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projects ISSN 2595-4245


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O projeto do escritório BCMF Arquitetos foi vencedor do processo seletivo promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro destinado a contratar projetos de instalações de aproximadamente 40 modalidades esportivas para constar no Dossiê de Candidatura Rio 2016

how to quote

PORTAL VITRUVIUS. Olimpíadas 2016. Projetos, São Paulo, ano 10, n. 109.06, Vitruvius, jan. 2010 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/10.109/3563>.


Rio 2016

Depois de liderar, em 2005, a equipe multidisciplinar responsável pelo premiado projeto do Complexo Esportivo de Deodoro para os Jogos Pan-americanos, realizados na capital fluminense em 2007, os arquitetos Bruno Campos e Marcelo Fontes (do escritório BCMF Arquitetos, de Belo Horizonte MG) voltam se envolver com um grande projeto arquitetônico esportivo_ desta vez o das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

Além de Bruno Campos e Marcelo Fontes, também participaram do projeto vencedor os arquitetos Silvio Todeschi e Carlos Teixeira, responsável pelo paisagismo. Para vencer a concorrência realizada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em 2008, os arquitetos tomaram a decisão de não aceitar novos clientes durante o período e dedicar-se, durante quase um ano, exclusivamente à concepção da arquitetura das Olimpíadas, ao lado de 20 profissionais e parceiros de seu escritório. O Dossiê da candidatura brasileira foi considerado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) como da “mais alta qualidade técnica” entre as quatro cidades concorrentes – Rio, Tóquio, Chicago e Madri. No total, a BCMF entregou mais de 700 arquivos de projeto entregues ao Comitê Organizador, além das perspectivas e plantas finais incorporados ao Dossiê (1).

O escritório foi responsável pela concepção dos estudos preliminares (de arquitetura e paisagismo) da maioria das edificações que precisarão ser construídas e ampliadas, trabalhando em conjunto com a equipe Rio2016 e a consultoria internacional EKS/JBD (responsáveis pelos projetos operacionais e overlay), atendendo a tudo o que será necessário para o perfeito funcionamento das Olimpíadas, a partir dos pré-requisitos determinados pelo COI e de estratégias definidas pelo COB junto com os três níveis de Governo (Prefeitura, Estado e União). A BCMF foi responsável pela arquitetura de 17 novas instalações permanentes e a complementação de 3 instalações existentes, principalmente nas regiões da Barra da Tijuca e Deodoro (Zona Norte do Rio, onde já haviam feito o projeto do Complexo Esportivo de Deodoro para o Pan 2007). Além disso, o escritório também deu suporte para a equipe Rio 2016 no desenvolvimento de algumas  instalações temporárias especiais e foi responsável pela maioria das imagens do Dossiê.

Conforme definido pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro), juntamente com os diversos níveis de Governo, as instalações para as Olimpíadas de 2016 foram agrupadas em quatro grandes zonas distintas da cidade: Barra, Copacabana, Maracanã e Deodoro, “clusters” que serão ligados por um eficiente sistema de transporte viário e de trens de alta performance. Essa estratégia pretendeu distribuir os benefícios diretos e indiretos dos jogos entre todos os habitantes do Rio de Janeiro, através da construção de instalações e melhorias a partir de uma rede de infra-estrutura existente. Enquanto o cluster de Copacabana receberá principalmente a montagem de estruturas temporárias (2), os clusters de Deodoro e Maracanã terão suas instalações existentes complementadas e a Barra concentrará a maioria das novas instalações que precisarão ser construídas ou adaptadas.

No cluster da Barra, a BCMF foi responsável pela a arquitetura e o paisagismo do novo Parque Olímpico do Rio (OLP), o principal projeto da candidatura (que abrigará 13 modalidades esportivas em quase 1.000.000m2), incluindo o Centro Olímpico de Natação (OAS), o Centro Olímpico de Hóquei sobre Grama (HTC), o Centro Olímpico de Tênis (TTC), o Velódromo Olímpico do Rio (ROV) (3), a Vila dos Patrocinadores (SPV), o IBC/MPC (Centro Internacional de Transmissão/Mídia Impressa) e o Centro Olímpico de Treinamento (ITC), uma grande estrutura contendo quatro arenas independentes (Basquete, Taekwondo, Judô, Lutas e Handball). Ainda na Barra, escritório foi responsável pela Vila da Mídia (MEV), onde ficará hospedada a imprensa em 85 prédios, a “Zona Internacional”_ área de convivência e apoio dos atletas da Vila Olímpica (OLV) (4), e também por um pavilhão temporário especial para o Levantamento de Peso (CRC-6), adjacente aos pavilhões existentes do complexo do Rio Centro (5).

No cluster de Deodoro, a BCMF foi responsável pelo X-Parque (XPR), um “parque de esportes radicais” que será uma nova atração que inclui os centros de Centro Olímpico de Ciclismo (BMX), o Centro Olímpico de Mountain Bike (MBK) e o Centro Olímpico de Canoagem/Caiaque Slalom (CAN), o Estádio Olímpico de Whitewater. O Centro Nacional de Tiro Esportivo (NSC), o Centro Nacional de Hipismo (NEC) e o Centro Nacional de Pentatlo Moderno (MNP)_ todas instalações já projetadas pelo escritorio para o PAN 2007 segundo padrões olímpicos_ precisaram apenas de pequenos ajustes e complementos, incluindo um novo Ginásio para Esgrima, Arena de Deodoro (MNP) e algumas estruturas temporárias (6).

