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architexts ISSN 1809-6298


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SILVA, Kleber Pinto. A idéia de função para a arquitetura: o hospital e o século XVIII – parte 5/6. Função, um conceito?: função x funcionalidade x funcionalismo. Arquitextos, São Paulo, ano 02, n. 016.04, Vitruvius, set. 2001 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.016/850/pt>.

Muitas vezes, nas obras percorridas durante o desenvolvimento deste estudo, observamos o emprego regular de termos tais que funcional e funcionalismo. Seus significados, contudo, são bastante diversificados. Às vezes, concepção utilitarista ou motivada pelas necessidades, por exemplo, num edifício, quando se procura obter a simplicidade formal pelo não emprego de “detalhes decorativos”, ou pela utilização de uma modulação, muitas vezes estrutural, ou ainda, por projetos concebidos seguindo rigorosamente as normas de composição formal herdeira da doutrina clássica ou barroca (2), entre outras acepções possíveis.

Em suma, a partir da observação da verdadeira pluralidade de visões possíveis para os vocábulos mencionados, poder-se-á facilmente compreender que funcional e funcionalismo não são conceitos fechados. Ao contrário, essa flexibilidade nos revela as verdadeiras conotações, assim como a real importância de tais termos para a arquitetura. Ou seja, uma idéia que se constitui em categoria, utilizada como ferramenta ou matriz conceitual de análise que comparece no início do trabalho de concepção projetual representando um objetivo a alcançar, isto é, como resposta formal a uma problemática apresentada.

Os trabalhos de Tenon, em que pese sua formação médica, podem ser compreendidos nessa perspectiva. Entre a maioria dos arquitetos das “luzes”, não houve muitos dentre eles que tenham abordado diretamente a problemática ligada à idéia de funcional ou de funcionalismo. Todavia, apesar da ausência de estudos formais, pode-se dizer que eles conheciam inteiramente o assunto, ao menos nos seus aspectos mais restritos, pois seus estudos ou projetos satisfazem a “função”, enquanto categoria.

Um exemplo. Segundo Kaufmann, Ledoux era parcialmente adepto à doutrina funcionalista e num comentário desse arquiteto, à propósito de um de seus projetos, ele diz que tudo foi motivado pela necessidade. Apesar desse comentário, Ledoux não se inscreveu entre os arquitetos adeptos do funcionalismo (3). Em verdade, o modo de projetar (estética? doutrina?) característico do século XVIII tinha um duplo compromisso, para com a matemática e para com a física através da geometria. O conceito tão utilizado de “natureza” não comportava o sentido ecológico contemporâneo. A idéia de base era de compreender a natureza (4) e seus diferentes fenômenos através do método de observação empírico. À medida que as relações intrínsecas a esses fenômenos fossem desveladas, elas passavam a ser demonstradas por enunciados matemáticos. Isto implicava que tais fenômenos passassem pelo crivo da geometria.

Por este método, a física e a matemática compareciam como modelos de raciocínio analítico e como modelos de representação. Esse método permitia a interpretação algébrica de todas as relações da natureza. Tal método também era chamado de racional pois ele tinha o compromisso de desvelar as verdades da natureza através da utilização de todas as ferramentas colocadas à disposição pelas faculdades cognitivas. Este grande esforço de produção de trabalhos “racionais” percorreu todas as disciplinas. Na arquitetura este esforço será traduzido pela experimentação constante, pela utilização de formas geométricas, pela procura da verdade dos materiais e pela simplicidade, conseguida através da abolição dos excessos decorativos do passado (5). As trajetórias de Poyet, Boullée, Ledoux, Gondoin, Blodel e de outros arquitetos do período são típicos exemplares desse percurso.

