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interview ISSN 2175-6708

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Os arquitetos Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz, titulares do escritório paulista Brasil Arquitetura, destacam-se nos últimos anos com sólido trabalho, em especial na área de intervenção em edifícios de interesse histórico.

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BERTHO, Beatriz Carra. Conversa com Francisco Fanucci e Marcelo Carvalho Ferraz. A trajetória do Brasil Arquitetura. Entrevista, São Paulo, ano 12, n. 045.01, Vitruvius, jan. 2011 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/12.045/3725>.


Solar do Unhão, Salvador BA. Reforma arquiteta Lina Bo Bardi
Foto Nelson Kon

Criado em 1979 pelos arquitetos Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz o escritório Brasil Arquitetura é destaque na arquitetura nacional pela qualidade de sua produção, premiada e amplamente publicada, no Brasil e exterior. Formados no final dos anos 1970, seus fundadores representam uma geração singular de arquitetos da FAU USP, pois não partilharam do frescor das discussões políticas do início dos anos 1970 ou mesmo da retomada dos valores de uma “tradição moderna” que viria a dar o tom à geração dos anos 1990. Nesse intervalo, conheceram a arquiteta Lina Bo Bardi, com quem trabalharam em importantes obras do período, como o Sesc Pompéia.

Com mais de trinta anos em atividade, o escritório conquistou uma certa autonomia em relação às suas referências mais marcantes, entretanto, o vínculo com os entraves teóricos formulados nos anos 1980 parecem recrudescer a medida que seus projetos afirmam conexões com a própria trajetória de suas obras e de seus colaboradores. É notória a aproximação a estruturas mais orgânicas da cultura brasileira, tanto pela busca de um repertório autóctone, quanto nas relações entre arquitetura e cidade. E esse parece ser um tema essencial para entender suas propostas.

No campo da arquitetura, em meio à desorientação dos anos 1980, entre influências “pós-modernas” e críticas ao Moderno, a leitura de uma modernidade “em contexto” ensaiada pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi desde os anos 1960, surpreendeu um território acadêmico, já enfraquecido, que procurava reavivar o moderno sem o lastro de um processo de modernização. Embate que fazia oposição às formulações caricatas das modas internacionais, ditadas por segmentos do mercado ou mesmo por arquitetos em busca de alternativas aos modelos oficiais da arquitetura nacional. Nesse cenário, Lina destaca-se por desenvolver a forma radical da arquitetura paulista (como no Masp) e assegurar o entendimento de uma tradição popular local (Igreja do Espírito Santo do Cerrado, Museu de Arte Moderna da Bahia). No Sesc Pompéia, essas duas vertentes atuam em convergência.

Ao compreender e ampliar esse caminho singular criado na “década perdida”, o escritório Brasil Arquitetura revela uma das mais promissoras estratégias de projeto da arquitetura brasileira contemporânea.

Igreja do Espírito Santo do Cerrado, Uberlândia MG. Arquiteta Lina Bo Bardi
Foto Nelson Kon


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