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O cenógrafo Guilherme Zoldan Peitl projeta o cenário da peça “O despertar da primavera” resolvendo de maneira inteligente a necessidade de diferentes e variados espaços cênicos.

how to quote

PORTAL VITRUVIUS. Cenário da peça “O despertar da primavera”. Projetos, São Paulo, ano 12, n. 137.09, Vitruvius, maio 2012 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/12.137/4196>.


O espetáculo O despertar da primavera, do Alemão Frank Widekin, montada entre o outono de 1890 e a primavera de 1891, dirigida por Vicente Latorre, é uma dramatização viva de fantasias eróticas, que critica a sociedade alemã do fim do século 19 e sua cultura que oprimia a sexualidade.

Cenografia da peça “O despertar da primavera”, planta. Arquiteto Guilherme Zoldan

O grande desafio para o projeto cenográfico era como oferecer vários espaços cênicos em um único espaço, sem grandes efeitos de movimento, sem troca de cenários – o pátio do colégio, a casa da Wendla, a casa do Melchior, o bosque, o carvalho... –, permitindo uma narrativa épica, sem ter que mencionar os elementos “reais” que fariam parte desses espaços – a mesa, a cama, a árvore, a janela... Ao mesmo tempo, a peça exigia muito movimento para determinadas situações e passagens. Para isso foi necessário um espaço neutro, onde os atores percorressem livremente, sem um interferir nos espaços cênicos dos outros.

Cenografia da peça “O despertar da primavera”, elevação da boca de cena. Arquiteto Guilherme Zoldan

Assim decidi resolver o cenário com um eixo central, que ao mesmo tempo em que separasse dois espaços – um do lado direito e outro do lado esquerdo do palco, quase que simétricos –, chamasse também a atenção para o centro do palco em vários níveis e profundidades, dando assim uma grande possibilidade de perspectivas, que seriam reveladas pelo projeto de luz de Sofia Boito.

Um dos elementos que caracteriza o cenário foi a diversidade dos planos, desenvolvidos a pedido do diretor da peça, Vicente Latorre. Logo na primeira conversa que tivemos sobre o cenário, o diretor me mostrou como referencia uma foto do cenário do cenógrafo Flávio Império. A partir disso eu passei a ter um recurso nas mãos, para usá-lo da melhor maneira para a peça. Nós discutimos por horas, trocando informações sobre a peça, até que Latorre me mostrou a trilha sonora que usaria. Neste momento a música se integrou com os outros recursos cênicos, encenação e dramaturgia.

Cenografia da peça “O despertar da primavera”, corte aa. Arquiteto Guilherme Zoldan

Para as cenas que precisariam de objetos – cama, cadeira, escadas, ponte... – eu tive que desconstruir todo o espaço, criando esses elementos a partir dos planos, para que não tivessem de ser retirados ou colocados de uma cena para outra sem interferir em uma atmosfera da qual eles não fizessem parte.

As cores são uma outra característica importante do cenário, na verdade, a ausência delas. Fui aqui Influenciado pelos primeiros croquis de Vânia Cerri, que desenhou um figurino de época, mas contando com elementos que iam se transformando durante a peça, junto com o estado dos personagens. Vi que seria favorável utilizar cores neutras, tons PB, para servirem de base para os outros elementos que viriam no decorrer da peça, como as flores. Diferentes atmosferas criadas pela luz, abrigando personagens e seus figurinos e objetos...

Cenografia da peça “O despertar da primavera”, corte bb. Arquiteto Guilherme Zoldan

Na sua essência, o cenário é fixo, sem qualquer elemento realista, onde cada espaço se divide e se traduz a partir de cada cena, oferecendo ao público o poder de imaginar onde os personagens estão, sem deixar se levar por qualquer elemento físico, tornando assim o cenário mutável no imaginário de cada um.

Ficha técnica

peça
O despertar da primavera

teatro
Santa Cruz

atores
Alice de Freitas Vaz, Bruno Lescher Facciolla, Claudia Dantas, Felipe Dias Lemos, Joana Ramos, Luis Fernando, Luiza Cizik Franco, Mariana Ribeiro, Marina Gonçalves, Marina Pagani, Matheus Perelmutter, Rafaela Achatz e Sofia Maruci

banda
Cláudia N. Dantas (voz), Eric Pires (violino), Fernando Xavier (baixo), Giu Afiune (flauta), Julio Ortiz (bateria), Maria Pedote (voz), Matheus Perelmutter (teclado e voz), Rodrigo Passos (guitarra e violão) e Yuri Bassichetto (violino)

texto
Frank Widekin

direção geral
Vicente Latorre

tradução e adaptação
Cristina Borges Gil, Joana Ramos, Vicente Latorre

assistência de direção
Ana Julia Marko

cenografia
Guilherme Zoldan Peitl

figurino e visagismo
Vânia Cerri

iluminação e operação de luz
Sofia Boito

sonoplastia
Diogo de Nazaré

operação de áudio
Diogo de Nazaré

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