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architexts ISSN 1809-6298


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O projeto é um exemplo pertinente de intervenção em preexistência histórica. Trata-se de uma obra de re-arquitetura sobre parte do terreno do antigo convento gótico de San Francisco, em Zamora, Espanha


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PALERMO, Nicolás Sica. Centro Hispano-Luso em Zamora, Espanha. Arquiteto Manuel de las Casas. Arquitextos, São Paulo, ano 06, n. 067.03, Vitruvius, dez. 2005 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.067/396>.

Desde o ponto de vista de projeto, o lugar tem importância fundamental na concepção formal da arquitetura. Entenda-se lugar como um conjunto de dados físicos, tanto naturais quanto artificiais, oferecidos pelo local em que ocorre alguma intervenção arquitetônica, tais como a topografia e vegetação existentes, edifícios do entorno, clima, etc.

Em alguns casos esse conceito de lugar pode e deve ter seu sentido expandido, e englobar dados históricos, antropológicos e sociológicos. Sítios históricos, ou terrenos já edificados, suscitam reflexões desse tipo quando são lugares em que se realizam novas intervenções arquitetônicas.

O conceito de “Re-arquiteturas” (1) trata de discutir esses aspectos, e propõe “uma reflexão sobre a construção da cidade moderna enquanto enfrentamento contemporâneo consciente de suas preexistências” (2). Dessa maneira as preexistências são tratadas como elementos de projeto, podendo sofrer adaptações de uso e forma, contrariando assim algumas idéias pós-modernas, que tratam essas intervenções arquitetônicas mediante um enfoque histórico-conservador, e cujas proposições são meramente técnicas e visam apenas reconstruir edificações e cenários de realidades históricas ultrapassadas.

O Centro Hispano-Luso, em Zamora – Espanha – é um projeto exemplar de intervenção pertinente em preexistência histórica. Trata-se de uma obra de re-arquitetura feita entre 1995 e 1998 sobre parte do terreno do antigo convento gótico de San Francisco, que existe, mesmo que nos últimos anos na forma de ruínas, desde o século XIII (fig.1).

Problema

Zamora fica no noroeste da Espanha, a cerca de 85 km da fronteira com Portugal. A pequena cidade castelhana conta com um casco histórico muito bem conservado, e está limitada ao norte pelas inclinadas margens do Rio Duero. Nos últimos anos a prefeitura da cidade vem executando reabilitações urbanas bem importantes (pavimentações de ruas e regeneração de infra-estruturas em geral) que respeitam a silhueta original do local. Além disso, há cinco ou seis edifícios modernos recentemente construídos com grande interesse arquitetônico. Entre eles destacam-se uma Biblioteca Pública, um Museu Provincial, a Institucion Ferial de Zamora (Ifeza).

“Zamora optou pela arquitetura Moderna...”. (3)

O Centro Hispano-Luso – Fundação Rei Afonso Henriques também faz parte desse grupo, e tem papel importante na grande reestruturação da parte histórica de Zamora. Resultado de um concurso de anteprojetos, ganho pelo arquiteto Manuel de las Casas e equipe, o conjunto localiza-se na região norte da pequena cidade, ás margens do Rio. O terreno tem forma irregular, e aproximadamente 6260 m2 de área.

Há uma declividade de aproximadamente 3m, considerando a cota mais alta na ponta noroeste e a cota mais baixa na ponta sudeste do terreno. A face sul do terreno tem arrimos de pedra da época da construção do antigo convento, e a face norte é limitada, em um primeiro plano, pela via, e, em um plano secundário, pelas margens do Rio Duero.

Na parte do convento em que hoje se insere o Centro havia uma igreja e quatro capelas anexas, uma zona de claustro, além de uma grande adega e um poço de coleta de água. Ainda existe boa parte das paredes de alvenaria de pedra das quatro capelas, a cabeceira da igreja, do poço e da adega, sendo que boa parte dessas ruínas possuíam, até o início das obras do Centro, coberturas com estrutura em madeira e telhas de barro (fig. 2). A escolha de que elementos devem ser retirados de uma preexistência é muito importante. Para que seja tomada essa decisão é fundamental que o arquiteto conheça os principais componentes do edifício histórico em que ocorrerá a intervenção. Essas componentes definem a sua estrutura formal, e sua manutenção permite o seu entendimento. No caso do Centro Hispano-Luso as paredes são fundamentais, pois, alem de definirem os espaços e a configuração existentes, expõem a técnica construtiva da época. A alvenaria de pedras das ruínas do antigo Convento revela a tradição ibérica de construir edifícios com considerável grau de preocupação bélica, diante da constante eminência dos ataques mouros naquela época.

