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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Público de Arquitetura para o Aeroporto Internacional de Florianópolis – SC. Projetos, São Paulo, ano 04, n. 042.02, Vitruvius, jun. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.042/2345>.


Conceituação

A partir de meados do século XX, com a popularização do transporte aéreo de passageiros no mundo, a arquitetura dos terminais de passageiros passa a ter um grande significado simbólico em relação aos núcleos urbanos que atende. No entanto, podemos afirmar, que somente nas últimas duas décadas do século passado e no início do século XXI, a arquitetura dos terminais de passageiros aeroportuários traz consigo todo o simbolismo que caracteriza estas obras como Os grandes portais de acesso as cidades. As questões relativas a inserção de altas tecnologias aplicadas nestes edifícios, as quais sempre tem como objetivo proporcionar o conforto e segurança de seus usuários, devem sempre ser abordadas no ato projetual do arquiteto.

No Brasil, este processo de redesenho dos novos Terminais também acompanha esta tendência. Os Terminais deixaram de ser simplesmente edifícios intermodais de transporte e passaram a ter em seu conteúdo programático uma maior abrangência quanto as suas atividades e serviços. Centros comerciais, empresariais, culturais, de prestação de serviços entre outros, hoje, devem ser contemplados neste processo de planejamento.

Florianópolis, cidade de grande vocação turística, é conhecida nacional e internacionalmente pela beleza de suas paisagens naturais. O projeto, ora apresentado, do novo Terminal de Passageiros, busca através de seu desenho atender a importância e o significado deste edifício para a cidade. Acreditamos que ele será um marco referencial com uma arquitetura instigante, digna e coerente com o seu caráter, que associada aos bons serviços, e principalmente a segurança dos usuários que aí desembarcam das diversas partes do Brasil e de outros países, farão com que este Aeroporto esteja sempre presente na memória de todos os seus usuários. Esta foi, sem dúvida, uma das principais metas a serem atingidas quando desenhamos nossa proposta, e entendemos, de fato, o valor cultural da Arquitetura para o meio onde está inserida.

Plano de massa

O Plano de Massa da nova área do Terminal obedeceu rigorosamente os dados estabelecidos para o projeto. As respectivas propostas podem diferenciar daquelas estabelecidas pelo Plano Diretor do Aeroporto de Florianópolis, que provavelmente deve ter contemplado algumas atividades distintas para estes espaços. No entanto, na ausência destas informações e para que pudéssemos desenvolver a arquitetura do TPS propriamente dito, concebeu-se uma organização espacial para esta área do aeroporto, a qual deverá ser ajustada futuramente de forma a harmonizá-la com as propostas do Plano Diretor existente.

Distribuição espacial

Os espaços destinados a edificação do TPS, atual e futuros, desenvolvem-se linearmente, partido este, mais adequado para esta situação. A proposta tem por objetivo eliminar eventuais barreiras que coíbam futuras expansões do TPS em função de novas necessidades e demandas exigidas. No lado ar, o pátio das aeronaves acompanha o desenvolvimento linear das edificações dos terminais. No lado terra, da mesma forma, acompanhando esta geratriz do desenho dos TPS, teremos a área destinada a implantação dos grandes estacionamentos ou edifícios garagem.

Para que sempre se tenha espaços livres de obstáculos para o desenvolvimento da edificação do TPS, foi proposta uma zona de serviços numa posição geocêntrica em relação aos edifícios terminais. Nesta área será instalada a Central de Utilidades, a qual atingirá o edifício do TPS proposto, assim como as futuras ampliações, através de canaletas técnicas subterrâneas. Esta solução flexibiliza as necessidades de expansões destes serviços e minimiza a ocorrência de fluxos veiculares pesado junto às áreas dos TPS, principalmente na via de embarque e desembarque.

Sistema viário

O sistema viário proposto é lógico e bem caracterizado pelas respectivas hierarquias das vias, minimizando os conflitos no trânsito veicular. Na grande via de acesso, seu caráter foi marcado pela generosidade dos espaços verdes. Foram criadas ilhas, separando-se as vias de chegada e saída, de forma que estes espaços possam ser utilizados com equipamentos, comércio e serviços.

