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drops ISSN 2175-6716

abstracts

português
Autor comenta a importância os projetos para o Museu Guggenheim e Sala Sinfônica – de Jean Nouvel e Christian de Portzamparc –, para a renovação da arquitetura carioca

english
Author comments the important projects for the Guggenheim Museum and Symphony Hall - of Jean Nouvel and Christian de Portzamparc - for the renewal of architecture in Rio

español
El autor comenta la importancia de los proyectos para el Museo Guggenheim y Sala Sinfónica -de Jean Nouvel y Christian de Portzamparc- para la renovación de la arquitectura carioca

how to quote

RIVERA, Pedro. Jean Nouvel e Christian de Portzamparc. Intervenções que renovam a arquitetura carioca. Drops, São Paulo, ano 03, n. 006.05, Vitruvius, ago. 2002 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/03.006/1606>.


Sala Sinfônica do Rio de Janeiro, arquiteto Christian de Portzamparc


Fevereiro tem sido um mês emblemático para a arquitetura no Rio de Janeiro. Assistimos à apresentação do projeto para o Guggenheim de Jean Nouvel e foram veiculadas as primeiras imagens da Sala Sinfônica de Christian de Portzamparc.

Para quem esperava uma arquitetura espetacular como Bilbao, Nouvel surpreendeu com seu não-edifício, um penetrável de escala urbana composto por colagens da paisagem da cidade. A força do projeto não advém da forma, mas da descoberta de suas possibilidades.

Já Portzamparc homenageia a Oscar Niemeyer e a nossos grandes mestres onde justamente a arquitetura carioca é mais decadente, na Barra da Tijuca. Introduzindo citações ao modernismo brasileiro, o projeto da Sala Sinfônica demonstra que, enquanto rejeitamos nossa própria arquitetura, e perdidos nos afogamos em referências ao subúrbio americano, a experiência formal da arquitetura modernista já foi digerida pela elite da arquitetônica mundial e agora é reciclada com novos valores e matizes coerentes com o nosso tempo.

Tanto Nouvel como Portzamparc, ambos franceses e membros do chamado star system da arquitetura mundial, tem hoje seu reconhecimento devido à política pública de seu país. O governo Miterrand iniciou um processo de valorização da arquitetura através da promoção contínua de concursos públicos de projeto, abrangendo desde a escala do Beaubourg até pequenas creches e agências dos correios. Nouvel e Portzamparc participaram, e ainda participam, de diversos concursos, tendo a partir daí galgado seu patamar profissional.

Em 2007 o Rio de Janeiro sediará os Jogos Pan-Americanos. A prefeitura tem hoje a grande oportunidade de estimular o desenvolvimento da arquitetura carioca através dos concursos ao invés de eleger internamente os escritórios que deverão ser responsáveis pelos equipamentos olímpicos.

Existe hoje uma nova geração de arquitetos, informados e interessados, que têm toda a condição de reverter a estagnação atual e, quem sabe, recolocar a arquitetura brasileira no mesmo patamar que ocupou nos anos 40 e 50. Mas para isso é necessário que os mecanismos de escolha de projeto sejam tornados democráticos e transparentes. A promoção da boa arquitetura pelo poder público leva inevitavelmente à melhoria dos empreendimentos privados e da cidade como um todo [Leia sobre o mesmo assunto: LEONIDIO, Otavio. A arquitetura do desacontecimento. Arquitetura.Crítica, n. 011, abril 2003].

notas

[publicação: fevereiro 2003]

Pedro Rivera, Rio de Janeiro

 

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