Your browser is out-of-date.

In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.

 
  • in vitruvius
    • in magazines
    • in journal
  • \/
  •  

research

magazines

drops ISSN 2175-6716

abstracts

português
Segundo a autora, muitos arquitetos, engenheiros e pessoas ligadas à construção, estão incorporando esta nova forma de fazer arquitetura, baseados no conceito de arquitetura bioclimática

how to quote

BRITTO CORREA, Celina. Arquitetura bioclimática. Adequação do projeto de arquitetura ao meio ambiente natural. Drops, São Paulo, ano 02, n. 004.07, Vitruvius, abr. 2002 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/02.004/1590>.


Nos enganamos quando pensamos que o futuro da arquitetura é feito de imagens de arranha-céus feitos de alumínio, ferro e muito vidro. A vanguarda da arquitetura, já em curso nas paisagens dos EUA e Europa, retoma os materiais naturais e benignos, se preocupa com estratégias para poupar água e luz, respeita a  natureza e o entorno onde se insere e, sobretudo, promove o conforto sem esquecer a questão estética.

Estamos passando por um processo de transição na forma de viver e ver o mundo, em que o meio ambiente começa a fazer parte do cotidiano, não como um discurso de ambientalistas ou idealistas mas com reflexos no nosso dia-a-dia. A arquitetura se integra nesta busca por respostas adequadas a integração do ser humano no meio ambiente, com mudanças no processo de criação e execução dos espaços habitáveis e reflexos em toda a cadeia produtiva da indústria da construção.

Muitos arquitetos, engenheiros e pessoas ligadas à construção, estão incorporando esta nova forma de fazer arquitetura, baseados no conceito de arquitetura bioclimática. O conceito de arquitetura bioclimática é um pouco genérico e integra outras definições mais concretas, como por exemplo, a de arquitetura integrada, aquela que se adapta a seu ambiente físico, socio-econômico e cultural, utilizando materiais autóctones, técnicas e formas tradicionais, que favorecem a integração visual e reduzem o impacto ambiental.

A arquitetura bioclimática também é conhecida como a de alta eficiência energética, porque economiza e conserva a energia que capta, produz ou transforma no seu interior, reduzindo, portanto, o consumo energético e a suposta poluição ambiental. Em geral, é uma arquitetura pensada com o clima do lugar, o sol, o vento, a vegetação e a topografia, com um desenho que permite tirar proveito das condições naturais do lugar, estabelecendo condições adequadas de conforto físico e mental dentro do espaço físico em que se desenvolve.

O Brasil é um país rico em recursos naturais e com uma importante luminosidade, mas num grande número de ambientes, existe a necessidade da luz acesa o dia inteiro, pela falta de aproveitamento da iluminação natural. Na nossa região, de clima temperado, as necessidades de iluminação, aquecimento no inverno e refrigeração no verão podem ser totalmente cobertas através de estratégias passivas de condicionamento, que devem ser incorporadas num projeto de arquitetura que conjugue a conceituação arquitetônica com o condicionamento natural da edificação.

Frente a nossa atual situação de consumo elétrico, e ao fato de que no Brasil ainda é a minoria da população a que tem condições econômicas de incorporar sistemas de calefação ou de ar condicionado, mais importante e eminente se torna a nossa posição como arquitetos, de adotar sistemas passivos e estratégias benignas, que proporcionem, sem dúvida, maior conforto ambiental com maior economia. Estes sistemas, aliados a correta eleição dos materiais, ao respeito a tradição construtiva revista sob a ótica das novas tecnologias, e a cultura regional,  impulsionam ao aumento da qualidade de vida da população, e refletem a verdadeira vanguarda na arquitetura. No entanto, as cidades estão cheias de erros e despreocupações neste campo. É certo que o conhecimento das técnicas bioclimáticas são fundamentais para que o arquiteto crie a consciência sobre a importância e a responsabilidade que detém sobre estes fatores.

notas

[publicação: novembro 2001]

Celina Britto Correa, Pelotas RS Brasil

Foto da fachada nordeste da casa n°2 ["Estudo de estratégias bioclimáticas no clima de Florianópolis", Suely Ferraz de Andrade]

 

comments

newspaper


© 2000–2024 Vitruvius
All rights reserved

The sources are always responsible for the accuracy of the information provided