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drops ISSN 2175-6716

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José Paulo de Bem, arquiteto com atuações importantes no Rio de Janeiro, Salvador, Florianópolis e São Paulo, falece aos 71 anos. Professor da FAU Mackenzie, o arquiteto catarinense deixa 3 filhos arquitetos.

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SANT’ANNA JR, Antonio Carlos. José Paulo de Bem (1943-2014). Vida de arquiteto. Drops, São Paulo, ano 15, n. 085.01, Vitruvius, out. 2014 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/15.085/5305>.


Arquiteto por inteiro, pensou, desenhou e construiu nas mais variadas escalas: peças de mobiliário, interiores, casas pequenas e indústrias grandes, edifícios institucionais, estações de metrô, praças e jardins, lugares de "passar-por" e de "estar-em".

Nasceu no início dos anos 1940 em Araranguá, interior de Santa Catarina e a convocação para prestar o serviço militar na nova capital do país, lá no planalto central, abriu seus olhos para um admirável mundo novo, a modernidade em construção. Impressionado pela cidade nova, resolveu estudar arquitetura na recém-criada Universidade de Brasília, de onde saiu pronto para enfrentar os desafios que o país se colocava.

Foi para Salvador trabalhar com João Filgueiras Lima, o Lelé, contribuindo para o avanço e a disseminação da industrialização da construção no Brasil. Participou dos projetos do novo Centro Administrativo da Bahia e de escolas e unidades de saúde.

Veio para São Paulo e fez parte da grande equipe de arquitetos e urbanistas da Companhia do Metrô, que implantou o transporte de massa sobre trilhos em nossa cidade, sendo um dos colaboradores no projeto da estação e da nova Praça da Sé.

Atuando em seu estado natal, colaborou com o arquiteto Pedro Paulo de Melo Saraiva no projeto da nova ponte de concreto que conecta Florianópolis ao continente, em substituição à ponte metálica Hercílio Luz, que se encontrava em condições precárias.

No Rio de Janeiro fez parte da equipe de arquitetos da Promon Engenharia-RJ, grande empresa de consultoria e projeto, onde fez várias industrias de grande porte, meticulosamente detalhadas. Ainda no Rio, também colaborou com o arquiteto Luiz Paulo Conde (que foi Secretário de Planejamento e depois Prefeito da cidade), participando de muitos projetos.

Quando a Prefeita Luiza Erundina foi eleita em São Paulo, foi convidado pela Emurb – Empresa Municipal de Urbanização a vir coordenar alguns projetos especiais de requalificação, dedicando-se particularmente à área central, com ênfase no redesenho do Parque D. Pedro II e seu entorno degradado, incluindo aí a recuperação do antigo Palácio das Industrias, transformado no Gabinete da Prefeita (projeto desenvolvido pela arquiteta Lina Bo Bardi) e a recuperação do Mercado Municipal (projeto posteriormente desenvolvido pelo arquiteto Pedro Paulo de Melo Saraiva).

Concluída a gestão, foi chamado pela Promon Engenharia-SP para o desenvolvimento do projeto do novo complexo viário entre as avenidas 23 de Maio, Rubem Berta, Sena Madureira e Ibirapuera. Entre tantos viadutos, tuneis e vias expressas, sempre atento aos detalhes, ainda encontrou espaço digno para a artista Amélia Toledo implantar seu trabalho. Ainda na Promon, foi um dos coordenadores da proposta para a requalificação de toda a área central de São Paulo, vencedora do concurso nacional de ideias organizado na gestão do Prefeito Celso Pitta, dando sequência e ampliando o trabalho desenvolvido na Emurb.

Falando sobre a participação em concursos, é importante observar que essa foi uma das atividades a que se dedicou de modo mais intenso, sempre que se referiam de algum modo ao desenho urbano, sua grande paixão. Em parceria com vários colegas de distintas gerações, recebeu muitos prêmios e menções honrosas.

Intelectual aplicado, fez um doutorado brilhante na FAU-USP, orientado pela Prof. Regina Prosperi Meyer, sobre propostas para a cidade de São Paulo, que deverá ser publicado em breve, e que devido ao seu obsessivo perfeccionismo, foi quase que inteiramente reescrito, depois de amplamente revisado e complementado.

Professor e pesquisador diferenciado, sempre inquieto, promoveu o desassossego entre seus pares, convocando-nos para o debate permanente. Fará (já está fazendo!) muita falta entre nós, seus colegas professores e seus alunos, amigos e admiradores da FAU Mackenzie.

Menos mal que tenha deixado para os três filhos arquitetos, a Vida Maria, o Fábio e o Mário a bússola de uma vida exemplar.

sobre o autor

Antonio Carlos Sant’Anna Jr é arquiteto e professor da FAU USP e da FAU Mackenzie.

José Paulo de Bem e Cassia Mariano
Foto divulgação [facebook]

 

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