Os trabalhos foram feitos sempre seguindo demandas e diretrizes definidas pelo Comitê Organizador Rio 2016 e seus consultores internacionais (EKS/JBD), em constante colaboração e interface com a equipe especializada responsável pelos Projetos Operacionais e de Overlay (7).

Arquitetura + Paisagem: Cityscape

“Eu gostaria de ser um arquiteto no Rio de Janeiro. Quando você comete um equívoco, eu imagino, a natureza imediatamente vem em seu socorro”.
Álvaro Siza (8)

De um modo geral, procuramos valorizar e enfatizar a paisagem do Rio de Janeiro, cuja beleza consegue ser surpreendente até mesmo em regiões suburbanas como Deodoro. O Rio tem se desenvolvido e crescido irregularmente em meio a montanhas, florestas, praias, lagos e pântanos, e poderíamos dizer que a natureza ainda predomina sobre a arquitetura na configuração geral da cidade. Mas apesar de sua notória e celebrada beleza_ e da especial e às vezes radical interação entre o meio ambiente natural e o construído_ a cidade (capital do país de 1763 a 1960) tem também uma longa tradição de espaços públicos abertos e de atividades ao ar livre, bem como de monumentos e arte pública.

Reconhecer as virtudes e condicionantes da natureza e da paisagem, acomodando as imposições da racionalidade construtiva às condições e especificidades do sítio, tem sido importante característica que distingue a arquitetura brasileira desde sempre. Não foi diferente no barroco das cidades históricas, na aclimatação do neoclássico do Império, na arquitetura moderna de Lucio Costa, Oscar Niemeyer e seus contemporâneos. Essa sensibilidade com o lugar reforça a arquitetura como uma infra-estrutura que participa e complementa a paisagem, lhe dá ordem e a redefine (9).

Dessa forma, diferentemente da abordagem de estruturas excessivamente icônicas de Pequim, procuramos privilegiar mais a integração das instalações com o contexto urbano e natural da cidade (“cityscape”) e a relação dos edifícios entre si. A tradição da Arquitetura Moderna do Rio de Janeiro (especialmente do período dos anos 50 e 60), envolvida pela natureza e pelo paisagismo exuberante, foi uma referência constante para nós, não só nesse projeto, mas desde sempre: Burle Marx, Olavo Redig de Campos, Affonso Eduardo Reidy, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Sérgio Bernardes, etc.

A seguir, um breve resumo de nossa abordagem e estratégia de projeto para cada “Cluster”:

Cluster Barra

Parque Olímpico do Rio (OLP): ‘Paisagismo 3D’

O Parque Olímpico do Rio (OLP) foi planejado em terreno triangular de aproximadamente 1.000.000m2, com localização privilegiada na Barra da Tijuca, nas margens da Lagoa de Marapendi, com sua base junto à Av. Abelardo Bueno. Atualmente a área abriga o Autódromo de Jacarepaguá (10), além da Arena Olímpica (ROA), o Centro Aquático Maria Lenk (AQC) e o Velódromo Olímpico do Rio (ROV), instalações construídas para os Jogos Pan-Americanos de 2007 (11). O Parque Olímpico (OLP) concentrará várias instalações e apoios de diversas modalidades de esportes (13 no total), devendo se transformar em um centro de treinamento e pesquisa de alta performance, para atender atletas não só do Brasil mas de toda America Latina, sendo um dos principais legados dos Jogos (12).

A idéia do Masterplan é tratar a implantação como se fosse um “Campus” ou um “Parque”, onde as diversas instalações seriam conectadas e integradas através de um paisagismo intensivo da area em todos os níveis. Conceitualmente, nossa estratégia procurava abordar três questões fundamentais:

1- Como resolver o problema da setorização e separação dos diversos fluxos_ especialmente o de credenciados (13) (BOH) e o de público pagante (14) (FOH) dentro do perímetro de segurança, garantido acesso controlado, funcionalidade e espaço para todo o complexo programa de necessidades de cada uma das instalações a serem implantadas, e ainda conseguir o desejável espaço ‘vazio’ ao redor dos edifícios?

2- Como conectar as diversas instalações, criando uma espécie ‘Parque Esportivo e de Treinamento’ temático, que pudesse se manter viável como um legado após as Olimpíadas,  como um novo espaço público aberto para a região e também como um controlado e eficiente centro de treinamento de alto nível ao mesmo tempo?

3- Como relacionar esse novo Parque híbrido com o contexto da paisagem natural e urbana da Barra da Tijuca na cidade do Rio de Janeiro, uma região em constante expansão, famosa por suas praias bucólicas em meio a incontáveis condomínios privados e gigantescos shoppings centers implantados ao longo de largas avenidas de trânsito rápido, um bairro privado dos tradicionais espaços públicos e o estilo de vida “pedestre” típicos da Zona Sul e do Centro?

A idéia fundamental é um “Campus” que se desdobra em dois níveis principais (0.00 e + 6.00), segundo um sistema de circulação configurado por duas longas passarelas ortogonais associadas a uma rede de generosas praças e rampas, numa série de plataformas suspensas que se estendem por todo o terreno, conectando as diversas instalações por meio de uma espécie de “Paisagismo-3D”.

