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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Público de Arquitetura para o Aeroporto Internacional de Florianópolis – SC. Projetos, São Paulo, ano 04, n. 042.02, Vitruvius, jun. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.042/2345>.


O partido e a proposta arquitetônica

A proximidade do mar e do aeroporto, com as silhuetas das montanhas contrapostas à linha de horizonte do oceano, conduziu o trabalho de projeto à construção de uma nova topografia no terreno.

A linha do horizonte se ergue desenhando uma cobertura plana, o terreno se curva. Essa topografia permite a diferenciação na implantação do programa e no tratamento paisagístico.

Uma topografia produzida, entre promontórios, morrotes e mangues, resolve a distribuição longitudinal das instalações e fluxos operacionais por uma galeria sem escavar o terreno.

A eflorescência das curvas nas coberturas dos aeroportos tornou-se um lugar comum mundial: o contraponto aqui com as montanhas permite uma abordagem do projeto interagindo com seu entorno.

A linha reta, simples, de fácil leitura: a linha do horizonte. Economia.

A quinta fachada (superior) do aeroporto procura a diferenciação na pureza do suporte plano, propício ao trabalho gráfico.

A curva no solo é suave: ilegível sem a referência da cobertura, deliberadamente plana, apoiada em pilares de concreto com grandes vãos, permitindo a flexibilidade das funções.

Os fluxos contemplam o caminho ideal: check-in ao embarque passando pelas áreas comerciais sem perder a referência do local de embarque.

O vão de 60 metros é vencido por duas vigas planas ligadas por um tabuleiro: o espaço é monumental.

A topografia criada e a vegetação ocultam os espaços de serviço da cut além de enquadrarem o grande saguão de embarque/desembarque pelo verde.

Impactantes ambientais

Quanto aos aspectos legais, a solução de implantação do novo TPS e cut no sítio aeroportuário existente, leva em conta a resolução do CONAMA 001/86, que regulamenta os procedimentos para o licenciamento ambiental. Portanto os aspectos ambientais envolvidos na implantação devem ser incorporados aos projetos elaborados de forma a evitar ou mitigar as suas repercussões ambientais.

Os principais impactos ambientais oriundos da implantação e operação do aeroporto se relacionam ao movimento de terra necessário às obras, à movimentação de máquinas, equipamentos e mão-de-obra, bem como ao aumento do fluxo de aeronaves e seus desdobramentos.

Conclui-se que os impactos mais significativos ocorrerão, basicamente, no período de obras, sendo seus efeitos temporários e facilmente mitigáveis por procedimentos de controle e recuperação.

Para a análise do impacto ambiental, considerou-se o fato de que a implantação do novo TPS e cut representam uma ampliação de atividades de uma unidade já instalada, portanto significa que eventuais impactos oriundos da atividade já foram causados no passado, verificando-se, após todo o período de funcionamento do aeroporto, o restabelecimento do equilíbrio ambiental de sua área de influência, mesmo que alteradas suas condições naturais.

Considera-se ainda que o perfil concebido para as novas edificações privilegia os contornos topofílicos do relevo, cuja implantação pretendida reduz eventuais impactos na paisagem.

Instalações prediais

Ar condicionado

O sistema adotado utiliza água gelada (expansão direta). Bombas de condensação circulam a água entre unidades resfriadoras centrífugas (chillers) e torres de resfriamento (área externa) localizadas na cut, fechando o ciclo de condensação do sistema.

A tubulação é isolada entre as centrífugas e os Fan & Coils, modulados e dispostos na galeria técnica ao longo do eixo longitudinal do TPS.

A distribuição de ar é feita por meio de dutos abaixo do piso e por "totens" com grelhas direcionadas para insuflamento somente na "zona de ocupação" (local próximo ao piso).

Um sistema de exaustão junto à cobertura (shed e viga dupla), composto por exaustores, captores e rede de dutos, promove a remoção do ar do espaço entre a "zona de ocupação" e a cobertura.

As casas de máquinas dos espaços enclausurados são dispostas ao longo da galeria técnica longitudinal, sempre próximas aos ambientes beneficiados.

A tubulação de água gelada é disposta ao longo das locações comerciais, para futura instalação de Fan & Coils individuais.

As áreas com sanitários, cozinha e a praça de alimentação terão sistemas de exaustão mecânica para renovação adequada do ar e remoção de odores e agentes poluentes.

Foi previsto a implantação de um sistema de termoacumulação com água, para proporcionar uma operação com menores custos e recursos energéticos

Águas pluviais

O escoamento das águas pluviais se faz com duas grandes calhas metálicas desaguando junto aos pilares das extremidades.a coleta e o tratamento são feitos em um reservatório de água de reuso próximo a cut.

Galeria técnica

As utilidades do aeroporto geradas na cut, são distribuídas pelo TPS, por uma galeria técnica em meio nível ao longo do eixo longitudinal da edificação.

A distribuição das instalações é pelo piso do embarque ou pelo forro do desembarque.

Além de solucionar os fluxos operacionais de serviço e de abastecimento das lojas, esta galeria comporta ainda os dutos de ar condicionado, bandejas de cabos elétricos e de comando, Fan & Coils, transformadores, quadros elétricos, etc.

A galeria comporta ainda os depósitos das lojas (10 % da área total das lojas) com uma circulação independente da técnica.esta galeria funciona como uma "coluna vertebral" do prédio, onde os ramais que distribuem as instalações e os acessos (controlados) são distribuídos ao longo do eixo longitudinal.

Sistema construtivo e modulação da estrutura

A estrutura principal é composta de módulos isostáticos de 60,00m x 45,00m, com balanços de 18,75m, compostos essencialmente por vigas de perfil "i" com variações de altura e composição.

