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O Archigram surgiu a partir de alguns estudantes de arquitetura e urbanismo recém graduados que se reuniram para publicar uma revista ilustrada de caráter contestatório e provocativo, que juntaram as palavras architecture e telegramO Archigram surgiu a pa


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SILVA, Marcos Solon Kretli da. Redescobrindo a arquitetura do Archigram. Arquitextos, São Paulo, ano 04, n. 048.05, Vitruvius, maio 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.048/585>.

Para entendermos a importância das idéias e dos projetos do grupo Archigram é necessário fazermos uma viagem no tempo até o início dos anos sessenta do século XX. Havia passado o traumatismo da segunda guerra mundial e muitos países do primeiro mundo entravam em um período de grande expansão econômica e tecnológica, impulsionando o desenvolvimento de revolucionários meios de transporte e de comunicação. As políticas de conquista espacial, o crescimento das redes de telecomunicações via satélite, o surgimento da robótica, dos computadores e a proliferação de todo tipo de eletrodomésticos, principalmente, a televisão, indicavam um novo panorama de desenvolvimento e de bem estar. Em conseqüência dessa revolução tecnológica, eclodiu nas sociedades avançadas uma nova cultura de massas, uma cultura mediática fundamentada na relação com os novos sistemas comunicacionais e informacionais e com as novas tecnologias eletrônicas (1).

Entusiasmados com os efeitos dessa perspectiva de progresso, muitos arquitetos da época viam a arquitetura tradicional como um grande artefato obsoleto e compartilhavam a crença de que era possível e necessário uma transformação total da disciplina arquitetônica. Esse é o caso do  grupo Archigram, formado por Peter Cook, Ron Herron, Warren Chalk, Dennis Crompton, David Greene e Mike Webb. Estes arquitetos ingleses não temiam romper todos os vínculos com a tradição e com os padrões estabelecidos. As suas propostas tinham sempre um caráter inovador e desafiador, elevando a moderna apologia do novo à enésima potência.

O Archigram surgiu a partir de alguns estudantes de arquitetura e urbanismo recém graduados que se reuniram para publicar uma revista ilustrada de caráter contestatório e provocativo, também denominada Archigram. Um nome que vem da junção entre as palavras architecture e telegram. A idéia era lançar uma publicação que fosse mais simples e mais ágil que uma revista  comum e que tivesse a instantaneidade de um telegrama. Esta publicação mesclava projetos e comentários sobre arquitetura com imagens gráficas, cuja referência vinha do universo pop da TV, do rádio e das histórias em quadrinhos, como os space-comics, por exemplo. A linguagem utilizada na programação visual da revista era a da bricolage, através da justaposição de desenhos técnicos, artísticos, fotografias, fotomontagens e textos. Com esta publicação eles instauraram uma crítica irônica e radical às convenções e aos procedimentos estabilizados. Os questionamentos levantados em seus artigos eram uma reação contra a obviedade e a monotonia no processo de representação e de criação arquitetônica.

Segundo Dominique Rouillard, o Archigram foi talvez o primeiro grupo de arquitetos a se lançar no mercado como um produto da mídia. A arquitetura do grupo Archigram era pensada como um fenômeno de comunicação e representada através de diversos recursos comunicacionais. As idéias, propostas e objetos arquitetônicos criados pelos seus membros foram difundidos de maneira estratégica. Além da revista, eles propagaram o resultado de suas criações em exposições, através de happenings, instalações e outros meios que hoje são comuns, mas que na época era o que havia de mais novo no universo das artes e das comunicações. Eles souberam como nenhum outro profissional da época traduzir seus projetos e idéias em linguagem contemporânea (2).