O nível térreo seria reservado para a implantação dos F.O.P (campos de prova, ou áreas de competição e treinamento) (15) e “compounds” operacionais. Um segundo nível (dedicado apenas ao fluxo de pedestres e apoios) seria criado a partir de um sistema de circulação com dois grandes eixos principais perpendiculares (duas longas passarelas de 40m de largura nos sentidos Norte-Sul e Leste-Oeste), que se desdobram em rampas e plataformas (praças suspensas) conectando cada uma das instalações, destinadas somente ao uso do público (16). Nessa altura (de 6m), na medida em que se circula por esse paisagismo suspenso, é possível ter uma visão geral dos F.O.P implantados no nível térreo e também uma melhor percepção da paisagem artificial e natural, com a Lagoa e as montanhas ao redor.

Sob o paisagismo, mais programa: embaixo desse grid, ‘fatiamos’ a área em mais dois níveis (de 3m de pé-direito), possibilitando espaços com pés-direitos maiores ou subdivisões menores, para abrigar parte dos programas de “Games Overlay” (17) adjacente à cada instalação. Dessa forma teríamos uma separação total entre as áreas de serviço (B.O.H) e as áreas destinadas ao público (F.O.H), mas por meio de uma setorização vertical (em corte), ao invés da usual setorização horizontal (em planta) em cada instalação.

Essa estratégia aparentemente radical de ‘desnivelamento funcional’ é de certa forma uma solução ideal em instalações esportivas para eventos internacionais de grande porte, onde a clara separação do fluxo de público pagante (F.O.H) do fluxo de credenciados e operações em geral (B.O.H) é fundamental.(18) Essa malha ou “grid” de circulação e praças seria portanto uma imensa área reservada totalmente ao público pedestre, uma verdadeira urbanização suspensa (tratada paisagisticamente) que integraria todas as instalações, livre da interferência dos fluxos operacionais e dos acessos de veículos (19).

Além desse aspecto funcional, essa urbanização programática de grandes espaços públicos permite também uma conexão física direta (sem interrupção de nenhum sistema viário) entre todos os equipamentos esportivos e, ao invés de dez objetos arquitetônicos ou instalações isoladas, temos portanto um Parque Olímpico (OLP) desenhado como se fosse uma coisa só. Suas partes individuais são interligadas em um único “sistema” que se estende por toda a superfície do parque, com o paisagismo suspenso se tornando utilizável por baixo, permitindo vários programas com possibilidade de usos isolados ou em conjunto, não só para os jogos mas também para o legado, combinando eficiência funcional e generosos espaços públicos abertos.

O acesso do público se dá a partir de eixos perpendiculares principais, ao longo dos quais as instalações se “plugam” (se articulam). O eixo Leste-Oeste (40m de largura x 1.400m de comprimento) começa paralelamente à Av. a partir do Terminal de BRT do Rio Centro (CRC) (20), passa por cima da avenida _ se conectando também a uma passarela que o liga diretamente à Vila da Mídia (MEV)_ e atravessa longitudinalmente o Parque Olímpico (OLP) entre o IBC/MPC e Centro de Hóquei (HTC), passando pelo Centro de Treinamento Indoor (ITC) e a monumental praça principal (340 x 200m) no coração do complexo. Essa grande esplanada pública é o ponto central de encontro do público e a partir de onde se pode ter uma percepção geral de todas as instalações do Parque Olímpico do Rio (OLP), articulando os acessos das instalações do ITC, Hóquei (HTC), Natação (OAS) e Tênis (TTC), sendo também um palco para várias atividades e multidões numa área com estruturas de apoio em meio ao paisagismo. O eixo Norte-Sul (40m de largura x 1.200m de comprimento) começa a partir de uma praça inclinada com rampas perpendiculares à Av. Abelardo Bueno, tangencia a grande esplanada, passa ao longo do centro de Natação (OAS), se conecta aos alojamentos de atletas (21), se articula com a praça de entrada do Velódromo (OLV), se desdobra em uma série de rampas e escadas para o nível inferior e se estende_ entre a Vila dos Patrocinadores (SPV) e o “Live Site”_ até o meio da Lagoa onde se transforma em um deck/pier de madeira.

Dentro do Parque Olímpico (OLP), a Arquitetura de cada instalação foi tratada diferenciadamente, mas a partir dos mesmos princípios, com a identificação de volumes geométricos nítidos adaptados aos condicionantes de cada situação, e com a repetição exacerbada de modulações estruturais simples (5x5m) que variam de acordo com cada caso. Isso garantiu uma certa harmonia de ritmos e proporções em instalações com diferentes personalidades, como se fossem todos membros de uma mesma “família” de objetos arquitetônicos.

