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architexts ISSN 1809-6298

abstracts

português
Este artigo aborda questões relativas ao reconhecimento e ao valor patrimonial de elementos de controle da iluminação natural, dentro do panorama da arquitetura moderna, entendidos como integrantes significativos para a figuratividade da obra projetada.

english
This article discusses issues relating to the recognition and the book value of the natural daylight control elements within the modern architecture panorama. In that context, understood as significant members to the figuration of the projected work.

español
Aborda cuestiones relacionadas con el reconocimiento y el valor patrimonial de elementos de control de la iluminación natural, dentro del panorama de la arquitectura moderna, entendidos como integrantes significativos para la figuración de la obra.


how to quote

TAUFNER, Mariani Dan; ALMEIDA, Renata Hermanny de; LARANJA, Andréa Coelho. Edifícios educacionais de Élio de Almeida Vianna. Elemento de controle da iluminação natural na arquitetura moderna em Vitória ES: identificação e avaliação. Arquitextos, São Paulo, ano 17, n. 200.01, Vitruvius, jan. 2017 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.200/6392>.

Tendo em vista que os elementos de controle de entrada de luz representam uma marca para a arquitetura moderna brasileira, este artigo retrata o dispositivo de controle da iluminação natural como responsável por agregar valor estético e funcional, em plena concordância com princípios de composição e caracterização de edifícios (1).

A circunstância da intervenção descaracterizadora da fachada do edifício, provoca a perda da figuratividade que o elemento integra à identidade do monumento. Essa condição, consequentemente, incita a importância de rememorar, nos aspectos históricos, técnicos e artísticos, a identidade e a representação dos elementos de controle da iluminação natural, de modo a vincular aspectos de restituição, conservação e preservação de dispositivos que correlacionam luz e arquitetura.

A partir dessa premissa, o artigo se desenvolve descrevendo o efeito estético imaginado em associação à resposta técnica aos aspectos luminosos dos elementos de controle da iluminação natural da arquitetura moderna regional. A intenção não é discursar sobre quantificações luminosas exatas. Assim, opta-se pela verificação mínima do emprego do elemento arquitetônico, sobre valores estéticos, como um sistema estratégico às exigências de um espaço em condições mínimas de conforto. Sabe-se que o entorno imediato é passível de transformações, e que construções obstruidoras, admitidas ao longo dos anos, descaracterizam qualitativamente a função dos elementos de controle da iluminação, projetados segundo o contexto urbano original. A avaliação, porém, concentra-se na plástica desses elementos, ignorando propositalmente a necessidade funcional de redesenho, afim de não descaracterizar a representação proposta à época modernista brasileira. Por último, sob a perspectiva de conservação e preservação, intenciona-se relacionar os problemas considerados mais recorrentes na conservação do patrimônio moderno (2), frente à condição de existência dos objetos selecionados para a pesquisa.

A metodologia de trabalho se dispõe em duas etapas: verifica-se as especificidades físicas dos elementos de controle da iluminação natural e, elabora-se um instrumento de representação da condição de conservação dos elementos de envoltória dos edifícios pesquisados, fundamentado em (3).

A arquitetura escolar moderna no Espírito Santo e a importância do arquiteto Élio de Almeida Vianna

Majoritariamente, a introdução da arquitetura moderna no estado do Espírito Santo é realizada por instituições educacionais, em virtude da quantidade de obras solicitadas pela Secretaria de Obras Públicas do Estado, durante o período do governo de Jones dos Santos Neves (1951-1954) (4).

A busca do governo estadual pela integração desenvolvimentista, ocorrida no período entre os anos 1940 e os anos 1960, nas principais capitais brasileiras, revela, na arquitetura moderna capixaba, um meio de difundir a modernização e aceleração da economia. Inseridos nesse processo, os projetos escolares, grupo de maior número de edifícios públicos requisitados nessa época, são considerados os mais representativos difusores da ideologia moderna para o estado (5).

Nesse contexto, a administração dos anos 1950, empenhada na realização de obras arquitetônicas modernistas, revela, principalmente nas obras educacionais, os mais ousados edifícios quanto à linguagem da arquitetura (6). Considerado um dos pioneiros do modernismo capixaba, Élio Vianna (1921-2009), a partir dos anos de 1940, ao ocupar o cargo de engenheiro da Secretaria de Viações e Obras Públicas do Espírito Santo, atua em cerca de 50 edifícios voltados ao ensino público dentro do estado (7).