A estrutura de sustentação da cobertura compõe-se de vigas isostáticas apoiadas em pilares de concreto armado, divididas em vigas principais, vigas secundárias e vigas de fachada.

A viga principal é composta de perfis "i" duplos treliçados de 97,50m divididos em dois balanços de 18,75m cada (altura de 1,70m) e vão de 60,00m (altura de 3,00m) apoiada em dois pilares de concreto armado.

A viga treliçada é composta por dois perfis "i" espaçados de 2,50m com uma treliça horizontal na face superior e inferior para conjuntamente com diafragmas verticais dispostos ao longo do vão, conferir estabilidade a flexo-torção da mesma.

As vigas secundárias longitudinais são em perfis "i" castelados (altura de 1,70m) com vão de 42,50m, a cada 15,00m. Os furos hexagonais na alma auxiliam a diminuição do peso e permitem a passagem de dutos de instalações.

As vigas secundárias transversais são em perfis "i" (altura de 0,85m) com os vãos de 15,00m e 18,75m a cada 7,50m, onde estão apoiadas as terças que sustentam as telhas zipadas e o forro.

As vigas de fachada são em perfis (altura de 2,85 m) com vãos de 15,00 m e 45,00 m, para arremate da cobertura e sustentação dos balanços nas extremidades do prédio.

Tratamento acústico e conforto térmico

A cobertura é constituída de telha de alumínio zipada tipo sanduíche com dupla camada de lã mineral de densidade de 60 kg/m3 com acabamento interno em painéis de MDF.

As calhas metálicas são emborrachadas internamente protegidas acusticamente do lado externo.

As alvenarias expostas aos ruídos são em blocos de concreto preenchidos com areia.

Os caixilhos tem os perfis e colunas preenchidos com lã mineral com densidade de 50 kg/m3 comprimida.

Os vidros são laminados, com espessuras entre 25mm e 19mm.

Os forros internos são em painéis metálicos com manta non woven nos grandes ambientes, painéis em fibra mineral para ambientes menores e colméia em PVC e manta non woven nos sanitários, copas e vestiários.

As casas de máquinas e áreas técnicas que geram ruídos são de paredes duplas preenchidas com areia.

Os grandes beirais da cobertura protegem o prédio da insolação, e são complementados por brises em madeira e por vegetação nas fachadas noroeste e nordeste.

O shed da cobertura é voltado para a fachada sudoeste e a abertura é protegida por brises.

Acessos e fluxos

Fluxos externos operacionais

A locação da cut no início da poligonal delimitada para o projeto permite a expansão do TPS no lado oposto além de ramificar o fluxo de serviço sem interferir no fluxo de embarque/desembarque.

O acesso ao estacionamento pode ser tanto direto, sem interferir no embarque e no desembarque, como também permite deixar os passageiros com bagagem e retornar ao mesmo.

O meio fio duplo permite a divisão dos fluxos de veículos particulares, táxis, ônibus urbanos e especiais.

Fluxos operacionais internos AO tps – lado ar

O acesso controlado dos funcionários para o lado ar encontra-se na área central do TPS sem interferir no fluxo de passageiros.

O conector é uma estrutura independente do TPS. Seu dimensionamento e expansão livres.

Os bolsões de movimentação de bagagens, embarcadas e desembarcadas estão protegidos das intempéries pelo pavimento superior do TPS e seu conector.

A galeria técnica possui duas circulações independentes, locadas nas laterais do eixo longitudinal. Uma serve ao fluxo dos espaços comerciais e restaurantes, a outra à operação do aeroporto.

Fluxos operacionais internos ao TPS – lado terra

O passageiro que sai do check-in vê de imediato o local do embarque, o fluxo percorre os espaços comerciais e visualiza a praça de alimentação.

O acesso do desembarque é feito pelo mesmo meio fio de embarque, porém em um nível inferior. Internamente os saguões de embarque e desembarque são interligados por escadas e elevadores panorâmicos.

Os fluxos para manutenção das lojas dividem o espaço da galeria técnica em meio nível: são independentes entre si e não cruzam o fluxo de público.

ficha técnica

Projeto Arquitetônico
Barbosa & Corbucci Arquitetos Associados

Autores do Projeto
Arq. Marcelo Consiglio Barbosa
Arq.Jupira Corbucci

Colaboradores
Arq. Ana Cecília Siqueira Parente de Mello
Arq. Antonio Carlos Rossi Junior
Arq. Carlos Arellano Rivera
Arq. Esther Eliane de Moraes
Arq. Heralcir Cesari Valente da Silva
Arq. Fábio Mosaner
Arq. Luiz Fernando Farkas Crepaldi

Estagiárias
Laura Elisa Poggio
Lia Matorim Barbosa de Oliveira
Marcela Rodrigues Batista
Sarah Mota Prado

Consultor de Navegação Aérea
Eng. Remy Gomes Ferreira

Estrutura Metálica
Eng. Isaac Iglesias Rodrigues

Estrutura de Concreto
Eng. Fernando Mihalik

Sistemas Hidro-Sanitários
Eng. Shoji Habara

Sistemas Elétricos e Eletrônicos
Eng. Fabio Daniel Haddad

Sistemas de Ar Condicionado e Exaustão
Eng. Christian Hendrik Scheapmaker
Eng. Willem Scheapmaker

Orçamentos
Eng. Mauro Zaidan

Paisagismo
Arq. Claudia de Souza

Comunicação Visual
Arq. Renato Salgado

Meio Ambiente
Paulo Roberto de Almeida Kyriakakis

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Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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042.02 Concurso
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IAB
Brasília DF Brasil

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042.01 Concurso

Concurso Nacional para Anexo do Museu do Ouro de Sabará

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