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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Público Nacional de Arquitetura Sede da Procuradoria Regional da República da 4ª Região - PRR4. Projetos, São Paulo, ano 04, n. 043.03, Vitruvius, jul. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.043/2384>.


Inserção urbana

O projeto para o edifício da Sede da Procuradoria Regional da República da 4ª Região surge como uma conseqüência da sua inserção na cidade. Levando-se em consideração a paisagem na qual se localiza, é indispensável que seu aspecto e sua linguagem referenciem-se com seu entorno. Desse modo, a arquitetura surge a partir de volumes geométricos bem trabalhados, porém simples e de fácil leitura e interação com o público, assim como com a paisagem circundante.

A partir de dois elementos primários, um essencialmente material e outro totalmente transparente, temos um edifício que se comunica com a cidade, através de sua forma, seu funcionamento e principalmente através da articulação dos materiais dos quais é constituído.

O projeto

A nova sede se define em dois volumes: um horizontal (embasamento com dois pavimentos) e um vertical (torre com oito pavimentos). O primeiro corresponde às áreas de uso público e de fácil acessibilidade. O segundo às áreas referentes às atividades exercidas pela Procuradoria.

O edifício nasce na cota 0.00m onde está situado o estacionamento, descartando a possibilidade de um eventual subsolo,  eliminando assim gastos excessivos e problemas com a proximidade do lençol freático.

Na cota +2.50m temos efetivamente o pavimento térreo. Nele, a partir de uma circulação permeável e pública, também provida de devida segurança, temos uma transposição abrigada que leva da Rua Otávio Francisco Caruso da Rocha ao interior da grande quadra do Centro Administrativo Federal, onde se localizará futura Praça Cívica. Através de generosas escadarias e rampas, o usuário é convidado a cruzar o grande hall de acesso que se revela aos poucos com os grandes beirais e com a iluminação natural, que preenche o espaço interno onde preconiza o volume revestido de chapas de cobre do auditório, localizado no mezanino, sobre o espelho d'água.

Nessa mesma cota, estão situadas todas as áreas de recebimento e protocolo(Coordenadoria de Controle Processual), de fácil acessibilidade e comunicação com todo o edifício e com as vagas de estacionamento rápido para recebimento e restituição de processos e visitantes. A biblioteca é privilegiada pela centralidade delimitada por uma caixa de vidro aparente e extendida pelo espelho d'água encimada por insolação zenital. Também estão aí localizadas as áreas de serviço terceirizado, existindo a possibilidade de acesso independente.

No mezanino, cota +5.10m, encontram-se o auditório, salas de apoio e sala vip, que contempla todo o hall e os ambientes vazados com pé direito duplo. O foyer defini-se na ampla passagem que se estende até às salas de apoio, possibilitando sua transformação num grande espaço para exposições, e permitindo fácil acesso ao público.

O volume vertical da Procuradoria se inicia a partir da cota +8.80m. Provido de uma planta simples e funcional, tem-se uma faixa que abriga toda a parte de circulação(vertical e horizontal) e serviços, possibilitando assim, que todo o resto do pavimento fique livre para o acolhimento das inúmeras atividades abrigadas. Sua organização funcional segue exatamente o requerido pelo programa, tomando o cuidado com a inter-relacionamento dos ambientes e das respectivas atividades.

Desse modo, no 2º Pavimento e 3º pavimento estão abrigadas as dependências referentes ao Grupo 4 e Grupo 2 respectivamente. Do 4º ao 7º pavimento temos os andares do Procuradores Regionais, que contam com mais salas do que o requerido pelo programa, possibilitando futura expansão. No 8º pavimento temos as salas do Procuradores Chefe e Regional Eleitoral, providos da infra-estrutura do Grupo 3 e de uma organização distinta dos outros, com amplos espaços de circulação e jardins internos com aberturas zenitais. Na cobertura encontram-se as atividades de estar e apoio, como o restaurante, todas elas circundadas por um terraço que contempla toda a bela paisagem do Rio Guaíba.

Estrutura, instalações e materiais

O edifício é provido de uma estrutura de concreto armado, com lajes protendidas de 20cm e apenas duas vigas longitudinais, possibilitando maior aproveitamento do pé-direito dos pavimentos. Os pilares de seção quadrada iniciam-se com 50cmX50cm no embasamento e se prolongam com 40cmx40cm nos andares da torre. Apenas duas estruturas se diferenciam. A primeira é a da cobertura do embasamento, toda em estrutura metálica e com telhas termo acústicas. A outra, a cobertura da torre, em estrutura metálica, também revestida com as mesmas telhas.

As instalações prediais correm através de shafts verticais e horizontais, entre o piso elevado e a laje, assim como entre esta e o forro, abrigando instalações elétricas, hidráulicas, telemáticas e de ar-condicionado.

A caixilharia da torre é dividida em duas partes. A primeira, interna, é constituída por caixilhos de alumínio, vidros comuns na face oeste e nas demais faces, vidros com proteção térmica. A segunda, somente na fachada oeste, é uma pele externa, estruturada com perfis de aço. Estes sustentam tirantes e presilhas onde estão fixados os vidros. Nos andares referentes aos Procuradores Regionais, os vidros terão detalhes serigrafados. Esse recurso de dupla pele de vidro permite o controle da qualidade térmica do edifício, tanto no inverno quanto no verão, sem prejudicar a o total visibilidade da paisagem.

A linguagem

Abrigando um órgão público e de grande representatividade, a arquitetura deve expressar através de seus meios e de sua linguagem o valor de seus objetivos. Assim sendo, temos nesse projeto a idéia de um edifício que transpareça as atividades e funções públicas que acolhe. Isso é oportuno pela  localização da nova sede numa região estritamente institucional, assim como pela monumentalidade que qualquer edifício assume numa paisagem caracterizada como um grande parque que possui ao seu redor o horizonte da cidade e de um soberbo rio.

Desse modo, temos na forma e na estética do edifício a interação com o público. O volume do embasamento, aparentemente simples e maciço, acolhe um espetáculo para quem o adentra possibilitado pelos elementos arquitetônicos e pela iluminação. O volume vertical, revela todo seu interior através de suas peles de vidro, definindo um arquitetura transparente,  revelando sua razão pública.

Um embasamento que aparenta uma simplicidade formal, mas funcionalmente complexa, e uma torre que defini-se por um funcionamento simples, porém formalmente lapidado.

O edifício remonta aos valores conquistados pela arquitetura brasileira ao longo da história, porém distinto por sua intensa apreensão e expressão da linguagem arquitetônica contemporânea.

ficha técnica

Autores
Arquitetos Cândi Hirano, Daniel Corsi da Silva, Dani Hirano (São Paulo/SP)

Co-autores
João Luis Maranhão Biscaia (Cons. Técnica)

Colaboradores
Daniel Fonseca de Moura, Christian Michael Seegerer, Yuri Vital dos Santos, Érika Engels Venditi, Fabiana Lima e Cristiane Tashiro

Consultores
Frenal Ltda (vidros especiais) Hidroalumínio (caixilhos) Yorker do Brasil (ar condicionado)

source
Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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043.03 Concurso
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original: português

source
IAB-RS
Porto Alegre RS Brasil

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043

043.01 Prêmio

6º Prêmio Jovens Arquitetos 2004

043.02 Concurso

Concurso de Estudantes do VII ENEPEA

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