 e 1960, quando várias propostas eram tentadas, nenhuma sem a continuidade necessária. O quinto capítulo analisa um plano estratégico elaborado pela Sagmacs para o estado do Paraná, plano no qual estavam presentes vários dos conceitos que, depois, norteariam mudanças urbanísticas em Curitiba. O capítulo analisa também a atuação da Sagmacs em São Paulo, a fim de entender a reação das autoridades paranaenses. O sexto capítulo trata das conjunturas que levaram a elaboração de um novo plano urbanístico para Curitiba, cuja versão preliminar coube à empresa Serete e a Jorge Wilheim. O capítulo trata, também, da criação do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba). Na soma dessas referências, o autor qualifica o plano tornado lei em 1966 como Plano Wilheim-IPPUC. O capítulo 7 é o mais teórico do livro. Tenta, numa retrospectiva, analisar as diferenças conceituais e científicas entre o Plano Agache e o Plano Wilheim-IPPUC. O capítulo 8 trata das conjunturas de Curitiba no final da década de 1960. O capítulo 9 é uma história de gabinete, à maneira do século XIX, envolvendo personagens como o ditador Emílio Médici e Haroldo Leon Peres, o governador do Paraná que indicou Jaime Lerner para a prefeitura de Curitiba. Os capítulos 10, 11 e 12 analisam a aplicação do Plano Wilheim-IPPUC ao longo da primeira gestão de Jaime Lerner na prefeitura de Curitiba. Para o autor, é um erro acreditar que a censura da ditadura militar impedia debates municipais. Ao contrário. A figura do ditador era inatacável, mas críticas aos prefeitos pareciam querer demonstrar que o país vivia num regime democrático. O capítulo 13 trata dos programas ecológicos aplicados em Curitiba na primeira metade da década de 1970 e das reações do governo militar. O capítulo 14 analisa o sistema de ônibus de Curitiba e como a sua lógica tornou-se maior do que o plano urbanístico.  O capítulo 15 trata das alterações na esfera pública (nas praças, em especial). O capítulo 16 analisa a gestão de Roberto Requião na prefeitura de Curitiba, entre 1986 e 1988, que pretendeu enfatizar a ideia dos subcentros previstos na versão original do Plano Wilheim-IPPUC. O capítulo 17 trata da terceira gestão de Jaime Lerner na prefeitura de Curitiba (1989-1993). O capítulo 18 analisa, numa retrospectiva, os projetos industrializantes aplicados em Curitiba e as contradições sociais que geraram. De maneira semelhante, o capítulo 19 trata, numa retrospectiva, das artes urbanas e como elas se misturaram com os legados étnicos da cidade.

A pesquisa do livro foi desenvolvida pelo entre os anos de 2000 e 2005, como tese de doutorado, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), sob a orientação de Paulo Bruna e com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Após a defesa, a tese foi totalmente reescrita, a fim de tornar o assunto mais legível.

Sobre o autor

Irã Taborda Dudeque é professor de Teoria da Arquitetura nos cursos de Arquitetura e Urbanismo da PUCPR e da UP, em Curitiba. É membro do Conselho Superior do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), e foi Secretário Geral da Direção Nacional do IAB entre 2008 e 2010. É membro do DOCOMOMO. Também é autor de “Nenhum dia sem uma linha: uma história do urbanismo em Curitiba” (Studio Nobel, 2001).

DUDEQUE, Irã Taborda. Nenhum dia sem uma linha: uma história do urbanismo em Curitiba. São Paulo, Studio Nobel, 2010, 496 p.

DUDEQUE, Irã Taborda. Nenhum dia sem uma linha: uma história do urbanismo em Curitiba. São Paulo, Studio Nobel, 2010, 496 p.

Nenhum dia sem uma linha: uma história do urbanismo em Curitiba

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Irã Taborda Dudeque
Curitiba PR Brasil

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