O arquiteto Bernard Poyet, que trabalhou com Jacques Tenon no desenvolvimento de soluções espaciais apresentadas na obra Mémoires sur les hôpitaux de Paris, também não desenvolveu teóricamente as questões acerca do funcional, todavia, o projeto de hospital na ilha dos Cisnes (ver figura) destinado a substituir o Hôtel-Dieu de Paris elaborado e apresentado por ele, foi composto de modo inteiramente funcional. Kaufmann (6) ao descrever o projeto diz que Poyet tinha concebido um edifício em forma de uma imensa rotunda. Esse edifício circular conteria grandes enfermarias para pacientes ligadas por grandes corredores, conteria igualmente dormitórios para o pessoal assim como áreas específicas para cuidados. O edifício acolheria um total de cinco mil pacientes. Uma capela estava prevista ao centro do pátio, criado na porção central do edifício de maneira tal que os pacientes pudessem assistir às missas. Kaufmann diz ainda que este projeto recolheu numerosos elogios pela simplicidade da solução externa, assim como pelo sentido de praticidade demonstrado através da distribuição conseguida pelo agenciamento interno (7).

Etienne-Louis Boullée, personagem central da arquitetura dita revolucionário do século XVIII, escrevendo sobre ele mesmo diz que “o cidadão Boullée, professor de Arquitetura das Escolas Centrais, guiado por amor à sua arte, dedicou sua vida a investigar tudo aquilo que pudesse acelerar o progresso. Por meio do estudo da natureza, adquiriu uma nova teoria dos corpos e por meio de sua aplicação à arquitetura, chegou a demonstrar que emana dos princípios constitutivos desta arte" (8). Através desta pequena citação é possível perceber as similitudes entre o pensamento deste arquiteto e a filosofia de seu tempo.

Continuemos, agora sobre as relações entre a idéia de natureza e a concepção projetual:: “o arquiteto, como aqui o vemos, deve ser capaz de manipular a natureza; com suas preciosas virtudes deve produzir o efeito de suas imagens e domar nossos sentidos" (9). Boullée afirmou então que o arquiteto deve conhecer a natureza em geral, assim como natureza dos corpos em particular para que ele possa atingir (emocionar?) os sentidos do observador. De que modo? “A arte de produzir imagens na arquitetura provém dos efeitos dos corpos e é o que constitui a “poesia”. E por meio dos efeitos que produzem as massas em nossos sentidos através dos quais chegamos a distinguir os corpos leves dos corpos massivos, e é por meio de uma aplicação acertada que não pode vir que do estudo dos corpos, pelo que o artista chega a conferir a suas produções o caráter que lhes é próprio” (10).

Para Boullée, um dos objetivos da arquitetura seria de produzir emoções tocando a percepção (visual, mas não só) e, para tanto, é necessário que o arquiteto saiba manipular as formas. Para que consiga manipulá-las, será necessário que o arquiteto estude rigorosa e detalhadamente os corpos e a natureza. Entretanto, tal trabalho com as formas deverá respeitar a simetria pois “os princípios constitutivos da arquitetura nascem da simetria, a imagem da ordem, já que toda disparidade é indigna em uma arte fundamentada sobre os princípios da paridade” (11). Nesse ponto Boullée introduziu outra das idéias correntes durante o século das luzes: a noção de ordem, fundamental, segundo ele, uma vez que a imagem da ordem e a imagem da perfeição, associadas, são constituintes da simetria, princípio fundamental da arquitetura.

Ainda sobre a noção de ordem e outras questões associadas, Boullée continua a refletir sobre a importância da arquitetura, ao mesmo tempo que estabelece um duplo método: de concepção e de intervenção sobre o ambiente. Ele propôs o seguinte, depois de ter imaginado um país qualquer arrasado por uma catástrofe: “depois de ter percorrido o país para conhecê-lo e tomar nota da reserva de terras apropriadas para o cultivo, deveria ser levantado o plano do país para fazer a distribuição e constatar as propriedades. Para resguardar-se das inclemências do tempo seriam construídas cabanas como aquelas de nossos primeiros pais; depois levantar-se-iam os edifícios de primeira necessidade para a conservação dos bens da terra e para abrigar os animais domésticos” (12). Aqui, já se desvela uma metodologia: realizar, de início, um grande levantamento, ou seja, conhecer inteiramente a realidade, para depois começar a propor soluções. Esse percurso deve ser realizado percorrendo-se ume esquema hierárquico que determina as prioridades: inciar-se-á por construir os edifícios de primeira necessidade, empregando-se as soluções construtivas que permitiriam a produção rápida de abrigos provisórios.