A seleção dos edifícios segue critérios básicos. São eleitas obras de autoria do arquiteto Élio de Almeida Vianna em que o tratamento das superfícies que envolvem as fachadas das construções ratifica o aspecto exuberante da arquitetura moderna local e, concomitantemente, controla a insolação incidente (8). São eles: a Escola Estadual (1954), a Antiga Escola Politécnica do Espírito Santo (1952), a Escola Estadual Irmã Maria Horta (1954) e o antigo Jardim de Infância Maria Queiróz Lindenberg (1952).

Escola Estadual, 1954

Localizado na Avenida Vitória, s/n – Forte São João; a instituição Colégio Estadual, é criada em 1906 pelo então presidente Henrique da Silva Coutinho, e tem seu funcionamento regulamentado em 1908. De acordo com (9), mesmo com a condição do ensino em destaque nacional, comparado ao Gymnásio Nacional, durante toda a década de 1920, há relatos de inspeção da Secretaria Estadual de Educação quanto à qualidade do espaço físico do estabelecimento de ensino original, o que resulta na reivindicação para a construção de um novo edifício. De autoria de Vianna, a então nova sede da Escola Estadual do Espírito Santo é inaugurada no final dos anos de 1950 (10).

É possível observar que os brises estão inseridos nas duas principais fachadas do edifício, sendo a fachada voltada para Avenida Vitória, principal acesso, de orientação solar noroeste, e a fachada perpendicular à avenida, de orientação solar nordeste. Plasticamente, uma parcela dos brises recobrem quase toda extensão vertical da fachada do edifício, com interrupção em parte no primeiro pavimento, e, em uma segunda situação, acompanham a laje curvilínea, responsável por conceber a marquise de entrada do edifício e compor a volumetria da fachada principal. Além disso, a distribuição dos brises se caracteriza por estar ordenada em planos distintos dos pilares e pilotis da edificação, sem romper com o a repetição daqueles. Isto é, a estrutura do edifício não causa ruptura visual ao ornato, e este se configura, então, sem interrupções, moldando-se apenas segundo a plasticidade intencional do arquiteto.

Localização dos edifícios selecionados
Prefeitura Municipal de Vitória, modificado pelo autor

O brises voltados para fachada noroeste enquadram-se em duas distintas situações: a primeira, no avanço da laje em formato curvilíneo, presente no segundo pavimento da edificação, e a segunda, compreendendo dois e três pés-direitos. Com 45º de inclinação, os brises se configuram de modo que o espaçamento entre os componentes garanta o bloqueio visual do exterior para o interior da edificação, e vice-versa, quando observados perpendicularmente à fachada. A partir do ângulo e orientação solar desses elementos, é possível mensurar os horários em que o sol incide diretamente no interior do edifício, com a presença dos brises para orientação nordeste.

Escola Estadual, fachada principal, 1954
Foto divulgação [Instituto Jones dos Santos Neves]

A fachada noroeste, sob efeito de proteção direta do elemento proposto por Vianna, apresenta redução significativa da incidência solar direta. Os resultados obtidos indicam a completa eliminação da incidência da luz solar direta no interior do edificio, para os mêses de novembro a janeiro, englobando a maior parte do verão. E nos demais períodos do ano, a redução representa a permanência da incidência solar direta nos horários próximos ao inicio da tarde.

Fotografia aérea Escola Estadual, brises e carta solar
Google Maps, SOL-AR, modificado pelo autor

O brise da fachada nordeste recobre grande parte da fachada em que se insere, abrangendo praticamente toda superfície vertical da fachada, e compreendendo dois e três pés-direitos.

Apesar do ângulo de proteção ser o mesmo dos brises de orientação noroeste, com 45º, a orientação nordeste condiciona o elemento aos horários de incidência solar direta predominantemente durante o período da manhã.

Fotografia aérea Escola Estadual, brise e carta solar
Google Maps, SOL-AR, modificado pelo autor

Com o passar dos anos, apesar de manter o uso original, o edifício é ampliado e modificado. São inseridos anexos e novos blocos, diferentes acessos, projetos de acessibilidade, entre outros. Dentre as intervenções gerais do edifício, incluem-se as ocorridas em sua coloração. Originalmente pintado de cores claras, o edifício se encontra hoje na combinação de rosa e azul, supostamente devido às cores da bandeira do estado do Espírito Santo.

Escola de Engenharia Politécnica, 1951

Localizada na Avenida Maruípe, 2544, Itararé; e criada em 1950 pela sociedade Espírito Santense de Engenheiros, a instituição Escola Politécnica do Espírito Santo é regulamentada por intermédio da Lei nº 520, vinculada ao governo estadual. Inicialmente, a escola funciona provisoriamente no Colégio Estadual do Espírito Santo, atual FAFI, na Avenida Jerônimo Monteiro. Em 1953, a instituição passa a funcionar no edifício localizado na Avenida Maruípe (nº 2.544), no bairro Itararé, edifício projetado por Vianna (11).

