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research

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interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
Entrevista realizada a partir da Pesquisa “A Educação do Arquiteto para o Século 21 – O Ensino do Projeto de Arquitetura e Urbanismo no final do Curso”, em desenvolvimento no Propar, da UFRGS, com verba de custeio Capes.

english
Interview based on the survey "Architect's Education for the 21st Century – Teaching the Architecture and Urbanism Project at the end of the Course", under development in the Propar, at the UFRGS, with funding from Capes.

español
Entrevista basada en la investigación "La educación del arquitecto para el siglo XXI - Enseñanza del Proyecto de Arquitectura y Urbanismo al final el Curso", en desarrollo en el Propar, en la UFRGS, con fondos de Capes.

how to quote

MARQUES, Sérgio M.; BOHRER, Mônica L.. Rodo Tisnado e o Architecturestudio. Entrevista, São Paulo, ano 21, n. 083.02, Vitruvius, jul. 2020 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/21.083/7828>.


Centre Culturel Onasis, Atenas, Grécia, 2011
Foto divulgação [Acervo Architecturestudio]

Sérgio Moacir Marques: Obrigado por nos receber, Rodo. Gostaria de fazer algumas perguntas, dentro do contexto do projeto de pesquisa que enviei anteriormente. Posso gravar?

Rodo Tisnado: Sim, claro, esta entrevista tu és livre para gravar, traduzir, interpretar etc.

SMM: Obrigado. Mas é uma pesquisa acadêmica, portanto antes de publicar a entrevista, sempre envio a transcrição para tua avaliação antes.

RT: Ótimo. O único que gosto de corrigir, nestes casos, são as imprecisões. Por exemplo, se dizes que nosso escritório tem mil pessoas e na verdade tem cento e cinquenta... Em troca o que tu escreves é tua responsabilidade!

SMM: (risos) Sim, claro. Mas esta revisão é importante.

RT: Bem, no e-mail tu falaste sobre tua atuação como professor e arquiteto no Brasil e que estás fazendo um estudo sobre as universidades latino-americanas...

SMM: Sim, comentei que sou filho de um arquiteto das primeiras gerações do Movimento Moderno no sul do Brasil...

RT: És filho do inventor da Arquitetura Moderna no Brasil?

SMM: (risos) Do Brasil não, mas um dos do sul do Brasil, sim...

RT: Dá no mesmo. Do Brasil veio toda a Arquitetura Moderna!

SMM: Bom... acho que soubemos interpretar bem...

RT- Claro, e além disto os outros países estavam em guerra. Estas colunas modernas colossais, só o Brasil produziu, estes balanços, rampas e escadas que param no ar...

SMM: É a irresponsabilidade brasileira? (risos)...

RT: Não, não, isto em outros países como Peru e Chile não se pode fazer. E também existem sismos! O terreno se move e tudo isto cai...

SMM: Sim, mas no Brasil se movem outras coisas... São mais subjetivas mas também se movem como terremotos...

RT: (Risos) É verdade.

SMM: Bem, mas minha tese de doutorado fala sobre esta arquitetura no sul do Brasil (mostrando o livro FAM).

RT: A geração do teu pai?

SMM: Sim, meu pai fez este edifício que está na capa e vive aí...

RT: Até agora?! Onde está isto?

SMM: Em Porto Alegre.

RT: São três andares? Um apartamento por andar?

SMM: Sim, com três famílias de arquitetos por andar.

RT: (Risos) É o mundo da arquitetura e dos arquitetos. Estes são automóveis de época (apontando para um Corcel I e um TC Karmann Ghia da foto do FAM)?

SMM: Sim. O projeto e a construção são da década de sessenta. Eu vivi alguns anos neste edifício.

RT: Claro, nos anos sessenta eu estava pensando em ser arquiteto também...

Théâtre National du Bahreïn, Manama, Barém, 2012
Foto divulgação [Acervo Architecturestudio]

SMM: Eu nasci nos anos sessenta mas fiz o curso de arquitetura nos anos oitenta, os anos da crise do Movimento Moderno no Brasil e do Pós-Modernismo. Isto para mim foi muito forte.

RT: Ah, claro, nestas relações de modernidade... não sabias como manejar... Brigaste com teu pai?

SMM: (risos) Sim... Não... não foi um problema freudiano (risos). Eu resolvi estudar para entender o fenômeno. Realizei uma pesquisa de mestrado sobre este período. Inclusive aproveitei um curso sobre Arquitetura e Meio Ambiente, que fiz em Toulouse, aqui na França, no início dos anos noventa, e vim a Paris entrevistar arquitetos sobre o assunto. Com o Architecturestudio, daquela vez não consegui agenda... Consegui visitar Christian Portzamparc e Paul Chemetov.

RT: Nestes anos nós havíamos acabado de fazer o Instituto do Mundo Árabe. Estávamos a mil nesta época.

SMM: Por isto procurei vocês. Mas agora tenho um filho que também é estudante de arquitetura. E estamos diante de outra crise...

RT: Cada vez que estás em crise vens à França (risos)! Tu também és arquiteta (pergunta para Mônica)?

Mônica Bohrer: Sim!

RT: Cada geração é uma crise! Tu vais fazer estudos do que agora? Sobre crises (risos)?

SMM: (Risos) Não... sobre a educação do arquiteto para o futuro...

RT: Ah, OK!... Mas o que tu denominas como crise na atualidade? Porque hoje não há uma crise importante de arquitetura, e sim uma crise econômica. Estive em Brasília nos anos sessenta como estudante, e faz dois anos, fui ao Brasil novamente. E também estive em São Paulo e no Rio de Janeiro. Brasília está perfeita e ainda se pode caminhar, é uma cidade encantadora. Mas São Paulo e Rio estão tão perigosas... Fomos com a equipe do escritório. Éramos um grupo de vinte e quatro pessoas e fomos assaltados vinte vezes! Por pequenas e grandes coisas.

SMM: Em Brasília, no plano piloto, é seguro. Podes estar em qualquer lugar, com alguma atenção. Mas no Rio e em São Paulo creio que o problema talvez tenha sido o fato de estarem todos juntos. Aí viram um alvo.

RT: Sim, um rebanho... Mas também, sob o ponto de vista econômico, além da insegurança, me pareceu que havia pouca construção... O que tu chamas de crise da arquitetura atual no Brasil?

Caucho Amazonico com ficus europeu no átrio do Architecturestudio
Foto Sérgio M. Marques e Mônica L. Bohrer

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083.02
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