Além da questão preliminar de produzir habitações de urgência, Boullée é consciente da necessidade de produzir boas condições de salubridade do território: “teria de se empreender o trabalho de distribuir a salubridade por toda a extensão do país. Se purgariam as terras, livrando-as de todas as cloacas que infectam o ar e o tornam mortal.” (13)

Ele previa também a elaboração de um plano diretor territorial e urbano, “que serviria para constatar a disposição desse grande conjunto. Depois, uma vez sujeito tal plano às variáveis da natureza e combinado de acordo com o clima do país, as cidades assentar-se-iam nos lugares mais favoráveis a seu destino” (14). É curioso observar a visão de conjunto e as relações que ele imaginava entre as partes e o todo, assim como entre a arquitetura e o território.

Surpreendente também a maneira bastante detalhada através da qual ele previa a solução de problemas de ordem técnica. A partir de uma visão sobre a salubridade, ele solucionava questões de infra-estrutura tais como o abastecimento de água e a rede de esgotos: “estariam dispostas de forma que os ventos habituais pudessem renovar o ar constantemente. Para estabelecer a limpeza que nasce da salubridade, a agua seria levada a todos os lugares da cidade por meio de aquedutos, depósitos, etc.. Os desaguamentos seriam combinados por meio de sumidouros, para que, desta forma, não restasse nenhuma imundicie estancada” (15).

Até este ponto, as questões sobre o funcional e sobre o funcionalismo foram abordadas por Boullée de uma maneira implícita, apesar das discussões permanentes sobre as necessidades (do Estado, das cidades e de suas populações) e sobre as variáveis – do ponto de vista da concepção projetual – extraídas da compreensão da natureza. Agora, sua visão se desloca das questões de “necessidade” para questões da ordem do acesso ou de circulação, tendo em vista elementos locacionais ou de distribuição territorial dos diversos equipamentos: “os monumentos públicos úteis ou agradáveis seriam colocados da maneira mais cômoda para seus habitantes; ademais, seriam repartidos de maneira que pudessem formar o conjunto mais belo dentro da cidade. Tudo aquilo que pudesse favorecer comércio seria previsto por meio de comunicações inúmeras e pelo estabelecimento de canais, portos, etc.. A cidade-capital, de onde se tratam os assuntos de Estado e de onde tudo emana, estaria assentada no centro desse grande conjunto. O recinto do país estaria formado por tudo aquilo que pudesse favorecer a defesa” (16). Percebem-se facilmente aqui alguns elementos de uma visão simbólica, quando ele situa a cidade-capital – de onde emana todo o poder, como ele mesmo diz – no centro de seu país imaginário. Para concluir, Boullée diz que ele imagina que este grande plano é assemelhado à árvore da ciência, pois “de um centro comum partiriam todas as ramificações benéficas, cujos ramos se estenderiam por todo este assentamento embelezado pela poesia encantadora da arquitetura” (17). Neste ponto, percebe-se claramente um misto de visão simbólica associada a uma visão estrutural, hierarquizada. Funcionalista, em outras palavras.

Nas partes de seu Essai consagradas às diferentes tipologias arquitetônicas (basílica, teatro, palácio, etc.) o raciocínio de Boullée é pleno de alusões à idéia de funcional e encontraremos novamente todos os elementos descritos anteriormente. Já na seção onde ele discute um monumento destinado à celebração religiosa, ele apresentou claramente um elemento relacionado ao uso, de importância capital para a programação do espaço: “excitar em nos uma profunda veneração: eis aí a meta das cerimônias religiosas. É por isso necessário utilizar todos os meios convenientes para dar-lhes um caráter de grandeza e de majestuosidade” (18). Além da utilização da natureza como elemento arquitetônico, ele começou por localizar seu monumento sobre o cimo de uma colina que dominaria a cidade “para anunciar com toda a dignidade possível” (19), demonstrando uma fusão de aspectos simbólicos e de aspectos funcionais na solução proposta. O conjunto era composto da maneira mais simples, isto é, desprovido dos excessos decorativos – palavra de ordem no período - de modo a mostrar ou empregar os materiais tais como são. Nesse projeto ele tentava claramente sensibilizar os sentidos dos usuários: a audição, a visão e o olfato, através da utilização da própria vegetação como material (20).