Como indicado na imagem, os brises, identificados no projeto original de Vianna, estão dispostos no térreo e primeiro pavimento, voltados para orientação leste, e, no último pavimento, as esquadrias em venezianas, voltadas para fachada principal, onde se localiza o principal acesso ao edifício, o da Avenida Maruípe.

Escola Politécnica, fachada principal, década de 1950
Foto divulgação [Acervo Clara Miranda]

As esquadrias que atingem em altura praticamente todo o segundo pavimento, e, em largura, toda a extensão da fachada norte do edifício. Composta em venezianas na área superior, em conjunto com superfície translucida na área inferior, essas esquadrias são inseridas seguindo o plano inclinado da fachada, do segundo pavimento, adquirindo aclividade.

Escola Politécnica, fachada de lateral e de fundos, década de 1950
Laboratório Patrimônio & Desenvolvimento UFES

Voltada para fachada lateral do edifício, a composição, em duas fileiras de brises, recobre parcialmente o pavimento térreo e o primeiro pavimento. Essa delimitação vertical do elemento ocorre no encontro com a estrutura da construção, dispondo o elemento em fileiras desmembradas.

Escola Politécnica, esquadria a partir do interior da sala, década de 1950
Laboratório Patrimônio & Desenvolvimento UFES

Em conjunto com o vidro translúcido, as venezianas fazem parte de uma esquadria que alcança mais da metade do pé direito duplo do segundo pavimento. Internamente, nota-se que as paletas horizontais da veneziana são justapostas umas às outras, de modo a obstruir completamente a passagem da luz direta, resultando em passagem da luz restringida à superfície translucida inferior. Essa situação impede a entrada dos raios solares nas projeções mais afastadas da abertura, variando de acordo com o horário.

O levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Obras indica o segundo pavimento da fachada principal com a inclinação de 10º, a mesma da esquadria, dissociando-se da malha de pilares e mantendo a continuidade em toda amplitude da fachada.

Escola Politécnica, esquema de vista, corte e planta da esquadria com veneziana
Desenho do autor

Quanto a uma análise solar mais apurada, o estudo da incidência de iluminação natural direta, para a fachada principal (norte), indica a entrada de luz desde os horários da manhã até o final do dia, exceto nos meses de dezembro a janeiro, meses os quais essa se restringe ao período da tarde.

Fotografia aérea antiga Escola Politécnica do Espírito Santo, fachada norte e carta solar
Google Maps, SOL-AR, modificado pelo autor

A declividade em 10º, na abertura para o exterior, apesar de sutil, permite maior permeabilidade da entrada de sol em horários de sol mais a pino, próximo ao meio dia. Esse fato reforça a necessidade de obstrução solar nas áreas superiores do plano de fachada. No entanto, a presença da veneziana no lugar de simples vedação vertical, além de compor plasticamente a fachada, permite a ventilação natural no ambiente, expulsando com mais facilidade a massa de ar quente do ambiente pela zona superior da esquadria.

Brises

Aparentemente produzidos de concreto pintado em cor clara, os brises preenchem integralmente a largura da fachada leste. O ângulo de obstrução em 60º interfere em grande parcela de céu visível e, consequentemente, na entrada da iluminação natural em ambientes internos, principalmente nos meses mais quentes do ano. Com destaque para os horários mais quentes, próximos ao meio dia.

Escola Politécnica, vista interna dos brises
Foto divulgação [Laboratório Patrimônio & Desenvolvimento UFES]

Fotografia aérea antiga Escola Politécnica do Espírito Santo, brise e carta solar
Google Maps, SOL-AR, modificado pelo autor

No entanto, a inserção dos brises se dá em áreas de aberturas extensas, com recortes na alvenaria e em contato com o mezanino. Essa particularidade faz do brise um elemento destinado, em especial, ao efeito luminoso produzido pela trajetória do sol, durante parte do período da manhã, de fevereiro a outubro, compreendendo praticamente todo o período letivo.

As alterações promovidas no conjunto de edifícios da antiga Escola Politécnica do Espírito Santo, acarretam adaptações a distintos usos. O último levantamento (12) comparado ao levantamento mais antigo, datado de novembro de 1964 e pertencente ao acervo da Secretaria de Obras da Cidade de Vitória, revela as demandas por modificações e ampliações que, com o passar dos anos, repercutem na descaracterização da volumetria, layout interno e na decomposição de elementos de fachada. Sob essas circunstancias, a fachada original é praticamente transfigurada, o que resulta no impacto da configuração dos elementos de composição.

