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PORTAL VITRUVIUS. Concurso para o Paço Municipal de Hortolândia/SP. Projetos, São Paulo, ano 06, n. 072.03, Vitruvius, dez. 2006 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/06.072/2742>.


Introdução

O município de Hortolândia tem origem rural e constituição recente, desmembrado do território do município de Sumaré em 1991. A decisão de criar o Paço Municipal da cidade numa área distanciada do contexto urbano consolidado traz o desafio da constituição de um novo lugar.

A área escolhida, situada entre a Rodovia Municipal SMR 281 e a Nova Via Arterial projetada, deverá abrigar um conjunto arquitetônico destinado a ser nova referência urbana, capaz de induzir o desenvolvimento e ocupação das áreas adjacentes e criar relações e atividades cotidianas inerentes com uma nova centralidade no município.

O terreno, localizado entre a Rodovia Municipal e a Nova Via Arterial projetada apresenta topografia com suave declividade no sentido norte-sul, entre a rodovia e a nova avenida, além de configuração alongada no sentido leste-oeste. Desse ponto obtém-se uma vista interessante das atuais áreas urbanizadas.

O projeto que desenvolvemos está estritamente referenciado no Termo de Referência e procura responder adequadamente a todas as necessidades especificadas quanto ao programa funcional e critérios arquitetônicos e construtivos.

Implantação

Os fatores determinantes da adoção do partido urbanístico e arquitetônico foram, por um lado, a possibilidade da construção em etapas e, por outro, a solução de um programa diversificado – prefeitura, câmara, fórum e centro cultural – através de um desenho que priorizasse a força de conjunto.

O Paço Municipal está configurado e estruturado ao longo do eixo longitudinal do terreno (sentido leste-oeste), onde se desenvolve a Praça Cívica, na cota de nível 622. Entre a praça e a Nova Avenida Arterial, na porção sul do terreno, os edifícios institucionais posicionam-se perfilados formando um conjunto de edifícios integrados pelo elemento de cobertura e sombreamento, de aproximadamente 250 metros de comprimento, evidenciando o alinhamento da avenida. Assim, define o caráter urbano da nova via ao mesmo tempo em que libera as cotas mais altas do terreno para a ocorrência dos espaços públicos abertos, onde está implantado o edifício do Centro Cultural com o Teatro e a Biblioteca.

Dessa forma, a implantação fica definida por dois volumes: um relativo ao programa institucional, configurando uma lâmina horizontal com 5 pavimentos paralela à Nova Via Arterial e, outro, destinado ao teatro, configurando uma torre baixa posicionada próxima à rodovia. No espaço entre as construções desenha-se um conjunto de áreas públicas abertas, em duas cotas de nível: na 622, Praça Cívica, a partir da qual é possível acessar a torre do Teatro e a lâmina contendo a Prefeitura, a Câmara e o Fórum; na 618, a Praça de Convivência. Nesta cota, sob a Praça Cívica, situa-se a Biblioteca além da Galeria de Serviços que concentra todo o atendimento e apoio ao público usuário (atendimento geral, protocolo e comércio). Entre esses espaços e o edifício institucional, uma rua interna de serviço percorre todo o terreno no sentido longitudinal possibilitando a articulação entre os vários programas e os estacionamentos, dando o necessário suporte funcional de acesso, carga e descarga.

Duas novas vias de caráter público são ainda propostas junto às duas divisas laterais do terreno. Interligam a rodovia e a nova via arterial complementando o sistema viário local e articulando dois eixos estruturadores da cidade.

Espaços livres públicos: Praça Cívica e Praça de Convivência

Apesar de serem espaços que se integram, estão definidos em duas cotas de nível diferentes: a 622, Praça Cívica, e a 618, Praça de Convivência.

A Praça Cívica tem uma conformação linear, com 40 metros de largura na sua parte mais estreita, entre o Edifício Institucional e o Teatro, alargando na medida em que se dirige para a porção leste do terreno. Com área aproximada de 10.400m2 caracteriza-se como uma praça “seca” com forma e dimensões que possibilitam perfeitamente a ocorrência de eventos e manifestações inerentes a esse tipo de espaço, a partir do qual é possível o acesso principal à Prefeitura, ao Fórum e à Câmara Municipal.

A Praça de Convivência situa-se mais a oeste, está rebaixada em relação à Praça Cívica acomodando-se melhor à topografia. Foi assim denominada pela sua relação natural com a Galeria de Serviços e Biblioteca. Provavelmente terá uma utilização mais contínua e animada. Configura-se como um quadrado de 90x90 metros com proposta de vegetação mais densa.

