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reviews online ISSN 2175-6694

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Resenha do livro Ilhas e Mares: simbolismo e imaginário, destacando, em especial, a pesquisa do autor na literatura clássica e popular.

english
The author reviews the book Ilhas e Mares: simbolismo e imaginário, stressing the research of Antonio Carlos Diegues on classic and popular literature.

how to quote

LORDELLO, Eliane. Navegando por mares e ilhas com Antonio Carlos Diegues. Resenhas Online, São Paulo, ano 15, n. 172.02, Vitruvius, abr. 2016 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/16.172/5990>.


O polvo gigante, gravura do século 18 publicada em La mer – les symboles, Paris, Philippe Lebaud, 1997

Deus-Mar! por ti vimos o Eterno e a Variedade:
a ti pedimos o que deste e o que negaste.
Cecília Meireles, Périplo

No livro Ilhas e mares: simbolismo e imaginário, publicado em 1998, encontramos o fascínio da literatura de viagens e de temas marítimos.

O autor se apresenta como cientista social, doutor pela Sorbonne, professor da USP e diretor NUPAUB – Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas e Áreas Úmidas da Pró Reitoria de Pesquisa da USP.  Uma breve passada de olhos em alguns dos títulos entre seus livros publicados já denuncia seu interesse e dedicação aos temas do mar. Veja-se por exemplo: Pescadores, camponeses e trabalhadores do mar (1983) e Povos e mares: leituras em antropologia marítima (1995).

A dedicação é claramente explicada pela revelação da origem do autor. Natural de Iguape, na região da Baixada do Ribeira no Estado de São Paulo, o autor relata que experimentou a primeira sensação  do que significa viver numa ilha ainda criança, ao atravessar o canal que separa sua cidade natal do continente, para ir estudar fora. Na obra de Diegues, esta experiência do afastamento parece ser incoativa do assunto de estudo e das pesquisas que se dedicou a fazer desse assunto.

Numa bela passagem de sua apresentação, Diegues nos revela suas tantas viagens por ilhas e mares, e, assumindo a preeminência de sua paisagem original, depõe muito sinceramente: “No entanto, nenhuma delas pôde comparar-se à minha ilha, a das recordações da infância, símbolo complexo com tantas significações”.

O livro começa pela abordagem da especificidade do caráter simbólico polissêmico do mundo insular, e do interesse que os estudos dos ambientes insulares têm suscitado, particularmente na Europa. A obra associa essa tomada de consciência da particularidade da vida insular e sua diferenciação das populações continentais a “um conjunto de representações que os ilhéus formaram a respeito de seu espaço geográfico-cultural, oriundas de sua insularidade” (p. 14.) Povoados de mitos, tais processos receberam de  geógrafos e antropólogos franceses o nome de ilheidade (îleité), que, como ressalta o autor, é diferente do conceito de insularidade, pois este último caracteriza processos associados à distância e ao isolamento geográfico e social.

O objetivo do livro é o de “fornecer um quadro referencial para os estudos das sociedades insulares, particularmente sob os aspectos simbólicos e das representações que tanto a sociedade global faz a respeito das sociedades insulares, quanto estas de si mesmas” (p. 15) Para tanto, se vale de conhecimentos de várias disciplinas, tais como a antropologia,  a psicologia, a história e a literatura. Concede ainda especial destaque à geografia, por ter sido ela uma das primeiras disciplinas a estudar o fenômeno insular.

Da geografia se vale o autor para a análise das questões relacionadas à insularidade via ideias de território, espaço vivido e representado. Nesse sentido, aponta em princípio que as imagens da ilha e do oceano, estudados como arquétipos pela psicologia, sobrevivem na literatura como símbolos, o que o leva à análise de algumas obras literárias do mundo ocidental. Acredita o autor que tais obras contribuem para explicar a permanência de algumas importantes representações simbólicas relativas ao oceano e às ilhas, sobremaneira no âmbito dos países da Europa Ocidental, tocados pelo oceano Atlântico e pelo mar Mediterrâneo.