A partir dos raciocínios apresentados por Boullée ao longo de seu Essai, a afirmação de Kaufmann de que “o funcionalismo tampouco não desempenha nenhum papel em suas obras” (21) é duvidosa (22). Boullée, como foi dito anteriormente, nunca utilizou os vocábulos função, funcional, funcionalista ou funcionalismo, todavia, ele estava consciente da função enquanto categoria de projeto, assim como de suas sub-categorias, tais como o uso, a noção de escala, os fluxos e os deslocamentos, etc.. Ele era indubitavelmente “um artista dos pés à cabeça, consciente sempre de que a forma deve ser o fim último do arquiteto” (23), mas um artista que não negligenciava a “função” pois “a arquitetura une evidentemente a utilidade com o agradável. As concepções que pertencem à arquitetura abarcam desde a cabana rústica até a disposição geral de um grande império” (24). Ou ainda “a imitação da natureza, a arte de realizar grandes imagens em arquitetura consiste em dispor os corpos que conformam o conjunto geral, de maneira que tenham muito jogo, que em suas massas exista um movimento nobre, majestoso. [...] No conjunto, a ordem das coisas deve estar combinada de maneira que possamos, em um só golpe de vista, abraçar a multiplicidade de objetos que as compõem. [...] Em sua totalidade, as partes acessórias, combinadas com arte, devem dar ao conjunto a maior riqueza possível, e esta riqueza alegremente repartida aquela que dá lugar à pompa e a magnificência” (25).

Então, era Boullée um arquiteto funcionalista? Evidentemente a resposta será negativa se se considera o funcionalismo como sendo um simples estilo. Todavia, a resposta será positiva se se considera o funcional como sendo uma categoria de projeto entre outras. E se falarmos de categoria, imediatamente pensar-se-á em metodologia. Neste ponto, será necessário retornar aos trabalhos de Tenon.

Como foi dito, a análise elaborada por Tenon está inteiramente ligada ao pensamento de sua época. Tenon executou o estudo de vários hospitais em operação em Paris, segundo o método de análise dos fenômenos da natureza, seguindo rigorosamente os paradigmas do século das luzes: um vasto levantamento por intermédio da observação e da comparação, levados às últimas conseqüências. Além dos dispositivos metodológicos, sempre em conformidade com sua época, ele propôs também um manual. De que gênero era esse manual? Apesar da presença de várias soluções sob a forma de projeto (26), ele não propôs um manual compositivo para os hospitais pois seu objetivo principal era de produzir um material de referência para o trabalho dos arquitetos. No resumo de seu quinto relatório, Tenon diz que “e como isto que dizemos se relaciona essencialmente a nossos hospitais de Paris, e não seria adequado aplicar “ao pé da letra» a outros hospitais, seja do Reino, seja no exterior, nós acreditamos dever colocar de sobreaviso aqueles que depositassem inteira confiança nessas Memórias: é por esta razão que explicamos os usos da cada um dos cômodos desses hospitais, que nós demos as dimensões, e, ao máximo que nos foi possível, nós remontamos ao princípio de suas formações e de suas distribuições, que nós as colocamos sob os olhos, na exata medida que nós a concebemos, que elas devem ser arrumadas, afim que os arquitetos que terão que construir hospitais, apreendam nessas explicações, nesses princípios, nessas plantas, aquilo que será aplicado à necessidade de cada cidade, à natureza de seus hospitais, à seu clima, às produções do pais, ao culto, às leis, aos costumes; pois tudo isto introduz as diferenças mais ou menos consideráveis nesse tipo de casa” (27).

Vemos aqui que Tenon não pensava em estabelecer um modelo formal único para os hospitais pois ele estava consciente dos diferentes “cenários” ou “ambientes” que poderiam conduzir a modificações consideráveis na concepção dos espaços. Em outras palavras, ele estava consciente da singularidade das soluções espaciais e dos perigos que a reprodução de plantas poderia produzir. Todavia, ele propôs um manual nos termos de um guia normativo e enquanto repertório de procedimentos que compareciam como ajuda à concepção de projetos. Com seu manual, Tenon lançou as bases do que chamamos hoje programação de projetos em arquitetura, estabelecendo assim, as características mínimas do edifício hospitalar tanto ao nível do micro como ao nível do macro.

