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interview ISSN 2175-6708

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Fernando Diez, editor da revista argentina Summa+, conversa com Abilio Guerra, editor do portal Vitruvius, e comenta sobre sua trajetória profissional e intelectual.

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GUERRA, Abilio. Entrevista com Fernando Diez. Editor, professor e consultor argentino fala sobre sua trajetória intelectual. Entrevista, São Paulo, ano 14, n. 055.02, Vitruvius, jul. 2013 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/14.055/4808>.


Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Buenos Aires
Foto Francisco Chaves [Wikimedia Commons]


Abilio Guerra: Você se formou na Universidade de Belgrano em 1979. Dê um painel sobre as principais escolas argentinas de arquitetura daquele período.

Fernando Diez: Nesse momento em Buenos Aires não havia mais que duas escolas de arquitetura, a da Universidade Nacional e a de Belgrano, que era nova.

AG: O ambiente político do período da ditadura militar teve qual impacto nas escolas de arquitetura? Era possível estudar arquitetura e urbanismo naquele período?

FD: Quando eu ia começar meus estudos de arquitetura, a Faculdade de Arquitetura da Universidade Nacional estava fechada por razões políticas; assim, comecei na Universidade de Belgrano, uma escola pequena de gestão privada, mas que devido às dificuldades daquele tempo, cresceu consideravelmente nos anos seguintes, absorvendo alunos e professores que eram expulsos pelo clima hostil que havia na Universidade Nacional. Dessa forma, haviam chegado a Belgrano grandes professores, como Alfonso Corona Martínez, Manolo Borthagaray, Bucho Baliero, Marcelo Trabucco, para mencionar alguns.

AG: Durante sua graduação, você tinha predileção pelos cursos de projeto, teoria ou história?

FD: Sentia-me mais à vontade com os cursos de história e teoria, porque de algum modo eram mais abertos a uma visão crítica da arquitetura moderna. De qualquer maneira, nos últimos anos fui muito bem nos cursos de projeto, razão pela qual me convidaram a ser auxiliar na cátedra de projeto de Enrique Cottini. Fiz isso por dois anos, mas logo fui dar aulas com Corona Martínez em um curso de teoria, por ter maior afinidade com ele. Em 1984 fui convidado por Miguel Ángel Roca para ser professor da Universidade Nacional de Buenos Aires, então nesse ano voltei a ensinar no ateliê de projeto.

AG: Seu doutorado foi desenvolvido no Brasil. Qual o motivo? Como foi o processo até a defesa?

FD: Eu fazia pesquisa no Instituto de Desenho da Universidade de Belgrano e me concentrava na relação entre tipologia, tecido e espaço urbano. No princípio dos anos 1980 conheci Carlos Eduardo Comas, com quem mantinha afinidades na visão tipo-morfológica da arquitetura e da cidade. Meus trabalhos sobre regulação e produção urbana lhe interessaram o suficiente para convidar-me a participar do curso de Pós-graduação do Programa de Pós-graduação em Arquitetura – Propar, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Por vários anos seguidos fui a Porto Alegre para ministrar um seminário e assim se consolidou minha relação com um grupo muito destacado de professores da UFRGS, e muitos dos alunos daqueles tempos hoje são também importantes professores. Com o tempo essa pós-graduação evoluiu para mestrado e logo para doutorado, momento no qual fui convidado a realizar minha tese. Foi uma pesquisa que se apoiava de meu trabalho como editor na Summa+, algo que vinha realizando desde 1994. Naturalmente eu tinha acesso a muita informação direta sobre as transformações nos modos de produção da arquitetura Argentina, que amadureceram radicalmente na mudança do século. A tese aborda essas mudanças, tratando de observá-las por sobre as diferenças e particularidades dos atores. Ao mesmo tempo, o trabalho analisa a relação mais ampla com o contexto disciplinar e com os mecanismos de difusão e produção simbólica em um sentido mais geral. Essa segunda parte do trabalho intitula o trabalho: “Crise de autenticidade”. O caráter ascético das conclusões foi em parte questionado durante o processo, de modo que uma terceira parte tenta colocar em relação estas questões com a perspectiva da disciplina frente aos novos desafios colocados pelas questões ambientais e a reformulação da oposição conceitual natural-artificial em que se haviam apoiado os raciocínios e as figuras estéticas da maior parte do século 20.

Universidade de Belgrano, Buenos Aires
Foto Fernando Pascullo [Wikimedia Commons]

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055.02
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