Na abordagem do domínio do simbólico e imaginário na análise do mundo insular, Diegues aponta como um mito que sobreviveu somente através da literatura, o do surgimento do Japão, descrito no Nihongi. Na abordagem do simbólico especificamente na psicologia e na antropologia, inicia lembrando que vários outros mitos e lendas testemunham a presença do mar e da ilha na constituição do mundo e na criação da cultura; e persistem até hoje, como imagens e representações na literatura e na arte.

Nessa abordagem, entre as várias associações simbólicas que reporta e analisa, destaca-se a  da ilha vista como “um mundo em miniatura, uma imagem completa e perfeita do cosmo, pois apresenta um valor sacral concentrado” (p. 27). Na perspectiva da leitura pela  antropologia, enfatiza a importância dos estudos de representação mentais nos processos produtivos, na ação do homem sobre a natureza e da análise das representações que os indivíduos e grupos fazem de seu ambiente, pois  é a partir delas que eles agem sobre o ambiente.

Alertando para a redução da mitopoética nas sociedades modernas, ressalta que conquanto a antiga mitologia tenha desaparecido da crença nas sociedades modernas, seus paradigmas persistem vivos na experiência afetiva e na poesia e na arte. O autor aponta ainda sua presença nas diversas religiões, na nova mitologia do Estado/Nação e no messianismo político e religioso. A ilha é apontada pelo autor como uma das imagens primitivas universais que atravessaram o tempo sendo recriada em diversos momentos históricos.

Em sua análise das práticas sociais e simbólicas do mundo insular,  após oferecer vários enfoques teórico-metodológicos para a análise das sociedades marítimas e insulares, sobretudo dos pontos de vista históricos e antropológicos, Diegues ancora seu trabalho em três conceitos básicos: a maritimidade, a insularidade e a ilheidade.

Elucidando esses conceitos, define a maritimidade como sendo o conjunto de práticas econômicas, sociais e principalmente simbólicas, resultante da interação humana com um espaço particular e diferenciado do continental, que é o espaço marítimo. Este conceito não se refere ao mundo oceânico como entidade física, mas como uma produção social e simbólica, nem sempre existente em todas as sociedades insulares.

Ilustração de Gustave Doré para The Rime of the Ancient Mariner, de Samuel T. Coleridge, Nova York. Dover Publications, 1970

A insularidade é definida como “resultante de práticas econômicas e sociais decorrentes da vida num território delimitado com fronteiras geográficas e culturais definidas e cercado pelo oceano” (p. 51.).

Finalmente, Diegues alude ao conceito de ilheidade; trata-se do neologismo îleité, que remonta aos pesquisadores franceses, e designa representações simbólicas e imagens decorrentes da insularidade, se expressando por mitos fundadores de suas sociedades e lendas que elucidam, entre outras manifestações, formas de condutas e comportamentos.

O percurso do livro passa então a uma abordagem das ciências sociais e as sociedades marítimas e insulares. Neste decorrer é reportada uma série de pesquisas, discussões e conquistas das investidas das ciências sociais, sob diversos enfoques, e, particularmente, da antropologia e suas divisões, tais como a Antropologia Marítima.

Após essa abordagem, Diegues passa à construção histórica e simbólica da maritimidade demonstrando o quanto a maritimidade no Ocidente está enraizada em uma história longínqua, anterior a de povos marítimos como os fenícios. Nessa parte consideramos especialmente importante uma diferenciação feita pelo autor entre os povos da terra e do mar: a necessidade dos marinheiros de usar fortemente a vista, ao contrário da gente da terra. O autor menciona inclusive a existência de uma medida marítima de distância que representava o espaço entre uma vela no horizonte e o observador, em tempo de luz clara.

Nessa perspectiva, o autor ressalta que diversos trabalhos sobre a acuidade visual comprovam que a utilização da visão persiste como uma característica das sociedades marítimo/haliêuticas (1) do mundo todo – o que é expresso pela capacidade destes povos de avistar de promontórios na costa o peixe no mar, ou de identificar pontos de pesca submersos. A revelação desse olhar é interessante para propósitos de  pesquisa, pois revela uma peculiaridade a ser considerada na abordagem da formação dos conteúdos imaginantes da paisagem a partir das imagens aquáticas.