As idéias e os projetos arquitetônicos do Archigram repercutiram por todo o mundo, redefinindo a nossa própria maneira de entender e de lidar com a arquitetura. Os seus procedimentos influenciaram vários arquitetos e desencadearam toda uma onda de projetos experimentais. Diferentes de tudo o que até então era classificado como arquitetura, as criações do Archigram causaram grande impacto na época, gerando muitas discussões. Os seus projetos procuravam antever e moldar o ambiente futuro, com propostas super criativas nas quais o campo da realidade se encontrava com o domínio da ficção, mais especificamente, com o imaginário da ficção científica. Um conjunto de idéias, imagens e objetos inspirados nas múltiplas possibilidades entreabertas pela ciência e pela alta tecnologia da era espacial. Os membros do grupo imaginavam a construção de plataformas orbitais e de cidades intergalácticas. Alguns dos objetos arquitetônicos experimentais criados por eles voavam como foguetes lunares, ou então, afundavam e emergiam da água como glóbulos. Outros, eram planejados para desdobrarem-se em vários módulos, reduzindo e crescendo no espaço como um robot de desenho animado.

Eles idealizaram arquiteturas que se fundamentavam em idéias e princípios que estavam intrinsecamente relacionados às transformações provocadas pelos novos sistemas de transporte, pelos novos sistemas de comunicação e de informação e pelas novas tecnologias eletrônicas. Eles estavam atentos ao crescente desenvolvimento tecnológico e muito esperançosos com as mudanças provocadas por ele no seio da sociedade e nos diversos campos do saber, principalmente na arquitetura. Com as propostas destes arquitetos ingleses, a disciplina arquitetônica se transformou substancialmente. A arquitetura, entendida tradicionalmente como a arte/ciência de planejar e construir o habitat artificial do homem, sempre foi pensada pelos arquitetos a partir de princípios fundamentais como a rigidez, a estaticidade, a estabilidade e a durabilidade. As vertiginosas mudanças econômicas, sociais e culturais da época solicitavam novas alternativas de planejamento espacial fundamentadas em princípios como a mobilidade, a flexibilidade, a instabilidade, a mutabilidade, a instantaneidade, a efemeridade, a obsolescência e a reciclagem. A partir destes princípios foram surgindo os projetos do Archigram. A seguir vamos analisar alguns deles.

A cidade interconexa

Como muitos arquitetos dos anos sessenta do século XX, que tinham em suas gavetas projetos para cidades inteiras, os membros do Archigram também idealizaram grandes implantações urbanas capazes de integrar inúmeras unidades arquitetônicas e diversos equipamentos urbanos, gerando o desenvolvimento de toda uma comunidade.

O projeto de Peter Cook denominado Plug-in City ou Cidade Interconexa (1964) apresentava a proposta de uma cidade tentacular que seria construída a partir de uma mega-estrutura em forma de rede (net-work), erguida com produtos pré-fabricados, com vias de comunicação e de acesso interligando cada ponto do terreno. As múltiplas partes dessa mega-estrutura se comunicavam entre si através de um sistema de conexões físicas e de uma malha de circuitos comunicacionais e informacionais, materializados por amplas tubulações e articulações metálicas que serpenteavam como passarelas por todos os setores. Um espaço urbano planejado como um só edifício, constituído por elementos arquitetônicos móveis e inter-cambiáveis que se conectavam em elementos estruturais fixos do tipo espacial (3).

A Plug-in-City foi criada como suporte de todo um sistema sofisticado de serviços. Além das residências básicas, em alguns nós dessa cidade-rede eram posicionadas unidades arquitetônicas “inteligentes” voltadas para todo tipo de serviços, com o objetivo de suprir todas as necessidades dos moradores. Nela podia se encontrar hotéis, restaurantes, supermercados, farmácias, etc. No interior desses espaços encontrava-se todo tipo de instalações, equipadas com aparelhos eletrônicos de última geração, que tinham a função de apoiar as operações domésticas corriqueiras com um simples apertar de botão.

A arquitetura conexionista do Archigram remete à organização de uma máquina ou de um computador. Segundo Dominique Rouillard, o grupo substituiu a arcaica distinção entre structure e remplissage pela oposição hardware e software, traduzindo para arquitetura a incipiente linguagem da informática (4). No processo computacional, o que é chamado de hardware é a máquina, o instrumento sólido e rígido. O que é chamado de software são os instrumentos leves, móveis e intercambiáveis, ou seja, os múltiplos programas que possibilitam desenvolver e criar inúmeros trabalhos nos mais variados setores. Na Plug-in City o que são chamados de softwares são as unidades arquitetônicas, que no caso são móveis e intercambiáveis. O que é chamado de hardware é a estrutura fixa da cidade, o suporte de apoio onde são conectadas as unidades arquitetônicas.