O Centro Olímpico de Natação (OAS), por exemplo, é basicamente uma caixa de vidro revestida internamente com camadas superpostas de brises e proteções, e terá outro uso completamente diferente após os Jogos (22). Com longos beirais e recuos de planos ‘quebrando a caixa’ no sentido norte-sul, conferindo leveza à volumetria, sua fachada oeste é um enorme plano de vidro (180 x 20m) suspenso 5m do nível da plataforma, permitindo a entrada do público e liberando as visadas. Sendo o ponto de fuga visual do longo eixo Leste-Oeste, essa fachada do OAS serve como uma grande superfície que anima a praça visualmente, com a parede de vidro servindo como um gigantesco display de informações: vídeos, fotos, programação visual e imagens impactantes são projetados em cima de uma lâmina d’água que corre permanentemente em toda a extensão da grande empena de vidro. Sua estrutura metálica e suas proteções (brises e sheds) são resolvidas internamente, mantendo a pureza da geometria da caixa de vidro, às vezes translúcida, às vezes transparente.

O Centro Olímpico Nacional de Treinamento (ITC) é provavelmente (junto com o IBC/MPC) a estrutura mais “icônica” do Parque. Com sua maior dimensão paralela à Av. Abelardo Bueno, ele está recuado 35m do alinhamento e plugado diretamente à praça principal no coração do complexo. Além de ser a instalação de maior visibilidade, de dentro e de fora do complexo, o ITC é também a maior e mais importante nova edificação proposta pela candidatura. O grande desafio foi conferir forma e personalidade a uma estrutura gigantesca (450 x 150m) que teria que ser internamente um grande vazio totalmente flexível, com dimensões específicas (23) para ser passível de ser divido em 4 arenas durante os Jogos, mas com possibilidade de ser subdividido em ainda mais arenas ou unido em um grande hall depois do evento (24).

O resultado final é impactante, mas parte de uma solução bastante simples: a repetição de 90 arcos estruturais transversais (arcos abatidos) que variam de forma sutil a sua seção em alguns pontos, gerando no final uma geometria ligeiramente ondulada. Essa estrutura dinâmica e variável_ resultado do abatimento de alguns módulos desses arcos estruturais_ é revestida por uma única superfície (25) que pode ter sua transparência regulada (totalmente opaca, translúcida ou transparente) dependendo da necessidade e das circunstâncias.

Muitas estruturas do Parque Olímpico (OLP) desaparecerão depois dos Jogos, dando lugar a outras instalações e programas que viabilizarão na prática o futuro OTC (Centro Olímpico de Treinamento), para que se torne um legado efetivamente significativo para a cidade e para o país. O Centro Olímpico de Hóquei (HTC), por exemplo, é composto de estruturas totalmente temporárias (26) _ revestidas de sinalização gráfica e programação visual (27) _ que serão totalmente desmontadas, sendo que (depois do evento) uma rua passará dividindo aquela porção do terreno dando lugar a um empreendimento privado. (28) O Centro Olímpico de Tênis (TTC) também é um misto de estruturas permanentes e temporárias, sendo que a maior parte ficará como uma espécie de “Winbledon local”. As arquibancadas das quadras de competição funcionarão como estruturas removíveis, e a plataforma com o programa operacional ao redor do campo das finais ficará como uma estrutura permanente de apoio (abaixo do nível + 6.00) para o legado. O estande de finais tem também um complemento temporário especial para os Jogos, que desaparecerá depois do evento, basicamente um “donut” resultante da revolução de uma estrutura com seção em arco abatido para suporte às arquibancadas acima da praça de entrada no nível 6.00_ enquanto os assentos embutidos na plataforma ficarão como um legado para o Centro de Tênis. A Vila dos Patrocinadores (SPV), é basicamente um local de convivência e estar, com apoios e serviços, que será montado à beira do Lago, na “proa” do complexo, e totalmente desmontado depois dos Jogos.

O Velódromo Olímpico do Rio (ROV) é uma instalação existente construída para os Jogos Pan-Americanos (29) mas que deverá ser ampliada e remodelada para atender melhor às Olimpíadas, e para funcionar dentro da mesma lógica dentro do sistema de circulação suspenso (ou desnivelado). Nossa proposta é basicamente um “disco” coberto com sheds (que regulam a luminosidade) embutidos na estrutura metálica que vence o grande vão da pista, eliminando as colunas existentes e barreiras visuais. Esse disco é suspenso (do nível + 6.00) por balanços estruturais, liberando a entrada do público por meio de um grande beiral que dá acesso às entradas recuadas, soltando o volume do nível da plataforma de acesso, conferindo mais leveza à instalação.

Finalmente, o IBC/MPC é uma instalação à parte instalada na fronteira do Parque Olímpico, e provavelmente a segunda instalação de maior impacto visual da candidatura, depois do ITC. Esse projeto pode ser considerado nossa ‘homenagem horizontal’ pessoal a um de nossos edifícios brasileiros preferidos, o impressionante “Edifício Marechal Adhemar de Queiróz (Edise)”, o famoso “Edifício Sede da Petrobrás”  (30) no centro do Rio. Planejado para receber os enormes estúdios de transmissão e a área de trabalho da imprensa, o IBC/MPC é composto por uma série de “barras” contendo espaços corporativos (planta livre) e de serviços. Essas várias barras são espaçadas e conectadas transversalmente por uma outra grande barra contendo os sistemas de circulação horizontal e vertical, que se transforma em um Hotel nos andares superiores. Os vazios criados entre as barras, tanto em planta como em corte, são espaços destinados ao uso comum e apoios (jardins, restaurantes, terraços, pilotis, halls, etc), ao mesmo tempo que são um recurso para se criar um micro clima (entrada de luz e circulação natural de ar) para esse enorme volume de espaços corporativos e de serviço (100.000 m2 no total). Estrategicamente localizado, bem o lado do ITC e de frente para a avenida, o IBC/MPC se abre para o Parque Olímpico (OLP) ao Sul e para a Vila da Mídia (MEV) ao Norte, à qual se conecta diretamente por passarelas por cima do sistema viário, otimizando a utilização e operação do complexo.