O processo de transformação da fachada norte, frontal, resulta no fechamento do pilotis, por meio do acréscimo de pele de vidro, com a finalidade de obter restrição de acesso e segurança. E, no lugar das venezianas, sucede a inserção de brises horizontais com angulação obstruidora do contato visual interior e exterior. Essas intervenções de oclusão das alvenarias ensejaram também a extinção dos brises que compõem a fachada leste, resultando em aberturas para saídas de emergência exigidas pelo corpo de bombeiros.

Escola Estadual Irmã Maria Horta, 1952

Criado em 1939 pelo decreto Nº 10.972, o então “Grupo Escolar Barro vermelho” é transferido para Praia do Canto na década de 1940 e uma década depois para o edifício projetado por Vianna, situado na Rua Aleixo Neto (nº 1.060).

Originalmente, os elementos vazados, situados em todo prolongamento da fachada principal do edifício térreo, voltado à rua de acesso, e, também, no segundo pavimento de edifício posicionado em paralelo ao primeiro, junto ao limite posterior do lote, estão em contato com a circulação à frente das salas de aula. A fotografia seguinte apresenta a vista dos elementos vazados a partir da rua de acesso, rente à fachada principal.

Escola Estadual Irmã Maria Horta, fachada principal, foto sem data
Instituto Jones dos Santos Neves

A partir do levantamento de fachada (13) verificam-se que esses dispositivos, os elementos vazados, presentes em blocos distintos, possuem configuração e orientação solar similares. Plasticamente, essa averiguação demonstra delicadeza em sua estrutura. As pequenas dimensões permitem ampla permeabilidade visual, e o material, madeira pintada em coloração clara, confere leveza às fachadas em que os elementos vazados estão inseridos.

Escola Estadual Irmã Maria Horta, elemento vazado em vista, corte e planta
Fonte Secretaria Estadual de Educação – SEDU, modificado pelo autor

Os elementos vazados acompanham o pé direito do pavimento no qual são posicionados, nas duas situações, à frente dos corredores que dão acesso às salas de aula. Essas áreas de circulação coberta se aproximam funcionalmente de uma varanda e, em conjunto com os elementos vazados, condicionam a proteção solar direta para o ambiente interno.

Em aproximadamente 43º, a área hachurada de vermelho mais escuro da carta solar evidencia os horários em que a luz do sol não incide diretamente no interior das salas de aula. Nota-se que a redução é maior nos meses mais quentes, e em horários de sol a pino, próximos ao meio dia. Entre os meses de abril e agosto, o sol deixa de incidir em todo o período da manhã e incide apenas durante a tarde.

Fotografia aérea da Escola Estadual Irmã Maria Horta, elemento vazado em conjunto com varanda
Google Maps, SOL-AR,modificado pelo autor

Essa mesma verificação para o elemento vazado é impraticável, dadas as dificuldades de estabelecer os ângulos em um anteparo perfurado. Visualmente, é notável que esse dispositivo não obstrua de maneira significativa a insolação indesejada. Todavia, quando em contato com os raios solares, o elemento vazado ajuda, mesmo minimamente, o controle da iluminação natural direta e contribui para ventilação natural. Portanto, a carta solar apresentada, denota, em cor mais clara, a projeção de sombreamento para os demais horários.

O levantamento mais atualizado (14) demonstra modificações, sobretudo, na inserção de novo bloco em contato com a arquitetura original, substituição do muro que delimita o terreno da escola e inserção da quadra poliesportiva com cobertura metálica dentro do pátio interno. Dentre as modificações, os elementos vazados situados na fachada principal não são alterados em sua conformação.

No que se refere aos elementos vazados situados no segundo pavimento do edifício posicionado junto ao limite posterior do lote, a inserção do novo edifício em contato com a construção original resulta na eliminação de parte desses dispositivos.

Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg, 1952

Décadas após sua inauguração (15), em data incerta, o edifício deixa de possuir a finalidade original e assume a função de Secretária Superintendência Regional de Educação, ocupação que permanece até os dias de hoje.

Os elementos de controle da iluminação natural reconhecidos, em sua maioria, estão situados da fachada principal do edifício, podendo serem notados desde a rua de acesso, dentre os quais um cobogó aplicado em situações distintas, uma cobertura em brise, e uma cobertura em abóbada.

Esteticamente, na fachada principal, o edifício em escala pequena, predominantemente horizontal, destaca-se, em especial, por meio dos elementos de controle da iluminação natural. O uso de diferentes materiais, presumidamente distintos, sendo os cobogós e os arcos em abóbada de concreto, e a cobertura em brise de madeira, em conjunto com a escolha da coloração clara, permitem destacar a forma plástica em conjunto com a engenhosidade desenvolvida por Vianna para cada dispositivo projetado.

Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg, fachada principal, 1953
Foto divulgação [Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – APEES]

Apesar de diferentes formatos e dimensões, o componente em losango utilizado na produção dos cobogós, aparentemente, mantém o mesmo padrão geométrico. Em determinadas situações, os cobogós são posicionados perpendicularmente à fachada. Essa inserção limita o bloqueio da luz direta, porém, por se tratar de um elemento perfurado, é inegável o favorecimento da passagem de luz natural. A posição perpendicular ao plano da fachada concede ao cobogó a função de permeabilidade visual e ventilação, em lugar de priorizar o controle de iluminação solar no ambiente interno.

Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg, detalhe aproximado do cobogó
Desenho do autor

Quando paralelo à fachada, os cobogós possuem orientação solar nordeste. Ainda assim, apesar da inviabilidade da determinação dos ângulos necessários para reprodução exata dos horários de bloqueio da luz, ao considerar a relação entre as dimensões do anteparo perfurado, principalmente quanto à espessura, é inegável a obstrução, de maneira significativa, da insolação incidente. Desse modo, para fins de representação, a carta solar apresentada denota, em cor mais clara, a projeção de sombreamento dos cobogós.

Fotografia aérea do antigo Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg, fachada nordeste, e carta solar
Google Maps, SOL-AR, modificado pelo autor

Sendo assim, os horários de incidência solar direta para orientação nordeste, principalmente durante o intervalo da manhã, atingem o período da tarde quando, próximo ao inverno e no próprio inverno, são obstruídos pelo elemento cobogó.

Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg, cobertura em brise, década de 1950
Foto divulgação [Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – APEES]

A cobertura em brise projetada por Vianna, localizava-se na circulação da entrada principal, com a estrutura de sustentação estendida até o pátio frontal do edifício. Por uma relação de escala, notada em fotografias, presume-se que as dimensões do elemento e interpreta-se que o componente do brise tem inclinação em concordância com o ângulo projetado para o bloqueio da entrada da luz direta na sala, acompanhando o ângulo de curvatura da estrutura, com valor sutil.

Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg, representação em corte da cobertura em brise
Desenho do autor

Com orientação noroeste, a conformação da cobertura em brise, junto ao avanço da telha, obstrui grande parcela da luz direta, predominantemente vespertina. A área hachurada demonstra que o intervalo entre a projeção da telha da edificação e o brise é responsável pela passagem da luz direta durante um pequeno período da tarde, que envolve horários próximos ao seu início.

Fotografia aérea do antigo Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg, fachada noroeste e carta solar
Google Maps, SOL-AR, modificado pelo autor

Sob condição de incidência solar direta para orientação noroeste, predominantemente vespertina, o uso da Cobertura em Brise, em conjunto com o avanço da telha, obstrui a entrada da luz direta nos horários próximos ao meio dia e em grande parte da tarde.

Dentre as transformações submetidas ao edifício (16) consta que a necessidade de ampliação do espaço construído resulta na inserção de novo bloco e ampliação dos existentes. Consequentemente, a área originalmente concebida como varanda, abaixo das abóbadas, é ocupada com a ampliação das salas adjacentes com consequente eliminação de uma parcela dos cobogós e extinção da varanda a frente das salas de aula.

Dentre as adaptações ocorridas, consta, ainda, a alteração da cobertura em brise pela cobertura em telha de fibrocimento, e a apropriação do condicionamento artificial nos ambientes internos, sucedendo a substituição dos demais cobogós por esquadrias de alumínio e vidro translúcido.

Condição de conservação

Sabe-se que a continuidade dos elementos de controle da iluminação na arquitetura moderna tende a estar condicionada à transformação, normalmente relacionada às alterações dos edifícios em que se inserem. No entanto, quando o assunto é a preservação da arquitetura moderna, ressalta-se a pequena distância temporal entre a produção e o reconhecimento como patrimônio cultural, resultando na dificuldade do entendimento de que as recomendações para preservação possam ser utilizadas como parâmetro de projeto de intervenção.

Levando em conta a plasticidade, o material e a condição de inserção original dos elementos de controle da iluminação, verificados no presente artigo, os problemas mais recorrentes da preservação do patrimônio moderno, listados por (17), auxiliam no entendimento das possíveis adversidades quanto à condição de conservação desses elementos hoje, e também o que pode ocorrer no futuro.

Diante disso, para favorecer o entendimento da relação entre as duas vertentes, apresenta-se, a seguir, mantendo a tradução mais próxima possível do original, a listagem dos problemas mais recorrentes do patrimônio moderno e, em sequência, o quadro abaixo, que aponta tais problemas sob o aspecto da condição de conservação dos objetos pesquisados, classificados como: existente, existente modificado na estrutura/material de conservação, existente modificado na aparência/material de revestimento, parcialmente existente e inexistente.

