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PORTAL VITRUVIUS. Concurso de Anteprojeto Arquitetônico da ESA – Escola Superior de Advocacia do Rio Grande do Norte. Projetos, São Paulo, ano 02, n. 023.01, Vitruvius, nov. 2002 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/02.023/2187>.


Tema

O nosso projeto para a Escola Superior de Advocacia é uma resposta à análise dos diversos condicionantes pré-existentes e o atendimento do programa arquitetônico exigido pelo edital sob a ótica de um tema: Justiça  um equilíbrio dinâmico.

Nesta proposta buscamos soluções que reflitam este tema e que se atendam às questões impostas pelo sítio e condicionantes climáticos locais, pelos usos propostos e pela tecnologia da construção a ser empregada.

Nosso projeto tenta expressar o equilíbrio do tema justiça na  forma de um equilíbrio de forças, movimentos e tensões, uma expressão do dinamismo de um centro de educação continuada, um equipamento cultural (teatro) e as novas formas de relação da justiça com o povo.

Este projeto visa atender ao programa exigido pelo edital, a sede da Escola Superior de Advocacia, atividades relacionadas com o sistema judiciário e um equipamento cultural. Nosso desafio foi superar as dificuldades impostas pelos condicionantes espaciais de um programa extenso e um terreno de médio porte. Nosso objetivo foi desenvolver neste projeto alguns conceitos de arquitetura que resultem numa edificação funcional de alta qualidade.

Concepção espacial

A solução adotada no projeto divide o programa em dois elementos distintos: o bloco da ESA, em forma  “L” e o teatro. A base da concepção espacial do projeto foi implantar um edifício num lote irregular de modo a estabelecer relações equilibradas com o espaço circundante, os condicionantes climáticos, liberando as visuais da paisagem, numa arquitetura permeável e transparente, e que estabelecerá novos padrões arquitetônicos no bairro.

A transição entre as duas partes que compõem o conjunto é feita por uma coberta  leve, “foyer” ao ar livre, que recebe os espectadores e prolonga o Centro de Convivência até a entrada do teatro.

O pilotis separa  os volumes dos ambientes do térreo da lâmina da edificação acima, a fim de conferir mais leveza à edificação. A articulação dos dois braços do “L” é a caixa de circulação vertical e banheiros, que constitui um volume acoplado ao bloco.

A forma em “L” resulta não só do domínio da forma/condicionantes do terreno como também da intenção de posicionar a parte edificada mais extensa longe das edificações residenciais de pequeno porte que circundam nosso prédio. O lado maior do “L” é implantado bastante recuado do limite do lote. Ao longo da Av. dos Xavantes o edifício é mais curto e tem o térreo mais aberto o que contribui para amenizar sua relação com o entorno, sem, no entanto, usurpar sua imponência respeitosa e contida, garantia do simbolismo próprio às edificações do gênero.

O conjunto Escola auditório/teatro lança mão para obter uma significativa expressividade arquitetônica da utilização da luz natural, quando reforça a utilização de elementos de proteção solar, aberturas e fendas para criar camadas planares sucessivas que dão personalidade e originalidade a edificação. Ressaltamos ainda a garantia de uma resposta noturna proporcionada por estes elementos, de efeito singular.

Um edifício inteligente

Nossa proposta atende aos requisitos básicos indispensáveis a um edifício inteligente, a saber: possui estrutura independente, flexibilidade espacial (divisórias),  fácil manipulação de sistemas e serviços (piso elevado, etc). O projeto já comporta espaço para a passagem de cabeamento de sistema elétrico e rede de computadores. Acrescentamos ao programa o Núcleo de Controle e Inteligência, um ambiente destinado à monitoração de sistemas (condicionamento de ar, iluminação, elevador, rede de computação e segurança).

Relação com o entorno e propostas urbanas

O projeto foi concebido levando em consideração os acessos á edificação, as visuais a partir do terreno e as visuais dos ambientes internos para a paisagem circundante. O acesso de automóveis à garagem no subsolo da escola ficou localizado na rua das Carnaúbas, uma via residencial pouco movimentada, o que evita problemas de conflitos com o tráfego da avenida dos Xavantes, importante via de penetração do bairro.

Para facilitar o acesso do fluxo de automóveis ao estacionamento propomos que no momento da execução ou da abertura da escola seja parcialmente utilizado o espaço de duplicação da avenida dos Xavantes para acesso a ESA conforme fig. 1.  Sugerimos ainda a transferência da quadra poliesportiva para o terreno vizinho, podendo ser de maior porte do que a quadra exigida pelo edital, com responsabilidade de manutenção da própria Escola, liberando internamente mais área verde, reservando espaço para uma possível ampliação.

