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interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
Marcelo Corti entrevista o urbanista catalão Jordi Borja, que fala sobre as recentes revoltas na periferia de Paris e seus condicionantes históricos e urbanísticos

english
Marcelo Corti interviews planner Catalan Jordi Borja, who talks about the recent riots in the suburbs of Parisian suburbs and their historical conditions

español
Marcelo Corti entrevista al urbanista catalán Jordi Borja, que habla sobre las recientes revueltas en la periferia de París y sus condicionantes históricos y urbanísticos

how to quote

CORTI, Marcelo. Jordi Borja. Entrevista, São Paulo, ano 07, n. 025.05, Vitruvius, jan. 2006 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/07.025/3304>.


Banlieue em Paris

Marcelo Corti: A situação francesa é diferente à de outras sociedades européias, inclusive a resposta dos governantes?

Jordi Borja: Não, isto ocorre em toda Europa, em todo o continente ocorreram explosões urbanas. Ocorreram na Alemanha, na Inglaterra, na Bélgica; ocorreram incidentes inclusive no Estados Unidos. Quanto às respostas: a explicação clássica sobre a Revolução Francesa é que havia, por um lado, umas condições estruturais. O sistema de organização da propriedade, de caráter feudal, não se podia manter; havia uma conjuntura desfavorável porque as colheitas de trigo tinham sido más, e ocorreram uns quantos fatos que fizeram explodir a situação, como a exclusão do terceiro estado na Assembléia Nacional. Sobrepuseram-se a causalidade estrutural, a casualidade conjuntural, e finalmente a causalidade ligada a acontecimentos muito particulares e momentâneos. No caso da periferia parisiense houve um senhor que se encontrou com muito petróleo esparramado e começou a acender fósforos, que foi o Ministro do Interior Sarkozy. Quando o ministro disse que toda esta gente dos bairros é racaille, infame; isso indignou a todo mundo: o ministro do interior teve um papel importante nesta violência, porque foi o que alimentou o fogo.

MC: A situação que descreve no subúrbio francês soa muito parecida à das periferias urbanas latino-americanas: várias gerações de imigrantes que não puderam sair dos bairros pobres (com todas as diferenças existentes entre favelas, cortiços e vilarejos em relação aos HML franceses...), ruptura do Estado de Bem-estar, perda da esperança, essa abominável sensação de que não existe saída.

JB: Existe um fenômeno geral que afeta a todas as sociedades, desenvolvidas ou não tão desenvolvidas, mas que é comum a Argentina, Espanha, França, etc. É que, diferente do que ocorria há 30 ou 40 anos, agora os filhos dos setores médios e baixos (inclusive, às vezes, dos setores altos) não têm a segurança de viver melhor que seus pais, inclusive têm a certeza de que no melhor dos casos viverão mais ou menos igual. Isso é geral. Mas têm circunstancias inovadoras, como por exemplo que nunca a sociedade tinha sido mais ostentosa em relação ao consumo...

Banlieue em Paris

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