Para Dominique Rouillard este projeto é um exemplo da vitória do soft sobre o hard. O seu planejamento estabelece um dispositivo eletrônico contínuo que registra e regula, quotidianamente, as demandas de crescimento e de transformação do espaço urbano, de acordo com as exigências e necessidades de seus habitantes. Ao contrário da tradição arquitetônica que sempre criou construções e objetos com rigidez e resistência para durar por gerações e gerações, as pesquisas que embasavam a criação dos projetos do grupo Archigram procuravam investigar o que aconteceria se todo o entorno urbano fosse programado para mudar no decorrer do tempo. As unidades arquitetônicas residenciais e de serviços dessa cidade interconexa eram planejadas para a obsolescência, ou seja, eram espaços criados para serem reprogramados e remanejados com o passar do tempo, de acordo com as mudanças ocorridas no cotidiano urbano e em conseqüência do surgimento de novas necessidades de consumo. De acordo com os integrantes do grupo, na atual época tecnológica, com trocas contínuas de necessidades, um edifício, uma rua ou até mesmo uma cidade inteira, chegam muitas vezes a cair em desuso, do ponto de vista de sua utilização, necessitando ser esporadicamente reprogramada e reconstruída.

Os edifícios residenciais da Plug-in City eram torres constituídas não pelos tradicionais apartamentos modernos feitos de concreto armado, mas por cápsulas unitárias conectáveis construídas com materiais pré-fabricados de extrema leveza, como o plástico reforçado e as lâminas de aço. A moradia ou o espaço de morar era visto como um dispositivo para ser levado pelo seu proprietário para onde quer que ele fosse e as cidades eram vistas como maquinarias onde o viajante poderia plugar ou inserir a sua unidade habitacional. Por serem de fácil conexão e desconexão as cápsulas poderiam ser substituídas por novas versões melhoradas e mais eficientes à medida que fossem sendo criadas, num processo contínuo de desenvolvimento tecnológico a serviço do bem estar do homem (5).

As Casas Cápsulas desenvolvidas pelos membros do Archigram foram criadas segundo o olhar do arquiteto do futuro. Uma moradia que seguia a idéia da “máquina de morar”, com elevado grau de sofisticação tecnológica e planejadas segundo a ergonometria para serem práticas e bastante confortáveis. A fonte de inspiração se encontrava, sob todos os pontos de vista, nas cápsulas espaciais e nas tecnologias aeroespaciais. O conceito de casa cápsula foi amplamente pesquisado por eles, com o intuito de abrir novas possibilidades para a produção arquitetônica industrializada e buscar maior eficiência no processo construtivo tradicional. Uma maneira de oferecer ao mercado unidades ergonômicas, compactas, econômicas e de fácil transporte. Nos experimentos realizados eles desenvolveram a idéia de conexão, montagem e desmontagem da Plug-in city numa escala reduzida. Ao invés de criarem uma casa cápsula inteira e rígida, inventaram unidades flexíveis, compostas por partes menores que eram articuladas, como num jogo de peças, através de uma série de condições mutantes. Podia-se com esse sistema eliminar ou acrescentar um quarto, ou ainda, trocar uma parede e uma porta, de acordo com o desejo e com o estado de espírito do morador. Um processo construtivo dinâmico e mutante.

Nesse contexto, o profissional responsável pelo planejamento e construção de uma casa cápsula teria a função de apresentar à pessoa que procura um lugar para morar, um catálogo de peças e equipamentos arquitetônicos onde estaria em exibição uma seleção de fragmentos alternativos a serem montadas pelas próprias pessoas que viverão nelas de acordo com a sua necessidade e o seu gosto pessoal, seguindo a lógica do “faça você mesmo”. Caberia a este profissional o papel de orientar o seu cliente da melhor maneira possível.