O reconhecimento mencionado passa pela identificação dos espaços preexistentes e sua “vocação” para abrigar os novos usos. Em edifícios históricos as dimensões, disposições de aberturas, geometrias, etc. dos espaços podem ser completamente diferentes das novas demandas de programa de necessidades. A adega – com espaço formado por uma grande abóbada de canhão, as capelas – com grandes pés-diretos – a cabeceira da igreja, e todas as demais partes do convento tiveram de ser redistribuídas de maneira coerente por Manuel de Las Casas na concepção de seu projeto (fig. 3).

O programa do Centro Hispano-Luso é composto por uma recepção, biblioteca, zona administrativa do complexo e da Fundação, escritórios para funcionários, auditório, Café com espaço aberto-coberto adjacente, sala de recepções/reuniões, sala de exposições, depósitos, dormitórios para alunos, salas de aula e seminários, casa para zelador, além de um acesso social com estacionamento e outro de serviços. O programa variado, com funções de diferentes tipos (habitações, sala de exposições, zona de Café, administração, etc.) justifica a decisão do arquiteto de inserir novos edifícios que respondem tanto técnica como dimensionalmente as especificidades dos novos usos (fig. 4).

Num projeto desse tipo o arquiteto tem o desafio, e ao mesmo a oportunidade, de qualificar uma cidade em dois aspectos, com uma mesma intervenção só: agregar interesses turísticos e sociais com construção de modernas obras de arquitetura e reintegrar ao tecido urbano espaços e edifícios de patrimônio histórico que sem serem devidamente tratados tendem a ruir em curtos espaços de tempo, resgatando assim a memória desses lugares.

Estratégias

As funções componentes do programa de necessidades foram distribuídas pelos espaços internos do edifício preexistente e por edificações novas com dois tipos distintos de inserção no terreno. Um tipo é uma configuração de edificação que se coloca na periferia do terreno, e que delimita os espaços abertos da sua parte norte. O segundo tipo é uma configuração que se insere no interior do terreno, define os três espaços abertos do projeto e integra-se com a edificação preexistente.

Basicamente, o conjunto é composto por um edifício planimetricamente em forma de “Z” (4) que se encaixa entre as ruínas preexistentes e o limite oeste do terreno, e duas edificações incorporadas ao limite sul do terreno (fig. 5).

O “Z” tem uma de suas alas laterais extremas colocada no limite oeste e a outra colocada exatamente sobre parte do edifício preexistente. A parte central do edifício divide o grande espaço adjacente à preexistência em duas partes: uma com caráter público e outra com caráter íntimo (existe ainda um terceiro espaço aberto, de caráter funcional, ligado à entrada de serviços do Centro). Este edifício é o principal elemento incorporado ao sitio histórico, e por isso diferencia-se bastante da ruína preexistente. É composto por estrutura portante independente, revestido por chapas de aço corten, e tem grandes aberturas em fita, em contraste com a alvenaria de pedras irregulares, as aberturas com arcos ogivais e a ornamentação existente no que restou do que compôs um dia o convento gótico de San Francisco, construído há mais ou menos oito séculos atrás.

Desde a entrada principal do conjunto ingressa-se no espaço aberto mais público do conjunto, que está configurado pelo novo edifício e pela preexistência. Nessa área localizava-se o corpo da igreja gótica do antigo convento, com uma nave central e duas laterais.

A ala oeste do novo edifício abriga a biblioteca da fundação. No térreo há uma área de depósitos e armazenamento, e no pavimento superior fica a biblioteca propriamente dita. Já a ala central abriga no térreo dormitórios duplos, e no pavimento superior salas de aula e seminários. Ambos os usos do pavimento térreo não tem aberturas para o exterior, o que realça a idéia de que o edifício inserido serve de pano de fundo para o espaço aberto ligado ao acesso. Em contrapartida no pavimento superior existem grandes aberturas, que buscam as belas paisagens da região, com o Rio Duero em primeiro plano. À leste o limite é configurado pelo antigo abside da igreja e por duas capelas laterais – a Capela dos Ocampo a norte e a capela dos Escalante a sul. A primeira abriga uma sala de recepções e reuniões de caráter festivo, e a segunda a recepção e balcão de informações ao público.

