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drops ISSN 2175-6716

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Segundo Carlos Martins, um fenômeno semelhante ocorre atualmente nos Estados Unidos e Brasil: o sistema federativo possibilita reações e resistências locais aos desmandos do governo central.

how to quote

MARTINS, Carlos A. Ferreira. Federalismo de reação? Ou, a hora e a vez da democracia representativa. Drops, São Paulo, ano 20, n. 144.09, Vitruvius, set. 2019 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/20.144/7489>.


Borderwall as Architecture – A Manifesto for the U.S.-Mexico Boundar, livro de Ronald Rael, 2017
Imagem divulgação [University of California Press]


Somente o núcleo duro do bolsonarismo ideológico enxergou algo de positivo no constrangedor discurso inaugural da Assembleia Geral da ONU.

Grande imprensa, diplomatas de carreira e o chamado “mercado” (nome fantasia do pessoal da grana alta) não acharam nenhuma graça em ofender o mundo inteiro e tentar compensar declarando amor a Trump, Israel e Arábia Saudita.

Pela boa razão de que o pessoal que faz contas sabe que num mundo altamente integrado a economia brasileira não sobrevive apenas com esses “parceiros”.

E também sabe aquilo que só o estafe presidencial pretende ignorar: tanto Trump quanto o primeiro ministro de Israel já não estão com a bola toda.

Trump teve um processo de impeachment aberto na Câmara dos Deputados nesta semana e Netanyahu precisa desesperadamente permanecer no governo ou irá para a cadeia.

Como em política não há vácuo, um curioso processo de afirmação de autonomia federalista está ocorrendo.

Os governadores do Nordeste montaram um consórcio que negocia com a China e a União Europeia sem depender do Itamaraty terraplanista.

Para mostrar que os interesses concretos falam mais alto do que fundamentalismos, os governadores do Norte e Centro-Oeste também estão negociando com Alemanha e Noruega a manutenção da ajuda daqueles países para a Amazônia.

Curiosamente um processo semelhante vem ocorrendo nos Estados Unidos, um país de tradição federalista muito mais forte do que o Brasil, onde o federalismo é quase que apenas nominal.

No gigante norte-americano os estados têm grande autonomia política e legislativa. Hoje há muitos e importantes estados norte-americanos que tem políticas opostas à de Trump, por exemplo na questão climática e na relação com os imigrantes, dois pontos cruciais da política presidencial.

Numa era em que ficou na moda falar da morte da democracia representativa, algo se move na redefinição das relações entre o poder nacional e as esferas estaduais e municipais.

É o caso de lembrar da lição do saudoso Franco Montoro: é nos municípios que vivem os cidadãos.

sobre o autor

Carlos A. Ferreira Martins é professor titular do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – IAU USP São Carlos.

 

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144.09 política
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