Arquiteturas móveis e mutantes

A proposta da Plug-in-City originou-se a partir de uma série de idéias desenvolvidas em artigos do segundo e do terceiro número da revista Archigram, assim como em projetos embrionários para arquiteturas móveis, mutantes e expansíveis criados entre os anos de 1962 e 1964. Depois de 1965, após realizarem uma série de projetos mega-estruturais, os componentes do grupo lançaram vários projetos intermediários mais voltados para a arquitetura, deixando as propostas urbanísticas em segundo plano. O interesse deles neste período se voltou para um certo tipo de unidade residencial autônoma, avessa à monumentalidade e com máxima flexibilidade, praticidade e adaptabilidade. Espaços que pudessem existir de forma independente das mega-estruturas e de outros sistemas de suporte permanente. Os melhores exemplares desta fase são os projetos denominados Living Pod Project (1965) de David Greene e The Cushicle (1966) de Mike Webb.

Living Pod Project era o estudo de uma casa cápsula que poderia se transformar em uma casa trailer, podendo ser inserida no interior de uma estrutura urbana plug-in ou ainda ser transportada e implantada numa paisagem aberta. Basicamente, poderia ser definida como uma cápsula hermética, pequena e confortável, com compartimentos internos planejados para múltiplos usos. Uma arquitetura híbrida constituída pelo espaço em si e pelas máquinas anexadas a ele. A maquinaria acoplada à estrutura principal era equipada com aparelhos de última geração, transformando o ambiente numa perfeita máquina de morar, planejada para ser implantada até no fundo do mar (6).

O Cushicle (1966-1967) era uma unidade habitacional transportável ainda mais compacta, própria para uma estadia rápida e provisória em lugares desabitados ou esmos. Uma invenção com extrema sofisticação tecnológica que possibilita a um viajante levar consigo um micro-ambiente habitável com alto nível de conforto térmico. Seria útil a um profissional que trabalha a serviço de entidades de pesquisa, proteção e desenvolvimento ambiental em florestas de difícil acesso e imprescindível para o itinerante que precisa explorar desertos. Dobrável e desdobrável, quando fechado, esse objeto arquitetônico pode ser levado pelo viajante em seu carro ou ainda ser carregado junto às suas costas, com um mínimo de esforço no transporte. Esta barraca high tech foi planejada para ser facilmente montada e desmontada por qualquer pessoa, ficando pronta para ser habitada, assim que é tirada da mochila.

O Cushicle era constituído por duas partes principais. Uma delas é o chassi, feito de armaduras dobráveis e desdobráveis que servem para estruturá-lo. O outro elemento maior é o envelope que envolve e protege o ambiente. A parte do envoltório contêm uma casca extra feita de uma lona especial que funciona como uma tela de projeção. Os dois sistemas se desdobram, abrindo consecutivamente. Articulado a esses sistemas encontra-se um acento reclinável, semelhante a uma cadeira de dentista, que é inflado assim que necessário. Junto com o Cushicle o viajante pode transportar uma série de equipamentos extras, inclusive de comunicação, para que ele possa entrar em contato com o mundo exterior, via satélite, em qualquer condição climática (7).

Outra proposta que explora o desenvolvimento de arquiteturas móveis e mutantes é o projeto denominado Drive-in Housing, criado entre 1964 e 1966 por Michael Webb e David Greene. Ele é um estudo de design para construções automatizadas que propõem a criação de moradias  interconectadas ao automóvel particular de cada habitante. O conceito de casa drive-in está relacionado a uma comunidade móvel, na qual o automóvel é mais que um simples meio de transporte, podendo ser utilizado como um meio de vivência (8).

A cidade andante

Em 1964 os integrantes do grupo Archigram lançaram o projeto denominado Walking City ou Cidade Andante que representa o ápice do esforço criativo do grupo. Uma arquitetura sem fundações e sem raízes, constituída por imensos containers com pernas tubulares que se deslocam pelo solo e pelas águas em constante movimento. Uma cidade sem lugar fixo, adequada para viajantes e nômades. Mistura de nave espacial com submarino atômico.

A imagem dessa insólita cidade futurista adentrando e confrontando a paisagem de importantes cidades como Nova York estava mais para uma estratégia comunicacional do que para uma proposta arquitetônica  que pudesse ser de fato construída.

