about the book

A mistura de diferentes culturas em um mesmo espaço ou território acaba por criar hábitos e estilos que influenciam no comportamento, na culinária, na língua, na arquitetura e no dia-a-dia dos habitantes de um lugar. Voltar às origens para descobrir de onde, e como, surgiram as principais características culturais de um povo, além de um belo passeio pela história, ajuda a compreender o porquê da persistência de certas referências.

A “Casa Paulista” mergulha na área de vivência bandeirista — aqui entendida como o território do Planalto de São Paulo onde viviam e trabalhavam os mamelucos —, com especial atenção às modificações arquitetônicas das moradias dos grupos que habitavam as terras acima da Serra do Mar, do século XVI ao atual.

Por meio da análise dos elementos condicionantes ou determinantes do partido arquitetônico (programa de necessidades, técnica construtiva, clima e intenção plástica), o autor faz uma breve história da casa paulista, especialmente da casa colonial.

Ao longo do texto, Carlos A. C. Lemos também se detém nas variadas nuanças entre os diferentes tipos de planejamento domiciliar no tempo e no espaço, que sugerem ter havido um desenvolvimento da habitação paulista no planalto sem rupturas ou saltos na forma e no uso da casa até a chegada do café e do ecletismo, que subverteu tudo.

Os vários êxitos econômicos ocorridos na região do Planalto de Piratininga, que nos seus primeiros duzentos anos viveu no isolamento devido às dificuldades de acesso, deixaram, segundo Carlos A.C.Lemos, “momentos” arquitetônicos de destaque, como as moradias da fase atuante do bandeirismo e anos seguintes à descoberta do ouro mineiro e a arquitetura residencial do início do ciclo cafeeiro, que antecedeu o ecletismo.

about the author

Carlos Lemos
Arquiteto (Mackenzie, 1950), professor aposentado (FAU USP). Nos anos 1950, dirigiu o escritório de Oscar Niemeyer em São Paulo. Atua na área de patrimônio, com participações atuando nos órgãos Condephaat, Iphan e Conpresp.

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