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PINHO, André; LOUREIRO, Priscilla Silva . Luz como influência. Resenhas Online, São Paulo, ano 08, n. 093.03, Vitruvius, set. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/08.093/3023>.


Logo no primeiro contato com a obra pode-se perceber a proposta da autora em não apenas discutir as vantagens de uma boa iluminação, mas também a necessidade de um foco interdisciplinar para que o verdadeiro potencial dessa ferramenta seja explorado. Levando em consideração que o numero de moradores nos centros urbanos é crescente, aponta que um bom planejamento da iluminação – natural ou artificial – torna-se fundamental para garantir uma boa qualidade de vida e sustentabilidade nas cidades.

Quando se pensa a respeito da iluminação natural é importante citar o seu dinamismo – a incidência da luz natural varia ao longo do dia e do ano – e também que não é uniforme – há uma série de variáveis como a localização geográfica, orientação e as condições da abóbada celeste. A autora ainda enumera, ao longo do livro, outros fatores determinantes como o tecido urbano, geometria do quarteirão, gabaritos das edificações e revestimentos, que interferem diretamente na forma como tal iluminação irá ocorrer no cenário urbano.

Já o planejamento da iluminação artificial é apontado como um instrumento em potencial para a redução de número de acidentes, aumento da segurança e também auxílio na orientação ao circular pela cidade. Mas para isso, o bom projeto, um equipamento eficiente e geometria correta da instalação devem ser estudados de forma integrada, já que não são independentes entre si. Uma lâmpada eficiente não é garantia de uma iluminação adequada.

A iluminação correta de uma via, por exemplo, pode permitir que o pedestre identifique obstáculos ou níveis diferenciados nas calçadas e também mantenha uma visão das outras pessoas que circulam pelo local, aumentando a sensação de segurança ao caminhar. Sem esquecer, é claro, do caráter estético que tal projeto possui, sendo capaz de valorizar elementos existentes nos centros urbanos, o que colabora para a apresentação física da cidade.

Em contrapartida a autora também cita, ao longo de sua obra, alguns problemas que dizem respeito ao mal uso de fontes de luz – que podem iluminar áreas indesejadas, provocando poluição luminosa –, ou então a respeito do planejamento desarmônico da vegetação e da iluminação, que pode trazer como conseqüência o desperdício de energia elétrica ou marginalização de alguns espaços.

Suas afirmações são sempre bem fundamentadas, nunca deixando de lado os fatores sociais, econômicos e históricos, envolvidos na questão – os estudos de caso que vem em anexo no livro são provas disso. Além, é claro, de manter uma grande clareza e objetividade em suas argumentações, o que deixa a leitura mais simples e prática, aproximando o livro de seus leitores e reforçando o convite feito logo na introdução – de participar dos diferentes focos dados ao tema e se inserir nesse grande jogo que diz respeito à iluminação do espaço urbano.

O livro em questão reflete, também, a respeito da falta de integração entre os profissionais dessa área, o que não permite que o potencial da iluminação quanto instrumento seja, de fato, explorado. Técnicos, gestores, empresários e a própria sociedade devem trabalhar em conjunto para alcançar um crescimento mais eficiente, buscar novas tecnologias e obtenção de menores custos e economia de energia, visando sempre a qualidade de vida e a sustentabilidade dos centros urbanos.

Iluminar o espaço urbano é um costume que veio evoluindo ao longo dos séculos, e que, com o tempo, provocou cada vez mais mudanças no comportamento dos seres humanos – mudanças quanto ao planejamento dos espaços, aos horários e até mesmo na percepção do ambiente. E pelo fato de estar ligada tão intimamente com a nossa atual cultura, deve ser dada a devida atenção para que ela se torne, de fato, eficiente e seja usada de forma adequada pela população.

Esta resenha faz parte de atividade desenvolvida com alunos em metodologia de pesquisa aplicada à arquitetura, como estímulo à produção científica dos futuros arquitetos.

sobre os autores

André Pinho é aluno do curso de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Vila Velha – ES

Priscilla Silva Loureiro é formada em arquitetura e urbanismo e mestre em engenharia ambiental pela Universidade Federal do Espírito Santo. Professora do curso de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Vila Velha, leciona as disciplinas de História da arquitetura, urbanismo e paisagismo e Metodologia de pesquisa aplicada à arquitetura

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A iluminação do espaço urbano

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