Programa institucional: Prefeitura, Câmara e Fórum

O partido arquitetônico adotado para a Prefeitura, Câmara e Fórum prioriza a força expressiva de conjunto ao invés de adotar soluções formais distintas e singulares para cada programa. Entretanto, a solução permite que cada um mantenha sua necessária identidade e independência e que a execução ocorra por etapas, conforme as disponibilidade e oportunidades de recursos, até que o conjunto se consolide completamente.

Assim resolvido, configura um volume integrado e único, de 35 metros de largura por 250 metros de comprimento, estabelecendo, por um lado, as referências para a estruturação da praça cívica (no nível 622) e, por outro, o caráter urbano da nova via arterial na medida em que ocupa toda a frente do terreno e estabelece alinhamento e gabarito de altura.

Os serviços de atendimento e apoio ao público, constituídos pela Galeria de Atendimento, Protocolo Geral e Comércio afim, foram localizados sob a Praça Cívica, configurando uma galeria aberta no nível 618, intermediada pela via interna. Numa das pontas dessa galeria posiciona-se a Biblioteca Municipal voltada para a Praça de Convivência, nível 618, no lado oeste do terreno.

Os espaços internos dos blocos que constituem o edifício institucional estão arranjados ao redor de um vazio central que estrutura a circulação horizontal e a distribuição das áreas úteis ao mesmo tempo em que favorece a ventilação e iluminação natural. As áreas de circulação verticais e sanitários estão resolvidas em prumadas estrategicamente localizadas de forma a favorecer a distribuição e a flexibilidade de ocupação e remanejamento dos espaços úteis, dispostos pela solução de “planta livre”.

O sistema construtivo adotado é o concreto pré-fabricado industrializado, composto por pilares, vigas e painéis alveolares protendidos amplamente testados e disponíveis no mercado da construção. Devido às características do empreendimento e da sua provável construção em etapas, optou-se pela não adoção de sistemas especiais e/ou experimentais.

A construção principal assim erigida recebe uma “pele” envoltória destacada e leve para controle ambiental e de intempéries nas fachadas longitudinais e cobertura, estruturada com perfis de aço e constituída de elementos quebra-sol e supracobertura metálica. Além de favorecer a adequação térmica, o desvão entre as coberturas fica disponível para área técnica, localização dos reservatórios d’água e centrais de equipamentos de climatização.

A orientação norte-sul das maiores fachadas abertas favorece o conforto ambiental natural da construção, minimizando a necessidade de soluções mecânicas. A orientação norte foi resolvida com elementos horizontais fixos para controle da insolação. Na fachada sul o controle está resumido aos elementos verticais da estrutura complementar, dispostos a cada 2,50m. Para as fachadas leste e oeste foi adotada a solução de empenas cegas.

Programa cultural: Teatro e Biblioteca

O teatro está localizado na Praça Cívica, nível 622, junto à rodovia SMR 281, fazendo contraponto com o edifício institucional. Configura-se como uma torre baixa, com 20 metros de altura, destacando-se verticalmente e posicionada de tal forma a estabelecer um eixo transverso ao conjunto construído, marcando o acesso à Prefeitura.

Funciona como baliza de referência na estruturação dos acessos monumentais e dos espaços públicos abertos.

Configura-se com uma projeção quadrada de 50 x 50 metros que abriga o Teatro com acesso pela Praça Cívica. No subsolo os setores técnicos e camarins e na cobertura uma Escola de Artes Cênicas e salas de ensaios. A solução construtiva está definida através de empenas de concreto, em pilotis na Praça nível 622, e lajes nervuradas em dois sentidos, protendidas.

A Biblioteca Municipal está localizada no nível 618, anexa ao Teatro, no embasamento da Praça Cívica. Encontra-se articulada com a Galeria de Serviços e Atendimento Público e com a Praça de Convivência à qual dá um sentido temático.

Estacionamentos

Os estacionamentos foram dispostos nas áreas voltadas para a Nova Via Arterial e Via Interna de Serviços. Estão distribuídas sob os pilotis dos blocos extremos da Prefeitura e também a céu aberto, somando de 300 vagas, dentro do que foi sugerido pelo programa do Termo de Referência.

Áreas livres

As áreas livres remanescentes serão ajardinadas e densamente arborizadas, integrando-se as praças já descritas.

ficha técnica

Equipe
Eduardo Argenton Colonelli, Silvio Oksman, Andréa Boller, Rafael Urano, Marina Colonelli, Rafael Baravelli e Vito Macchione

source
Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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072.03 Concurso
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original: português

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IAB-SP
São Paulo SP Brasil

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