Diegues alude ainda aos mitos relacionados ao mar, tais como monstros, obscuridade, morte, pela literatura. Nesse sentido cita Camões, que fez a rota das Índias, e inclusive naufragou nas costas do Camboja. Em Os Lusíadas, Camões narra a violência das tempestades e a proximidade da morte, seja pelas tormentas, seja pelas doenças típicas de mar. O autor lembra como Camões adjetivou a aventura marítima e seus perigos  de “sobejo atrevimento” e  “insana fantasia”. Perigos, que como lembra o autor, seriam recompensados na epopeia justamente pela descoberta de uma ilha estival, a Ilha dos Amores.

Diegues contempla ainda o relato de mitos, lendas e contos insulares na História Ocidental, versando sobre mitos de origem, fundantes do universo insular que descrevem o surgimento de certas ilhas e seus primeiros moradores e sociedades. Sua delimitação compreende: mitos e lendas anteriores ao cristianismo; representações simbólicas cristãs, especialmente aquelas do período medieval que antecede a época das grandes descobertas; o simbolismo insular durante as descobertas ibéricas e os primeiros anos da colonização portuguesa.

Dentro dessa delimitação destaca-se a referência feita à mitologia grega e a primazia nela da ilha, pois, como enfatiza Diegues, três quartos dos deuses do Olimpo eram insulares. Entre os casos literários sobre os quais se debruça, Diegues aborda a epopeia marítima A Odisseia, repleta de ilhas, nas quais o herói Ulisses desembarca após  enfrentar tormentórias travessias.

Diegues relata também o desaparecimento das ilhas paradisíacas e misteriosas dos mapas e portulanos, que se deu gradativamente com o avanço das viagens de descobertas e desenvolvimento científico nos séculos 16 e 17, sobretudo neste último, quando efetiva-se uma mudança que enseja a abertura de um novo olhar. Ressalva, no entanto, que, apesar disso, aquelas ilhas ainda povoam o imaginário humano.

Em referência à literatura, o autor mostra o quão populares eram nos ambientes das embarcações do período dos grandes descobrimentos, os livros de cavalaria e de aventuras, como um dos poucos passatempos permitidos. Também as mudanças tecnológicas de navegação são relatadas na literatura.

Um caso clássico apontado pelo autor é o do livro Trabalhadores do mar, de Victor Hugo. Esse livro narra a introdução do barco a vapor na costa norte da França e as reações desesperadas que suscitaram nos proprietários de barcos à vela. A respeito dessa obra, relata ainda o contexto em que Hugo a escreveu – habitando um quarto no alto de uma casa na ilha de Guernesey, donde avistava o bravio mar do norte. Sendo esta fixação em Guernesey posterior ao seu autoexílio na ilha de Jersey, que lhe maravilhara, mas de onde veio a ser expulso.

A partir dessa breve contextualização, Diegues demonstra como se formam nas obras de Hugo os atributos de mar e ilha, entre os quais se destacam o oceano como um báratro que abriga os temores humanos, lugar do naufrágio e da morte; mas também o mar como pacificador e libertador do homem, com o progresso humano, na figura do barco a vapor, vencendo os abismos do oceano.

Afirmando a riqueza da literatura marítima francesa, nela Diegues diz estarem intimamente ligadas a maritimidade e a insularidade. A incursão que apresenta por esta literatura se inicia pelo romance náutico O pescador da Islândia, de Pierre Loti (2), publicado em 1886 e considerado um clássico do gênero. Dessa obra, Diegues destaca o quão fortemente ela expõe a profundidade da relação dos pescadores bretões com o mar, a ponto de o herói do romance haver se comprometido a se casar com o mar.

Também a obra de Baudelaire é contemplada nessa análise. Desse poeta, reporta a passagem de seu embarque em 1841 para Calcutá, viagem que interrompeu nas ilhas Reunião, unicamente sob desígnio de regresso à França. Diegues especula como na obra baudelairiana As Flores do Mal o mundo interior do homem e o mar estão vinculados. A imagem de mar que ele sublinha em Baudelaire é a da separação amorosa.