A partir desta via de acesso, teremos a distribuição dos fluxos para o perfeito atendimento das atividades de serviço do TPS caracterizados pela carga e descarga, lixo, manutenção, acesso veicular para o lado ar (controlado), edifício de apoio e manutenção. A grande alça viária (via de embarque e desembarque), que atenderá o atual e futuros terminais, assim como os estacionamentos e futuros edifícios garagem, estará desvinculada do tráfego pesado de veículos destinados a manutenção das Centrais de Utilidades e dos demais serviços. Esta circulação veicular poderá ser feita sem transitar na área frontal ao TPS.

Terminal de passageiros

Partido

Doze grandes guarda-chuvas de aço caracterizados como módulos estruturais e de utilidades com dimensões de 40.00m x 40.00m, dispostos em duas linhas com 6 unidades cada, intercalados por rasgos de luz zenital de 2.40m de largura, cobrindo um grande espaço, amplo e generoso como um edifício com este caráter exige, foi o partido adotado. Esta membrana de cobertura abriga todas as funções do terminal, proporcionando uma leitura fácil e clara de seu interior. A intenção de promover a integração dos espaços internos e externos do TPS, proporcionará a transparência desejada aos ambientes, tornando-os psicologicamente agradáveis aos seus usuários. Este foi o caminho projetual adotado no partido arquitetônico apresentado.

Arquitetura simbólica e emblemática

O desenho do edifício, representando seu caráter e sua inserção no espaço que representa seu meio natural e criado, foi importante na decisão formal da arquitetura deste Terminal. Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina tem sua marca não só a nível nacional, mas também internacional, como a cidade das ricas paisagens, onde o mar, as montanhas, a lagoa, enfim, sua natureza integra-se harmonicamente com sua riqueza cultural e seu povo. O desenho da arquitetura proposta considerou estes aspectos. O sentido de abrigo e proteção que devemos ter, sem no entanto nos sentirmos em um local fechado e oprimido foi representado pela grande cobertura em forma de guarda-chuvas, que sombreiam e protegem todos os espaços recortados por planos que formam os mezaninos, de onde seus usuários sempre tem aguçado este sentido de liberdade.

Desde o momento da chegada, ou mesmo da partida, os usuários deste terminal levarão consigo a força do espetáculo da leveza de seus ambientes, criados com um desenho rico e forte, sem que para isto seja ostentativo. Quando seus usuários se deslocam dentro deste espaço vão ter a perfeita compreensão de onde estão e para onde vão. As perspectivas vislumbradas do interior do TPS pelos passageiros, registram em sua mentes as belezas do local reforçando o sentimento nostálgico que seguramente os trará de volta à cidade. Este é o papel da arquitetura, criar e despertar as emoções nas pessoas que nela, transitam, desfrutam e habitam.

Flexibilidade, expansibilidade e instalações

As propostas para este edifício tem como princípio dotá-lo de total flexibilidade e expansibilidade em seus espaços. A expansibilidade de suas estruturas poderá acontecer facilmente, pois seu desenho não admite qualquer tipo de impeditivo espacial em suas áreas contíguas, ou seja, podemos dar continuidade em suas estruturas no futuro, associando aos espaços existentes novas áreas construídas, mesmo que com uma nova linguagem arquitetônica. No Plano de Massa proposto é possível visualizar espacialmente este princípio, inclusive com a localização da central de utilidades em local não conjugado ao edifício, de forma que a mesma possa vir a crescer quando da expansão do TPS, sem, no entanto, intervir no desenho de sua estrutura.

A flexibilidade foi conseguida primeiramente através do sistema estrutural desenvolvido que elimina ao máximo interferências com pilares e vigas nos espaços. Associado a este princípio adotou-se para cada módulo estrutural de 43.20m x 43.20m uma sala técnica, situada no subsolo, interligadas através da galeria técnica. Estas salas abrigarão de forma disciplinada os equipamentos de ar condicionado, quadros de distribuição elétrica, captação das águas pluviais e demais infra-estruturas necessárias. As salas atendem um raio de aproximadamente 20.00m, atingindo assim os principais setores do edifício. Com esta solução elimina-se o uso de pavimentos técnicos, pois as dimensões dos dutos de ar condicionado, bandejamento para cablagens dos sistemas elétricos e eletrônicos serão menores que os tradicionais. Esta solução também disciplina a captação das águas pluviais, esgoto sanitário e distribuição da água fria. A canaleta técnica comunica-se com a Central de Utilidades pelo subsolo do TPS e estacionamento público. Esta proposta, além de flexibilizar as instalações, interfere o mínimo possível com as áreas públicas quando de sua manutenção.