A Vila da Mídia (MEV) é composta de 85 edifícios que abrigarão a imprensa, conectada ao  OLP por uma passarela de 1.000m, e será transformada em residências sociais ou em condomínio após os Jogos (31). O desenho urbano da implantação (mais de 1.000.000 m2) segue os condicionantes da topografia ondulada, numa configuração orgânica sinuosa em busca da melhor acomodação e da minimização de movimentos de terra. As unidades residenciais tem uma linguagem de paralelepípedos “puros” modernistas (32), incrementados com uma solução no sentido longitudinal de generosos brises-varandas que regulam a luminosidade e as visadas da paisagem por cima da pele de vidro, enquanto as empenas transversais são cegas. Esses edifícios serão vendidos normalmente no mercado imobiliário, se transformando em um condomínio residencial.

A Vila Olímpica (OLV) teve seus prédios projetados pelo Arquiteto Sérgio Dias. Nosso trabalho consistiu em integrar paisagisticamente esses edifícios e conceber a nova “Zona Internacional” (planejada na porção norte do terreno), basicamente uma área de convivência, apoio e estar dos atletas (contendo lojas, restaurantes, academias, praças, etc) que, de acordo com o briefing, teria que ter uma arquitetura mais “informal e divertida”. As instalações foram projetadas como estruturas temporárias especiais ao longo de um longo eixo de circulação ou boulevard_ apelidado de “rua carioca”_ emulando o famoso calçadão de Copacabana ou Ipanema. A maior construção é um restaurante para aproximadamente 2.000 pessoas, uma estrutura “origami” de dobras estruturais . A maior parte das outras estruturas são feitas de uma combinação de simples unidades pré-fabricadas (paredes e lajes) compostas em diversas combinações, com pátios conformados por longos planos verticais trespassando de uma instalação para a outra, como variações de mini-Pavilhões de Barcelona entrelaçados. A praça da cerimônia (ou praça das medalhas) é um anfiteatro assentado na água, uma típica bacia Niemeyeriana refletindo na superfície do lago que divide área residencial da Zona Internacional. A praça principal é um vazio em volta de uma construção em “U”  coberto com uma estrutura metálica com pé-direito triplo estruturada em forma de “árvore”, com os edifícios residenciais e as montanhas do entorno como pano de fundo. O longo eixo de circulação é um passeio gigantesco sampleado com reinterpretações de padrões de pavimentação do Burle Marx (calçada portuguesa) e salpicado de vários quiosques multifuncionais de ao longo do lago artificial, intencionalmente uma referência literal da experiência dos famosos calçadões da Zona Sul do Rio. Da mesma forma que a MEV, a OLV se transformará num conjunto de prédios residenciais após os jogos (condomínio).

No complexo do Rio Centro (CRC), fomos responsáveis pelo projeto da arena do Levantamento de Peso (CRC-6), uma estrutura temporária especial modulada de forma a poder ser montada e desmembrada em partes, para depois ser reaproveitada em escolas municipais como galpões esportivos ou com outros fins. Os demais halls do Rio Centro serão adaptados internamente para abrigar as competições de Boxe, Badminton e Tênis de Mesa (33).

Cluster Copacabana

Esse cluster terá principalmente estruturas temporárias (arquibancadas, tendas, containers e decks) para os esportes a ar livre que acontecerão em meio à exuberante paisagem natural da cidade. Nossa participação nesse caso se deu principalmente na elaboração da apresentação geral, e também no suporte à equipe Rio2016 e à consultoria EKS/JBD (responsáveis pelos projetos operacionais), colaborando no design de algumas instalações temporárias especiais (34).

A icônica praia de Copacabana (Vôlei de Praia, AP6), o sítio histórico do Forte Copacabana (Maratona Aquática e Triatlon, CST), o famoso projeto paisagístico de Burle Marx para o Parque do Flamengo (Marcha Atlética e Ciclismo, FLA) e a belíssima Lagoa Rodrigo de Freitas (Canoagem e Caiaque Flatwater, LAG), com o Corcovado ao fundo, serão os cenários da competições.

Cluster Maracanã

Esse cluster tem principalmente instalações existentes que precisam ser complementadas ou melhoradas: o icônico e histórico Estádio Maracanã (Futebol, MAR) e seu Ginásio Maracananzinho (Vôlei, MNZ), o Sambódromo (Tiro com Arco e final da Maratona, SMB) de Oscar Niemeyer e o recente Estádio Olímpico João Havelange (Atletismo, JHA) estarão em prefeita forma para os Jogos (35).

Nesse cluster nós trabalhamos principalmente na apresentação do Sambódromo (SMB) e nos estudos iniciais do masterplan Maracanã-Maracanazinho (MAR), e também no suporte à equipe Rio2016 e à consultoria EKS/JBD (responsáveis pelos projetos operacionais).