No território das epopeias e narrativas de viagens, Diegues cita as lendas e a literatura celta medieval, o imaginário insular na época dos descobrimentos. Nesses territórios literários surgem tanto monstros e criaturas mitológicas, quanto uma imagem de ilha paradisíaca, distante, depositária de tesouros e de difícil reencontro depois de descoberta. Sobre as ilhas das viagens portuguesas ao Brasil, afirma que o Brasil recém-descoberto será visto ao mesmo tempo como terra paradisíaca e infernal, onde Cabral irá deixar alguns degredados, por pura punição. Ressalta que essa característica será comum a outras ilhas no périplo das Índias.

A abordagem literária do contexto europeu abrange ainda a literatura Alemã, na qual Diegues nota que o mar se tornou, no século 19, uma fonte inspiradora para escritores como Thomas Mann (3). Na literatura italiana, destaca o romance A ilha, de Giani Stuparich, de 1989, em que um filho passa a entender o caráter paterno pela convivência com a natureza e a vida em uma ilha no Adriático, onde convive com a tranquilidade da enseada e  selvageria do mar do lado oposto da ilha.

Ainda na literatura italiana, Diegues destaca o livro de Umberto Eco, A ilha do dia anterior (1995). Essa obra narra a descoberta, por um personagem náufrago nos Mares do Sul, no século 16, de um navio deserto de onde podia vislumbrar uma ilha paradisíaca e ao mesmo tempo próxima e distante, o que a tornava comparável ao amor que havia dedicado a sua amada, distante e inatingível.

Na literatura portuguesa, inicia por destacar a obra de Raul Brandão, marcada pelo simbolismo, movimento renovador da literatura no fim do século 19. Escrito em 1923, seu livro Os pescadores narra a vida trágica dos pescadores e maritimidade do povo  do mar e a sua diferença em relação aos continentais. Diegues relata como Brandão compara o pescador e sua dependência do mar, ao lavrador, que diferentemente do pescador, tem o lar seguro. O pescador é, para esse escritor, um temente de mitos como bruxas que viviam no mar, e um amante da liberdade e igualdade, mesmo vivendo pobre e na dependência de comerciantes e regateadores.

Na literatura portuguesa, Diegues aborda também o livro As ilhas desconhecidas, sobre as Ilhas dos Açores, que Brandão escreveu com base numa visita feita a esta ilha em 1924. Nele, o escritor descreve os ilhéus açorianos como um povo influenciado tanto pelo apego à terra exígua e montanhosa, quanto pelo imenso oceano.

Além disso, a poesia portuguesa sobre o mar é destacada pela alusão à obra de Fernando Pessoa (4), que Diegues apresenta como poeta que canta as imagens do oceano. Cita trechos em que o poeta português relaciona o marulho do rio Tejo ao mar; outros em que deseja que sua alma transborde de mar; ou como os portos lhe atraem a ponto de considerar todo cais ‘uma saudade de pedra’.

Adentrando a literatura brasileira, o primeiro livro apontado é Campos e mares: quadros da vida rústica catharinense, de 1895, do escritor catarinense Virgílio Várzea (5). O livro relata a vida de pescadores e artesãos açorianos e traz a imagem do mar como fonte de subsistência para os ilhéus, e também como o lugar da tempestade e do naufrágio. Assim sendo, o mar, ao mesmo tempo em que evoca a vida, pela garantia da subsistência, alude também à ameaça a ela, pelas intempéries e o risco do naufrágio.

Entre os demais autores brasileiros citados estão Câmara Cascudo (6), com o livro Jangadeiros, de 1957, em que o folclorista destaca a coragem e o domínio das artes da pesca pelo pescador nordestino. Cascudo o intitula profissional do silêncio, pelo respeito e temor devotados a tudo o que diz respeito ao marítimo, explica Diegues.