A cidade instantânea

A maior parte das propostas do Archigram combinavam hiper-tecnologia com nomadismo. Algumas edificações eram leves, flexíveis, instantâneas e efêmeras, que poderiam ser montadas e desmontadas em vários lugares.

Em 1969 eles lançaram o projeto denominado Instant City ou Cidade Instantânea, com o apoio financeiro do Graham Foundation for Advanced Studies in Art de Chicago. O projeto propunha uma espécie de arquitetura móvel que oferecia uma série de eventos e de informações culturais que seriam levadas a localidades distantes das metrópoles, como pequenas cidades do interior. Um grande circo coberto de lonas erguidas por balões, sob as quais poderiam ser encontradas estruturas pneumáticas, guindastes leves, unidades móveis de apoio conectadas a carros e caminhões, máquinas de entretenimento, jogos de iluminação e uma série de equipamentos e sistemas audiovisuais e de TVs. Uma cidade instantânea. Uma arquitetura do acontecimento, que surgiria do nada, interagiria com algumas comunidades e depois se esvaneceria.

De acordo com Fábio Duarte, apesar da incipiente globalização informacional propiciada pelos novos meios de comunicação, as pessoas moradoras das pequenas cidades sentiam-se ainda muito frustradas por não receberem informações e novidades dos grandes centros urbanos, onde tudo acontecia. Por isso a Instant City viria suprir as suas necessidades como uma “metrópole visitante”, gerando uma rede de informações que cobriria uma malha de cidades que se conectariam entre si no momento em que o evento arquitetônico ocorresse. O programa deste projeto procurava reunir informações e traçar o itinerário entre as comunidades que participariam do evento, assim como mapear as atividades urbanas já existentes nestas localidades em clubes, universidades e rádios locais, que pudessem ser integradas ao sistema informacional urbano criado pelos integrantes do grupo Archigram. Assim o programa da Instant City funcionaria como um sistema complementar, articulador e dinamizador de todo um processo cultural urbano (9).

A interface da arquitetura com os sistemas de transporte e os sistemas de comunicação e informação proposta pelos integrantes do Archigram vislumbrava perspectivas renovadoras no universo da arquitetura e do urbanismo, mas ao mesmo tempo gerava um sentimento de rejeição nos arquitetos mais conservadores que viam nos seus projetos uma ameaça à tradicional cultura arquitetônica. Como as suas propostas estavam sempre na fronteira entre o campo do real e do imaginário, a dúvida que fica quando analisamos os seus projetos é se os membros do grupo realmente acreditavam na absorção de suas idéias ou se tudo não passava de especulação frente às potencialidades tecnológicas da era da conquista espacial. O fato é que as suas idéias e projetos são discutidos até hoje como exemplo de criatividade e de originalidade, servindo de referência e de inspiração para os arquitetos do século XXI.

notas

1
SOLÁ MORALES, Ignasi. La Réparacion des Villes. in Dethier Jean (dir.) La Ville: art et architecture en Europe, 1870-1993. Paris: Éditions du Centre Pompidou, 1994, p. 402-404.

2
ROUILLARD, Dominique. Archigram. In Dethier Jean (org.) La Ville: art et architecture en Europe, 1870-1993. Paris: Éditions du Centre Pompidou, 1994., p. 428.

3
COOK, Peter e outros. Archigram. London: Studio Vista Publishers, 1972, p. 36.

4
ROUILLARD, Dominique. Archigram. In Dethier Jean (org.) La Ville: art et architecture en Europe, 1870-1993. Paris: Éditions du Centre Pompidou. 1994, p. 428.

5
COOK, Peter e outros. Archigram. London: Studio Vista Publishers, 1972, p. 36-46.

6
Ibid, p..52.

7
Ibid, p. 64.

8
Ibid, p. 94-96.

9
DUARTE, Fábio. Arquitetura e tecnologias de Informação: da revolução industrial à revolução digital. São Paulo: Editora da UNICAMP, 1999, p. 104-107.

sobre o autor

Marcos Solon Kretli da Silva é arquiteto formado pela UFES com mestrado em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo. Atualmente está cursando o doutorado nesta mesma instituição de ensino. Autor da dissertação de mestrado denominada A arquitetura na escala das interfaces

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