Pode-se considerar o que restou da antiga cabeceira da igreja como o “coração” da preexistência, tanto formal quanto funcionalmente. E expor essa fachada por meio de um grande espaço aberto que permite diversas visuais é uma das importantes decisões de projeto do arquiteto. Esta face do conjunto permite que se possa imaginar – em termos de localização, volumetria, espacialidade e ornamentação – como era a igreja gótica que existiu ali no século XIII. A conservação desse fragmento ajuda no reconhecimento e posterior re-interpretação do sentido do complexo arquitetônico original (fig. 6).

Seguindo o alinhamento do abside, e conectado a ele no sentido oeste-leste, localizava-se a Capela do Deán, que era a maior do antigo Convento. Ligada a esta havia uma quarta capela, bem mais modesta, a do Santo Sepulcro. Esses dois espaços foram transformados em sala de exposições. Junto à parede sul da Capela do Deán há ainda uma construção anexa, que abrigou algumas celas e agora funciona como uma entrada de serviço, com acesso a um pavimento superior onde estão a zona administrativa e sala de reuniões e videoconferências do Centro. Esta última fica sobre a recepção do pavimento térreo, no espaço da antiga capela dos Ocampo.

Ainda analisando o conjunto a partir dos alinhamentos do abside e das duas capelas, tomando como referencia o sentido norte-sul, está o auditório do centro, que antigamente abrigava a adega do convento. Sobre esta parte da antiga edificação foi construída a ala leste do novo edifício. Nessa ala estão o Café e um espaço aberto-coberto que o serve. A preexistência funciona ali como base para a edificação moderna. A exemplo do que ocorre com a ala central, essa parte da edificação segrega visualmente dois grandes pátios com características distintas.

A oeste está a área definida pelo ala de dormitórios do grande Z e pelos dormitórios-pátio construídos sobre os largos muros de alvenaria de pedra do antigo convento, re-configurando em parte a situação de celas de claustro voltadas para um espaço aberto restrito e silencioso. Um elemento que caracteriza bem essa área é o antigo poço artesiano, do qual hoje se retira a água para irrigar os jardins do Centro (fig. 7).

A leste está o espaço aberto de caráter funcional, que é configurado pela edícula de depósito/dormitório do zelador (periferia sul do terreno), pelo espaço de exposições e acesso à administração (contíguo à cabeceira da antiga igreja) e ao limite leste do terreno.

A linearidade dos volumes componentes do centro ajuda a organizar e sugerir os fluxos de circulação dentro do conjunto. Alguns pontos de referencia foram criados pelo arquiteto através de subtrações e quebras na volumetria dos edifícios novos, ou através da maior ou menor exposição de algumas partes das ruínas preexistentes.

Além disso, as linhas e direções da planta preexistente são usadas, seguidas pelo arquiteto como recurso de integração e re-interpretação da forma existente. Isso fica claro com a análise de alguns alinhamentos criados nas colocações das novas edificações em relação ao que já havia no terreno. As grandes áreas de espaço aberto ao redor da preexistência permitiram que o arquiteto explorasse o terreno de forma integrada com as edificações, criando encaminhamentos e eixos de circulação com visuais que aproveitam o cenário histórico e as belezas naturais do entorno.

O limite da cabeceira da igreja com o volume da antiga adega serviu para que De Las Casas posicionasse a parte central do volume em forma de “Z” . Esse posicionamento permite a conservação da área onde existiram as naves da igreja, alem de possibilitar uma exposição total de sua cabeceira e do exterior das capelas dos Escalante e Ocampo. Cria-se ainda um ponto de acesso importante, bem no centro do antigo abside, que é um nó de distribuição das funções locadas na preexistência (fig. 6).

