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my city ISSN 1982-9922

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STEPHAN, Ítalo Itamar Caixeiro. Preservação é ação em Viçosa. Minha Cidade, São Paulo, ano 01, n. 009.03, Vitruvius, abr. 2001 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/01.009/2091>.


A Estação Cultural de Viçosa
Ilustração de Ítalo Itamar Caixeiro Stephan


A Casa Arthur Bernardes
Ilustração de Ítalo Itamar Caixeiro Stephan

O Balaústre, na área central de Viçosa
Ilustração de Ítalo Itamar Caixeiro Stephan

O Edifício Arthur Bernardes, sede da antiga ESAV
Ilustração de Ítalo Itamar Caixeiro Stephan

 

Ação e preservação na área de patrimônio cultural são dois aspectos que têm sido realizados conjuntamente pela prefeitura de Viçosa e pela Universidade Federal, com uma efetiva contribuição dos professores do Departamento de Arquitetura e Urbanismo - DAU. O envolvimento do DAU/UFV teve início, praticamente, desde a sua criação, já a partir da elaboração do ambicioso Uni-cidade. Esta proposta identificou o potencial da linha férrea que corta a cidade tem, como eixo de ligação entre a cidade e o Campus, e principalmente entre as inúmeras cidades, marcadamente entre a barroca Ouro Preto e a modernista Cataguases.

Seguiu-se o projeto de requalificação da Estação Ferroviária de Viçosa, inicialmente com a instalação de um pequeno teatro (1994), da melhoria paulatina das condições na área de entorno (a partir de 1997) e da adaptação para a instalação da Biblioteca Pública (1999). Este espaço ressurge após um longo período de abandono e se transformou em um lugar atraente.

Outro trabalho muito significativo teve como início a elaboração do projeto de recuperação e do futuro anexo da Casa Arthur Bernardes (1993), com a contínua colaboração de vários professores. A seguir, veio o desenvolvimento dos trabalhos para a criação do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural e Ambiental de Viçosa - CMCPCA e da Política de Proteção Cultural (Leis Municipais 1146 e 1147, de 1996). O CMCPCA foi instalado em 1998, contando com dois professores do DAU/UFV e de vários outros departamentos da UFV.

Um dos principais trabalhos desenvolvidos pelo Conselho com dois anos de existência, a cargo de uma comissão específica, resultou na elaboração dos processos (dossiês, laudos técnicos, pareceres) que orientaram favoravelmente para o tombamento (já realizado) de sete imóveis pelo município: a Casa Arthur Bernardes, já anteriormente tombada pelo estado (IEPHA - 1989), o Colégio de Viçosa; o Colégio Municipal Edmundo Lins, a Estação Ferroviária; a Estação Ferroviária do Silvestre; o Balaústre e a Escola Municipal Dona Nanete. Inclui-se nesta lista o tombamento do Livro de Atas da Câmara Municipal de Viçosa, no período 1903-1909. Paralelamente a comissão coordenou a elaboração dos inventários de vários outros bens imóveis e móveis do município, assessorada por professores do DAU/UFV.

A comissão trabalha no desenvolvimento de futuros projetos como o planejamento adequado para a recuperação dos demais bens tombados e outros por tombar. O Colégio de Viçosa está nas mãos de professores e alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo, com grande parte dos recursos já garantidos, a começar pela licitação em andamento para a recuperação total do telhado. Foi aprovado pela Câmara Municipal uma lei que determina a elaboração de projeto de urbanização para a grande área em seu entorno.

Uma próxima etapa, que conta com o interesse da administração atual, tem em vista o riquíssimo patrimônio existente no Campus da UFV, desde o estilo neoclássico dos Edifícios Arthur Bernardes (sede inicial da Escola Superior de Agronomia e Veterinária) e Bello Lisboa (Alojamento de estudantes) ao conjunto modernista de 56 casas construídas para professores, conhecido como Vila Gianetti.

Um passo necessário, já iniciado envolve a colaboração e participação no desenvolvimento da Campanha de Educação Patrimonial, tida como essencial para alcançar os segmentos da sociedade que ainda desconhecem o verdadeiro significado do patrimônio cultural. A Educação Patrimonial vê como fundamental o entendimento da importância da proteção e desenvolvimento da cultura como atitude fortalecedora, beneficiadora e irradiadora de seus benefícios de uma sociedade madura. Algumas dessas ações que visam à preservação agregaram normas eficazes, além do instrumento do tombamento racionalmente utilizado, como as constantes de um processo de planejamento, ancorados no Plano Diretor, nas leis de Ocupação e Uso do Solo, Zoneamento e de Parcelamento, além do Código de Obras, tendo os dois primeiros já sido aprovados pela Câmara Municipal. Desperta-se a atenção entre a população para o patrimônio cultural. Como conseqüência Viçosa se beneficia através da Lei Robin Hood, com cerca de R$120.000,00 por ano. Estudantes, futuros arquitetos, vêm pesquisando, trabalhando com o CMCPCA, aplicando o conhecimento adquirido e transformando-se em profissionais altamente estimulados e treinados, enfim já se preparando para aplicar esta experiência em várias outras cidades do país.

sobre o autor

Ítalo Itamar Caixeiro Stephan é arquiteto e professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Viçosa.

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