Conforto ambiental

O edifício é concebido de modo a oferecer o máximo de  conforto ambiental nos níveis térmicos, luminícos e acústicos. Sua implantação  favorece a entrada dos ventos dominantes nos ambientes de trabalho e salas de aula. A circulação, na fachada oeste, serve como interface de amenização protegendo estes ambientes do sol durante a tarde. As salas de aula possuem janelas voltadas para leste e internamente para a circulação, permitindo a ventilação cruzada e o uso opcional de condicionamento de ar.

A utilização de brises nas janelas e na circulação protege os ambientes da radiação solar segundo estudo realizado. A fachada leste está protegida da entrada direta de luz solar a partir das 8:30h. As fachadas leste e oeste recebem predominantemente o mesmo tipo de brises (ver Detalhe 01).

A fachada norte recebeu um elemento de proteção na forma de um telão composto de brises horizontais, em fibra de vidro, de diferentes profundidades, mas  com o mesmo grau de proteção solar. Isto faz com que esta fachada esteja protegida das 9:00 as 17:00h.  Estes elementos de proteção solar  reduzem a carga térmica nos ambientes a serem climatizados e contribuem para diminuir o consumo energético total da edificação. O Detalhe 02 demostra o sistema construtivo deste tipo de elemento de proteção solar, onde caixilhos contendo os brises, são fixados à estrutura primária de suporte, um sistema a ser fabricado em partes, o que facilita sua montagem.

A cobertura de ligação entre a Escola e o teatro e a marquise de entrada recebem vidro com película interna para filtragem dos raios ultravioleta e infravermelhos, além de jateamento na face externa.

Para as paredes de vedação propomos os painéis de concreto do tipo TECLEVE, compostos de concreto de espuma de poliestireno expandido e com núcleo de espuma de estireno expandido. Alem do isolamento térmico e acústico, o referido painel permite uma maior rapidez na execução, não necessita de chapisco e reboco externo, tem desperdício zero, é 50% mais leve do que a alvenaria comum, não requerendo mão-de-obra especializada para sua execução.

O sistema MULTISPLIT de condicionamento de ar que propomos nesta obra é dividido em dois subsistemas independentes: um para o auditório e outro para o bloco da Escola. Este sistema adequa-se melhor a execução em fases prevista para a obra por oferecer múltiplas posições de montagem. Esta opção resulta ainda mais vantajosa economicamente do que a instalação de uma central única de condicionamento de ar para a configuração final da edificação que permaneceria por um tempo indeterminado sub-utilizada.

As unidades externas do sistema estão localizadas de acordo com a figura 01. A passagem dos dutos se dá entre o forro e a laje de cada pavimento.

Acessibilidade

O edifício da ESA é desde já pensado em termos de acessibilidade universal. É adaptado em todos seus ambientes ao acesso de portadores de deficiência física, possuindo  rampas de acesso, vagas de estacionamento reservadas, banheiros e elevador adaptados, inclusive rampa articulada de acesso ao palco do teatro.

Teatro / Auditório

Nosso projeto compreendeu esta parte do programa de necessidades contido no edital como um equipamento cultural a ser oferecido à cidade. Tivemos a intenção de ir além de simplesmente responder à demanda por um equipamento de lazer, e aproveitamos a oportunidade para oferecer um equipamento que pode vir a ser importante para a cidade como um todo. A transformação do auditório exigido em um teatro propriamente dito,  responde à necessidade que OAB tem em atender a comunidade e às reais necessidades da população local por equipamentos culturais.

A base da concepção espacial do teatro foi distribuir a platéia no térreo e no balcão, e assim liberar espaço no terreno, reduzindo sua ocupação. A distribuição da planta se dá de acordo com o angulo de visibilidade, tanto no plano quanto na vertical. Aproveitamos o desnível do terreno para evitar uma altura excessiva na parte externa do seu volume. Encontra-se neste momento já previsto o espaço para o tratamento acústico (forro e painéis refletores), locais para iluminação cênica, espaço de coxias e urdimento (caixa cênica) e sistema de condicionamento de ar.

O acesso ao ao teatro é feito pela área do centro de convivência, podendo ter acesso independente. As saídas de emergência do teatro, platéia e do balcão superam dimensionamento  exigido pelo corpo de bombeiros. O total de assentos do teatro é de 402 lugares, sendo 2 para portadores de deficiência física, distribuídos em 244 assentos no térreo e 158 no balcão.

A concepção o volumétrica do teatro é o resultado do trabalho de manipulação dos volumes e planos que compõem o volume da platéia, a caixa cênica e os camarins.

Sinalização

Prevemos no projeto locais específicos para sinalização, a exemplo: Painel contendo informação e lista dos ambientes presentes em cada pavimento localizada nos painéis de fechamento do shaft e placas de sinalização dos ambientes localizada nas portas de acordo com a figura. A sinalização ainda inclui outros itens como placas de acesso ao estacionamento sinalização de tráfego de altos e de emergência inclusas em projeto específico de incêndio a ser desenvolvido.

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IAB-RN e participantes
Natal RN Brasil

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023.01 Concurso
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023.02 Concurso

Concurso Centro Histórico de Sumaré

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