Quadro 1 – Condição de conservação versus problemas recorrentes da preservação da arquitetura moderna
Desenho dos autores

1. A questão da autenticidade frente a fragilidade e vulnerabilidade dos novos materiais e detalhes construtivos, e a especialização dos materiais tradicionais somados aos poucos conhecidos processos de degradação

Nessa perspectiva, estão inseridos a veneziana da Escola Politécnica do Espírito Santo e a cobertura em brise do Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg. É visível que os detalhes construtivos, para ambos os casos, utilizam a madeira (material tradicional) posicionada em condições de fragilidade, exposta a intempéries e em contato peculiar com o novo material, concreto.

2. Perda da função original principalmente pela correspondência entre forma e função e a obsolescência das instalações

Dentre os dispositivos estudados, os cobogós do Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg, o brise e a veneziana da Escola Politécnica do Espírito Santo estão adjuntos à abertura de contato exterior/interior, e, por consequência da perda da função original e mudanças no layout interno, tornam-se inexistentes. No que e refere ao elemento vazado da Escola Estadual Irmã Maria Horta, sabe-se, também, que, apesar de não representar um exemplo de arquitetura com perda da função original, encontra-se modificado por priorizar as necessidades de ampliação do espaço físico. Consequência disso é a remoção dos dispositivos de controle da iluminação, quando em contato com a nova arquitetura.

3. A produção obsoleta de seus componentes em contra a reprodução das técnicas e dos materiais originais

Apesar da particularidade estética concedida aos cobogós do Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg e brises da Escola Estadual, estes são produzidos segundo técnicas de moldagem em concreto, não representando ameaça à substituição de elementos correspondentes aos originais.

4. Falta de distanciamento histórico que dificulta seu reconhecimento como testemunha que identifique a atribuição de valor

O quarto ponto ressalta a dificuldade de reconhecimento da obra como um bem que deva ser conservado. Essa peculiaridade é a realidade das quatro obras selecionadas para o trabalho, o que consequentemente, reflete-se nos elementos de arquitetura que os compõe.

5. Dificuldade de identificação dos monumentos e critérios de seleção, tendo em conta a grande quantidade de exemplares

O quinto ponto denota a grande quantidade de exemplares como um fator inviabilizador do reconhecimento da arquitetura moderna como patrimônio. Essa não é a realidade do Espírito Santo e, por consequência, da capital, Vitória; portanto, não corresponde à problemática dos casos investigados.

6. A relevância de sua conservação e restauração por sua transitoriedade enraizada

O sexto ponto apresenta a arquitetura moderna concebida como a intenção de ser efêmera. Por tratar-se de um programa educacional atemporal, os exemplos analisados não condizem com a relação atribuída.

7. A imagem idealizada da concepção versus a indesejável ação do tempo

O sétimo ponto indica a ação do tempo sob o material e a modificação visual decorrente, em contradição com o valor de modernidade atribuído às obras. Considerando a falta de informações necessárias para essa afirmação, não é possível afirmar estarem as modificações/remoções dos elementos de arquitetura selecionados para o trabalho condicionadas por essa justificativa.

8. A proximidade com o sistema projetual

Por último, está a relação entre a restauração e a atividade projetual com a ação de restituir características originais e completar as partes, sem a preocupação de cometer um falso histórico (18), sem distinção histórica. Nenhum dos casos analisados possuem indícios de qualquer tipo de atividade relacionada a recuperação desses elementos, o que anula a verificação apresentada.

Considerações finais

Através da análise técnico-construtivo efetuada para cada dispositivo de controle da iluminação natural selecionado, é possível averiguar a preocupação do uso desses objetos não apenas como fator de decoração para fachada, mas com design projetado para atribuir valor artístico condizente à realidade local, amenizando a entrada de insolação indesejável. No entanto, cabe indagar até que ponto as propostas de Vianna são projetadas sem a predominância efetiva da estética frente a funcionalidade; ou seja, se a utilização dos elementos de controle da iluminação natural toma as adequadas medidas para aplicação coerente com a orientação solar. Essa reflexão se baseia, por exemplo, nos brises da Escola Estadual, onde um mesmo ângulo de obstrução é projetado para diferentes orientações solar. Em associação, as distintas situações projetuais desses elementos, para o mesmo programa arquitetônico, de natureza educacional, caracterizam a autenticidade da arquitetura educacional moderna capixaba e intensifica a exemplaridade das obras. Apesar disso, verifica-se os prejuízos referentes à condição de conservação em que os elementos de controle da iluminação natural se encontram. De modo geral, os resultados encontrados são, para a maioria das obras selecionadas, a remoção de seus componentes e, em apenas uma situação, a modificação na aparência.