Após ter estudado cuidadosamente a vida hospitalar em todos os seus estados, ele propôs as dimensões mínimas dos diferentes compartimentos do hospital tendo por base uma visão muito precisa sobre os gestos, o mobiliário e os equipamentos, de todas as populações relacionadas ao serviço hospitalar. Isto significa que ele tinha um verdadeiro olhar ergonômico pois “as dimensões das salas não são arbitrárias, elas são naturais, como tudo aquilo que tem relação com os hospitais ; elas são deduzidas essencialmente da estatura do homem, da natureza de seus males, do clima de onde ele habita e de uma certa economia no serviço” (28). À propósito desse assunto, ele diz em seguida que “a estatura do homem conduz naturalmente à largura do leito, que, entre nós, deve ser de seis pés [...] como se deve colocar duas filas por sala, e somente duas, pelas razões que nós apresentamos, perfazem já doze pés ; será deixado meio pé entre a cabeceira e ao longo das paredes laterais, afim de prevenir os perigosos efeitos da umidade e do frio dessas paredes sobre os doentes e afim de manter mais facilmente a limpeza por detrás dos leitos: então, treze pés; enfim serão estipulados doze pés para a passagem central para que lá possam ser transportadas as filas de leitos, caso seja necessária uma limpeza profunda [...] A estatura do homem e a necessidade do serviço determinam, então, que a largura das salas deve ser de vinte e cinco pés" (29).

notas

1
Uma parcela do presente trabalho foi apresentado no "Congreso Internacional: el futuro del arquitecto – Mente, Territorio, Sociedad"; UPC/DEP. Projectes d’Arquitectura; Barcelona, España, 7-11 de junio 2000 com o título L’hôpital, ou la fonction dans l’árchitecture. O estudo ora apresentado foi dividido em seis partes. Cada uma das partes poderá ser lida independentemente pois cada uma das seções trata de um assunto diferentes. Contudo, para compreensão do assunto de fundo, ou seja, a discussão da gênese de uma idéia de função particular e sua apropriação pela arquitetura, o leitor deverá ter em mente que tal assunto é desenvolvido em todas as seis partes. Na sexta e última parte são apresentadas as conclusões do presente estudo, assim como a bibliografia de apoio. As outras partes deste artigo são:

SILVA, Kleber Pinto. "A idéia de função para a arquitetura: o hospital e o século XVIII – parte 1/6. Considerações preliminares e a gênese do hospital moderno: Tenon e o Incêndio do Hôtel-Dieu de Paris". Arquitextos, n.009. Texto Especial nº 060. São Paulo, Portal Vitruvius, fev. 2001 <www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp052.asp>.

SILVA, Kleber Pinto. "A idéia de função para a arquitetura: o hospital e o século XVIII – parte 2/6. A gênese do hospital moderno: saberes, práticas médicas e o hospital". Arquitextos, n. 010. Texto Especial nº 060. São Paulo, Portal Vitruvius, mar. 2001 <www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp060.asp>.

SILVA, Kleber Pinto. "A idéia de função para a arquitetura: o hospital e o século XVIII – parte 3/6. Disciplina ou formação do pensamento: a Razão das Luzes, Tenon e o hospital". Arquitextos, n. 012. Texto Especial nº 070. São Paulo, Portal Vitruvius, maio 2001 <www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp070.asp>.

SILVA, Kleber Pinto. "A idéia de função para a arquitetura: o hospital e o século XVIII – parte 4/6. Disciplina ou formação do pensamento: modelar o olhar, modelar o espaço". Arquitextos, n. 014. Texto Especial nº 085. São Paulo, Portal Vitruvius, jul. 2001 <www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp085.asp>.

SILVA, Kleber Pinto. "A idéia de função para a arquitetura: o hospital e o século XVIII – parte 5/6. Função, um Conceito?: Função x Funcionalidade x Funcionalismo". Arquitextos, n. 016. Texto Especial nº 095. São Paulo, Portal Vitruvius, set. 2001 <www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp095.asp>.

