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(In)visibilidades urbanas: política, democracia e resistência

Os espaços urbanos ou mesmo os edifícios só devem ser considerados espaços de qualidade, adequados e favoráveis aos seus usuários se forem concebidos e usufruídos em um contexto democrático. Em tempos de políticas públicas excludentes e ameaça latente à democracia, tão fragilizada nos tempos atuais, surge a seguinte reflexão: vivemos em um espaço democrático em sua totalidade?

Sabe-se que as áreas urbanas no Brasil são o resultado, por um lado, da ação de arquitetos(as), urbanistas, paisagistas, engenheiros(as), dentre outros(as) profissionais do espaço habitado; e por outro, da produção de moradores(as), frequentemente de baixa renda, que produzem seus próprios espaços, que permeiam entre a legalidade e a ilegalidade. Evidencia-se, assim, os fatores estruturantes de uma sociedade segregada refletidos no desenho das cidades e da arquitetura, marcados pelo pensamento colonizador e por estruturas patriarcais e racistas.

As desigualdades sociais e a limitação do direito à moradia, saúde, educação, mobilidade entre outros aspectos emergem como resultante da configuração das cidades brasileiras contemporâneas, composta por espaços visíveis e invisíveis, nos quais a arquitetura e o urbanismo são frequentemente utilizados como instrumentos de controle e poder, mas também como ferramentas de resistência e pluralidade. Destaca-se aqui a relação necessária da arquitetura e urbanismo com a garantia do direito à cidade evidenciando, assim, sua função política.

De que lado, portanto, estão os profissionais que constroem o espaço? corroboram para a exclusão socioespacial ou procuram trazer respostas para mitigá-la? Enfatiza-se aqui a importância da prática da democracia na construção de espaços, que não devem estar alheios à realidade e tampouco devem ignorá-la. Os espaços de participação da população na construção da cidade, nos espaços de convívio, nas edificações e equipamentos urbanos devem ser incentivados democraticamente, e esse é o papel necessário dos(as) profissionais do espaço construído.

É preciso, ainda, refletir sobre os modos de resistência nos espaços urbanos, de modo a trazer discussões com vistas à redução das desigualdades provenientes das cidades. Aos(Às) profissionais do espaço habitado, significa reconhecer problemáticas e em conjunto com a população e tendo olhar crítico sobre o contexto histórico e cultural, pensar ideias, proposições e respostas no âmbito arquitetônico e urbano.

Diante desse cenário, a XIV Semau - Semana de Arquitetura e Urbanismo e a 9a Revista Ímpeto, ambas promovidas pelo PET Arquitetura da FAU/Ufal, trazem o tema (In)visibilidades urbanas: política, democracia e resistência com o intuito de discutir e trazer reflexões acerca da conjuntura social e política, e sua relação com as dinâmicas das cidades no Brasil. Da mesma forma, objetivam mostrar e compartilhar experiências positivas frente ao desafio urbano de superar as desigualdades socioespaciais, ressaltando o papel político da Arquitetura e Urbanismo e áreas afins como meio de resistência.

<br />Imagem divulgação


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Universidade Federal de Alagoas

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from 01/10/2019
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Universidade Federal de Alagoas

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Maceió
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