Destaca-se a Escola Politécnica do Espírito Santo e o Jardim de Infância Maria Queiroz Lindemberg quanto à ampla abrangência das intervenções projetuais, afetando diretamente na remoção integral dos elementos de controle da iluminação natural. Em sequência, com abrangência média e restrita, estão a Escola Estadual Irmã Maria Horta, com remoção parcial de seus elementos e a Escola Estadual do Espírito Santo, com modificação apenas em sua aparência.

Tendo em conta as transformações ocorridas nas obras de Vianna ao longo dos anos, é possível concluir que a intensidade e abrangência da condição de conservação dos elementos de controle da iluminação natural estão estritamente relacionadas à adequação dos edifícios aos novos usos e a necessidade de ampliação. No entanto, independentemente dessa relação, a modificação ou desaparecimento desses elementos intensifica o estado de descaracterização da arquitetura e dos efeitos causados aos elementos arquitetonicamente conduzidos à autenticidade da obra.

Em termos gerais, os elementos compositivos da arquitetura moderna capixaba, responsáveis por diminuir a insolação indesejada, representam um enquadramento com a arquitetura moderna brasileira, com uso de diferentes materiais, contrastes e texturas projetuais e, ao mesmo tempo, manifestando criação pessoal que expressa caráter local. Somado a isso, a importância que esses dispositivos possuem na busca pelo conforto no ambiente interno, construídos com a mínima preocupação com a eficiência. Apesar disso, a conservação desses dispositivos, bem como da arquitetura moderna em geral, no estado do Espírito Santo, dada a condição atual, além de dificultar ou impedir a qualificação do edifício como exemplo de obra de arte em valor patrimonial modernista, justifica a intervenção de seus elementos sob condição de indiferença quanto à qualidade técnica e artística original.

Fica evidenciado, portanto, o primeiro passo importante direcionado à valorização e preservação da obra, bem como dos elementos que o compõem, o reconhecimento do valor artístico, histórico e cientifico. Pois, entende-se, trabalhar o conhecimento e o reconhecimento de um objeto de estudo como base para discutir sua exemplaridade é indagar sobre sua identificação como uma arquitetura com potencial de reapropriação. Em outras palavras, esse processo de identificação implica estudos de diferentes aspectos e, por isso, deve ocorrer em caráter multidisciplinar, como meio de adquirir atributos a serem preservados e transmitidos para o futuro.

Em concordância com essas considerações, conclui-se que, por tratar-se do reconhecimento de elementos compositivos da arquitetura moderna diretamente relacionada à história do Espírito Santo, refletindo sobre o traçado singular do modernismo regional, reforça-se a convicção de que as pesquisas acerca das relações entre elementos compositivos da arquitetura moderna e sua preservação integram um campo desafiante de traçados únicos que conforma a base para a reflexão acerca da constituição da arquitetura do presente.

notas

NA – Este artigo é o resultado do trabalho de final de curso da autora Mariani Dan Taufner para o título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2015.

1
COMAS, Carlos Eduardo Dias. Uma certa arquitetura moderna brasileira: experiência a reconhecer. In GUERRA, Abilio (Org.). Textos fundamentais sobre história da arquitetura moderna_parte 1. São Paulo, Romano Guerra, 2010, p. 63-77; p. 68.

2
SOARES, Taise Travassos. Patrimonio moderno en Brasil entre los años de 1930 y 1960: técnica y conservación. Dissertação de mestrado. Barcelona, Universidad Politécnica de Cataluña – UPC, 2015.

3
Idem, ibidem.

4
GAZETAONLINE. Morre o pioneiro do modernismo capixaba. Vitória, 2009. Disponível em: <http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2009/11/562927-morre+o+pioneiro+do+modernismo+capixaba.html>. Acesso em: ago. de 2015; MIRANDA, Clara Luiza. A arquitetura moderna brasileira: experiência e expectativa de modernização do Espírito Santo. In: 9o Seminário Docomomo Brasil “Interdiciplinaridade, experiência em documentação, preservação do patrimônio recente”. Brasília, UnB-FAU, 2011.

5
Idem, ibidem.

6
FERREIRA, Agnes Leite Thompson Dantas; GONÇALVES, Luciana Caldas; MIRANDA, Clara Luiza. Arquitetura de edifícios escolares, o Jardim de Infância Ernestina Pessoa de Francisco Bolonha, Vitória. In: Docomomo “Arquitetura e urbanismo modernos em Minas Gerais. Novas fronteiras, novos cenários”. Volume 1. Uberlândia, Campus Sta Monica.ufu, 2010; MIRANDA, Clara Luiza. Op. cit.