SILVA, Kleber Pinto. "A idéia de função para a arquitetura: o hospital e o século XVIII – parte 6/6. Função, um Conceito?: Aprendendo com Tenon e Considerações Finais". Arquitextos, n. 019. Texto Especial nº 111. São Paulo, Portal Vitruvius, dez. 2001 <www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp111.asp>.

2
Isto se empregarmos as categorias definadas por Emil Kaufmann na obra de sua autoria La arquitectura de la ilustración: barroco y postbarroco en Inglaterra, Italia y Francia, Barcelona, Gustavo Gili, 1974

3
“A doutrina do funcionalismo, que a tantos fascinou na Era da Razão, encontrou em Ledoux um partidário..., mas somente em teoria, nunca como prática. Ele mesmo acreditava que não haveria “arte” alguma em seu sóbrio desenho para uma granja: tudo... é motivado pela necessidade. Inclusive nesse desenho podemos detectar um jogo quase sofisticado de contrastes entre os diversos vazios, assim como entre os vazios e a parede. Pelo visto, é quase impossível que a arquitetura escape à eterna atração em direção às formas ”. KAUFMANN, E., op. cit., p. 200

4
Não podemos esquecer que no século XVIII não existia nenhuma oposição entre ciências da natureza e ciências do espírito. Portanto, o termo natureza designava a existência física propriamente dita e também do espírito

5
STAROBINSIKI, J., 1789, os emblemas da razão, São Paulo, Cia. das Letras, 1988, p. 54-55

6
KAUFMANN, E., op. cit., p. 192-193

7
Apesar dos elogios, é necessário lembrar que, como foi visto anteriormente, a execução desse projeto não foi aprovada pela comissão de avaliação nomeada pela Academia Real de Ciências

8
BOULLÉE, E.-L., Arquitectura. Ensayo sobre el arte, Barcelona, Gustavo Gili, 1985, p. 23

9
BOULLÉE, E.-L., op. cit., p. 30

10
Ibidem

11
BOULLÉE, E.-T., op. cit., p. 31

12
Ibidem

13
Ibidem

14
BOULLÉE, E.-T., op. cit., p. 32

15
Ibidem

16
Ibidem

17
Ibidem

18
BOULLÉE, E.-L., op. cit., p. 62

19
Ibidem

20
BOULLÉE, E.-L., op. cit., p. 63

21
KAUFMANN, E., op. cit., p. 195

22
É possível compreender esta afirmação se considerarmos o contexto ou a época na qual a obra foi concebida (1955). Nos anos cinqüenta, a arquitetura dita “moderna” estava na moda. Por um lado, lembre-se que era ainda o período de reconstrução da Europa de pós-guerra. Por outro lado, existiam os termos “Functional Architecture” e “International Style” forjados a partir de uma exposição realizada em 1932 no Museum of Modern Art de New York que designava não mais uma categoria de projeto mas uma “embalagem” formal: um estilo. Ver a respeito, LEUTHÄUSER, G. & GÖSSEL, P., Funktionale architektur: der internationale stil, Köln, Benedikt Taschen, 1990 e ARGAN, G. C.. A época do funcionalismo, in: Arte moderna. São Paulo, Cia. Das Letras, 1992, p. 263-506

23
KAUFMANN, E., op. cit., p. 195

24
BOULLÉE, E.-L., op. cit., p. 135

25
BOULLÉE, E.-L., op. cit., p. 69-70

26
Não se esqueça que os hospitais compareciam na parte dos Mémoires onde ele propôs a maneira de resolver o sério problema de hospitalização da população parisiense. Essas proposições estavam destinadas a responder, com uma solução concreta, a uma demanda feita pela Academia Real de Ciências

27
TENON, J., op. cit., p. 420-421

28
TENON, J., op. cit., p. 186

29
Ibidem

sobre o autor

Kleber Pinto Silva é arquiteto; Doutor em Arquitetura (FAU/USP, 1999); Professor Assistente-Doutor do Departamento de Arquitetura, UNESP e Pesquisador-Associado junto ao LA/A Laboratoire Architecture/Anthropologie, Ecole d’Architecture de Paris-La Villette.

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