Outro escritor brasileiro citado é José Lins do Rego (7), com o livro Água-Mãe, de 1941, narrando a vida litorânea na costa fluminense, especialmente no respeitante à pesca e às salinas. Nesse livro, o autor vincula o mar aberto ao domínio do masculino, relacionando-o à coragem e ao heroísmo, e a lagoa ao feminino – simbolizando fertilidade e abundância.

Cascudo é novamente citado quando da referência de Diegues às lendas respeitantes aos navios encantados, que teriam suas raízes na nau catarineta, relato popular. Trata-se de nau fantasma que surge subitamente nos mares, cujo capitão é uma alma penada que faz afundar navios. Essa nau é recorrente em lendas de vários países europeus.

Dentre todos os escritores brasileiros, é Jorge Amado quem Diegues aponta como o romancista que mais fala do mar.  Dele, destaca o livro Mar morto, de 1936, no qual o escritor descreve a vida dos marítimos na Baía de Todos os Santos. Esses são considerados um grupo social à parte por Amado, e suas vidas são marcadas pelo risco e pelo trágico, com o mar reunindo atributos diversos, tais como o espaço de liberdade e da subsistência, o lugar do risco e da religiosidade posto que é, acima de tudo, a casa da divindade marinha Iemanjá.

Como vimos, a visão da paisagem marítima por Diegues distingue-se pela intensa concentração nos temas de mares, ilhas e seus povos, explorando os conceitos vinculados ao símbolo, à imagem e à identidade e abrangendo os aspectos  geográficos, paisagísticos, antropológicos e literários. Entre eles procuramos destacar aqui os literários, pois nos interessa mostrar como o recorte de paisagem natural tomado pelo autor é recorrente na literatura e, como suas imagens, símbolos e mitos subsistiram e se perpetuaram através dela.

notas

1
A palavra provém do grego gr halieutikós e significa o que concerne à arte da pesca.

2
Julien Viaud Loti, dito Pierre Loti (1850-1923). Romancista impressionista francês, atraído pelas paisagens e civilizações exóticas, autor também das obras: O casamento de Loti (1882); Meu irmão Yves (1883); Madame Chrysanthème (1887); Ramuntcho (1897).

3
Thomas Mann (1875-1955). Escritor alemão, autor de Buddenbrooks e de A montanha mágica (1924). Prêmio Nobel, 1929.

4
Fernando Antonio Nogueira Pessoa (1888-1935). Poeta português considerado uma das mais complexas e singulares figuras da literatura portuguesa. Versátil, criou os heterônimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, para cada um dos  quais inventou biografias e lhes atribuiu poesias  que são, na forma e no conteúdo, outras vozes de que se valeu para transmitir a heterogeneidade de sua riqueza interior. Deixou vasta obra publicada, que  ao longo dos tempos tem sido permanentemente reeditada.

5
Virgílio Várzea (1862-1941), escritor e jornalista brasileiro pertencente à primeira fase do simbolismo. Entre suas obras estão: Tropos e fantasia (1885), em colaboração com Cruz e Sousa; a novela Rose-Castle (1893); Contos de amor (1901); O brigue flibusteiro (1904); Os argonautas (1909).

6
Luís da Câmara Cascudo (1898- 1986) escritor e folclorista brasileiro de vasta e importante produção, na qual se destacam, entre outros, os livros  Vaqueiros e cantadores (1939), Contos tradicionais do Brasil (1946), O folclore nos autos camonianos (1950).

7
José Lins do Rego Cavalcanti (1901-1957). Escritor brasileiro da fase modernista, também cronista, membro da ABL. Principal representante do romance nordestino, com a temática do ciclo da cana-de-açúcar, da seca, do cangaço e do misticismo sertanejo. Entre suas principais obras figuram os romances Menino de engenho (1932) e Moleque Ricardo (1935) e as crônicas: Gordos e magros (1942), Gregos e troianos (1957).

sobre a autora

Eliane Lordello é arquiteta e urbanista (UFES,1991), Mestre em Arquitetura (UFRJ, 2003) e Doutora em Desenvolvimento Urbano na área de Conservação Integrada (UFPE, 2008).  É arquiteta da Gerência de Memória e Patrimônio da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo.

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