7
GAZETAONLINE. Morre o pioneiro do modernismo capixaba. Vitória, 2009. Disponível em: <http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2009/11/562927-morre+o+pioneiro+do+modernismo+capixaba.html>. Acesso em: ago. de 2015; MIRANDA, Clara Luiza. Op. cit.

8
MURTA, Luciana Mello. Guia da Arquitetura Capixaba. Projeto de Graduação. Vitória, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Espírito Santo, 2000. Disponível em: <http://arquiteturamodernacapixaba.lucianamurta.com/?page_id=121>. Acesso em jul. de 2015.

9
FURLANI, João Carlos; SILVA, Priscilla Ylre Pereira da; BONJARDIM, Rodrigo Brito Silva; GHIDETTI, Gabriel Angra; WOTKOSKY, Abner Madeira; PERPÉTUO, César Haueisen Zimerer. Avaliações e finalidades: rupturas e continuidades no ensino de história no Gymnasio Espírito-Santense (1906-1931). Revista FACEVV, Vila Velha, n. 7, jul./dez. 2011, p. 59-79. Disponível em: <https://www.academia.edu/2115904/Avalia%C3%A7%C3%B5es_e_finalidades_rupturas_e_continuidades_no_ensino_de_Hist%C3%B3ria_no_Gymnasio_Esp%C3%ADrito-santense_1906-1931_>. Acesso em jul. de 2015.

10
PACHECO, Renato. No Colégio Estadual do Espírito Santo. In: GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Colégio Estadual: 90 anos educando. Vitória: Governo do Estado do Espírito Santo, 1996, p. 121-128; SIMÕES, Regina Helena Silva; SALIM, Maria Alayde Alcantara; TAVARES, Johelder Xavier. O Ginásio do Espírito Santo no contexto das políticas públicas educacionais do estado brasileiro (1933-1957). In: VI Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação, Brasil, 2006, Minas Gerais. VI Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação: Percursos e Desafios da Pesquisa e do Ensino de História da Educação. Uberlândia, 2006. Disponível em: <http://www2.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/505ReginaHelena_%20e_MariaAlyde_%20e_Johelder.pdf>. Acesso em jul. de 2015.

11
SILVA, Circy Mary Silva da; PINHEIROS, João Eudes Rodrigues. História do Ensino de Engenharia no Espírito Santo: Da Escola Politécnica ao Centro Tecnológico. Vitória, Editora Edufes, 2010.

12
Realizado pela Secretaria Municipal de Obras, em 2001.

13
Concedida pela Secretaria de Educação.

14
Efetuado em 2008, disponibilizado pela Secretaria Estadual de Educação.

15
Localizado na Rua Chapot Presvot – Praia do Canto; o edifício do Jardim de infância Maria Queiroz Lindemberg é projetado em 1952. BEBER, Cláudia Emília Lobato Pedrosa. Élio de Almeida Vianna e Maria do Carmo de Novaes Shwab: Arquitetos Modernistas. Vitória, UFES, 1991.

16
O levantamento mais atualizado é de 2008, da Secretaria Estadual de Educação.

17
SOARES, Taise Travassos. Op. cit.

18
Idem, ibidem.

sobre os autores

Mariani Dan Taufner é arquiteta (UFES, 2015), bolsista Ciências sem Fronteiras Universitat Pompeu Fabra – ELISAVA (2012-2013), bolsista CNPq de Iniciação Científica na UFES (2011-2012 e 2013-2014), participante do grupo de pesquisa do Laboratório Patrimônio & Desenvolvimento – Patri_Lab UFES (2014-2015) e aluna de mestrado em Engenharia Urbana da POLI/UFRJ (2016–).

Renata Hermanny de Almeida é arquiteta (UFES Santo, 1986), mestre em Arquitetura e Urbanismo (UFBA, 1993), doutora em Arquitetura e Urbanismo (UFBA, 2005), doutorado Sanduiche no Exterior, junto à Universitat Politècnica de Catalunya (2002-2003). Professora da UFES desde 1992, e do Programa de Pós-Graduação – mestrado (2007-), coordenadora do Laboratório Patrimônio & Desenvolvimento (2009–).

Andréa Coelho Laranja é arquiteta (UFES, 1995), mestre em Arquitetura (UFRJ, 2000), doutora em Ciências em Arquitetura (UFRJ, 2010). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Espírito Santo no Curso de Arquitetura e Urbanismo. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Conforto Ambiental, atuando principalmente no tema de iluminação natural.

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