Sistema estrutural

O sistema estrutural adotado apropria-se da tecnologia do concreto armado e protendido para a execução de todos os pavimentos, da tecnologia do aço para os grandes guarda-chuvas da cobertura, tornando-a, desta forma, mais leve e de fácil execução.

Todo o edifício está modulado com uma malha de 1.20m X 1.20m para melhor viabilizar a utilização dos produtos que a indústria oferece e também otimizar o processo de execução do edifício, minimizando assim os desperdícios de obra. As estruturas obedecem este mesmo conceito, toda sua modulação respeita a grande malha que forma o conjunto arquitetônico.

A estrutura que sustenta o pavimento intermediário e piso do 1º pavimento é formado por uma grande placa de concreto composta por três vigas "Vierandel" que correm no sentido longitudinal do edifício, sendo duas periféricas e uma central. As periféricas voltados para o lado ar e lado terra respectivamente apoiam-se em pilares a cada 14.40m. A viga central apoia-se na estrutura dos shafts com vãos de 39.60m. Esta estrutura é completada e travada com a execução das lajes nervuradas que vencem os dois vãos no sentido transversal, formando assim um grande caixão rígido.

Os pilares que sustentam os módulos estruturais dos guarda-chuvas da cobertura são em aço tubular, dispostos a cada 43.20m. Estes módulos da cobertura serão fixados entre si através de vigas a cada 2.40 m que formam as zenitais, enrijecendo desta maneira, todo o conjunto estrutural.

Circulações

Em edifícios com esta tipologia, circulações são relevantes e de grande importância no sentido de racionalizar os deslocamentos. A complexidade do tema, obriga-nos a abordar com muita clareza e objetividade a diversidade dos vários fluxos existentes, na indução da circulação dos passageiros e acompanhantes nos espaços comerciais, na promoção da segurança exigida pela operação aeroportuária, bem como na flexibilização do uso de espaços e acessos as aeronaves domésticas e internacionais através da compartimentação de determinadas áreas e circulações.

Circulações gerais dos usuários

A aproximação das pessoas ao edifício terminal sempre proporcionará as mais variadas perspectivas dos espaços internos, estimulando a curiosidade de entrar na edificação. Quem chega pelas alamedas arborizadas do estacionamento público, ou mesmo chegando de táxi ou ônibus, parando no meio fio, terá descortinado diante de si o grande espaço de pé direito triplo do saguão. Os usuários em geral sempre terão uma visão muito clara e estimulante quando se deslocarem no interior do TPS.

Foi criada uma faixa central no saguão de acesso, composto por áreas de exposição e quiosques de serviços das empresas aéreas, comércio e outras prestações de serviços, onde é possível transitar sem conflitar com os serviços de check-in e desembarque. Este espaço nos dará a sensação de estarmos em uma grande alameda para pedestres, complementada pelos bancos de estar e o renque de palmeiras. É o primeiro impacto que o usuário terá ao entrar no TPS.

Nas duas extremidades do saguão principal, localizam-se o conjunto formado pelos elevadores, escadas rolantes e escadas fixas, que devido ao seu desenho, estimulam os usuários a se deslocarem em direção aos outros pavimentos, livres de interferências físicas tais como escadas fixas, rolantes e elevadores. Estes nós de circulação vertical criam um anel no interior do prédio, fazendo com que as pessoas possam ser induzidas a caminharem por todos os níveis, e principalmente circularem nas áreas comerciais.

No 1º pavimento, área de embarque e aeroshopping, foram propostos dois espaços âncoras em seus extremos, conforme preconizam as teses de exploração de espaços comerciais. O primeiro, é formado pela praça de alimentação e o segundo constituído pelo terraço panorâmico dotado de café e sorveteria, de onde é possível desfrutar não só do visual do pátio de aeronaves como da paisagem formada pelo mar e montanhas. Destes espaços comerciais, por estarem no mezanino do 1º pavimento, também é possível ter a visão de todo o acesso do terminal no pavimento térreo.

O pavimento intermediário, que também poderá ser freqüentado pelo público externo às suas atividadades é composto pelos escritórios da Infraero, Empresas Aéreas, Polícias, e demais serviços privados e públicos. Este nível também articula-se aos nós de circulação do saguão. As áreas destinadas aos escritórios, poderão ser desenhadas de acordo com as necessidades programáticas, seja da Infraero, como das Empresas Aéreas, sem que o público tenha o contato direto aos mesmos.

