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Conheça as propostas desenvolvidas por arquitetos professores de arquitetura para examinarem criticamente o problema urbano ocasionado pelo arroio Dilúvio em Porto Alegre, através de projeto arquitetônico

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PORTAL VITRUVIUS. Arroio Dilúvio. Projetos, São Paulo, ano 11, n. 123.03, Vitruvius, mar. 2011 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.123/3803>.


Projetos

Edson da Cunha Mahfuz (proposta 1)
Maria Isabel Marocco Milanez (proposta 2)
Moacyr Moojen Marques e Sergio Moacir Marques (proposta 3)
Taís Lagranha Machado, Cláudia Pauperio Titton e Mariana Soldan Hugo (proposta 4)

Projeto, análise, investigação e disseminação

Sérgio Moacir Marques

Já há algum tempo questões relacionadas a instrumentos de análise e meios de disseminação do conhecimento arquitetônico permeiam o debate crítico da arquitetura assim como a conexão deste com o sentido comum. Neste contexto, o projeto de arquitetura e urbanismo, de caráter investigativo, não tem recebido o espaço correspondente como ferramenta intelectual. O falso dilema gerado pelo distanciamento da prática de projetos de arquitetura em relação à prospecção teórica, persistente na divergência do exercício do ofício, em oposição à reflexão critica, advém de preconceitos mútuos entre ambas as posições. O projeto como agente de investigação no campo da arquitetura – sem excluir outras modalidades de investigação e crítica indispensáveis – cujo produto, na forma de proposta espacial como análise dos problemas próprios da arquitetura e do urbanismo, apresenta resultados igualmente expressivos ao saber, talvez tanto quanto a produção textual acadêmica.

A distinção entre arquitetos práticos – que se dedicam à prática profissional – e teóricos – que se dedicam a carreira acadêmica – só pode servir como parâmetro de opção pessoal ou ênfase na dedicação profissional, não como separação inerente a dois meios dialéticos, duas áreas interdependentes, na verdade partes de um mesmo conhecimento. Tal divisão se levada à separação e exclusão de ferramentas próprias do metiê, acarretam perdas indubitáveis. Reflexo direto dessa visão simplificadora é o pouco uso do projeto como ferramenta de investigação tanto no meio profissional quanto acadêmico, onde experiências de projeto arquitetônico, evocativas de investigação conceitual, não são devidamente qualificadas como pesquisa, enquanto outras produções acadêmicas, muitas vezes sem aferição de qualidade, adquirem salvo conduto cartorial (1). Evidentemente que nem todo projeto de arquitetura traz investigação relevante, assim como nem todo texto, guarda garantia de qualidade. No entanto o ateliê de projeto, como já observou Schön (2), constitui, através de seus procedimentos típicos – da concepção do projeto aos mecanismos de discussão e análise através de painéis coletivos – ambiente privilegiado para o desenvolvimento de determinadas investigações do conhecimento geral e, evidentemente, as do campo da arquitetura e urbanismo. Dessa maneira o projeto como poderosa ferramenta de análise e prospecção, necessita de meios de valorização, de forma a oferecer material relevante à cultura geral.

Neste sentido a iniciativa do jornal Zero Hora de Porto Alegre, através de Angela Ravazzolo (mestre em história), editora geral, com a colaboração de Humberto Trezzi, repórter especial e Caue Fonseca, sub-editor, criando espaço periódico para projetos prospectivos em áreas urbanas conflagradas de Porto Alegre, merece nota. O convite do jornal para quatro escritórios de arquitetura, de diferentes perfis, constituídos de professores e/ou profissionais liberais, jovens e/ou veteranos, para examinarem criticamente o problema urbano ocasionado pelo arroio Dilúvio em Porto Alegre, através de projeto arquitetônico, começa a compensar a já denunciada carência de disseminação pública de temas relacionados à arquitetura e urbanismo no Rio Grande do Sul. O resultado foi publicado no dia 19 de dezembro de 2010, em pleno domingo e com destacada chamada na contracapa (3). Jornais populares como o La Nación, de Buenos Aires, ou o El País de Madri tradicionalmente publicam textos críticos de arquitetos e urbanistas de interesse geral. A matéria do jornal Zero Hora, seguindo o mesmo caminho, aponta na melhor direção. Da arquitetura e do urbanismo a serviço dos arquitetos e de todos.

Notas

1
No Rio Grande do Sul, algumas experiências isoladas tem apresentado resultados expressivos, em especial os work-shopps de projeto organizadas pela Faculdade de Arquitetura da UFRGS, desde os anos 1990, as oficinas de projeto realizadas pela rede de escolas sul americanas S.O.S Ciudades, da qual integra a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UniRitter, as disciplinas de Projeto Arquitetônico I e II do Propar UFRGS e algumas experiências de projeto associado à investigação teórica no curso de especialização Latu Sensu – Arquitetura de Interiores – da FAU UniRitter. No âmbito internacional, é referência o Masters in Architecture – DRL design research laboratory dirigido por Patrick Schumacker (sócio de Zaha Hadid) na London Architectural Association, cujo produto é um projeto e também os cursos de Hélio Piñon na ETSAB UPC.

2
Ver SCHÖN, Donald. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Artmed, Porto Alegre, 2000.

3
TREZZI, Humberto. O arroio na prancheta. Ideias para o Dilúvio. Zero Hora, Porto Alegre, 19 dez. 2010, p. 40-42.

sobre o autor

Sérgio Moacir Marques é Arquiteto e Urbanista, especialista em Arquitetura Habitacional, PROPAR - FA/UFRGS, especialista em Arquitetura e Meio Ambiente – GRECO - ENSAT, - mestre em Teoria, História e Crítica da Arquitetura, PROPAR-FA/UFRGS, doutorando PROPAR – FA/UFRGS – ETSAB/UPC, professor titular FAU-UniRitter (Comissão Permantente do TFG - Coordenador Núcleo de Projetos), professor assistente - FA/UFRGS, Vice Coordenador DOCOMOMO Núcleo RS e sócio MooMAA – Moojen & Marques Arquitetos Associados.

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