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interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
A experiência do coletivo Natura Futura nos convida a refletir sobre a importância de gerar modelos mais próximos das necessidades dos habitantes, com base em uma pratica consciente e ambientalmente responsável.

english
The experience of Natura Futura invites to reflect on the importance of generating models closer to the needs of the people, based on a conscious and environmentally responsible practice.

español
La experiencia de Natura Futura nos llama a la reflexión sobre la importancia de generar modelos más cercanos a las necesidades de los habitantes, sobre la base de una práctica consciente y ambientalmente responsable.

how to quote

PRECIADO VELASQUEZ, Oscar Eduardo. Coletivo Natura Futura. Uma prática consciente e ambientalmente responsável. Entrevista, São Paulo, ano 21, n. 084.04, Vitruvius, nov. 2020 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/21.084/7932>.


Projeto La Comuna, Huaquillas, Equador, janeiro 2019
Foto Oscar Eduardo Preciado Velasquez

Oscar Eduardo Preciado Velásquez: Agora, voltando ao tema do trabalho... Qual o papel que as instituições públicas e privadas desempenham em seus processos, em seu trabalho?

José Gómez: Olha, nós trabalhamos com política porque gostamos muito de fazer ativação ou barulho político desde o privado. Na verdade, o político sempre vê o controle do projeto como um benefício monetário. Por exemplo: eu quero ver esse projeto agora para ver quanto se ganha..., então sempre tentamos trabalhar com política, mas sabemos que existe um impacto maior, isso sempre nos condiciona e acreditamos que na arquitetura não pode haver como condição inicial o dinheiro. Você só precisa estabelecer condicionantes a partir do habitat do morador, então nós dissemos que não. Vamos nos afastar da política por enquanto e fazer uma política desde o privado, gerar cidade, geramos maneiras diferentes para que as cosas possam ser feitas. Só assim, pode ser habitar.

OEPV: Qual a estrutura legal que conduz seus projetos? existem regulamentos lá fora? ou é simplesmente...

JG: Eu acho que, pessoalmente, quando você pensa em um projeto, sempre tem que ter as regras claras do município e tudo mais, para não ser um pouco irruptor nisso. Mas regras, para você, dentro de uma visão arquitetônica, não deveriam existir. Porque isso limita, limita demais.

OEPV: Para concluir... conselhos gerais para... digamos... as novas gerações de arquitetos que desejam se iniciar nesse trabalho arquitetônico participativo, que de acordo com muitos estudos essa visão do arquiteto, como eu disse, liberal que trabalha... (isoladamente) já está em desuso... isso praticamente, está prestes a morrer, mas aqui ainda está muito presente (no Equador).

JG: Aqui está muito forte. O único conselho que posso dar é que nunca se esqueçam de que existem projetos de autogestão que podem gerar mais trabalho. Às vezes, os meninos saem para procurar trabalho, procuram escritórios de arquitetura, quando talvez com US$ 1... (é por isso que os arquitetos têm essa capacidade de resolver problemas)... Imagina o que eu posso fazer com US$ 1, que pode resolver um problema diário... e se eu colocar aqueles US$ 10, aqueles US$ 100 eu os coloco e faço o projeto. Esses são projetos de autogestão. (Um projeto autogerido). Portanto, com esses projetos, podemos começar a procurar novas abordagens e experiências, talvez com o uso diário e continuar escalando. Os meninos querem sair e devorar o mundo. Esse é um dos problemas, mas não é problema deles. O problema é da academia.

OEPV: Da formação...

JG: Um problema da formação e eu acredito que o uso da tecnologia é muito importante para alcançar mais pessoas, de maneira eficaz, eficiente e produtiva. Não sendo o comerciante da arquitetura. Ser o arquiteto que compartilha visões que podem ajudar a ter referências. Olha por exemplo, você veio aqui, é porque realmente usamos a tecnologia para compartilhar uma visão.

OEPV: de promoção e divulgação.

JG: Não é que nós espalhamos isso tudo para ter mais trabalho, talvez compartilhemos um processo participativo, como você diz, que não ganhamos muito dinheiro, não ficamos ricos com isso, mas enfatizamos sim na universidade, de que talvez também pode se pensar assim. Nem todos os arquitetos precisam necessariamente ser assim, mas se houvesse um equilíbrio, teríamos uma sociedade totalmente diferente.

OEPV: então tudo se rege de acordo com você nesse equilíbrio...

JG: Nesse equilíbrio. Temos o dever como arquitetos, mas você também tem o dever como arquiteto de ter dinheiro e ganhar dinheiro, ter teu bom carro e ter uma boa casa, porque se não faríamos da profissão... você iria apenas de bike para ajudar e não, nós não acreditamos no arquiteto que vive dez anos ajudando as pessoas ...

OEPV: E faz aqueles votos de ...

JG: Caridade ... e eles andam de bike por dez anos porque precisam ser congruentes... não ... acreditamos que o arquiteto também pode ser muito empreendedor, ter negócios alternativos, com esse negócio alternativo e gerar nível empresarial, trabalhar com capital e se você pegar esta parte do capital e poder alcançar mais pessoas com isso... Às vezes as pessoas não entendem isso, ... Ah, sim, o homem tem dinheiro, mas não ajuda  socialmente ... Melhor, obrigado Deus por ter uma oportunidade maior de ajudar aqui, porque se você não tem mais dinheiro, como pode ajudar aos outros se nem mesmo tem para sua passagem? Não é congruente. Então eu sempre disse que o arquiteto também deve ter capacidade de negociar, gerenciar um projeto, gerenciar uma empresa e, se Deus quiser daqui a 10 anos, ele administra uma super multinacional, desde que tenha uma ótima visão de fazer as coisas, casas sociais para muitas pessoas, em uma empresa tantas coisas que podem ser feitas. Seja bem-vindo isso. Por exemplo, no começo, eu comecei com um negócio de sucos, o que um negócio de sucos tem a ver com isso tudo? Eu precisava encontrar uma fonte de renda... um empreendimento e precisava do capital... e aprender como as pessoas são gerenciadas, como o fluxo de caixa é gerenciado, dinheiro dos negócios ... ou seja, você não deve ter medo de ganhar dinheiro ... eu sempre digo pessoal, também temos que ter um desenvolvimento empresarial. Não acredito em um professor de finanças que chega de bike.

OEPV: Claro, acaba sendo incongruente.

JG: Então vamos lá, se você quiser ajudar mais pessoas, primeiro você precisa de se ajudar.

OEPV: Bem, isso já é muito oriental (budismo)...

JG: muito oriental, mas muito real.

OEPV: você precisa se ajudar primeiro para ajudar os outros.

JG: Se você não tem capacidade, como faz?

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084.04
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