Circulações operacionais

O embarque e desembarque de passageiros se faz pelo meio fio no mesmo nível. O passageiro embarcado ingressa o TPS diretamente no saguão de check-in. Neste espaço é possível ter a visão total da área de manuseio de bagagens, pois, o seccionamento espacial é feito através de esquadrias e vidro. Finalizada a operração de check-in, o passageiro embarca pelo 1º pavimento – 2º mezanino. Após passar pela vistoria do raio-x há uma bifurcação de acesso tanto para a sala de embarque doméstico, como para a sala de embarque internacional. Antes do acesso a sala internacional, o passageiro passa pelo controle de passaportes da Polícia Federal.

O embarque por pontes ou remoto é feito através de 3 piers, sendo que cada um tem a possibilidade de instalação de 2 pontes, totalizando 6. Como solicitado no programa, inicialmente serão instaladas 4 pontes, ficando a ponte 1 e 6 para instalação futura, quando exigido pelas demandas. Estes PIERS saem diretamente das salas de embarque chegam a uma plataforma a qual, através de esquadrias móveis direcionam e segregam os fluxos, seja para embarque ou desembarque, doméstico ou internacional, sem que haja contato entre estes passageiros. Nesta proposta, cujas rampas de acesso estão dimensionadas para que hajam filas de espera em seu interior, as operações de embarque e desembarque serão devidamente racionalizadas. DA PLATAFORMA CENTRAL DO TPS, É possível ter acesso aos embarques remotos, seja doméstico ou internacional, com 3 portões cada. Vale salientar que esta sala de embarque remoto poderá ser totalmente utilizado como doméstica, caso a ponte 3 esteja sendo operada como internacional.

O desembarque de passageiros é feito no pavimento intermediário, em nível inferior ao embarque. Esta proposta disciplina a circulação e dá condições para que a Sala de Embarque se estenda até o limite do edifício. A circulação de desembarque estabelece locais de seccionamento para que se possa utilizar ora como internacional, ora como doméstica, flexibilizando, desta forma, as condições de uso das pontes de embarque. Neste mesmo nível, junto a circulação de desembarque doméstico, foi desenhado um sistema de circulação vertical que permite a realização das conexões sem que o passageiro saia da área restrita, mas obrigando-o, mesmo assim, a passar pelo sistema de raio-x de embarque.

No pavimento térreo estão localizadas as salas de restituição de bagagens doméstica e internacional, que da mesma forma que o saguão de check-in, permite ao passageiro a total visão do exterior, acompanhando as operaçoes da área de manuseio de bagagens em primeiro plano.

Retiradas as bagagens, o passageiro terá de imediato o saguão e o meio fio de desembarque.

Os deslocamentos das bagagens, tanto na área embarcada como desembarcada, devido ao seu desenho, equaliza o número de balcões de check-in por secção de esteira de despacho. Nesta proposta, as retaguardas tanto para embarque como desembarque de bagagens estão adjacentes aos espaços internos operacionais de check-in e restituição de bagagens do TPS.

Conforto ambiental

Sendo Florianópolis uma cidade com uma variação muito grande de temperatura e com grande incidência de ventos, o projeto propõe o fechamento total de seu edifício, climatizando seus espaços internos para proporcionar o melhor conforto ambiental aos seus usuários.

O TPS foi concebido com o princípio de integrar ao máximo seus espaços internos aos externos. As grandes peles de vidro que formam esta membrana de proteção serão com vidros laminados com controle solar e atenuação acústica. Mesmo assim, nas fachadas norte e noroeste, de maior contato com os raios solares, serão dotadas de grandes brises, os quais impedirão que a irradiação solar incida diretamente sobre as fachadas.

As faixas de luz no teto, criadas pela zenitais que rasgam as estruturas nos sentidos longitudinal e transversal, serão tratadas também com os vidros laminados, e sob os mesmos, serão colocadas grelhas de aço tipo colméia que formarão o filtro de luz, que deixarão passar a luminosidade, sem, no entanto, prejudicar o interior da edificação.