Cluster Deodoro

No cluster de Deodoro nós fomos responsáveis pelo projeto do X-Parque (XPR), um “Parque de Esportes Radicais” que inclui o Centro Olímpico de Ciclismo (BMX), o Centro Olímpico de Canoagem/Caiaque Slalom (CAN) e o Centro Olímpico de Mountain Bike (MBK). O Centro Nacional de Tiro Esportivo (NSC), o Centro Nacional de Hipismo (NEC) e o Centro Nacional de Pentatlo Moderno (MNP)_ todos equipamentos existentes já projetados por nós para o Pan 2007 de acordo com padrões internacionais e olímpicos_ já tinham sua ampliação planejada e necessitam apenas de alguns ajustes e complementos, como o projeto de uma nova instalação para a Esgrima (Arena de Deodoro, MNP) e algumas instalações temporárias.

O X-Parque (XPR) será uma nova atração para o Complexo Esportivo de Deodoro (CED) (36), acoplado a um novo clube esportivo que atenderá à demanda da comunidade local (Bangu, Realendo, Vila Militar, etc). Implantado ao Norte do Centro de Tiro Esportivo, o X-Parque foi projetado em função da topografia acidentada e da vegetação existente, fundindo-se à paisagem local.

Uma série de morros e vales definiram a setorização do complexo do X-Parque, que tem suas instalações conectadas por caminhos tratados paisagisticamente junto com seu entorno. O circuito do Mountain Bike (MBK) foi mapeado em função das curvas de nível do terreno e das matas nativas, e terá seu percurso complementado com paisagismo de espécies locais e exóticas. O Centro de Canoagem/Caiaque Slalom (CAN) também é implantado entre um conjunto de morros, com seu percurso “whitewater” emendando com uma lagoa artificial. O Centro de BMX tem parte de suas arquibancadas assentadas nas encostas de um desaterro alargado (37), minimizando o impacto de estruturas permanentes construídas, sendo que as demais estruturas temporárias serão assentadas livremente sobre o terreno.

O X-Parque é ligado ao Centro de Tiro Esportivo (NSC) por um caminho que se estende até uma travessia sob a Av. Brasil, e continua até o “boulevard” do Centro de Pentatlo Moderno (MNP) (38). A Arena de Deodoro (MNP) abrigará as provas de Esgrima, e ficará como um ginásio poliesportivo para legado após os Jogos, integrado ao Clube Militar. Seu desenho segue exatamente a mesma linguagem e princípios construtivos das instalações dos nossos projetos do Complexo Esportivo de Deodoro para os jogos Pan-Americanos de 2007 (39). As demais instalações (arquibancadas) são temporárias (40), sendo que a piscina existente e o novo campo eqüestre continuarão para o legado como pertencentes ao Centro de Treinamento.

O Complexo Esportivo da Vila Militar de Deodoro foi projetado para os Jogos Pan-Americanos de 2007 já considerando que legado um programa para competições similares se aplicaria também a futuros Jogos Olímpicos e Paraolímpicos (2016), incluindo no mesmo cluster os eventos de Tiro esportivo, Hipismo, Tiro com Arco, Hóquei sobre Grama e Pentatlo Moderno, sendo que grande parte dos equipamentos esportivos e de apoio permaneceriam como áreas de treinamento para todas as principais competições regionais, nacionais e internacionais. Dessa forma, o Centro Nacional de Tiro Esportivo (NSC), o Centro Nacional de Hipismo (NEC) e a piscina do Centro Nacional de Pentatlo Moderno (MNP) já atendem aos padrões de competições internacionais, e necessitarão de apenas pequenos ajustes e complementos.

O complexo já é um importante legado do Pan 2007, um conjunto de equipamentos e infra-estrutura que tem estimulado o maior desenvolvimento desse importante vetor de crescimento da cidade. O projeto lida com questões complexas de um contexto suburbano único, que abrande em uma mesma região um bairro militar bem ordenado e planejado, uma aglomeração afavelada de alta densidade, uma área industrial em meio a bairros de classe média e uma vasta paisagem natural exuberante. Com suas novas instalações e melhoramento da infra-estrutura (41), o novo Complexo Esportivo de Deodoro se tornará sem dúvida um formidável legado de prática de esportes de alta-performance, estimulando o uso pela população local e com o potencial de catalisar uma revitalização geral de uma área suburbana significativa da cidade.

Bruno Campos e Marcelo Fontes
BCMF Arquitetos, Rio de Janeiro 2009

ficha técnica

Projeto
Estudos preliminares arquitetônicos das novas instalações permanentes para a Candidatura Rio 2016

Cliente
Comitê de Candidatura RIO 2016

Local
Rio de Janeiro

Data do início do projeto
2008

Gerenciamento e Coordenação Geral
Comitê de Candidatura RIO 2016
Alexandre Techima (Diretor de Infra-estrutura), Elly Resende (Gerente Geral), Ângela Ferreira (Gerente de Planejamento Arquitetônico)  e Rodrigo Garcia (Gerente de Planejamento Operacional)

Arquitetura (42) e Paisagismo
BCMF Arquitetos
Autores: Bruno Campos, Marcelo Fontes e Sílvio Todeschi (Arquitetura), com Carlos Teixeira (Paisagismo). Colaboradores: Patrícia Bueno, Leonardo Rodrigues, Mateus Hermeto, Carolina Eboli e Sean Mc Neary

Projetos de instalações temporárias (Games Overlay) e Masterplans Operacionais
EKS/JBD (John Baker) e Equipe Rio 2016 (Ângela Ferreira, Ana Paula Loreto, Bárbara Fernandes, Flavia São Thiago, Izabela Hasek, Miguel Ciavarella e Patrícia Dias).

