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my city ISSN 1982-9922

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Em um vídeo de um minuto, a atividade de um fim de semana no Largo da Batata O Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, foi totalmente refeito. Após mais de 10 anos, a obra entregue ficou muito diferente do projeto.

how to quote

CALLIARI, Mauro. Um fim de semana no Largo da Batata. Minha Cidade, São Paulo, ano 16, n. 182.08, Vitruvius, set. 2015 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/16.182/5722>.


Vista noturna do Largo da Batata, São Paulo
Foto Mauricio Cremonini


O Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, foi totalmente refeito. Após mais de dez anos, a obra entregue ficou muito diferente do projeto. Sem árvores, sem bancos, sem bicicletário, sem abrigo para os passageiros de ônibus, com blocos de concreto separando carros de pedestres.

Apesar disso, um fenômeno interessantíssimo aconteceu: as pessoas da região começaram a demandar as melhorias, junto à subprefeitura e ao Grupo Gestor da Operação Urbana Faria Lima. Houve outros grupos que se organizaram em movimentos de ocupação da praça, com uma programação fixa e até construindo eles mesmos equipamentos no lugar dos que não foram entregues. Houve até quem plantasse árvores. O bicicletário foi construído, assim como dois abrigos de ônibus.


Atividades de um fim de semana no Largo da Batata
Vídeo Mauricio Cremonini

O fato é que descobrimos que não existe um responsável no poder público a quem cobrar. O governo estadual constrói o metrô mas não se preocupa com a integração com a praça. A subprefeitura cuida da manutenção mas não manda no projeto. A Operação Urbana determina o uso da verba da venda dos CEPAC´s mas não está preocupada com a implantação. A CET, a SP Obras, etc etc.

Mas também descobrimos que existem muitas pessoas a fim de se responsabilizarem. E elas estão lá, na praça!

Esse vídeo, feito pelo fotógrafo Mauricio Cremonini em agosto, mostra os dois lados dessa história. Em um minuto, um fim de semana  inteiro e suas cenas:

– o movimento dos bares à noite.

– o vazio da praça nas áreas que não tm sombra, nem banco.

– os poucos que vem jogar ping-pong numa mesinha no canto direito da cena.

– o fluxo incessante de carros ao redor da praça, inclusive na rua do meio, que foi motivo de discussão com a CET para a implantação de uma faixa de pedestres

– e até um baile no sábado à noitinha, que junta um grupo grande de pessoas que vêm dançar forró.

Essa é uma história que não se acabou. Nos próximos meses, vai começar a terceira fase das obras. O resultado não sabemos, mas dá para ter certeza de que vai ter gente conferindo, cobrando.

A urbanidade em São Paulo está sendo resgatada, não por decreto, mas por demanda.

nota

Publicação original: CALLIARI. Mauro. Um fim de semana no Largo da Batata. Blogs Caminhadas Urbanas, São Paulo, 24 set. 2015 <http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/caminhadas-urbanas/um-fim-de-semana-no-largo-da-batata/>.

sobre o autor

Mauro Calliari é administrador de empresas e mestre em urbanismo. Pesquisador e professor de cursos sobre os espaços públicos na cidade contemporânea.

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