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architectourism ISSN 1982-9930


abstracts

português
Leia na entrevista com José Renato Vessoni, a trajetória do arquiteto, especialista em criar e operar estabelecimentos, como bares, restaurantes e casas noturnas de funcionamento fixo, franquias e itinerantes

english
Read in the interview with the architect José Renato Vessoni his work, specialized in making establishments such as bars, restaurants and discos for a temporary or permanent period of time

español
Lea en la entrevista a José Renato Vessoni la trayectoria del arquitecto, especialista en crear y realizar establecimientos como bares, restaurantes y discotecas con un uso tanto fijo como temporal


how to quote

VESSONI, José Renato. O arquiteto da noite. Arquiteturismo, São Paulo, ano 02, n. 023-024.03, Vitruvius, jan. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/02.023-024/1493>.


Como você se tornou um "arquiteto da noite"?

Depois de uma temporada de 8 meses com mochila nas costas pela Europa e fazendo alguns bicos como barman pela viagem, comecei a ter intimidade com o ramo.

Assim que retornei ao Brasil cheguei a trabalhar em alguns lugares da moda como o Clyde’s e já organizava festas e eventos do diretório da FAU Mackenzie, onde cursava arquitetura.

Na época eu trabalhava no escritório de arquitetura Julio Neves e assim que acabei a faculdade, amigos me convidaram para fazer o projeto de um bar chamado Singapore Sling (1985), onde acabei recebendo o meu pagamento em porcentagem. Daí para frente não sai mais do ramo.

Quais as diferenças regionais entre Rio e São Paulo?

As melhores praças do Brasil sem dúvida começam por São Paulo e o interior do estado, onde os operadores são mais profissionais, e claro onde circula mais dinheiro. Na seqüência eu diria que Brasília no momento seria a bola da vez e um ambiente muito promissor. Quanto ao Rio de Janeiro, é um mercado de muito glamour e pouco dinheiro circulando. Quando se é também o operador, muda o foco: passamos a olhar para os resultados, ou seja, menos às vezes significa mais.

Como está o mercado para os arquitetos do ramo?

Apesar da concorrência, da lei seca e toda essa crise financeira mundial, acredito cada vez mais que quem faz a oportunidade é você mesmo. A importação de modelos de bares e restaurantes pode dar certo, mas desde que bem integrados à nossa realidade. Pode ser um caminho, mas não acho a melhor idéia.

Como foi a história do lendário Aeroanta? Como foram seus trabalhos itinerantes?

O início do Aeroanta decorreu de vários motivos: já tínhamos, na época, o bar Singapore e a Malaysia, uma loja de discos de vanguarda. Adorávamos música e o momento do rock nacional era muito promissor, e durante 10 anos o vento foi muito a favor. Mas de uma hora para outra o mercado mudou muito e uma sucessão de fatores, alheios à nossa vontade, nos forçou a sair do ramo. Aconteceram várias mudanças na época, como a decadência das gravadoras, daí o mercado mudou muito. O Aeroanta chegou a ter casas fixas fora de São Paulo – Guarujá, Barra do Sahy, Maringá, Ponta Grossa –, mas a melhor franquia foi a de Curitiba onde os operadores locais (que é o que faz a diferença) eram bem profissionais. A tenda do Kashmir, que marcou o inicio das raves itinerantes, mostrou que quanto mais longe das praias (que não dá para competir), maior era a possibilidade de sucesso, por exemplo – Goiânia, Ribeirão Preto, Belo Horizonte e Barretos. O Nakombi se deu bem no Rio de Janeiro e em Campos de Jordão, mas em Maresias já foi bem difícil.

Quais os seus projetos que mais atraem turistas?

São os diferenciados, como a Chácara Santa Cecilia, a Praça São Lourenço e o Nakombi. Cada um tem muita personalidade nos espaços que ocupam, além da busca de qualidade no atendimento. A Chácara Santa Cecília, sempre surpreende aos visitantes, inclusive os da própria cidade de São Paulo, pois ninguém acredita que no meio do bairro de Pinheiros há uma área verde particular de vegetação, decorrente de um antigo viveiro. A Praça São Lourenço nasceu com o mesmo espírito da Chácara, mas as árvores foram plantadas. Outro detalhe foi a comida feita em fornos à lenha, uma nova tendência, que veio para ficar, afinal é muito saudável. As casas do Nakombi foram se sofisticando, acompanhando um mercado exigente para comida japonesa. No final, os turistas são atraídos não só pela comida, mas pelo ambiente: surpresas como a própria perua kombi e o rio cheio de carpas gigantes do Nakombi da Vila Olímpia; o clima aconchegante, a vegetação exuberante e o cristal de quartzo de 3 toneladas da Chácara Santa Cecília, e o paisagismo refinado da Praça São Lourenço.

sobre o entrevistado

José Renato Nogueira Vessoni é arquiteto, pós-graduado em hotelaria e responsável por mais de cinquenta projetos ligados à área de entretenimento, sendo os mais recentes o Nakombi (Pinheiros, Vila Olímpia e Jardim Sul), Chácara Santa Cecília e , Lambretta Lanchonete. Atualmente mantém escritório de arquitetura ligado à área e trabalha na área de eventos do Restaurante Chácara Santa Cecília e planejamento estratégico da rede Nakombi

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023.03 Entrevista
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