Consultoria internacional
EKS/JBD

Produção gráfica (coordenação bcmf): Renderização
Casa Digital (Felipe Coutinho e equipe); Arte Final: Matiz (Fernando Coutinho e equipe); Modelos 3D (Sketch-up): Equipe B - Fernando Pacheco do Nascimento e Leandro do Santos Magalhães e equipe (Fernanda Albert Saliba, Francielle Evelyn Mendes Gomes e Luisa Soares da Cunha Guimarães).

Infografia (Coordenação Rio2016)
André Maya Monteiro, Luiza Kramer e Daniel Bokelman

Sobre a BCMF Arquitetos

Estabelecida desde 1995, a BCMF Arquitetos, de Bruno Campos e Marcelo Fontes, vem se destacando pela excelência no desenvolvimento de uma extensa lista de projetos variados. Sua atuação é bastante diversificada em termos de escala e tipologia, abrangendo desde arquitetura de interiores e edifícios residenciais e comerciais até obras de grande porte (centros esportivos, estádios de futebol, centros de convenções, shopping centers, hospitais, indústrias, parques ecológicos, loteamentos e intervenções urbanas).

Dentre os principais projetos do escritório, destaca-se o Complexo Esportivo de Deodoro (Centro de Tiro Esportivo, Centro de Hipismo, Hóquei sobre Grama e Pentatlo Moderno) para os Jogos Pan-americanos Rio 2007, indicado para finalista do prêmio da VI Bienal Ibero Americana de Arquitetura e Urbanismo de Lisboa, 2008, na Categoria ‘Obra de Jovem Autor’ (Bruno Campos, Marcelo Fontes e Silvio Todeschi). Em 2008, a BCMF foi contratada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para ser responsável pela arquitetura de 20 instalações esportivas e não-esportivas da Candidatura Rio 2016, nas regiões da Barra e Deodoro.

sobre os arquitetos

Bruno Campos, 40 anos, sócio-fundador, é arquiteto formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, com mestrado (M.A in “Housing and Urbanism”) na Architectural Association School of Architeture, em Londres. Viveu um ano em Nova Iorque, onde, no escritório Weiss/Manfred Architects, fez parte da equipe que desenvolveu projetos para a candidatura de NY para as Olimpíadas de 2012. De volta ao Brasil desde 2001, vem desenvolvendo ao lado de Marcelo Fontes uma extensa lista de projetos de grande porte. Dentre suas principais premiações: Menção Honrosa (“Contextual Project”) no International Competition Venice 2006: Bridge-Museum (com Bárbara Fernandes), Menção Honrosa no 1994 William Van Alen International Design Competition_ A complement for the Chrysler Building, Nova York, Menção Honrosa no Prêmio ABCEM (Associação Brasileira da Construção Metálica) para Melhores Obras com Aço (1994) e Menção Honrosa no Ópera Prima/Prêmio Paviflex para Melhores Trabalhos de Graduação (1995).

Marcelo Fontes, 38 anos, também formado pela UFMG, trabalhou como colaborador nos escritórios de José E. Ferolla e Carlos Alexandre Dumont. É associado da BCMF Arquitetos desde 2001, onde vem desenvolvendo desde então uma extensa lista de projetos de grande porte. Dentre suas principais premiações estão a Menção honrosa no 2º Prêmio Usiminas Arquitetura em Aço, em 1999 (com Danilo Matoso e Humberto Hermeto), e o primeiro lugar no Prêmio CREA de Arquitetura de Interiores (com Ana Beatriz Campos).

Silvio Todeschi, 41 anos, formado pela Escola de Arquitetura da UFMG em 1992, é especialista em arquitetura de estruturas metálicas na Faculdade Izabela Hendrix de Belo Horizonte. Foi professor de projeto do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMG em 2000 / 2001 e do Curso de Arquitetura e Urbanismo do UnilesteMG em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. Possui escritório próprio desde 1992, tendo colaborado com diversos arquitetos, como José Ferolla, Júlio Teixeira, Porfírio Valadares, Paulo Laender e Carlos Alexandre Dumont (Carico). Autor de vários projetos arquitetônicos, tanto de interior como de edificações, atua também na produção de cenários para televisão, de mobiliários e objetos de design. Colabora com a BCMF ARQUITETOS desde 2005, e sócio desde 2010.