Algo semelhante ocorre no pórtico que dá acesso às salas de aula, café e auditório, e que divide a zona do espaço aberto de acesso dos dormitórios e seu espaço aberto adjacente. O pórtico foi originado pela subtração de quase todo o corpo do volume “Z”, que nesse ponto é constituído apenas por quatro colunas e pela cobertura. Essa equivalência reforça a idéia de leitura e re-interpretação da estrutura formal preexistente por parte do arquiteto (fig. 8).

Ao passar pelo pórtico ingressa-se na parte mais “íntima” do conjunto, e tangenciando o a ala do Café e do Auditório chega-se ao fundo do terreno, constituído nessa face pelos dormitórios pátio e pela edícula que abriga depósitos, banheiros e a residência do Zelador. Junto a esse conjunto de funções existe outro eixo de circulação, que conecta o pátio dos dormitórios e poço com o espaço aberto configurado pelas funções de acesso mais restrito do Centro (fig. 9). Do fundo do terreno até a parte da frente, onde fica o acesso de serviços, há outra forte linha de circulação. Nessa parte o declive é acentuado, e está dominado por pequenos muros de arrimo de aproximadamente 50 cm, que marcam as curvas de nível do terreno. Esse recurso permite que se transite por toda a extensão do espaço aberto com facilidade. Quase no centro do espaço há um acesso secundário ao auditório, que existe desde os tempos da construção da antiga adega do Convento.

Técnica e forma, forma e memória

No caso do Centro um certo grau de contraste entre o novo e o antigo foi usado como estratégia por parte do arquiteto visando a valorização do edifício histórico e de sua estrutura formal, através da exposição de suas qualidades estéticas, mesmo que o que perdure sejam efetivamente ruínas. Manuel de las Casas inseriu no terreno edificações modernas, que se diferenciam da preexistência em termos de formas e configurações dos espaços, mas é importante ressaltar as diferenças existentes no que diz respeito à técnica construtiva. O edifício em Z tem estrutura independente, e revestimento e cobertura em chapas de aço corten, além de todas as peças de carpintaria no mesmo material. É interessante notar que os edifícios novos do centro poderiam ser feitos em alvenaria de tijolos à vista, por exemplo, sem que, devido a sua forma, deixassem de ser modernos. Mas a expressividade da relação com a preexistência não seria como é – extremamente franca, legível e didática – aos olhos dos usuários. Algo assim acontece na relação das capelas dos Escalante e dos Ocampo e suas coberturas. As coberturas são planas, com revestimento em placas de granito, que se assemelham visualmente à alvenaria das paredes da preexistência. O contraste entre o novo e o velho não fica tão evidente à um primeiro olhar.

Em dois lugares a emblemática técnica construtiva se encontra e interage fisicamente com a tradicional alvenaria de pedras das ruínas do Convento gótico: sobre a antiga adega, hoje auditório, e na antiga Capela do Deán. Nesta última a expressividade da integração é maior, devido ao seu caráter de sala de exposições e suas dimensões espaciais permitirem uma experimentação mais abrangente do local. Na grande sala não há subdivisões visuais, as paredes se mantém com a mesma forma de antigamente, mas existe nos fechamentos laterais e superior a presença de vidro e de perfis e esquadrias em aço cortén. O vidro permite a permeabilidade visual e a leitura do espaço preexistente, e as esbeltas esquadrias mantêm explícita a tectonicidade das paredes portantes da capela. A cobertura tem um recorte que permite a entrada de luz e chuva, recriando em parte do corpo da edificação preexistente, à exemplo do que ocorre no abside da antiga igreja, a situação de ruína exposta à intempérie (fig. 10).

Outros elementos construtivos envolvidos no reconhecimento das relações entre as edificações novas com as antigas são os pisos. Nas preexistências e em suas imediações o piso colocado é composto por peças regulares de granito serrado, a exemplo do que ocorre nas coberturas das Capelas já mencionadas. Já ao redor das partes “modernas” da intervenção os pisos são de basalto com corte português.

Da maior à menor escala, os objetos presentes no projeto do Centro Hispano-Luso respondem ás decisões de projeto mais básicas do arquiteto, e elucidam as pontes e abismos estabelecidos por ele entre o presente e o passado do lugar.

Considerações finais

O projeto para o Centro Hispano-Luso contempla um programa totalmente atual e com funções bem diferentes entre si, o que levou o arquiteto a introduzir novas edificações em meio a ruínas históricas de mais de 700 anos de idade. Dessa forma as ruínas foram “complementadas” com edificações modernas, pois reerguer o convento tal qual foi na época de sua construção seria ridículo tanto do ponto de vista formal como funcional e técnico.

