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research

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drops ISSN 2175-6716

abstracts

português
O arquiteto e pesquisador da UnB comenta os os contrastes intra-urbanos da Capital federal e a necessidade de descentralizar a infra-estrutura e as oportunidades de trabalho para mais próximo dos moradores da periferia

english
Architect and UnB researcher talk about the contrasts between neighborhoods of the Federal Capital and the need to decentralize infrastructure and job opportunities closer to the residents of the periphery

español
El arquitecto e investigador de la UnB comenta los contrastes urbanos en la Capital Federal y la necesidad de descentralizar la infraestructura y las oportunidades de trabajo para los habitantes más próximos a la periferia

how to quote

PAVIANI, Aldo. Políticas públicas. Os problemas "brasileiros" da periferia de Brasília. Drops, São Paulo, ano 05, n. 010.02, Vitruvius, jan. 2005 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/05.010/1639>.


Foto de satélite do Distrito Federal


As cidades crescem e desafiam governantes e governados para o enfrentamento de problemas que a urbanização traz em seu bojo. A evolução urbana dos últimos 60 anos, no Brasil, demonstra com nitidez aquilo que recente pesquisa, muito oportuna, da Secretaria do Planejamento e Coordenação do Governo do Distrito Federal revelou: os contrastes intra-urbanos da Capital federal. Nenhum geógrafo, sociólogo ou economista chegaria a conclusões diferentes em termos das disparidades e desigualdades internas do aglomerado de Brasília – aqui entendida como sendo formada pelo Plano Piloto (o centro da cidade) e as cidades circundantes (as antigas "cidades-satélites").

Em razão da expansão de Brasília para os anéis externos, sobretudo no estado de Goiás, consolida-se a metrópole terciária e quaternária, diversa das grandes cidades que abrigaram parques industriais, como São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Nestas, o quadro geográfico não difere do de Brasília: periferias pobres, carentes de infra-estrutura e zonas centrais, bem dotadas sócio-economicamente falando.

As diferenças que poderiam ser apontadas estariam voltadas ao desenvolvimento secular nas velhas capitais estaduais e um pretenso quadro de planejamento urbano em Brasília. Aqui, como agora apropriadamente a pesquisa revela, necessita-se de políticas públicas de longa duração, não pontuais, mas globalizantes, envolvendo um largo território e suas atividades, em âmbito metropolitano. A favelização de muitas cidades está ligada à ausência de políticas públicas de médio e longo prazos, que são multiplicadores de oportunidades de emprego.

Os empregos gerados na periferia são multifacetados e capazes de reter a mão-de-obra nos locais de residência, coisa elementar que o planejamento urbano não deu conta de implementar. Assim, clama-se por política pública, em parceria com setores empresariais, para a descentralização da cidade, uma vez que não basta descentralizar a atividade de morar; deve-se descentralizar infra-estrutura e as oportunidades de trabalho para mais próximo dos moradores da periferia. Por este motivo, a pesquisa vem a calhar. Ela mostra de maneira clara, com números, aquilo que a geografia põe evidente na paisagem da bela e injusta Capital de nosso rico mas também injusto país.

notas

[publicação: dezembro 2004]

Aldo Paviani, Brasília DF Brasil

 

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