Carlos M Teixeira, 43 anos, é Arquiteto (1992, EA-UFMG) e mestre em urbanismo (1994, distinction) pela Architectural Association de Londres. Publicou o livro “Em Obras: História do Vazio em BH” (Cosac & Naify, 1999), um estudo urbano aprofundado sobre Belo Horizonte. Foi professor da Faculdade de Arquitetura da FUMEC (disciplina Projeto VII) e do CAU-Unileste MG (disciplina Estúdio VII). Foi bolsista do programa Virtuose do Ministério da Cultura e foi premiado em alguns concursos, entre eles o Parque do Carandiru (1998), e e-2: Defining the Urban Condition (2002). Expôs seus trabalhos no Museu da Casa Brasileira, SP; IV Bienal de Arquitetura de São Paulo; e IX Bienal de Arquitetura de Veneza. É freqüente colaborador da BCMF Arquitetos nos projetos de paisagismo. Recentemente foi convidado pelo Victoria & Albert Museum (Londres) para construir uma instalação para uma exposição chamada “1:1 – Architects Build Small Spaces”, a ser inaugurada em Junho de 2010. Seu escritório (Vazio S/A) foi fundado em in 2001 e ele tem sido um colaborador constante da BCMF em vários projetos.

notas

1
40 renderizações e 70 desenhos de apresentação (plantas e mapas)

2
Planejamento Operacional e “Games Overlay” (Equipe Rio 2016/EKS/JBD)
3
Redesenho de uma estrutura existente projetada pela ARQUIPAN para os Jogos Pan-Americanos de 2007.
4
Projetos dos edifícios residenciais de autoria do arquiteto Sérgio Dias
5
Que serão adaptados internamente para as provas de Boxe, Badminton e Ténis de Mesa (projetos operacionais da equipe Rio 2016/EKS/JBD)
6
Planejamento Operacional e “Games Overlay” (Equipe Rio 2016/EKS/JBD)
7
Projetos de Logística do evento
8
Álvaro Siza Architecture Writings, SKIRA 1997 (tradução livre)
9
Carlos Alberto Maciel, texto introdutório (ainda não publicado) apresentando o projeto da BCMF do Complexo Esportivo de Deodoro para o Pan Rio 2007
10
Ou Autódromo Internacional Nelson Piquet, que deixará de existir.
11
Projetados pela Arquipan (Carlos Porto e Paulo Casé). O Velódromo (ROV) teve que ser reprojetado pela BCMF, para atender aos novos pré-requisitos e briefings.
12
Centro Olímpico de Treinamento (OTC)
13
“Back of House”: Mídia, Transmissão, Vips, Segurança, Operações, Delegados, Atletas, etc
14
“Front of House”: Espectadores com ingresso pago
15
O eixo Norte-Sul é a orientação ideal (de insolação) para a implantação de quadras esportivas ao ar livre, determinante na setorização do conjunto.
16
E também da Mídia, no caso específico do acesso entre Vila da Mídia e IBC/MPC.
17
Depois dos jogos, seria possível termos embaixo do grid diversas possibilidades de uso: estacionamento de público, espaços comerciais, de serviços, apoio, além de demais programas relacionados ao legado do Centro Olímpico de Treinamento (OTC) .
18
Ver nosso projeto para o Centro de Tiro Esportivo de Deodoro, por exemplo
19
O esquema permite o controle de acessos (check-points) pela rua bordeando o perímetro de segurança.
20
Que será adaptado internamente para as competições de Boxe, Badminton e Ténis (Games Overlay e Projetos Operacionais da equipe Rio 2016/EKS/JBD)
21
Do programa do Legado, o Centro Olímpico de Treinamento (OTC)
22
Ainda em estudo de viabilidade (OTC): possivel área administrativa, refeitório, centro de pesquisa, laboratórios esportivos, etc.
23
Briefing e pré-requisito
24
Para o futuro Centro de Trainamento Olímpico (OTC), modo ‘Legado’
25
Possivelmente ETFE foil
26
Arquibancadas, tendas e containers
27
“Look of the Games” por Soter Design
28
De acordo com estudos de viabilidade da FGV
29
Projeto original da ARQUIPAN (Carlos Porto e Paulo Casé), o Velódromo teve que ser redesenhado pela BCMF para atender ao novo briefing e pré-requisitos do Comité Organizador Rio 2016.

30
Projeto de Roberto Luiz Gandolfi e equipe (1966-68)
31
Recentemente, o Governo, o Comitê Organizador Rio 2016 e o COI (Comité Olímpico Internacional) têm discutido a possibilidade de transferir a MEV (uma parte ou tudo) para a Zona Portuária, como uma parte de uma estratégia para revitalizar a região do Centro.
32
Talvez uma referência ao marco modernista de Lúcio Costa e equipe, o MinC / Palácio Gustavo Capanema (1936)
33
Planejamento Operacional e “Games Overlay” pela equipe Rio 2016/EKS/JBD
34
Como a Arena do Vôlei de Praia em Copacabana, além de algumas intervenções paisagísticas na Marina da Glória.
35
Projetado pela Arquipan (Carlos Porto and Paulo Casé) para o Pan 2007.
36
Ver http://www.vitruvius.com.br/institucional/inst173/inst173.asp (Projeto da BCMF para o PAN Rio 2007)
37
Como na nossa proposta para o Estádio Olípico de do PAN 2007. Montes Claros, o “Mocão” http://revistamdc.files.wordpress.com/2008/12/mdc03-prj06.pdf
38
Onde projetamos a Piscina Olímpica do Pentatlo Moderno
39
Ver texto completo em http://www.vitruvius.com.br/institucional/inst173/inst173.asp)
40
Projetos Operacionais e Overlay (equipe Rio 2016/EKS/JBD)
41
Incluindo o tratamento do córrego Marangá

42
Exceto prédios residenciais da Vila Olímpica, de autoria do Arquiteto Sérgio Dias e das Instalações Temporárias (de autoria da equipe Rio 2016/EKS/JBD)

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