Um dos aspectos mais importantes da intervenção no Antigo Convento é o fato de que os elementos do lugar são utilizados de maneira criteriosa, adquirem funções novas e claras, reintegrando-se a cidade. Há uma superação da idéia de valorizá-los como objetos históricos, que baseia sua existência somente na mitificação visual e os equipara a peças de museu. Essa maneira de encarar o patrimônio histórico passa pelo reconhecimento da história e pela identificação das relações formais existentes nesses objetos. Em arquiteturas consistentes essas relações estão estritamente ligadas às bases ideológicas do tempo no qual foram concebidas. “A atuação arquitetônica já não é a estetização de um objeto, e sim a hermenêutica de um texto. A cidade histórica apresenta-se como uma narração arqueológica que a intervenção deve ler, primeiro, para poder explicá-la, depois” (5).

Hélio Piñón procura determinar os critérios para que se possa qualificar determinado artefato arquitetônico como bem patrimonial. Essa distinção por parte do arquiteto que “re-arquiteta” determinado sitio ou objeto arquitetônico é fundamental:

“Minha reflexão se define, como se tem visto, em uma idéia de patrimônio arquitetônico, mais relacionada com a qualidade que com a mera pátina do tempo, ou com a eventual transcendência afetiva de um edifício singular. Minha posição é critica, por tanto, com a idéia pontual de patrimônio, intrinsecamente demagógica, inclinada a utilizar o inventario de obras veneráveis como limitação que legitime a sistemática perversão da arquitetura da cidade” (6).

Assim, uma intervenção em sitio histórico pertinente tem como etapa básica e fundamental a análise e o reconhecimento artístico dos elementos preexistentes. É possível identificar em uma obra de re-arquitetura que adota esse critério as relações entre os elementos do lugar (entre eles os artefatos históricos) e o programa, os aspectos construtivos e a estrutura formal proposta por intermédio dos novos elementos superpostos.

notas

1
Este conceito é bem abordado em GLUSBERG, Jorge. “Anotaciones sobre la revitalización de edifícios”. Arquis, n. 4. Centro de Investigaciones en Arquitectura/ Universidad de Palermo. Buenos Aires, Editorial CP67, 1994, p. 66.

2
FROTA, José Artur D’Aló. Súmula da Disciplina Re-arquiteturas, ministrada pelo Prof. Dr. Arq. José Artur D’Aló Frota no PROPAR/UFRGS, out. 2004.

3
FERNÁNDEZ, Silvia. Manuel de las Casas, arquitecto: “La especulación de suelo destroza la ciudad”. Entrevista publicada em: Zamoraes.com, tu Portal de Zamora. Disponível em: http://www.zamoraes.com. Zamora, set. 2003.

4
Analogias com letras são comuns para que se consiga descrever formas de edifícios em planta e volume. A analogia com a letra “Z” mencionada refere-se a um edifício com dimensões gerais de seção vertical invariáveis, composto por duas alas laterais paralelas – ou com pequenas ângulos entre si – conectadas a um corpo central, formando um único objeto.

5
SOLÁ-MORALES, Ignasi de. “Estratos y Superposiciones. Intervencion en el Área de la Muralla Romana de Barcelona entre los Palacios Gualbes y del Correu Vell”. Arquis, n. 4. Centro de Investigaciones en Arquitectura/ Universidad de Palermo. Buenos Aires, Editorial CP67, 1994, p. 33.

6
PIÑON, Hélio. Conferência apresentada no congresso sobre “Recuperação, salvaguarda e valorização do patrimônio”. In: Miradas intensivas. Barcelona, Edicions UPC, 1999.

créditos das imagens

1 e 2, 6 a 15
Fotógrafos Angel Luis Baltanás e Eduardo Sánchez

3 a 5
Desenhos produzidos pelo autor, tendo como referência originais analisados em:
Revista TECTÓNICA, núm. 9. Madrid: ATC Ediciones, 2002, p. 26-39.

sobre o autor

Nicolas Palermo, arquiteto e urbanista pela UFRGS, onde cursa Mestrado em Teoria, História e Crítica.

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