A utilização abundante da iluminação natural é o objetivo desejado quando nos apropriamos do conceito de deixar o prédio o mais transparente quanto possível. Durante o dia, o sistema de iluminação artificial será muito pouco utilizado nas grandes áreas públicas, salvo nas ocasiões em que as variações climáticas exigirem. O sistema de iluminação artificial deverá dialogar inteligentemente com a iluminação natural, utilizando-a ao máximo para diminuir custos operacionais, e enriquecendo o terminal com novas perspectivas e efeitos, diversos daqueles obtidos com a luz natural; ao mesmo tempo, a iluminação artificial deverá integrar-se à linguagem arquitetônica de transparência dos espaços, bem como de valorização da paisagem local, enfatizando a vegetação introduzida nas áreas públicas.

O sistema de iluminação artificial das grandes áreas públicas está baseado fundamentalmente na iluminação indireta – através do rebatimento da luz sobre os guarda-chuvas da cobertura – enriquecendo a plasticidade do edifício e evidenciando a leveza de sua cobertura, causando a impressão de que as coberturas estão soltas do piso. Projetores locados nos grandes pilares de suporte dos guarda chuvas facilitarão as operações de manutenção das luminárias, lâmpadas e reatores. Estes equipamentos têm grande rendimento luminoso, uma vez que todo o edifício está voltado para o máximo aproveitamento da energia elétrica e baixos custos de reposição dos equipamentos.

A proposta do sistema de iluminação artificial do terminal busca associar o conforto visual à satisfação emocional dos seus usuários, garantindo seu prazer estético tanto quanto a satisfação de suas necessidades físicas.

Paisagismo

A concepção paisagística ultrapassa o escopo "clássico", ou seja, o tratamento paisagístico dos espaços internos e do entorno do Terminal de Passageiros.

A proposta consiste numa ampliação desse escopo, considerando a apropriação dos espaços ao longo das pistas da via de acesso ao Aeroporto, preparando o usuário através da inserção de elementos paisagísticos, para a experiência final da apreciação da paisagem do próprio Terminal.

O amplo compartimento entre a pista de acesso ao terminal de veículos e as pistas de pouso e decolagem foi modelado em linhas de colinas e renques de árvores de grande porte com um movimento que sinaliza o encaminhamento para a chegada ao Terminal.

O partido arquitetônico, por outro lado, induziu e propiciou a criação de grandes compartimentos paisagísticos em que interior e exterior se integram. O compartimento central, correspondente ao acesso principal, de menor fluxo de passageiros destinado a exposições, foi tratado como uma praça, e os outros dois compartimentos, circulações de embarque e desembarque, como alamedas.

A integração espacial com os espaços externos se concretiza através do tratamento dos pisos e com o uso de conjuntos de Palmitos (Euterpe edulis), espécie adequada pela sua conformação de grande porte, de tronco fino e de folhagem com textura delicada.

Grandes massas arbóreas, de vegetação heterogênea, ocupam os espaços intersticiais e limítrofes às áreas de estacionamento. Aqui, serão empregados exemplares da flora local com diversidade de espécies, porte e texturas variadas de floração, constituindo assim, conjuntos cromáticos diferenciados durantes as estações do ano.

Áreas

Térreo
14.530,00 m²

Pavimento intermediário (1º mezanino)
6.810,00 m²

1º Pavimento (2º mezanino)
10.030,00 m²

Central de utilidades
1.440,00 m²

Edifício cias aéreas / manutenção
2.106,00 m²

Total
34.916,00 m²

ficha técnica

Autor
Arq. Sérgio Roberto Parada

Co-Autores
Arq. Igor Campos
Arq. Rodrigo Marar
Arq. Carlos Weidle

Colaboradores
Arq. Ailton Cabral
Arq. Felipe Teixeira

Estagiários
Roberto José Carril
Lívia Silveira de Menezes

Paisagismo
Arq. Rosa Grena Kliass
Arq. Luciano Fiaschi

Luminotécnica
Arq. Esther Stiller

Fundações, estrutura, instalações e telemática
Themag Engenharia e Gerenciamento

Estruturas
Eng. Sérgio Cifú
Eng. Edson Takaoka

Fundações
Eng. Ladislau Paladino

Ar Condicionado
Eng. Danilo Jorge

Instalações Hidráulicas
Eng. Luciano Jorge

Instalações Elétricas
Eng. Edélcio Leite Oliveira

Orçamento
Eng. Paulo Lima

Sistemas Eletrônicos
Eng. Geraldo Goulart Filho

Perspectivas Eletrônicas
Arq. João Francisco

Maquete
Daniel Koji Miike

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042.02 Concurso
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042.01 Concurso

Concurso Nacional para Anexo do Museu do Ouro de Sabará

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